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Fanatismo Ideológico nas HQ's?

Guilbor

Old Man
Fanatismo ideológico através das HQ's

Eu acabei de ler uma materia do Universo HQ

Que falava sobre um certo fanatismo ideologico que pode e se passa através da HQ a seus leitores, e como exemplo ele usava a história do Quarteto Fantástico publicada aqui em Marvel apresenta 5. Onde há clara menção de apoio a ação intervencionista no Oriente-Medio.
Na história e perceptivel essa proposta intervencionista, mais a bestialização da rebeldia e do extremismo.

Os americanos querem a todo o custo passar por coitados e assim impor sua visão e ideologia aos outros povos. O gde detalhe dessa historia é que ela foi publicada em Setembro de 2001.

Após o atendado das Torrres Gemeas, os americanos querem a todo o modo expor os outros como errados e eles como os únicos que estão corretos e parece que alguns roteiristas estão deixando que seu ideal patriotico fale mais alto e com isso eles usam as HQ's para promover isso sem se importar em saber se é correto ou não, se esta certo ou não.

Até que ponto se deve usar uma HQ como meio de propagar uma proposta ideológica, nesse caso a sobreposição de uma cultura sobre a outra?




PS: Isto não tem nada a ver em criticar os EUA ou falar mal do país mas sim do uso que alguns fazem das HQ's (como de varios meios de comunicação), para difundir apenas uma visão unilateral como acontece em muitos casos qdo se abordam questões como politica, religião etc......
 
Isso não é de hoje, como vocês sabem.

Lembram de uma das primeiras revistas (senão a primeira) do Capitão América? Quem ele estava socando na capa dela?

Ninguem menos que o titio Hitler. Claro que essa HQ foi criada durante a participação dos EUA na II Guerra. :lol:

Também, o Tocha Humana original e o Namor eram inimigos até que começou a segunda guerra. Aí eles ficaram amiguinhos em nome do combate aos nazistas. :lol:

Claro, jamais vamos esquecer do Namor combatendo os submarinos vermelhos em tempos idos. :lol: :lol: :lol:

Infelizmente, a Marvel como um todo sempre tem tomado posições pró-EUA em épocas-chave de sua história.

Não que ser pró-EUA seja automaticamente ruim, mas é que é uma posição tomada de forma cega e comercial, em todas as vezes.

E claro que não gosto nem um pouco de ver os melhores personagens da empresa, como o Aranha e os X-Men, sendo distorcidos por eventos trágico-históricos do seu país. Não afetados, nada disso. Isso seria o mais normal, óbvio.

Mas distorcidos, porque são colocados agindo de forma incoerente com suas personalidades.

Por isso, a priori, eu também dou preferência aos autores britânicos aos autores fora do ambiente pop dos quadrinhos em geral, que são voltados para os aspectos políticos, mas de forma realista e pouco parcial em relação à sua própria pátria.
 
Todo o material que apela para a dicotomia moral bem x mal é um instrumento de transmissão de valores. E se torna flagrante, quando não nos identificamos com os valores defendidos como bons, a deformação do contexto para melhor defender as idéias daquele que produz o material. Isso vale para tudo, de música a quadros, da literatura e tv aos quadrinhos.

Personagens clássicos, arquétipos de virtude e valores muito delineados, como o Superman ou o Capitão América, explicitam muito mais isso, e acabam por gerar antipatia da parte de quem discorda do que eles representam.

Por isso tenho simpatia por personagens psicologicamente menos opacos, e menos alinhados ao status quo, vide o Lobo, o próprio Batman (desde o CdT) e alguns personagens de histórias orientais (vide o Hajime Saitou de Rurouni Kenshin) porque fogem da receita de bolo que permeia os heróis clássicos por décadas.
 
Não. E eu já expliquei isso aqui uma vez.

Quem mudou a definição das figuras para baratear o custo da distribuição foi a Toy Biz. Não foi uma decisão editorial da Marvel, e não tem nada a ver com o assunto do tópico, que é fanatismo ideológico nas HQs. Isso foi coisa de marketeiros engravatados que só pensam em lucros e foram espertos de encontrar essa brecha mercadológica. Não faz sentido culpar a Marvel por isso.

E quem disse que eles proibiram os personagens de fumar??? O Wolverine fuma. O Jonah Jameson fuma. O Nick Fury fuma. O Gambit fuma. Pra quê eles proibiriam os personagens de fumar, ainda mais agora que a Marvel não tem mais vínculo com o CCA? :o?:
 
Eru disse:
Por isso tenho simpatia por personagens psicologicamente menos opacos, e menos alinhados ao status quo, vide o Lobo, o próprio Batman (desde o CdT) e alguns personagens de histórias orientais (vide o Hajime Saitou de Rurouni Kenshin) porque fogem da receita de bolo que permeia os heróis clássicos por décadas.

