• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Fascismo no Brasil

Existe a possibilidade do Brasil virar um país fascista?

  • Sim, e vai ser bom para o Brasil

    Votos: 0 0,0%

  • Total de votantes
    18

Amon_Gwareth

Paragon
É uma possibilidade?

Penso que sim. Fascismo, historicamente, cresceu em países com profundas crises e instituições fragilizadas. O processo de impeachment da Dilma foi um grande indicador de que a saúde das instituições não está funcionando bem.

O pós-corona certamente trará um cenário nefasto o suficiente para que medidas extremas sejam mais facilmente aceitas pela população geral. Vejo como o cenário perfeito para a ascensão de uma eventual direita extrema.
 
Última edição:
Voltei só pra dizer que não existe.

Pessoal confunde autoritarismo e bravata de um viúvo da ditadura com fascismo. Bolsonaro consegue tomar espanco até do Alexandre de Moraes, nada mais distante de um governo ditatorial.

Ele pode até achar a ideia bacana na cabeça dele, mas não tem a menor chance de algo do tipo ir pra frente.
 
Bolsonaro é um completo incompetente e jamais conseguirá encabeçar qualquer coisa.

O que ele deixou claro, entretanto, é que fascismo e golpe são ambos possíveis.

Certamente grupos mais articulados e com mais recursos estão prestando bastante atenção nisso.

A grande diferença é a intensa crise que está por vir. Repetindo: isso é ingrediente base para regimes fascistas.
 
Uma coisa é haver pequenos grupos ou redutos fascistas em vários cantos do país.

Daí isso ser colocado em prática no governo, aí vai uma distância enorme e com Bolsonaro então, muito maior ainda.
 
Vou deixar de lado o preciosismo conceitual e admitir aqui esse uso mais "livre" do termo fascismo, para a reflexão que segue. Acho essa discussão pouco prática e desimportante a essa altura.
Mas eu preciso entender melhor a pergunta, Amon. Eu concordo com você que cenários de crise econômica costumam coincidir com o fortalecimento de discursos de extrema-direita. Só que, no Brasil, a extrema-direita já ascendeu ao poder - ascendeu, aliás, num contexto de crise econômica, embora muito mais ameno que a situação para a qual caminhamos a passos largos.

Bolsonaro montou um governo de extrema-direita, extremamente militarizado e vem, desde o princípio, testando e tensionando os limites da ordem democrática. Desse ponto de vista, a ascensão da extrema-direita já ocorreu e ela agora briga dentro do Estado para livrar-se dos constrangimentos dos freios e contrapesos.

Mas eu discordo do Neithan. Acho que há muito de bravata, sim, mas acho também que a ameaça de uma aventura existe, considerando que o Bolsonaro ainda conta com bastante apoio entre os militares e no meio das polícias. Outro dia mesmo o Procurador Geral da República me veio a público dizer que o Exército funcionava como uma espécie de poder moderador, dizendo nas entrelinhas que na hipótese de intromissão do judiciário (quem julga se houve ou não intromissão?), seria legítima a "intervenção" dos militares. Depois desdisse. Para dar um golpe, Neithan, você não precisa nem do apoio da totalidade dos militares. Basta que alguns apoiem. Aliás, uma ruptura de institucionalidade não precisa sequer seguir o receituário de 1964, com tanques nas ruas, jornais empastelados, opositores políticos presos e buscando abrigo em embaixadas, etc.

Só que o Bolsonaro é perene fator de instabilidade e isso talvez segure um pouco os militares - não sei.

À parte a facada, que estancou o seu derretimento eleitoral, Bolsonaro foi alçado ao poder nessa vaga de antipetismo e antipolítica associada à crise do nosso quadro partidário, com o apoio do grande empresariado, do mercado financeiro, das igrejas evangélicas etc, fazendo-se mula eleitoral do consenso liberalizante que emergiu na contraface do colapso do pacto lulo-petista, visando a garantir a agenda das reformas enquanto diziam para si mesmos que Bolsonaro jamais poderia ser um risco para a democracia e apontavam Sergio Moro e Paulo Guedes como garantes da estabilidade... pff.

