Lindoriel
Saurita Catita
AVISOS: tem cenas de sexo, casal gay/hetero (Sauron e Melkor - o Sauron vira mulher no meio da fic), algumas palavras chulas. Não é tão pesada quanto as outras pq nessa eu enfatizo mais o tema da gravidez e não o tema do sexo, mas vai ter sexo - homo e hetero - no meio da fic, logo, quem não curte tem toda a liberdade de fechar lá em cima e não ler.
Esta fic tbm é a continuação direta de "A demanda de Mairon", eu faço várias e depois interligo as fics; com outros fandoms (como Saint Seiya) eu tbm faço isso.
No mais, enjoy it!
OoOoOoOoOoOoO
Maternidade
O povo que veio de Tol in Gaurhoth estava esperando por instruções de como agir. Todos eles foram expulsos de sua ilha e lar, e agora não tinham um local para ir ou viver. Havia rumores sobre seu senhor, Mairon, ter sido vencido por Lúthien e Huan, e então ele fugira para não ser morto. Bem, verdade ou mentira, o fato era que eles estavam sem casa.
Foi-lhes dito para se reunirem em algum campo obscuro perto de Angband a fim de receber ordens e diretrizes do próprio Mairon. E logo ele apareceu. Sua figura alta, quase divina, era impressionante e ao mesmo tempo intimidadora. Quando ele chegou, quase todas as criaturas, wargs e orcs, vampiros e troll, ficaram em silêncio. Mas para calar o resto das poucas criaturas as quais não ficaram totalmente quietas, ele disse apenas uma vez:
- Silêncio!
Todos obedeceram. Ele lhes deu um olhar longo, frio, cortante a todos eles e então disse:
- Eu sei que vocês estão sem lugar para ir agora. Vocês não têm um bom espaço ou mesmo salas suficientes aqui em Angband. Então, eu lhes darei um lugar em Dorthonion. Eu mesmo falei com nosso mestre Melkor e ele me disse que eu posso construir uma fortaleza lá. Mas esta fortaleza será secreta. Eu NÃO quero conversas sobre isto, NÃO quero idiotas querendo exibir o lugar apenas para parecerem "grandiosos" ou algo assim. A melhor maneira de agir é no silêncio. Agora, há muitos elfos nesta floresta. Eles vão a Dorthonion de vez em quando. Então, se alguns de vocês puder matar ou apenas capturar alguns elfos, mas em SILÊNCIO e de forma discreta, vocês serão recompensados. Cada um de vocês. Os elfos são os culpados por agora vocês não terem mais Tol in Gaurhoth. Portanto, eles precisam ser destruídos. Mas em SILÊNCIO.
O maia colocou tanta força nesta palavra, que o total silêncio pareceu ficar ainda mais "silencioso" que antes.
- Agora? Entenderam? Bom. Eu posso ser generoso com meus seguidores, mas eu NÃO sou tolo. Aqueles que trabalharem bem serão altamente recompensados. Aqueles que trabalharem mal ou simplesmente não trabalharem serão exemplarmente punidos. Isto é justiça. Este é o lema de Angband. Trabalhem bem e vocês estarão bem. Trabalhem em silêncio e discrição, e vocês estarão sob meu favor. Façam o contrário, e vocês não sobreviverão na nova fortaleza e sob meu domínio. Fui claro?
Todos simplesmente acenaram positivamente com as cabeças. Ainda com seu olhar arrogante, Mairon finalizou seu discurso:
- Agora vocês estão liberados, mas em breve os trabalhos se iniciarão na floresta. Estejam preparados.
Sem mais nada a dizer, o maia simplesmente virou as costas e foi para o interior de Angband. O povo de Tol in Gaurhoth começou a falar e deliberar entre eles mesmos sobre o que aconteceria na floresta. Mairon não confirmou sobre o assalto feito por Lúthien e Huan, mas aquilo não importava agora. O que importaria seria a nova fortaleza. Como poderia ser ela? Quanto tempo tempo seria necessário para construir tal novo lugar para todos viverem?
Era muito cedo para saber a resposta de todas estas questões, mesmo para Mairon. Ele ainda estava preocupado acerca de sua própria humilhação e derrota feitos por uma donzela e um cão - mesmo que ambos tivessem origem Ainu. Ele não poderia ter resistido ante dois poderes Ainu juntos, mas ele não podia parecer fraco ou derrotado para seus servidores e seguidores.
