Pandatur
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As citações a seguir foram retiradas das "Leis e costumes dos Eldar", na parte "Sobre a rencarnação para os Eldar...", que pode ser conferida aqui Os termos em negrito são meus, para dar ênfase.
Lendo o texto, percebemos claramente que a convocação do fëa após a morte do hröa é na verdade um convite que pode ser recusado, e que, segundo os Eldar, antes da Sombra de Morgoth se abater sobre o Mundo, muitos foram os que recusaram o chamado. Já com Morgoth dominando a Terra-Média, e após ele, Sauron tentando o mesmo, o medo era o ponto crucial que fazia com que muitos elfos aceitassem o convite para se dirigirem à Mandos no pós-morte. Percebemos contudo que os elfos relutantes eram os Moriquendi, aqueles que não conheceram a luz de Aman. Pois eu duvido que um Sinda ou um noldo exitaria retornar à Mandos após perecer, a não ser que o mal estivesse realmente presente em seu coração.
Esta frase é também interessante:
Sobre esses espíritos andantes, outro ponto interessante é:
Bem, a tenda está armada, e espero que tenhamos alguma discussão produtiva e gostosa aqui, e que nos divirtamos e aprendamos um pouco mais uns com os outros. pra terminar, vai esta frase que resume, pelo menos para mim, o motivo pelo qual os elfos são vistos por alguns povos atuais, e até mesmo antigos, como entidades malignas:
PS: Tolkien era genial.
O fëa é único e, no final, impregnável. Ele não pode ser levado a Mandos. Ele é convocado; e a convocação procede apenas da autoridade, e é imperativa; ainda assim, ela pode ser recusada. Entre aqueles que recusaram a convocação (ou melhor dizendo, convite) dos valar à Aman nos primeiros anos dos elfos, recusas às convocações a Mandos e aos Salões da Espera são,os eldar dizem, Freqüentes. Isto era menos freqüente, entretanto, nos dias antigos, enquanto Morgoth estava em Arda, ou seu servo Sauron depois dele; pois então o fëa desabrigado fugiria aterrorizado da Sombra para qualquer refúgio - a não ser que já estivesse comprometido com a Escuridão e passado ao seu domínio. De qualquer maneira, mesmo alguns daqueles dos eldar que tornaram-se corrompidos recusavam a convocação, e então possuiam pouco poder para resistir às contraconvocações de Morgoth.
Mas pareceria que nestes dias posteriores mais e mais elfos, sejam eles dos eldalië em origem, sejam de outras raças, que demoram-se agora na Terra-média recusam a convocação de Mandos, e vagam desabrigados no mundo†, negando-se a deixá-lo e incapazes de habitá-lo, assombrando árvores, fontes ou lugares ocultos que conheciam. Nem todos destes são amigáveis ou intocados pela Sombra. De fato, a recusa à convocação é em si um sinal de mácula.
† Pois apenas aqueles que desejavam ir a Mandos podiam renascer. O renascimento é uma graça, e vem do poder que Eru entregou aos valar para governar Arda e a reparação de seu desfiguramento. Ele não situa-se no poder de qualquer fëa em si. Somente retornam aqueles que, após Mandos ter pronunciado a sentença de liberação, Manwë e Varda abençoam.
É, portanto, algo imprudente e arriscado, além de ser um ato errado proibido justamente pelos Governantes de Arda, os vivos tentarem se comunicar com os desencarnados, embora os desabrigados possam desejá-lo, especialmente os mais indignos entre eles. Pois os desencarnados, vagando pelo mundo, são aqueles que no mínimo recusaram a porta da vida e continuaram pesarosos e auto-piedosos. Alguns são preenchidos com rancor, desgosto e inveja. Alguns eram escravizados pelo Senhor do Escuro e ainda fazem o seu trabalho, apesar de ele ter partido. Eles não dirão verdades ou sabedoria. Apelar-lhes é uma tolice. Tentar dominá-los e fazê-los servos da própria vontade de alguém é perversidade. Tais práticas são as de Morgoth; e os necromantes são da hoste de Sauron, seu servo.