Esse mesmo consenso liberalizante que o alçou ao poder começa a renegar a própria manobra e, à exceção de uma parcela estúpida do empresariado, começa a retirar-lhe o apoio, enquanto Bolsonaro continua gerando sucessivas crises no meio de uma crise global esmagadora. Só que, enquanto isso, Bolsonaro encheu o governo de generais, da reserva e da ativa, e parece disposto a querer usar canhão como argumento.

Por enquanto, ainda se segura, sobre uma base de apoiadores relativamente estável, que gira em torno dos 30% há meses, não importa quantas merdas o governo faça - muito embora a rejeição cresça dia após dia. Também ganhou sobrevida, comprando o apoio do Centrão - então, por enquanto, ele conta com os votos necessários para barrar um eventual processo de impeachment ou um julgamento do Supremo por crime comum. Mas essa base política é bastante movediça. Não apostaria tanto em sua durabilidade.

Acho mais provável que, no fim das contas, Bolsonaro acabe cuspido por esse mesmo consenso que o elegeu, que vai tentar migrar pra outra figura menos indigesta, pra tentar manter viva essa agenda liberalizante. Se bem que, me parece, essa agenda tende a perder força, considerando a crise gerada pela pandemia, quando até mesmo economistas ortodoxos têm botado um pezinho na heterodoxia.

A pergunta do Amon é se existe a possibilidade de nos tornarmos um "país fascista". Se com isso, ele fala de ruptura da institucionalidade por parte da extrema-direita, eu acho que essa não é uma carta fora do baralho. Bem entendido, eu não acho que vá acontecer. Acho que o Bolsonaro não termina esse mandato. Mas acho que os riscos existem e que o momento é tenso.
 
Última edição:
Mas eu preciso entender melhor a pergunta, Amon. Eu concordo com você que cenários de crise econômica costumam coincidir com o fortalecimento de discursos de extrema-direita. Só que, no Brasil, a extrema-direita já ascendeu ao poder - ascendeu, aliás, num contexto de crise econômica, embora muito mais ameno que a situação para a qual caminhamos a passos largos.
A definição de fascismo é de um poder centralizado, militarizado, com heróis, de partido único e sem respeito a instituições. Não há livre interpretação. Inclusive, um dos principais males que enfrentamos é essa mistificação da temática fascista - quando ela é, na verdade, bem simples.

Então sim; falo precisamente do aleijamento das instituições em favor do discurso que estão pregando. O único conflito que precisarão resolver é o do compromisso com a agenda econômica liberal - mas essa solução deve ocorrer de forma trivial com a crise que está por vir.

Talvez a confusão que ocorra é a que você apontou. Que fascismo será perseguição a judeus, tanques na rua e etc - quando isso é outra coisa.
 
Acho que uma olhada na história recente do país nos ajuda a entender que o fio que ainda nos protege de uma ruptura democrática total é muito tênue. E também acho que o uso do termo fascismo para designar a pretensão da centralização do poder nas mãos de um governante não seja um equívoco.

Há quem defenda que há um extrapolamento semântico do termo, o que eu não acho, porque o fato de AINDA não termos todas as características do fascismo explícitas, não significa que não tenhamos características suficientes para usar o termo sem que ele perca a sua importância. Mas, ok, digamos que a gente não use o termo, é importante lembrarmos que esse tipo de governo totalitário tem, em sua escalada, o apoio popular - e ainda tem uma parcela da população que defende, enfaticamente, todas as (des)medidas adotadas por Bolsonaro.

A esse respeito, tem uma coisa que me marcou, muito, em uma manifestação que aconteceu no dia 15 de março de 2015, bem antes da eleição do Jair para a presidência.

Naquela ocasião, foi possível contabilizar mais de 800 selfies com o torturador Carlos Alberto Augusto, ex-delegado do Dops. Muitas pessoas ficavam dizendo que quem estava pedindo a volta da Ditadura era uma minoria. Não era! Uma quantidade considerável de pessoas deu palanque para um torturador falar. E digo mais, não um torturador arrependido. Um torturador convicto de que todas as atrocidades que cometeu estavam certas. Um torturador que se orgulha de ter o sangue de muitas pessoas em suas mãos. Isso é endossar o discurso das pessoas que pediam - e ainda pedem - a volta da ditadura.