Seu mestre, Melkor, fora no passado sua pior preocupação. Ele pensou que seu senhor não o perdoaria, mas ele não somente perdoou como ainda deu a ele permissão para construir uma nova fortaleza e um novo domínio para si mesmo. Parecia que Melkor não se importava muito com a Silmaril perdida, uma vez que ele esquecia as coisas facilmente e não tinha muita disciplina e paciência para terminar o que começava. Neste ponto, Mairon era sua principal fonte de ajuda: ele gostava de usar todo o poder do poderoso vala e colocá-lo em ordem, a fim de tudo disciplinar. E então, a parceria de ambos, vala e maia negros, podia existir de maneira bem sucedida desta forma.
Mairon mesmo se oferecera para encontrar a Silmaril e tirá-la de Carcharoth, e se ele pudesse ter agido mais cedo a joia estaria no poder de Melkor novamente. Mas Melkor não quis, ele começou a procurar por Mairon por um tempo demasiado longo, enquanto ele estava escondido em Dorthonion.
Este foi seu erro. Ele perdera Carcharoth e a Silmaril apenas porque concentrara seus esforços para encontrar seu mais fiel e confiável servo. Mairon ficou feliz com isto, mas... ele sabia. A maneira mais prática e racional de fazer as coisas seria encontrar a Silmaril, não a si mesmo. Mas o vala sempre havia feito tudo guiado pela emoção.
E agora ele, Mairon, precisava agir com toda sua racionalidade a fim de não deixar tudo ser perdido pela impulsividade de Melkor.
Ele chegou à sala do trono e Melkor estava lá - sorrindo, recebendo-o como se nada houvesse acontecido.
- Como está você, meu lindo servo?
- Eu estou bem, meu senhor. Obrigado por sua consideração. Mas... nós precisamos dar aos servos menores de Tol in Gaurhoth um novo lar.
- Está bem para mim. Você falou com eles?
- Sim. Em breve a fortaleza começará a ser construída. Mas eu preciso saber... enquanto ela não está pronta, onde eles dormirão e comerão?
- Nós temos alguns quartos e salas sobrando aqui em Angband. Isto será suficiente por algum tempo.
O maia permaneceu em frente a seu senhor, como se quisesse perguntar algo somente com seu olhar dourado. O vala percebeu que ele queria dizer algo, e então disse a ele:
- Você precisa de algo mais, meu bem?
- ...se isto não fosse realmente aborrecido para si, meu senhor... eu gostaria de saber onde eu vou ficar.
- Oras! Comigo, claro!
- ...eu sou muito grato por sua generosidade, meu senhor, mas... em Tol in Gaurhoth eu costumava ter meus próprios aposentos.
- Qual o problema em estar comigo em meu quarto?! Todos os meus servos gostariam de ter esta glória! Você está desdenhando o fato de ficar comigo em meu próprio quarto?!
- Claro que não, meu senhor! É algo muito bom para mim, mas... eu não gostaria de lhe aborrecer em seu espaço privado...
O vala sorriu a seu loiro intendente e então o abraçou pela cintura.
- Meu querido... você nunca me aborrece. Como eu poderia me incomodar em dividir meu quarto com tal ser lindo, doce e ao mesmo tempo feroz como você?
Então o vala beijou os lábios de seu servo e amante. Mairon sorriu e então foi aos recintos privados do vala - e agora seus também, e suspirou. Ele amava a Melkor mais que tudo em sua vida - mais que a si mesmo. Mas a relação deles poderia ser bem sucedida apenas porque eles vivam separados. Uma vez no passado, Melkor em Utumno, Mairon em Angband; então, depois da destruição de Utumno, Melkor em Angband e Mairon em Tol in Gaurhoth. Eles se comunicavam com frequência, tinham encontros, mas todas as coisas estavam separadas. Melkor com seus servos e fortaleza, Mairon com seus servos e fortaleza; tudo poderia fluir bem dessa forma.
Mas ambos juntos, até mesmo no mesmo quarto, não poderia ser algo bom. O maia sabia do amor deles e sabia que ele era muito real, mas ao mesmo tempo sua racionalidade mostrava as razões do porquê eles eram tão diferentes entre si: Mairon a ordem e disciplina, o afiado porém estritamente calculado corte cirúrgico. Melkor a força, a luta, o esmagamento, o caos em si mesmo. Poderia esta mistura ser bem sucedida se fossem colocados tão próximos um do outro?
