Físico e aparência dos personagens

[Santimary]

Quase nunca imagino as personagens
Será que sou normal?

 

[Algurus]

Quase nunca imagino as personagens
Será que sou normal?

sei la cara, pra mim é dificil ler sem imaginar as pesssoas, para mim a historia fica um tanto "fria"

 

[Calimbadil Thálion]

Sim, é mais difícil gostar de um livro se você não consegue imaginar o personagem, mas acontece.

 

[Nefertari]

sei la cara, pra mim é dificil ler sem imaginar as pesssoas, para mim a historia fica um tanto "fria"

Também acho difícil ler uma história sem formar uma imagem dos personagens. Sempre imagino as personagens, mas nem sempre como elas foram descritas! Parece que, quando são descrições detalhadas, tenho a tendência de ignorar parte das características e me focar naquelas mais importantes. Não faço isso de propósito. Só percebo que aconteceu quando, por exemplo, alguém comenta algo de uma personagem e, quando vou conferir no livro, noto que a pessoa estava realmente certa.

Também acontece de eu criar uma certa imagem de uma personagem e, em certo momento da história, o narrador vem com algo do tipo "(...) e X passou perto do seu bigode (...)". Passei a história inteira imaginando a pessoa sem bigode e agora descubro que estava errada! Aí não tem como ignorar: altero a imagem que tinha até aquele momento e sigo em frente com a leitura.

 

[Melkor- o inimigo da luz]

Quase nunca imagino as personagens
Será que sou normal?

Claro que é. Eu acho dificílimo imaginar as personagens e, principalmente, manter a aparência deles constante.

Eu (pessoalmente), quando leio, me atenho mais à essência do personagem. A Mrs Dalloway, por exemplo, não aparece na minha cabeça como uma mulher nítida, mas como uma mistura de Nicole Kidman e Meryl Streep, e muito além: às vezes uma silhueta, uma sombra, um rosto incompleto, uma forma altiva, bonita, orgulhosa e decadente.

Não acredito que seja necessário ter uma imagem sólida na cabeça para curtir uma obra, e acho até que isso é às vezes impossível. Há textos, inclusive, em que o enredo e os personagens não são importantes, mas o modo com que a história é contada, o que é dito, etc.

Aliás, aproveito o tópico para dividir uma experiência que tive recentemente. Estava lendo um livro do Mia Couto em que todos os personagens eram negros e me peguei fazendo esforço para conseguir imaginá-los negros. Não tem nada a ver com racismo, com nada disso, mas com o lamentável fato de que eu nunca havia lido um livro com personagens negros em que eles não fossem excessão ("tal personagem, que era negro"). Já se pegaram numa saia justa dessas?

 

[Slip Capone]

Ué, para mim isso não é nada além do normal.

Existe alguém que leia romances sem "pintar" na mente o que está ocorrendo? Eu pelo menos sempre imagino as coisas acontecendo em todos seus detalhes, se me falha alguma coisa no cenário não consigo ler em paz.

 

[Slip Capone]

Claro que é. Eu acho dificílimo imaginar as personagens e, principalmente, manter a aparência deles constante.

Eu (pessoalmente), quando leio, me atenho mais à essência do personagem. A Mrs Dalloway, por exemplo, não aparece na minha cabeça como uma mulher nítida, mas como uma mistura de Nicole Kidman e Meryl Streep, e muito além: às vezes uma silhueta, uma sombra, um rosto incompleto, uma forma altiva, bonita, orgulhosa e decadente.

Não acredito que seja necessário ter uma imagem sólida na cabeça para curtir uma obra, e acho até que isso é às vezes impossível. Há textos, inclusive, em que o enredo e os personagens não são importantes, mas o modo com que a história é contada, o que é dito, etc.

Aliás, aproveito o tópico para dividir uma experiência que tive recentemente. Estava lendo um livro do Mia Couto em que todos os personagens eram negros e me peguei fazendo esforço para conseguir imaginá-los negros. Não tem nada a ver com racismo, com nada disso, mas com o lamentável fato de que eu nunca havia lido um livro com personagens negros em que eles não fossem excessão ("tal personagem, que era negro"). Já se pegaram numa saia justa dessas?

Mas, pelo menos comigo, não é uma questão de sacrificar a essência, e também é algo automático.