Não podemos ser ingênuos de pensar que os golpes, hoje, terão os mesmos contornos dos golpes de outrora. As sociedades mudam, os pactos sociais, também. Muda-se o jeito de fazer política em uma época em que não há possibilidade alguma de interpretação serena para uma situação complexa, já que somos expostos ao eixo de simultaneidade: ação, transmissão e interpretação da ação transmitida no momento em que ocorre. Narrativa é uma elaboração que acontece a posteriori. Talvez, agora, no olho do furacão, não consigamos descrever, exatamente, o momento político por que passamos uma vez que o máximo que conseguimos fazer é vivenciá-lo.
 
Eu ainda não sei se voto na primeira ou na segunda opção. Meu lado sensato diz que eu deveria votar na segunda, mas meu lado exausto, por causa dessa merda toda, diz que eu deveria votar na primeira.
 
A definição de fascismo é de um poder centralizado, militarizado, com heróis, de partido único e sem respeito a instituições. Não há livre interpretação. Inclusive, um dos principais males que enfrentamos é essa mistificação da temática fascista - quando ela é, na verdade, bem simples.

Então sim; falo precisamente do aleijamento das instituições em favor do discurso que estão pregando. O único conflito que precisarão resolver é o do compromisso com a agenda econômica liberal - mas essa solução deve ocorrer de forma trivial com a crise que está por vir.

Talvez a confusão que ocorra é a que você apontou. Que fascismo será perseguição a judeus, tanques na rua e etc - quando isso é outra coisa.

Essa discussão sobre o que unifica, por exemplo, experiências distintas como o fascismo italiano, o nazismo alemão, o franquismo, o salazarismo, o integralismo (ainda que este não se tenha efetivado como projeto de poder), etc, não é tão pacífica, Amon. Quando você abre o dicionário de política do Norberto Bobbio, ele inicia esse verbete aludindo exatamente a essa dificuldade de conceituação e às vertentes que existem a respeito. E o Bobbio diz que, por vezes, é exatamente o uso muito "livre" do termo que o obscurece.
Há quem considere o fascismo um fenômeno mais localizado historicamente, há quem não se prenda tanto à cronologia.

Desculpa a chatice. Mas, de verdade mesmo, quando disse não estar interessado nesses "preciosismos conceituais", o fiz exatamente porque costuma aparecer alguém dizendo que é uma impropriedade chamar o Bolsonaro de fascista. Meu intuito era meio que dizer: "Bicho, beleza! Chama do que você quiser. Essa discussão importa pouco agora, o ponto é que há uma ameaça e precisamos encará-la de algum modo". [E eu mesmo chamo esse governo de fascistóide às vezes. O vocabulário político é vivo, não adianta querer meter manual no meio a todo momento! :dente: ].

Mas você esclareceu a pergunta. Era no sentido que eu imaginei mesmo, então. E Amon, eu não votei na enquete, porque não soube em qual opção votar. rs
Acho que investir apenas no debate pode ser inócuo. Por outro lado, não sei o que incluiria intensificar a estratégia de combate a extremos. Aí caberia desde xingar a mãe até organizar luta armada. :lol:
 
Acho que investir apenas no debate pode ser inócuo. Por outro lado, não sei o que incluiria intensificar a estratégia de combate a extremos. Aí caberia desde xingar a mãe até organizar luta armada. :lol:
Nesse caso pode ser algo mais alinhado com as organizações antifa. Algo bem próximo de guerrilha urbana mesmo, para não dar liberdade de manifestação as passeatas claramente anti-democráticas e deixá-los mais uma vez com medo de sair na rua para manifestar publicamente esses símbolos que estão cada dia mais comuns nas notícias.

Eu penso que diálogo é o caminho pois não vejo mobilização de guerrilha como uma realidade no Brasil. A enraizada ideia de “manifestações sem vandalização” ou o eterno sonho de que a polícia espontaneamente aceite a pauta de protesto cria uma distância gigantesca entre o que dá para atingir com mobilização urbana e o que é necessário.

Pra mim isso fica muito claro com o típico de discurso de “diálogo com fascista só na ponta do fuzil” e na improbabilidade disso algum dia chegar sequer próximo a se concretizar.

Claro, esse é o meu ponto de vista pessimista/fatalista.
 