"Eu não sei", ele suspirou outra vez, então saiu para supervisionar mais alguns servos e delegar tarefas.
To be continued
OoOoOoOoOoOoO
Esta fic tbm é a continuação direta de "A demanda de Mairon", eu faço várias e depois interligo as fics; com outros fandoms (como Saint Seiya) eu tbm faço isso.
No mais, enjoy it!
OoOoOoOoOoOoO
Maternidade
O povo que veio de Tol in Gaurhoth estava esperando por instruções de como agir. Todos eles foram expulsos de sua ilha e lar, e agora não tinham um local para ir ou viver. Havia rumores sobre seu senhor, Mairon, ter sido vencido por Lúthien e Huan, e então ele fugira para não ser morto. Bem, verdade ou mentira, o fato era que eles estavam sem casa.
Foi-lhes dito para se reunirem em algum campo obscuro perto de Angband a fim de receber ordens e diretrizes do próprio Mairon. E logo ele apareceu. Sua figura alta, quase divina, era impressionante e ao mesmo tempo intimidadora. Quando ele chegou, quase todas as criaturas, wargs e orcs, vampiros e troll, ficaram em silêncio. Mas para calar o resto das poucas criaturas as quais não ficaram totalmente quietas, ele disse apenas uma vez:
- Silêncio!
Todos obedeceram. Ele lhes deu um olhar longo, frio, cortante a todos eles e então disse:
- Eu sei que vocês estão sem lugar para ir agora. Vocês não têm um bom espaço ou mesmo salas suficientes aqui em Angband. Então, eu lhes darei um lugar em Dorthonion. Eu mesmo falei com nosso mestre Melkor e ele me disse que eu posso construir uma fortaleza lá. Mas esta fortaleza será secreta. Eu NÃO quero conversas sobre isto, NÃO quero idiotas querendo exibir o lugar apenas para parecerem "grandiosos" ou algo assim. A melhor maneira de agir é no silêncio. Agora, há muitos elfos nesta floresta. Eles vão a Dorthonion de vez em quando. Então, se alguns de vocês puder matar ou apenas capturar alguns elfos, mas em SILÊNCIO e de forma discreta, vocês serão recompensados. Cada um de vocês. Os elfos são os culpados por agora vocês não terem mais Tol in Gaurhoth. Portanto, eles precisam ser destruídos. Mas em SILÊNCIO.
O maia colocou tanta força nesta palavra, que o total silêncio pareceu ficar ainda mais "silencioso" que antes.
- Agora? Entenderam? Bom. Eu posso ser generoso com meus seguidores, mas eu NÃO sou tolo. Aqueles que trabalharem bem serão altamente recompensados. Aqueles que trabalharem mal ou simplesmente não trabalharem serão exemplarmente punidos. Isto é justiça. Este é o lema de Angband. Trabalhem bem e vocês estarão bem. Trabalhem em silêncio e discrição, e vocês estarão sob meu favor. Façam o contrário, e vocês não sobreviverão na nova fortaleza e sob meu domínio. Fui claro?
Todos simplesmente acenaram positivamente com as cabeças. Ainda com seu olhar arrogante, Mairon finalizou seu discurso:
- Agora vocês estão liberados, mas em breve os trabalhos se iniciarão na floresta. Estejam preparados.
Sem mais nada a dizer, o maia simplesmente virou as costas e foi para o interior de Angband. O povo de Tol in Gaurhoth começou a falar e deliberar entre eles mesmos sobre o que aconteceria na floresta. Mairon não confirmou sobre o assalto feito por Lúthien e Huan, mas aquilo não importava agora. O que importaria seria a nova fortaleza. Como poderia ser ela? Quanto tempo tempo seria necessário para construir tal novo lugar para todos viverem?
Era muito cedo para saber a resposta de todas estas questões, mesmo para Mairon. Ele ainda estava preocupado acerca de sua própria humilhação e derrota feitos por uma donzela e um cão - mesmo que ambos tivessem origem Ainu. Ele não poderia ter resistido ante dois poderes Ainu juntos, mas ele não podia parecer fraco ou derrotado para seus servidores e seguidores.