 

[aprendiz]

oi pessoal!!

Olha, isso que vc falou acontece comigo também.Apesar de estar começando só agora (6 meses) a iniciar minha vida na leitura a criação do personagem pra mim é essencial.Lê um livro é como criar um filme na cabeça quando leio um livro bem legal parece que estou assistindo em vez de ler e quando acontece de eu não conseguir criar oo personagem ou de precisar mudá-lo no decorrer do livro eu fico muito chateado e então crio duas opções:

a) ou recomeço ler o livro (que é bem chato ler desde o início pois ja sei tudo que vai acontecer).

b)deixo o livro de lado para ler mais tarde e procuro outro

Espero que isso tenha lhe ajudado, pois também tenho esse "problema".

 

[Asca]

Quando eu leio uma obra que não teve filme produzido nem nada. Eu faço o seguinte: imagino dois personagens (um homem e outro mulher), e mudo as características deles de acordo com o que história mostra.
Se bem que no final das contas eu sempre imagino eles parecidos.

 

[Karnillë]

Fica muito mais fácil imaginar quando é feita uma adaptação para o cinema, mas só se ela for bem-feita, já se for mal-feita é terrível mudar o que você já tinha imaginado.
Mas procurar imagens no google também vale, embora eu visualize os personagens satisfatoriamente.

 

[Loreley]

Eu me preocupo mais numa maior descoberta da personalidade dos personagens do que na imagem física.

 

[Melkor- o inimigo da luz]

Eu me preocupo mais numa maior descoberta da personalidade dos personagens do que na imagem física.

Sou dos seus.

 

[Feanari]

Eu sempre imagino todas as cenas, as casas, tudo *___*
E nunca me esforcei pra isso ^^
Muito delicioso ficar lendo as palavras tomarem forma na cabeça...
Eu até dou vozes pras personagens...
Até o final do livro eu estou apaixonada e quando termina, invariavelmente eu me entristeço... ><

 

[Sally]

Ah eu tambem imagino as cenas, os personagens e tudo, o unico problema é se lança um filme do livro e ai minha imaginaçao vai pro ralo já que a maioria das vezes nao aparece do jeito que eu imaginei. Pior quando o livro é meio chatinho, ai eles ficam sem rostos fica aquele vacuo, os locais entao pfuit.
Mas o legal mesmo é tentar descobrir a personalidade do personagem como já mencionaram anteriormente, e as vezes até se indentificar em alguns pontos.

 

[Loreley]

Até porque a descoberta da essência do personagem pode resultar na definição de ALGUMAS características físicas

Ah eu tambem imagino as cenas, os personagens e tudo, o unico problema é se lança um filme do livro e ai minha imaginaçao vai pro ralo já que a maioria das vezes nao aparece do jeito que eu imaginei. Pior quando o livro é meio chatinho, ai eles ficam sem rostos fica aquele vacuo, os locais entao pfuit.
Mas o legal mesmo é tentar descobrir a personalidade do personagem como já mencionaram anteriormente, e as vezes até se indentificar em alguns pontos.

Comigo acontece um pouco diferente. Se o livro é chatinho ou um personagem mal construído (não tendo como descobrir sua personalidade), aí sim tenho que criar alguma forma física independente do que surja. Mas certamente fica um vazio.

 

[rafaellotr]

Eu imagino susegado..e ateh me empolgo! asheasheasuhe

 

[Melkor- o inimigo da luz]

E quando não há descrições? Quer dizer, o Proust nunca descreve o narrador de Em Busca do Tempo Perdido, e também descreve bem rapidamente os outros personagens. Pra mim, aí que os personagens viram essências mesmo. Ou dou um corpo a cada cena para cada um deles. Sei lá. Acho delicioso esse vácuo.

 

[Loreley]

E quando não há descrições? Quer dizer, o Proust nunca descreve o narrador de Em Busca do Tempo Perdido, e também descreve bem rapidamente os outros personagens. Pra mim, aí que os personagens viram essências mesmo. Ou dou um corpo a cada cena para cada um deles. Sei lá. Acho delicioso esse vácuo.

Vc acha delicioso o vácuo da descrição e poder criar o corpo de cada personagem?
Ou vc acha delicioso o vácuo da descrição e poder sugar a essência dos personagens?

 

[Melkor- o inimigo da luz]

Os dois