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FPF trabalha como 'banco' dos paulistas

FPF trabalha como 'banco' dos paulistas

Entidade antecipou verbas de 2005 para evitar caos no Guarani, mas confessa que 90% dos filiados pedem dinheiro.

Leandro Canônico, da MBPress, especial para o Pelé.net

SÃO PAULO - Em situação calamitosa no Campeonato Brasileiro, o Guarani anunciou no dia 26 de agosto que a Federação Paulista de Futebol (FPF) ajudaria o clube campineiro a evitar o rebaixamento para a Série B - o Bugre é lanterna da competição com 28 pontos. A intenção da entidade é manter o maior número de clubes paulistas na elite nacional.

Além de uma ajuda estratégica, que consiste na indicação de jogadores e soluções práticas para uma melhor administração do Guarani, a FPF confirmou também que antecipou uma verba ao Alviverde referente ao ano de 2005 (especula-se que o valor tenha sido de R$1 milhão) para o pagamento dos salários de junho e julho, que estavam atrasados.

Embora a atitude da FPF seja considerada normal e rotineira pelos seus dirigentes, esta foi uma das únicas vezes que um auxílio financeiro como esse foi divulgado publicamente.

"O adiantamento de verbas é uma rotina na Federação Paulista. Não posso dizer quais clubes, mas 90% dos nossos filiados pedem antecipação de dinheiro. O futebol é uma família e a nossa função é zelar pelos clubes pertencentes à nossa entidade", comentou Marco Pólo Del Nero, presidente da FPF.

Sendo assim, fica evidente que a entidade máxima do futebol paulista trabalha como banco dos clubes do estado de São Paulo há tempos. Ação esta que é permitida pelo estatuto da FPF e não fere nenhuma ordem da legislação desportiva.

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Destaque do Guarani, Viola pode ter parte do seu salário pago pela FPF
"Essa atitude não é de direito desportivo, mas sim de direito societário. É uma ação louvável da FPF zelar pelo bem dos seus filiados, desde que seja dentro da associação desportiva e desde que o faça sem o prejuízo de outros", explicou o advogado Heraldo Panhoca, especialista em direito desportivo.

Mas como os clubes que solicitam a antecipação de verbas têm caixa para trabalhar no ano seguinte? Qual a forma de amortização dessa dívida? Segundo Marco Pólo Del Nero, o clube fica responsável por pagar a quantia em determinada data. Se isso não ocorrer, o dinheiro do ano seguinte não é liberado.

É por esse motivo que a diretoria do Guarani já está trabalhando com um novo planejamento para 2005, ano em que não terá direito à quantia da FPF e ainda terá de pagar sua dívida com a entidade.

"Nós temos que fazer uma enorme redução de custos, uma reengenharia total do nosso planejamento. Não podemos esquecer, no entanto, que temos direito ao dinheiro do Clube dos 13, que vai nos ajudar a administrar essa dívida", declarou Antônio Carlos Seccacci, vice-presidente de futebol do Guarani.

Todo esse novo planejamento do Bugre, porém, está sendo feito com base na sua permanência na Série A do Campeonato Brasileiro, o que lhe renderia uma cota maior do que se o time cair para a segunda divisão.

"Não estamos trabalhando com a hipótese de cair para a Série B. Nosso planejamento está sendo criado para continuarmos na primeira divisão", completou Seccacci.

Casos como esse comprovam cada vez mais que os clubes brasileiros não conseguem andar com as próprias pernas, além de não administrarem bem seu orçamento anual. Como aponta Mauro Beting, colunista do Agora São Paulo e comentarista da Rádio Bandeirantes, o futebol nacional está sendo feito à base do fiado.

"Eu sou francamente contrário a isso (antecipação de verbas) desde a época do (Eduardo José) Farah, já que ficamos com um futebol feito à base do fiado. No entanto, o que é um pouco mais louvável neste caso do Guarani é que a FPF divulgou o que estava fazendo, o que não acontece com a maioria dos clubes que a entidade ajuda", analisou Beting.