Seu mestre, Melkor, fora no passado sua pior preocupação. Ele pensou que seu senhor não o perdoaria, mas ele não somente perdoou como ainda deu a ele permissão para construir uma nova fortaleza e um novo domínio para si mesmo. Parecia que Melkor não se importava muito com a Silmaril perdida, uma vez que ele esquecia as coisas facilmente e não tinha muita disciplina e paciência para terminar o que começava. Neste ponto, Mairon era sua principal fonte de ajuda: ele gostava de usar todo o poder do poderoso vala e colocá-lo em ordem, a fim de tudo disciplinar. E então, a parceria de ambos, vala e maia negros, podia existir de maneira bem sucedida desta forma.
Mairon mesmo se oferecera para encontrar a Silmaril e tirá-la de Carcharoth, e se ele pudesse ter agido mais cedo a joia estaria no poder de Melkor novamente. Mas Melkor não quis, ele começou a procurar por Mairon por um tempo demasiado longo, enquanto ele estava escondido em Dorthonion.
Este foi seu erro. Ele perdera Carcharoth e a Silmaril apenas porque concentrara seus esforços para encontrar seu mais fiel e confiável servo. Mairon ficou feliz com isto, mas... ele sabia. A maneira mais prática e racional de fazer as coisas seria encontrar a Silmaril, não a si mesmo. Mas o vala sempre havia feito tudo guiado pela emoção.
E agora ele, Mairon, precisava agir com toda sua racionalidade a fim de não deixar tudo ser perdido pela impulsividade de Melkor.
Ele chegou à sala do trono e Melkor estava lá - sorrindo, recebendo-o como se nada houvesse acontecido.
- Como está você, meu lindo servo?
- Eu estou bem, meu senhor. Obrigado por sua consideração. Mas... nós precisamos dar aos servos menores de Tol in Gaurhoth um novo lar.
- Está bem para mim. Você falou com eles?
- Sim. Em breve a fortaleza começará a ser construída. Mas eu preciso saber... enquanto ela não está pronta, onde eles dormirão e comerão?
- Nós temos alguns quartos e salas sobrando aqui em Angband. Isto será suficiente por algum tempo.
O maia permaneceu em frente a seu senhor, como se quisesse perguntar algo somente com seu olhar dourado. O vala percebeu que ele queria dizer algo, e então disse a ele:
- Você precisa de algo mais, meu bem?
- ...se isto não fosse realmente aborrecido para si, meu senhor... eu gostaria de saber onde eu vou ficar.
- Oras! Comigo, claro!
- ...eu sou muito grato por sua generosidade, meu senhor, mas... em Tol in Gaurhoth eu costumava ter meus próprios aposentos.
- Qual o problema em estar comigo em meu quarto?! Todos os meus servos gostariam de ter esta glória! Você está desdenhando o fato de ficar comigo em meu próprio quarto?!
- Claro que não, meu senhor! É algo muito bom para mim, mas... eu não gostaria de lhe aborrecer em seu espaço privado...
O vala sorriu a seu loiro intendente e então o abraçou pela cintura.
- Meu querido... você nunca me aborrece. Como eu poderia me incomodar em dividir meu quarto com tal ser lindo, doce e ao mesmo tempo feroz como você?
Então o vala beijou os lábios de seu servo e amante. Mairon sorriu e então foi aos recintos privados do vala - e agora seus também, e suspirou. Ele amava a Melkor mais que tudo em sua vida - mais que a si mesmo. Mas a relação deles poderia ser bem sucedida apenas porque eles vivam separados. Uma vez no passado, Melkor em Utumno, Mairon em Angband; então, depois da destruição de Utumno, Melkor em Angband e Mairon em Tol in Gaurhoth. Eles se comunicavam com frequência, tinham encontros, mas todas as coisas estavam separadas. Melkor com seus servos e fortaleza, Mairon com seus servos e fortaleza; tudo poderia fluir bem dessa forma.
Mas ambos juntos, até mesmo no mesmo quarto, não poderia ser algo bom. O maia sabia do amor deles e sabia que ele era muito real, mas ao mesmo tempo sua racionalidade mostrava as razões do porquê eles eram tão diferentes entre si: Mairon a ordem e disciplina, o afiado porém estritamente calculado corte cirúrgico. Melkor a força, a luta, o esmagamento, o caos em si mesmo. Poderia esta mistura ser bem sucedida se fossem colocados tão próximos um do outro?
"Eu não sei", ele suspirou outra vez, então saiu para supervisionar mais alguns servos e delegar tarefas.
To be continued
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