Alguns dizem que os desabrigados desejam corpos, apesar de não quererem fazê-lo legalmente pela submissão ao julgamento de Mandos. Os perversos entre eles tomarão corpos, se puderem, contra a lei. O perigo de comunicar-se com eles não é, entretanto, apenas o risco de ser iludido por fantasias ou mentiras: há também o perigo da destruição. Pois algum dos famintos desabrigados, se lhe for permitido a amizade de alguém vivo, pode procurar expulsar o fëa de seu corpo; e no duelo pelo domínio, o corpo pode ser gravemente ferido, mesmo se não for arrancado de seu habitante de direito. Ou o desabrigado pode implorar por abrigo e, se lhe for concedido, então ele procurará escravizar seu hospedeiro e usar tanto sua vontade como seu corpo para seus próprios propósitos.
Lendo o texto, percebemos claramente que a convocação do fëa após a morte do hröa é na verdade um convite que pode ser recusado, e que, segundo os Eldar, antes da Sombra de Morgoth se abater sobre o Mundo, muitos foram os que recusaram o chamado. Já com Morgoth dominando a Terra-Média, e após ele, Sauron tentando o mesmo, o medo era o ponto crucial que fazia com que muitos elfos aceitassem o convite para se dirigirem à Mandos no pós-morte. Percebemos contudo que os elfos relutantes eram os Moriquendi, aqueles que não conheceram a luz de Aman. Pois eu duvido que um Sinda ou um noldo exitaria retornar à Mandos após perecer, a não ser que o mal estivesse realmente presente em seu coração.
Esta frase é também interessante:
. O Senhor do Escuro seria Morgoth ou Sauron? Creio que seria Sauron, mas o fato é que, indepensente disso, fëar élficos malignos existiam na Terra-Média fazendo o "trabalho sujo", mesmo que seus Senhores não mais estivessem por lá. Se esses fëar seriam de elfos escravisados, que segundo teorias e lendas, deixaram seus hröar que tornaram-se orcs, ou simplesmente de elfos maus que por algum motivo morreram, eu não sei. Afinal, creio que aqueles que sofreram tortura de Morgoth teriam seus fëar dirigidos à Mandos, como diz a fraseAlguns eram escravizados pelo Senhor do Escuro e ainda fazem o seu trabalho, apesar de ele ter partido.
Mas em seguida temos queIsto era menos freqüente, entretanto, nos dias antigos, enquanto Morgoth estava em Arda, ou seu servo Sauron depois dele; pois então o fëa desabrigado fugiria aterrorizado da Sombra para qualquer refúgio
o que indica que se Morgoth fizesse uma "tortura psicológica" levando a mente do elfo para o mal, este se tornaria maligno, e poderia sim, recusar o convite após a morte.- a não ser que já estivesse comprometido com a Escuridão e passado ao seu domínio
Sobre esses espíritos andantes, outro ponto interessante é:
ou seja, eles poderiam tentar tomar um corpo abrigado, ou mesmo destruí-lo.Os perversos entre eles tomarão corpos, se puderem, contra a lei.
Mas o espírito poseria também usar o corpo e a vontade daquele que estivesse encarnado, se, implorando por abrigo, este lhe for concedido. Ao que parece, teríamos dois fëar em um único hröa, um dominando o outro, e creio que até que o mais fraco seja expulso do corpo.no duelo pelo domínio, o corpo pode ser gravemente ferido, mesmo se não for arrancado de seu habitante de direito.
o desabrigado pode implorar por abrigo e, se lhe for concedido, então ele procurará escravizar seu hospedeiro e usar tanto sua vontade como seu corpo para seus próprios propósitos.
Bem, a tenda está armada, e espero que tenhamos alguma discussão produtiva e gostosa aqui, e que nos divirtamos e aprendamos um pouco mais uns com os outros. pra terminar, vai esta frase que resume, pelo menos para mim, o motivo pelo qual os elfos são vistos por alguns povos atuais, e até mesmo antigos, como entidades malignas:
Assim pode ser visto que, aqueles que em dias posteriores acreditam que os elfos são perigosos para os homens e que é estupidez ou reprovável procurar conversar com eles, não o dizem sem razão.(...)Assim falou Ælfwine.
PS: Tolkien era genial.