Então Sabrine, essa questão tem que ser abordada com calma. Uma pergunta seria se jogos eletrônicos podem ser usados para fomentar e financiar a violência na sociedade ou se os video-games pertencem a um grupo especial de mídia que não influencie uma reação social negativa diferentemente de TV, revistas, livros, e que esteja livre de ser usado como arma, etc...?
Minha tendência é de pensar que essa separação de efeitos entre as mídias (jogos versus mídia tradicional) tende a sumir e que ocasionalmente haja casos de jogos envolvidos em perseguição ou exploração a grupos como parece ocorrer com os famosos "jogos banidos" na justiça. Em um deles, a título de exemplo, lembro que falava de um oficial americano que tinha que estuprar mulheres indígenas para marcar pontos e por causa disso foi banido. Atualmente o realismo e poder da simulação pode invadir áreas cinzentas da justiça aonde não legislaram ainda sobre fronteiras da tecnologia.(de fato o governo sempre monitorou informação delicada)
Pessoalmente penso que esses jogos deveriam receber o tratamento que livros e revistas levam em temas polêmicos, com indicação de idade, resumo do conteúdo, etc, ao invés de serem simplesmente banidos.
Quer dizer, comprar um jogo poderia ser financiar a ideologia de uma pessoa, princpalmente se quem comprar não estiver atento a isso, mas a responsabilidade tem que estar sempre na mão da pessoa que for acessar mídia atualmente.
Ainda, a tecnologia tende a borrar as fronteiras dos canais por onde as pessoas se envolvem. Por exemplo, antes havia as disputas apaixonadas por dinheiro nos cassinos, hoje há novas disputas entre youtubers. Nos jogos as brigas apenas seguem o padrão da tecnologia utilizada e abastecida pelos usuários, por exemplo, os Eua usam games para desenvolver e focar a agressividade técnica dos militares em guerras, etc... Quer dizer, numa disputa entre países o jogo funciona como arma/propaganda ao invés de ser a fonte primária do desentendimento.
Vivemos um mundo cada vez mais conectado e filmes retratam cada vez mais a separação cada vez menor da interface homem máquina. Minha recomendação é ficar alerta ao discurso e ao meio gamer que se freqüenta, não aceitar iscas que no mundo real a pessoa recusaria, etc...