Contratação de reforços
Quando a diretoria do Guarani anunciou que estava sendo ajudada pela Federação Paulista de Futebol, uma das principais polêmicas que surgiram foi sobre a indicação de jogadores e técnicos por parte da entidade. Afinal, o treinador Agnaldo Liz e o gerente de futebol José Eduardo Chimello, segundo os bugrinos, foram indicados pelo presidente Marco Pólo.

"Nós (da FPF) não nos envolvemos em negociações, apenas intermediamos a relação entre os clubes. Por exemplo, se tal clube tem interesse em algum jogador do outro, nós apenas estreitamos a relação entre ambos para que eles negociem. Nem eu e nenhum diretor estamos autorizados a indicar jogadores a clubes", disse o presidente da Federação Paulista.

Pressão na arbitragem
O primeiro jogo do Guarani depois de anunciado o auxílio financeiro da FPF foi contra o São Paulo, no dia 28 de agosto. Em partida polêmica, a equipe bugrina arrancou um empate em 3 a 3 com o Tricolor, com gol de pênalti de Viola nos acréscimos da partida.

O lance, que foi duvidoso, foi assinalado pelo árbitro da Fifa Paulo César de Oliveira, causou a revolta dos são-paulinos, que chegaram a acusar a FPF de estar colaborando com o clube campineiro também com a arbitragem.

"Uma pessoa ligada ao Guarani me ligou durante a semana e pediu para eu falar de arbitragem enquanto ainda era tempo", comentou o ex-são-paulino Cuca na ocasião.

Ciente do comentário do ex-técnico do São Paulo, o presidente da Federação Paulista disse não estar preocupado com essas acusações por ter um ótimo relacionamento com o Marcelo Portugal Gouvêa, presidente do clube do Morumbi.

"O São Paulo é o clube que tem um dos presidentes mais atuantes aqui na Federação. O Marcelo é uma pessoa que está inteiramente ciente dos nossos procedimentos e sabe que trabalhamos de forma cristalina. Quando à declaração do Cuca, ele não sabe o que está dizendo porque ele não vive o dia-a-dia da entidade. Ele não sabe, por exemplo, se o time dele já não pediu alguma ajuda para pagar salários anteriormente", disse Marco Pólo.

Na opinião do jornalista Juca Kfouri, por exemplo, seria deprimente para o futebol que uma ajuda da FPF se tornasse uma ameaça para a arbitragem.

"Uma ajuda dentro da ética e dos bons costumes, tudo bem. Mas se isso for revertido com tentativas de ameaças à arbitragem é preocupante", analisou Kfouri.

fonte: Pele.net

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E depois vêm dizer q é a Federação do RJ e o Eurico Miranda que afundam o futebol brasileiro!!! :roll:
 
Ecthelion disse:
8O Ninguém comentou nada!!! :cry:

A verdade dói né?! :lol:

Como se nenhuma outra federação fizesse né Ecthelion? :?
Isso sempre foi assim em SP e pelo menos por aqui ininguém esconde isso.
Agora no RJ e em outras é sempre mais burocrático investigar e admitir as coisas. Por que será? :mrgreen:
 
Epa, epa, epa.
Provado mesmo só em SP!!! Ou seja, o lugar q deveria ser PUNIDO primeiro.
O q não quer dizer q não existe nos outros estados...
 
E quem disse que uma federação não pode ajudar financeiramente seus associados?

Com relação a arbitragem, não foi nada provado não, ainda mais, pq o outro lado eh outro associado, SP, e não foi la polemico nao, aquele juizinho la sempre "erra" contra o SP, normal acontecer isso.

O problema é carioca vir falar de federação de futebol corrupta :mrgreen:
 
Quanto uma federação ajudar seus clubes com $$ em contratações não vejo nada contra e não tem nada de imoral. Seria se fosse comprando arbitragem.

Se o Guarani estivesse sendo tão favorecido, não seria lanterninha como está a tanto tempo.
 

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