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Gildor disse:Vilya disse:Novamente, fica a dúvida: isso é ser mau ou é cometer um ato de maldade simplesmente ?
Dá pra responder essa pergunta com outra: antes de Morgoth plantar seu veneno em Fëanor, você consegue lembrar de algum ato de maldade dele? Alguma ação que indicasse que Fëanor seria um grande vilão?
Se for repetir essa mesma pergunta pra Morgoth, a resposta muda um pouquinho...
Bechara disse:acho fingolfin mais sabio q finrod...sei lah..
Glaurung disse:Ir para Angband sozinho, chamar Melkor, o mais poderoso dos Valar para um duelo 1x1 e virar PURÊ de Grond!
Realmente, Fingolfin foi o mais sábio rei dos Noldor. 8)
Relgal disse:Hehehe, que sarcasmo para com o maior dos quendi...
Feanor foi o mais sábio dos elfos e fez tudo o que fez...
Fingolfin foi lutar contra Melkor logo após a humilhante derrota nas Dagor Bragollach e vendo que ele era a última esperança de todos os Noldor sai com toda a cólera do mundo contra Melkor e se não tivesse se cansado o derrotaria.
Fingolfin foi o mais valente, mas como Feanor confiou muito em si próprio
E Ulmo para presidente dos Valar
Vice - Tulkas
Bechara disse:Acho que Fingolfin se sentiu Humilhado por ter perdido A Dragor...
E tentou morrer de forma digna..Isso eh virtude, e nao burrice.. 8)
Glaurung disse:Tudo bem, considerando-se a situação ele poderia estar em estado de desespero para tomar uma atitude desesperada, mas aí ele cometeu o mesmo erro de seu irmão Fëanor: FOI INCONSEQUENTE.
bom, acho q o deriel provou o ponto de vista deleDeriel disse:Pq? Porque ele se corrompeu, se deixou corromper e não satisfeito ainda corrompeu grande parte dos Noldor.
Ele não fez nada a não ser ferrar consigo mesmo e com todos os Elfos.
Gostar como dum filha da p*** egoísta e asqueroso como ele?
Fingolfin sofria da mesma doença que a maioria dos Noldor, tinha um ego maior que a sensatez. Quando ele partiu para o duelo com Morgoth, pode parecer loucura, mas ele realmente achava possível matá-lo. (Tolinho )Bechara disse:Acho que Fingolfin se sentiu Humilhado por ter perdido A Dragor...
E tentou morrer de forma digna..Isso eh virtude, e nao burrice.. 8)
"Decente" ? As pedras de Fëanor, por mais importantes que fossem para ele, não justificam começar uma guerra contra seus semelhantes. Como já disse, esssa história de que Melkor havia influenciado a Fëanor apenas atenua a gravidade de seus atos, mas está longe de inocentá-lo. Fëanor, e não Melkor, é o culpado pelo fratricídio. Acho que se mudar o termo o crime toma uma forma melhor na mente dos desavisados: Fratricídio é Assassinato de Irmãos. Não há justificativa para tal crime, somente alguém de índole ruim poderia cometê-lo.Relgal disse:Isto coloca Feanor na posição de vilão, o que ele realmente foi, mas não foi sem um propósito "decente"...
Glaurung disse:Eu não coloquei em dúvida a coragem de Fingolfin. Sem dúvida nenhuma ele foi corajoso, mas ele não foi muito esperto.
Tudo bem, considerando-se a situação ele poderia estar em estado de desespero para tomar uma atitude desesperada, mas aí ele cometeu o mesmo erro de seu irmão Fëanor: FOI INCONSEQUENTE.
Vilya disse:"Decente" ? As pedras de Fëanor, por mais importantes que fossem para ele, não justificam começar uma guerra contra seus semelhantes. Como já disse, esssa história de que Melkor havia influenciado a Fëanor apenas atenua a gravidade de seus atos, mas está longe de inocentá-lo. Fëanor, e não Melkor, é o culpado pelo fratricídio. Acho que se mudar o termo o crime toma uma forma melhor na mente dos desavisados: Fratricídio é Assassinato de Irmãos. Não há justificativa para tal crime, somente alguém de índole ruim poderia cometê-lo.Relgal disse:Isto coloca Feanor na posição de vilão, o que ele realmente foi, mas não foi sem um propósito "decente"...