Eu tendo a concordar com o @Mercúcio . Existe uma ameaça, mas no momento, acho mais provável que não se concretize, mesmo pela incapacidade do Bolsonaro de se abrir à alianças e fazer concessões. Então, o mais provável é que o pessoal que ainda sustenta ele (empresários e os militares) acabe migrando para uma figura menos controversa, mas ainda do lado conservador. Um Doria, ou mesmo o Moro.
 
Eu tendo a concordar com o @Mercúcio . Existe uma ameaça, mas no momento, acho mais provável que não se concretize, mesmo pela incapacidade do Bolsonaro de se abrir à alianças e fazer concessões. Então, o mais provável é que o pessoal que ainda sustenta ele (empresários e os militares) acabe migrando para uma figura menos controversa, mas ainda do lado conservador. Um Doria, ou mesmo o Moro.
Mas pelo que entendi você vai de “Não, existe mais um flerte irracional”

O @Mercúcio , pelo que entendi também, está entre os dois primeiros “Sim”

Votem, suas desgraças. Fica mais fácil entender as posições assim :rofl:
 
Eu fico muito receosa de subestimar o Bolsonaro porque ele é burro. Isso a gente já sabe, mas quem orquestra as ações dele definitivamente não é burro e é um grupo de pessoas que claramente é extremista o suficiente pra forçar uma ruptura com as instituições e colocar o Mito no holofote. E se ele cair, eles colocam outro e taxam de comunista disfarçado e traidor da pátria que se vendeu. É muito fácil enveredar pra esse caminho se o Bolso pisar fora da linha ou não servir mais aos propósitos, como talvez seja o que está acontecendo. O propósito inicial era tirar o PT e um governo de pseudoesquerda do poder e enterrar de vez a reputação de qualquer um que tenha tendências minimamente esquerdistas. Pronto: a esquerda já está suficientemente queimada e demonizada, graças aos discursinhos fáceis e ao gabinete do ódio e das fake news, ah e sem esquecer os influenciadores, principalmente no YouTube, que usam o vídeo como prova cabal de quaisquer "teorias" que eles queiram comprovar.

Os simbolismos estão aí e, aos poucos, a gente vai vendo como o discurso vai passando, caso a caso, de ser discurso pra prática. A gente pode morrer de rir dos 300 do Brasil (que tavam mais pra 50 do Brasil), mas a intenção é realmente montar uma milícia armada pra perseguir os desafetos. Foi divulgada uma lista com dados pessoais e endereços de milhares de pessoas que se declarara antifascistas num documento de 99 páginas. Hoje, um homem armado invadiu os estúdios da Globo e fez uma repórter de refém, aos gritos de "Globo Lixo!" e "quero falar com a Renata Vasconcelos". Cada vez mais jornalistas e profissionais da imprensa têm seus trabalhos interrompidos ou dificultados e isso vai alimentando um desejo de perseguição que, daqui a pouco, se a gente continuar subestimando porque foi um ou outro, vai escalonar e sair do controle.

A maior característica desse governo (e do Bolsonaro e seus filhos) é ser sonso. Eles jogam os simbolismos e as provocações pra fazer o pessoal perder a cabeça e ir às vias de fato. E depois saem como ofendidinhos e "não foi bem isso", invertendo o discurso e a narrativa. Foi e está sendo assim com a imprensa e as inúmeras declarações e afirmações desmentidas em seguida e está começando a ser assim em ações práticas, como o discurso nazista do ministro lá, o passeiozinho à cavalo e (também) o rolê do leite. São símbolos pequenos e aparentemente banais, mas que inflamam os extremistas e fazem a galera da esquerda se morder e perder a linha mesmo, só pra depois serem taxados de loucos e ter que lidar com memes tipo "Hitler bebia água. Bolsonaro bebe água. BOLSONARO NAZISTAARHAGSHASFARSGAHSGA". Por isso eu defendo que com extremista a gente lida é na base da paulada mesmo.
 
Se decidam, ou falem o que vocês entendem por Fascismo ou mudem o título do tópico para "Eu só quero uma desculpa para xingar o Bolsonaro".

E tópico de malhação é o que não falta na Valinor.
 
Elring e fcm me decepcionaram. Eu contava com o voto deles para a última opção. Mas tenho fé no Haran Alkarin.

Foi uma brincadeira, gente. Só para quebrar o gelo, ok?
 
