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Flip 2018

Fúria da cidade

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Com Colson Whitehead e Liudmila Petruchevskaia, Flip anuncia programação de 2018

Abertura terá Fernanda Montenegro prestando homenagem a Hilda Hilst


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Imagem de arquivo de Hilda Hilst, a homenageada do ano na Flip - Sala de Memória Casa do Sol/Acervo Instituto Hilda Hilst/Divulgação


A Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) anunciou, na manhã desta terça feira (5), o autores e mesas de sua programação deste ano, que acontece de 25 a 29 de julho e terá Hilda Hilst como homenageada. A curadoria é da jornalista e pesquisadora Joselia Aguiar.

Entre os nomes que ainda não haviam sido anunciados, está o escritor americano Colson Whitehead, autor de “The Underground Railroad” (HarperCollins), e a russa Liudmila Petruchevskaia, autora de “Era uma Vez uma Mulher que Tentou Matar o Bebê da Vizinha” (Companhia das Letras).

O primeiro participa de uma mesa ao lado do escritor carioca Geovani Martins, revelado neste ano com o volume de contos “O Sol na Cabeça” (Companhia das Letras). Já a russa falará em uma mesa sozinha sobre sua trajetória e a perseguição que sua obra sofreu sob o stalinismo.

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A escritora Liudmila Petruchevskaia (Divulgação) - Divulgação

A Flip volta a ter mesas com apenas um autor, iniciativa reservada a grandes nomes que havia sido abandonada na edição passada. Outro que terá uma mesa só para si é o historiador Simon Sebag Montefiore, autor de best-sellers biográficos sobre Stálin, Catarina, a Grande, e a dinastia russa dos Románov.

Duas estrelas desta edição, que já haviam sido anunciados nos últimos meses, serão a franco-marroquina Leïla Slimani e o americano criado no Egito Andre Aciman, autor de “Me Chame Pelo Seu Nome”, adaptado recentemente para o cinema.

A escritora argentina Selva Almada (“Garotas Mortas”, ed. Todavia), por sua vez, se junta à filósofa e ativista Djamila Ribeiro para discutir a literatura como forma de resistir à violência.

Entre os escritores brasileiros convidados, estão Júlia de Carvalho Hansen e Laura Erber, em debate com a escritora portuguesa Maria Teresa Horta. Hansen é poeta, enquanto Erber além de poeta é romancista, artista plástica e professora de teoria do teatro da Unirio.

Sérgio Sant’anna (“Anjo Noturno”, ed. Companhia das Letras) se junta ao estreante Gustavo Pacheco, que acaba de lançar “Alguns Humanos”, pela Tinta da China.

A mesa de abertura, em homenagem a Hilda Hilst, será de Fernanda Montenegro e Jocy de Oliveira.
Ocupação Hilda Hilst

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO

Quarta-feira, 25 de julho

20h | Mesa 1 | Sessão de abertura: Hilda, Fernanda e Jocy


Com Fernanda Montenegro e Jocy de Oliveira
Três artistas geniais da mesma geração celebram a arte mais transgressora: Hilda Hilst, homenageada da Flip 2018, Fernanda Montenegro, uma das maiores atrizes brasileiras, e Jocy de Oliveira, pioneira na música de vanguarda hoje dedicada à ópera multimídia.

Quinta-feira, 26 de julho

10h | Mesa 2 | Performance sonora


Com Gabriela Greeb e Vasco Pimentel
A voz, a escuta e as divagações literárias e existenciais de Hilda Hilst registradas em fitas magnéticas na década de 1970 são apresentadas pela cineasta Gabriela Greeb e o sound designer português Vasco Pimentel.

12h | Mesa 3 | Barco com asas

Com Júlia de Carvalho Hansen, Laura Erber e Maria Teresa Horta (em vídeo)
Esse diálogo inusitado reúne, por vídeo, um grande nome da poesia de Portugal do último meio século e, em Paraty, duas poetas brasileiras influenciadas pela lírica portuguesa que têm pontos em comum com Hilda Hilst.

15h30 | Mesa 4 | Encontro com livros notáveis


Com Christopher de Hamel
A religião, a magia, a luxúria e a leitura na época medieval se apresentam nas páginas do "Evangelho de Santo Agostinho", do "Livro de Kells" e de "Carmina Burana", comentadas pelo maior especialista do mundo nesses manuscritos.

17h30 | Mesa 5 | Amada vida Da perda |
performance de Bell Puã, slammer pernambucana, a partir de
tema de Hilda Hilst

Com Djamila Ribeiro e Selva Almada
Uma ficcionista argentina que escreveu sobre histórias reais de feminicídio e uma feminista negra à frente de uma coleção de livros conversam sobre como fazer da literatura um modo de resistir à violência.

20h | Mesa 6 | Animal agonizante


Com Sergio Sant’Anna e Gustavo Pacheco
Um grande mestre da literatura brasileira que abordou o desejo, a solidão e a morte relembra sua trajetória ao lado de um leitor seu e autor estreante elogiado pela crítica portuguesa com histórias de humanos e outros primatas.

Sexta-feira, 27 de julho
10h | Mesa 7 |
Poeta na torre de capim

Ligia Fonseca Ferreira
Ricardo Domeneck
A falta de leitores e o silêncio da crítica, como reclamava Hilda Hilst: para esse debate, encontram-se a grande especialista no poeta negro Luiz Gama e um poeta e editor atento a nomes ainda fora do cânone, como Hilda Machado, que morreu inédita em livro.

