Anica
Usuário
Febre de Bola é Hornby puro, em alguns momentos até melhor do que em Alta Fidelidade (e obviamente melhor do que Um Grande Garoto, que é mediano), como por exemplo quando ele abre o primeiro capítulo com um:
Aliás, algo bem interessante nesse estilo de escrever do Hornby, é como ele consegue falar de tantas coisas mesmo que esteja escrevendo um livro sobre apaixonados por futebol. Ele vai contar de sua primeira experiência como torcedor de copa, e de repente começa a falar sobre ser crítico (aliás, trecho impagável):
Dá para notar o tom informal que impera durante o livro, não é? É quase como um amigo abrindo o coração para você, mas vamos deixar claro: não é um amigo chato. É aquele inteligente e de ótimo senso de humor (e pqp, eu queria que Nick Hornby fosse meu amigo!).
Agora, se futebol não te agrada muito, leia nem que seja por essas outras questões que o Hornby aborda através dessa história sobre sua paixão pelo Arsenal (oh, céus! eu torço para o Arsenal também!!). E se você gosta, não deixe de perder a oportunidade de ler o que um inglês doido por futebol falou sobre a seleção de 70, especialmente sobre Pelé. Lindo
Eu me apaixonei pelo futebol como mais tarde viria a me apaixonar pelas mulheres: súbita, inexplicável, incriticavelmente, sem pensar na dor ou nas perturbações que isso me traria.
Aliás, algo bem interessante nesse estilo de escrever do Hornby, é como ele consegue falar de tantas coisas mesmo que esteja escrevendo um livro sobre apaixonados por futebol. Ele vai contar de sua primeira experiência como torcedor de copa, e de repente começa a falar sobre ser crítico (aliás, trecho impagável):
A faculdade de crítica é uma coisa terríve. Quando eu tinha 11 anos não havia filmes ruins, apenas filmes que eu não queria ver, não havia comida ruim, apenas couve-de-bruxelas e repolho, e não havia livros ruins - tudo o que eu lia era ótimo. De repente, certa manhã acordei e tudo havia mudado. Como é que minha irmã não percebia que David Cassidy não estava na mesma categoria que Black Sabbath? Haveria razão no mundo para meu professor de inglês achar que A história do Sr. Polly era melhor que os Dez Negrinhos de Agatha Christie? E desse momento em diante, a satisfação tornou-se algo muito mais fugidio.
Dá para notar o tom informal que impera durante o livro, não é? É quase como um amigo abrindo o coração para você, mas vamos deixar claro: não é um amigo chato. É aquele inteligente e de ótimo senso de humor (e pqp, eu queria que Nick Hornby fosse meu amigo!).
Agora, se futebol não te agrada muito, leia nem que seja por essas outras questões que o Hornby aborda através dessa história sobre sua paixão pelo Arsenal (oh, céus! eu torço para o Arsenal também!!). E se você gosta, não deixe de perder a oportunidade de ler o que um inglês doido por futebol falou sobre a seleção de 70, especialmente sobre Pelé. Lindo