Se decidam, ou falem o que vocês entendem por Fascismo ou mudem o título do tópico para "Eu só quero uma desculpa para xingar o Bolsonaro".

E tópico de malhação é o que não falta na Valinor.

não é como se trancássemos tópicos ou apagássemos posts elogiando o governo. vai lá e posta se você tem algo de bom para falar sobre o que tem acontecido com o brasil, ué.
 
Eu fico muito receosa de subestimar o Bolsonaro porque ele é burro. Isso a gente já sabe, mas quem orquestra as ações dele definitivamente não é burro e é um grupo de pessoas que claramente é extremista o suficiente pra forçar uma ruptura com as instituições e colocar o Mito no holofote. E se ele cair, eles colocam outro e taxam de comunista disfarçado e traidor da pátria que se vendeu. É muito fácil enveredar pra esse caminho se o Bolso pisar fora da linha ou não servir mais aos propósitos, como talvez seja o que está acontecendo. O propósito inicial era tirar o PT e um governo de pseudoesquerda do poder e enterrar de vez a reputação de qualquer um que tenha tendências minimamente esquerdistas. Pronto: a esquerda já está suficientemente queimada e demonizada, graças aos discursinhos fáceis e ao gabinete do ódio e das fake news, ah e sem esquecer os influenciadores, principalmente no YouTube, que usam o vídeo como prova cabal de quaisquer "teorias" que eles queiram comprovar.

Os simbolismos estão aí e, aos poucos, a gente vai vendo como o discurso vai passando, caso a caso, de ser discurso pra prática. A gente pode morrer de rir dos 300 do Brasil (que tavam mais pra 50 do Brasil), mas a intenção é realmente montar uma milícia armada pra perseguir os desafetos. Foi divulgada uma lista com dados pessoais e endereços de milhares de pessoas que se declarara antifascistas num documento de 99 páginas. Hoje, um homem armado invadiu os estúdios da Globo e fez uma repórter de refém, aos gritos de "Globo Lixo!" e "quero falar com a Renata Vasconcelos". Cada vez mais jornalistas e profissionais da imprensa têm seus trabalhos interrompidos ou dificultados e isso vai alimentando um desejo de perseguição que, daqui a pouco, se a gente continuar subestimando porque foi um ou outro, vai escalonar e sair do controle.

A maior característica desse governo (e do Bolsonaro e seus filhos) é ser sonso. Eles jogam os simbolismos e as provocações pra fazer o pessoal perder a cabeça e ir às vias de fato. E depois saem como ofendidinhos e "não foi bem isso", invertendo o discurso e a narrativa. Foi e está sendo assim com a imprensa e as inúmeras declarações e afirmações desmentidas em seguida e está começando a ser assim em ações práticas, como o discurso nazista do ministro lá, o passeiozinho à cavalo e (também) o rolê do leite. São símbolos pequenos e aparentemente banais, mas que inflamam os extremistas e fazem a galera da esquerda se morder e perder a linha mesmo, só pra depois serem taxados de loucos e ter que lidar com memes tipo "Hitler bebia água. Bolsonaro bebe água. BOLSONARO NAZISTAARHAGSHASFARSGAHSGA". Por isso eu defendo que com extremista a gente lida é na base da paulada mesmo.
Pois é, por isso que eu acho perigoso o discurso de "haha, é só bravata, não tem coragem". Como disse no meu post, no momento eu acho mais improvável que provável uma ruptura institucional. Mas pra isso se manter tem que ter uma resposta firme das instituições a essas provocações de Bolsonaro & cia, pra evitar que se concretizem as ameaças.
 
não é como se trancássemos tópicos ou apagássemos posts elogiando o governo. vai lá e posta se você tem algo de bom para falar sobre o que tem acontecido com o brasil, ué.

Aí eu estaria militando e fazendo propaganda do Governo. E faz um bom tempo que nem comento mais sobre o atual governo Bolsonaro, ainda mais depois da adesão ao centrão.
Também não pretendo soltar foguetes cada vez que o número de infectados sobe no país, aonde trabalho já teve 3 casos confirmados e o máximo que a empresa fez foi colocar uma planilha e anotar a matrícula e a temperatura dos funcionários.
Mas já vi que Fascismo aqui é só no discurso mesmo, nada mais.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.404,79
Termina em:
Back
Topo