12h | Mesa 8
| Minha casa
Fabio Pusterla
Igiaba Scego

Fazer literatura tendo uma língua comum – o italiano – e diferentes aportes, fronteiras e paisagens geográficas e literárias: nesse diálogo, reúnem-se o poeta de um país poliglota, que é tradutor do português, e uma romancista filha de imigrantes da Somália, que escreveu sobre Caetano Veloso.

15h30 | Mesa 9 |
Memórias de porco-espinho

Alain Mabanckou


O absurdo e o riso, Beckett, culturas africanas, escrita criativa e crítica da razão negra: a trajetória e o pensamento de um poeta e romancista franco-congolês premiado se revelam nessa conversa com dois entrevistadores.

17h30 | Mesa 10 |
Interdito

Do desejo |
performance do escritor e artista visual paulista Ricardo Domeneck a partir de tema de Hilda Hilst.

André Aciman

Leila Slimani

O exercício da liberdade de escrever e a escolha de temas tabu ou proibidos – a exemplo do homoerotismo, da sexualidade feminina e da religião —são as questões tratadas nesse diálogo entre dois romancistas, um judeu americano de origem egípcia e uma francesa de origem marroquina.

20h |
Mesa 11 | A santa e a serpente

Eliane Robert Moraes
Iara Jamra

A obra de Hilda Hilst em poesia e prosa é vista tanto em sua dimensão corpórea quanto mística por uma ensaísta que atua na fronteira entre a literatura e a filosofia, enquanto são feitas leituras por uma atriz que encarnou a sua personagem mais famosa – Lori Lamby.

Sábado, 28 de julho
10h | Mesa 12 | Som e fúria


Jocy de Oliveira
Vasco Pimentel

A escuta e a criação de universos sonoros: para esse diálogo, encontram-se uma das pioneiras da música de vanguarda no país, hoje dedicada à ópera multimídia, e um sound designer português – os dois conhecidos pelo rigor e pelo preciosismo.

12h | Mesa 13 | O poder na alcova

Simon Sebag Montefiore


Historiador britânico best-seller que publicou biografias de Stálin, dos Romanov e, agora, de Catarina, a Grande, conta, nessa conversa com dois entrevistadores, como faz para retratar figuras centrais da política em seus pormenores mais íntimos.

15h30 | Mesa 14 | Obscena, de tão lúcida

Isabela Figueiredo

Juliano Garcia Pessanha

Uma romancista portuguesa nascida em Moçambique que tratou de temas como o racismo e a gordofobia se encontra com um narrador de gênero híbrido e filosófico para discutir a escrita de si, os diários e as memórias, o corpo e o desnudamento.

17h30 | Mesa 15 | Atravessar o sol

Cantares do sem nome |
performance do poeta e artista visual maranhense Reuben da Rocha a partir de tema de Hilda Hilst.

Colson Whitehead

Geovani Martins

O americano vencedor do Pulitzer com um romance histórico sobre escravizados que construíram sua rota de fuga se encontra com um estreante que, da favela do Vidigal, inventa com liberdade seu jeito de narrar e usar as palavras.

20h | Mesa 16 | No pomar do incomum

Liudmila Petruchevskáia


Um dos grandes nomes da literatura russa moderna, comparada a Gogol e Poe por seus contos de horror e fantasia que não dispensam o teor político, relembra sua trajetória proibida por décadas no regime stalinista, hoje aclamada de Moscou a Nova Iorque.

Domingo, 29 de julho

10h | Mesa Zé Kleber | De malassombros


Franklin Carvalho
Thereza Maia

Um narrador do sertão baiano que abordou a mitologia da morte em seu premiado romance de estreia se encontra com uma folclorista que recolheu histórias orais de Paraty, em um diálogo sobre o território e seus encantados.

12h | Mesa 17 | Sessão de encerramento | O escritor e seus múltiplos


Eder Chiodetto
Iara Jamra
Zeca Baleiro

Uma atriz, um compositor e um fotógrafo que fizeram obras baseadas em Hilda Hilst relembram os encontros com a autora, o processo de criação e as marcas que a experiência deixou em suas trajetórias.

15h30 | Mesa 18 | Livro de Cabeceira


Autores da Flip 2018 leem trechos de seus livros preferidos, em uma sessão conduzida por Liz Calder.
 
Falar em ambiente de eventos de literatura e cultura atualmente no Brasil é verificar que temos sido o "Vale da Morte" da cultura (incluindo eventos literários), aquele lugar aonde a cultura vai para morrer esperando que as bolhas se coalesçam (agenda política versus ouvir o interesse dos leitores). Tem a questão dos eventos e a do conteúdo, mas a ponte que separa o público que ama (amadores) do profissional continua precária. Do ponto de vista da mídia "ouvir o público" virou mais uma questão de fazer fanservice do que realmente colocar cada prioridade no lugar. Numa feira estadual de livros recente daqui onde moro faltaram estandes de editoras, eventos ficaram desencontrados (porque raios a feira de livro espírita teve que ser separada?), não havia livros técnicos, davam pontos para aquisição de livro mas cobravam estacionamento, etc, etc...
 
Paraty como lugar é um "palco" maravilhoso pra receber esse tipo de evento. Quem já foi pelo menos uma vez lá pode comprovar isso.

É uma pena que ultimamente o evento em si, há anos não está a altura em grandeza da importância histórica da cidade e ainda por cima ocorre uma grande exploração nos preços de hotéis e restaurantes, deixando o evento com uma feição ainda mais elitista, num país que tanto necessita popularizar a leitura.

Ainda assim sempre torço pra que um dia isso mude, pois hoje a Flip precisa muito mais da força histórica e charme de Paraty do que o inverso.
 

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