Pense assim: um ladrão pega o seu pertence mais estimado e foge. Você decide ir atrás dele. Pede o carro emprestado ao seu irmão, mas ele nega. Você dis que vai de qualquer jeito e pega as chaves. Ele te agarra e tenta pegar as chaves (que são dele) de volta. Você reage, mata o coitado e pega o carro cheio de razão para ir atrás do ladrão.
É simplesmente surreal !
Vilya disse:Como já disse, esssa história de que Melkor havia influenciado a Fëanor apenas atenua a gravidade de seus atos, mas está longe de inocentá-lo. Fëanor, e não Melkor, é o culpado pelo fratricídio. Acho que se mudar o termo o crime toma uma forma melhor na mente dos desavisados: Fratricídio é Assassinato de Irmãos. Não há justificativa para tal crime, somente alguém de índole ruim poderia cometê-lo.
Vilya disse:Pense assim: um ladrão pega o seu pertence mais estimado e foge. Você decide ir atrás dele. Pede o carro emprestado ao seu irmão, mas ele nega. Você dis que vai de qualquer jeito e pega as chaves. Ele te agarra e tenta pegar as chaves (que são dele) de volta. Você reage, mata o coitado e pega o carro cheio de razão para ir atrás do ladrão.
É simplesmente surreal !
Tilion disse:Glaurung disse:Eu não coloquei em dúvida a coragem de Fingolfin. Sem dúvida nenhuma ele foi corajoso, mas ele não foi muito esperto.
Tudo bem, considerando-se a situação ele poderia estar em estado de desespero para tomar uma atitude desesperada, mas aí ele cometeu o mesmo erro de seu irmão Fëanor: FOI INCONSEQUENTE.
Bem, ele ficou desesperado. Na visão dele, os noldor estavam acabados, varridos da existência de Arda...e nesse momento ele era o Alto-Rei dos noldor. Acho que um dos principais motivos para ele ter tomado tal atitude foi esse: dever para com os seus.
A questão da honra entre os noldor era um dos pontos fundamentais nesse caso. O Juramento de Fëanor é o melhor exemplo disso: Fingolfin seguiu seu meio-irmão, não sem relutância, mas a obrigação do parentesco se fez sentir; a queima dos barcos em Dengrist foi uma decepção ainda maior para Fingolfin...que mesmo assim atravessou o Gelo à duras penas. Ele abdicara de tudo em Aman pelo irmão, apenas para ser traído depois. Essa ferida, creio eu, causou uma dor talvez maior que a causada por Grond...e duvido que tenha cicatrizado.
Ele, porém, tinha consciência, desde o momento do Juramento, de tudo o que estava fazendo...e creio também que todas as ações que ele tomou depois não foram de modo algum inconsequentes...mesmo o desafio a Morgoth: Fingolfin sabia que não havia modo de derrotar um vala, e este era o mais poderoso deles (bem, talvez não tanto como antes, pois Morgoth já havia assumido uma forma permanente e dissipado seu poder pela Terra-média; mas ainda assim, o que lhe restava de poder, estava além da compreensão de qualquer ser da Terra-média, à exceção dos Ainur.), mas era tentar alguma coisa, mesmo que no fundo soubesse ser vã, ou morrer impassível...e ele optou pela primeira.
Imagine o peso que se abateu sobre Fingolfin após a Bragollach: Angrod, Aegnor e Bregolas caíram nessa batalha. Os filhos de Fëanor foram derrotados e humilhados. Glaurung fez um estrago considerável. E a tudo isso Fingolfin não pôde fazer nada, pois fora separado da hoste principal e ficou isolado, sem poder ajudar os filhos de Finarfin.
Quando todas as notícias da batalha chegaram até ele, ele inevitavelmente contemplou a total ruína dos noldor...e quem não contemplaria tal coisa do lugar dele?! Alto-rei, com dever de proteção aos seus súditos, fracassar e vê-los massacrados. O que mais poderia ser feito? Abaixar a cabeça e chorar, esperando a morte inevitável trazida pelas hordas de Morgoth? Talvez para a maioria dos outros elfos, e dos homens também, essa fosse a única opção.
