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França expõe manuscrito de US$ 9,8 milhões do livro do conquistador Casanova

Morfindel Werwulf Rúnarmo

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Os amores e a vida de Casanova encontraram refúgio na Biblioteca Nacional da França, que expõe pela primeira vez o manuscrito original com suas memórias, que a instituição comprou em 2010, por US$ 9,8 milhões.

Giacomo Girolamo Casanova (1725-1798) começou a escrever a "História de minha vida" --3.700 paginas em francês-- em 1789, quando já se sentia velho e sozinho, informou Corinne Le Bitouzé, a curadora da mostra intitulada "Casanova ou a paixão da liberdade", que estará aberta até 19 de fevereiro.

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Imagem cedida pela Biblioteca da França mostra desenho que retrata Giacomo Casanova aos 62 anos


"Escreveu por recomendação de seu médico, como forma de terapia",
disse.

Corinne Le Bitouzé explicou que
"a fama de libertino e sedutor de Casanova escondeu o fato de ter sido um grande erudito, um dos nomes do século 18, além de monumento da literatura francesa".

As memórias, adquiridas pela Biblioteca Nacional da França, com a ajuda de um mecenas anônimo --são
"apenas um pretexto para fazer descobrir um personagem fabuloso"
que
"amou, viajou, conheceu as celebridades de sua época e aproveitou a vida incansavelmente",
acrescentou.

"Revivo ao recordar-me dos prazeres que vivi, e rio das penas pelas quais passei e que não sinto mais",
escreveu Casanova em suas memórias, que concluiu pouco antes de morrer, no castelo de Dux (hoje Duchcov, República Checa).

Casanova frequentou palácios e bordéis, fugiu de prisões, viveu amores e aventuras galantes com aristocratas, plebeias e freiras --teve inclusive um caso homossexual, em Constantinopla--, escreveu um romance, foi abade e militar, além de ter feito incursões pela alquimia e a cabala, recorda a mostra.

Através das pinturas de Canaletto, Francesco Guardi, Tiepolo e Chardin, mapas, joias, livros, gravuras, objetos da época e filmes, a exposição recria sua vida, começando com a infância em Veneza, passada junto da avó, com quem foi viver depois de abandonado pela mãe --uma atriz-- para dedicar-se ao teatro.

Outras cenas reconstroem, com a ajuda do teatro de sombras, sua juventude em Padova e Nápoles, as deslumbrantes festas e carnavais venezianos, sua chegada a Paris - onde conheceu Voltaire, Rousseau e Madame Pompadour --as viagens por toda a Europa, onde foi empresário, violinista, mago e amante mítico de 132 mulheres, além de ter combatido em duelos.

Uma gravura de Goya foi incluída na exibição, para recordar sua passagem pela Espanha onde, acossado por inquisidores, esteve duas vezes preso --uma delas em Barcelona.

Segundo os especialistas deste legendário personagem, Casanova teria também participado da escritura da ópera "Don Giovanni", de Mozart, informou a curadora, destacando que suas extraordinárias aventuras também fizeram o mundo esquecer-se de que foi um trabalhador disciplinado, que conseguia
"escrever durante 13 horas seguidas".

A mostra da Biblioteca Nacional da França descreve, principalmente, um homem apaixonado pela liberdade.

Fonte
 
Muito legal!

Gosto mais destes personagens históricos que andavam pelo "submundo" da sociedade... A partir das suas memórias se aprende mais sobre o modo de vida das pessoas de um certo período do que através dos chamados documentos oficiais.
 

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