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Frodo ficou pensativo...

Acho não teria mais nada a acrescentar aqui, salvo:


Um viva à moderação paralela. :clap:


Ponham-se no lugar da pessoa, novata. Não é difícil. Conseguiram? Ok, agora vejam, vocês estão bem-intencionados, só querem tirar uma dúvida e precisam de orientação. Não é bacana receber uma resposta como essa, certo? :wink:


bom agora eu sei onde postar!!!!
afinal ninguém é perfeito:hanhan: !!

Nem tinha visto, e não é Froldo, é Frodo.

é mesmo... depois é que eu vi :oops:!!!
 
Última edição por um moderador:
Tinha 51. Mas não era propriamente senhor de meia-idade. Por duas razões importantes, e passo a explicar:

1 - 50 anos para um Hobbit não é o mesmo que 50 anos para um humano. Em termos de envelhecimento seria algo equivalente a um adulto a entrar nos 40, talvez menos. Não se esqueça, por exemplo, que os Hobbits só entravam na idade adulta aos 33.

2 - Frodo guardava o Um Anel. Apesar de não o usar frequentemente, era o suficiente para que este retardasse o seu envelhecimento, algo que acontecia a todos os portadores mortais. Tanto que é comentado no livro que os seus vizinhos e amigos estranhavam como Frodo apesar dos seus 50 anos continuava a parecer um jovem hobbit acabado de entrar na fase adulta (aos 33, precisamente na mesma altura em que lhe foi confiado o Anel). Frodo no cinema ficou jovem demais, mas talvez não tanto assim...
Bom, de qualquer forma uma adulto já tem suas responsabilidades e vê o mundo de forma diferente de uma criança ou até mesmo de um adolescente.
Frodo não envelhecia por fora. Sua "casca" continuava lisa, mas por dentro continuava amadurecendo e envelhecendo, então ao fim da jornada ele estava mais velho, com a alma sofrida, se assim posso dizer.
 
Não seria uma desaprovação, mas seria possível analisar analogamente uma crítica à sociedade inglesa da primeira metade do século XX.

Acho que Tolkien não gostava muito de analogias, mas concordo com você. Ele pode ter se inspirado na sociedade inglesa, um pouco alienada à devastação da natureza e as mudanças que ocorreram na sociedade, como você já disse, para criar os hobbits.

Exatamente por ver que esse era o "jeito" dos hobbits, que eles não mudariam, que ele desaprovaria. Frodo mudou (a Peonia resumiu bem isso), ele viu que era necessária atitude, que era preciso buscar coragem onde não havia nehuma esperança para mudar, que alguém precisava se levantar. E isso era o que os hobbits não fizeram, nem mesmo para proteger sua terra.

Concordo com seu ponto de vista Kainof, só descordo do termo desaprovação. Acho que Frodo ainda amava muito o Condado mas não se sentia mais parte dele. Essa desaprovação vinha das outras raças que sempre subestimaram a força dos hobbits.

Gostei da opinião da Peonia de que o Frodo se tornou um pouco élfico. Os elfos possuem uma tristeza e uma melancolia ligada ao passado, acho que Frodo ficou um pouco assim, devido ao grande mal que ele viu tão de perto.

Lembrei de uma passagem muito boa da ADT, quando Merry e Pippin escapam dos Uruks perto de Fangorn. Eles mal se livraram dos orcs e nem estavam distantes o suficiente do perigo e já estavam conversando e rindo como se estivessem passeando. Há pouco tempo atrás eles estavam passando maus bocados nas mãos dos orcs e logo depois eles estavam agindo como se isso tivesse acontecido há muito tempo. Os hobbits se recuperam muito rápido, eles têm a tendência em pensar no que é bom e esquecer das coisas ruins mas isso não poderia acontecer com o Frodo. O mal que ele enfrentou era muito grande pra ser esquecido e o mudou profundamente. Ele não se encaixava mais no Condado, mas não estava desapontado com ele.
 
Tolkien desaprova a alegoria, mas sim, há a possiblidade de ter sido algo não proposital, mas causado pelo efeito da mentalidade coletiva.
Porém, mesmo desaprovando, por exemplo, as alegorias, Tolkien coloca na carta #131 que:

"Desagrada-me a Alegoria – a alegoria consciente e intencional – e no entanto qualquer tentativa de explicar o sentido dos mitos ou dos contos de fadas deve empregar uma linguagem alegórica. (E, é claro, quanto mais 'vida' uma história contém, mais prontamente ela será suscetível a interpretações alegóricas: enquanto que, quanto mais bem feita uma alegoria deliberada, mais depressa será aceitável como simples história.) Seja como for, todo este material ocupa-se principalmente da Queda, da Mortalidade e da Máquina".

De fato, é uma questão que deve sempre ser analisada ao pensar uma obra literária, seu contexto histórico.

Abraços.
 
Não se desculpe, e nem pense que disse isso como represália. =]

Apenas quis enfatizar a questão que levantou, que por sinal, foi muito interessante, e estava correta.
A citação foi apenas para mostrar que, mesmo sendo contra alegorias (como colocou corretamente), Tolkien entende que muitas vezes é impossível fugir de seu contexto histórico.

Abraços, e desculpe se fui rude.
 
Olá Aracáno, magina você não foi rude :D
eu que confundi um pouco as coisas :oops:
Sua citação foi muito boa, Tolkien afirma que as vezes é importante uma análise alegórica principalmente numa obra tão vasta como a dele, mesmo ele não gostando.
Em busca do contexto histórico as vezes é impossível não fazer analogias. E sua análise analogamente dos hobbits à sociedade inglesa continua pertinente.
 

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