Mas não para Fingolfin.
Tudo o que ele era foi posto à prova nesse momento. Creio que ele refletiu muito, mesmo desesperado, sobre o que fazer. A lembrança de Aman, da morte de seu pai, do fratricídio, do roubo das Silmarils, da morte das Árvores, a traição de Fëanor, o tormento no Helcaraxë...tudo isso deve ter explodido em seu peito ao mesmo tempo. Quem, entre todos os Filhos de Ilúvatar, não teria sucumbido à essa dor? Pois Fingolfin não sucumbiu e, no seu ponto de vista, a única coisa a ser feita era acabar com a fonte de todo esse mau, cortar a raiz causadora dessas dores todas....ou seja, derrotar Morgoth.
Ele sabia que perderia, mas talvez lá no fundo existisse um pingo de esperança...uma intervenção dos Valar a seu favor, um auxílio que lhe desse forças. Esse pode ter sido um motivador a ele...mas não mais que o próprio fogo que o consumia.
Então cavalgou até as portas de Angband e fez seu desafio. Morgoth aceitou, mas não sem relutância...ele sentiu medo!!! Ele sabia do poder dos noldor, e principalmente do seu Alto-rei, e sua forma física agora era definitiva.
O combate foi travado. Fingolfin deixou sua marca em Morgoth para toda a eternidade, uma dor que o vala nunca deixou de sentir. A força dos noldor e de tudo que fora massacrado por Morgoth estava em cada golpe da espada do elfo. Mas, para azar dele, ele era apenas isso: um elfo e, portanto, sujeito ao cansaço. Ele enfrentou um "deus" frente-a-frente...lutou por seu povo...lutou por tudo que havia sido perdido e por tudo que se perderia se Morgoth continuasse a existir.
Ele estava destinado a perder, mas não perderia impassível.
Por um bom momento o destino da Terra-média esteve nas mãos dele, e isso deve ter pesado também.
Nesse ponto me indigno com os Valar, pois com certeza acompanharam o combate...e totalmente impassíveis. A política de não-intervenção deles causou mais mal à Terra-média do que se eles tivessem intervido.
Sete vezes ele feriu Morgoth, que sentiu uma dor quase tão aguda quanto a das Silmarils queimando em suas mãos, e na oitava vez, Fingolfin lhe cortou o pé.
Então o mais poderoso dos elfos morreu. Mas deixou sua marca. De certa forma, mesmo que não fizesse muita diferença por tudo o que Morgoth ainda foi capaz de causar, Fingolfin vingou tudo o que queria vingar.
Para mim, morreu com honra, como poucos morreram (e aí entra a questão do "herói" na obra de Tolkien: há muitos no próprio Silmarillion, mas poucos como Fingolfin; e ele partilhou do mesmo destino dos outros heróis: conquistou a glória eterna, mas pela morte).
Confesso que chorei nesse trecho, desde o momento em que ele recebeu as notícias da Bragollach até seu enterro. Pra mim, esse duelo foi um dos pontos mais tocantes do Silmarillion, se não o mais.
Bom, posso ter me empolgado um pouco, tudo bem. Mas Fingolfin é o meu personagem favorito do Silmarillion mesmo, então acho que posso ser perdoado por isso.
Ainda sim, não posso crer em inconsequência da parte dele. Ele tinha total consciência do que aconteceria, mas TEVE que agir daquele modo. Era tudo ou nada...acabou não sendo "tudo", mas tampouco foi nada. Morgoth viu o que a fúria dos noldor poderia lhe causar...e apenas um elfo lhe ferira daquele modo, o que diria de todos unidos em ódio por ele. Por isso passou a ser mais cuidadoso em seus planos, e não deixou mais sua fortaleza até o final da Guerra da Ira.
Morreu Fingolfin, o mais altivo dos elfos e mais corajoso...mas nem um pouco burro e inconsequente.
Ele foi aquilo que se esperava dele na obra de Tolkien: um grande herói, na mais pura concepção da palavra. E para ser um herói pleno, é necessária uma coisa óbvia em todas as histórias que formam tais indivíduos: morrer.
E ele o fez, da maneira mais honrada que lhe foi possível.
Most proud, most valiant
His spirit survives
Praise our King!!