Exceto pelo Batman (com certa boa vontade), todos esses citados são bem extremizados nos seu modo de agir e pensar.

Apesar d'eu também apreciar essa fuga do tradicionalismo de heróis clássicos, prefiro mais uma reformulação do conceito dos mesmos, pra uma forma mais humanizada, talvez como o Demolidor pós-Frank Miller ou alguém completamente desalinhado com a humanidade, como o Dr. Manhattan.

Claro que citei só personagens dentro do âmbito de HQs de super-heróis. Se eu me referir à HQs me geral, aí os exemplos são quase infinitos.
 
Quem lê Os Supremos, Top 10, The Authority, Astro City, etc, sabe que mesmo os super-heróis podem ter personalidades distintas e comportamentos únicos.

Nos Supremos, principalmente, por se tratar de uma série da Marvel, é interessante observar como até o Capitão América tem motivos genuínos pra agir do jeito que age.

O Mundo não é monocromático e as HQs refletem isso sim, pelo menos as boas. O público não engole mais histórias que não têm pelo menos certos traços de cinismo.
 
V disse:
Quem lê Os Supremos, Top 10, The Authority, Astro City, etc, sabe que mesmo os super-heróis podem ter personalidades distintas e comportamentos únicos.

Então Astro City virou mesmo uma série? :oops:

V disse:
Nos Supremos, principalmente, por se tratar de uma série da Marvel, é interessante observar como até o Capitão América tem motivos genuínos pra agir do jeito que age.

Que são quais?

V disse:
O Mundo não é monocromático e as HQs refletem isso sim, pelo menos as boas. O público não engole mais histórias que não têm pelo menos certos traços de cinismo.

Ainda bem.

Odeio cinismo. Sério mesmo. Mas não sou grande fã da inocência tola também. Inocência tola, volto a frisar.
 
Fox disse:
Então Astro City virou mesmo uma série? :oops:

Não. São várias minisséries.

Fox disse:
V disse:
Nos Supremos, principalmente, por se tratar de uma série da Marvel, é interessante observar como até o Capitão América tem motivos genuínos pra agir do jeito que age.

Que são quais?

Primeiro vc teria que saber como ele age, e isso é assunto pro tópico dos Supremos.

Fox disse:
V disse:
O Mundo não é monocromático e as HQs refletem isso sim, pelo menos as boas. O público não engole mais histórias que não têm pelo menos certos traços de cinismo.

Ainda bem.

Odeio cinismo. Sério mesmo. Mas não sou grande fã da inocência tola também. Inocência tola, volto a frisar.

Acho que vc não entendeu o que eu disse. Eu quis dizer que cinismo é bom. Precisamos de cinismo. As melhores histórias são carregadas de cinismo. Acho que está havendo uma confusão quanto a definição do termo "cinismo" aqui. :P
 
V disse:
Não. São várias minisséries.

Ah, assim é mais bacana. =]

V disse:
Primeiro vc teria que saber como ele age, e isso é assunto pro tópico dos Supremos.

Ok, vou dar uma passada lá.

V disse:
Acho que vc não entendeu o que eu disse. Eu quis dizer que cinismo é bom. Precisamos de cinismo. As melhores histórias são carregadas de cinismo. Acho que está havendo uma confusão quanto a definição do termo "cinismo" aqui. :P

Semântica, tu me persegues. :disgusti:

Talvez eu tenha entendido e ainda assim a odeie, G. :P

Mas faço uso dela, com uma boa dose de moderação.
 
Exceto pelo Batman (com certa boa vontade), todos esses citados são bem extremizados nos seu modo de agir e pensar.

Eu adoro personagens estremados... :mrgreen: :wink:

O Mundo não é monocromático e as HQs refletem isso sim, pelo menos as boas. O público não engole mais histórias que não têm pelo menos certos traços de cinismo.

Talvez nesse sentido eu considere que a partir dos anos 80 se deu um salto de qualidade enorme nas publicações, particularmente quando se descobriu que o público adulto poderia ser contemplado com publicações voltadas pra ele. Frank Miller, Dave Mcqueen e cia deram novo significado ao conceito de HQ com personagens mais ricos psicologicamente e mais críveis do ponto de vista humano.
 
V disse:
Will Eisner já fazia isso nos anos 70.

Do Eisner, pra valer mesmo, eu só conheço o Spirit, que segue, no meu entender, uma linha um pouco mais clássica. Vc teria algum site de referência com o trabalho dele nessa fase?
 
Site eu não conheço. :tsc:

Mas procure os trabalhos dele como O Edifício, Um Contrato Com Deus, Um Sinal Do Espaço (Life On Another Planet), Invisible People, Minor Miracles, The Will Eisner Reader, etc.
 
Mas procure os trabalhos dele como O Edifício, Um Contrato Com Deus, Um Sinal Do Espaço (Life On Another Planet), Invisible People, Minor Miracles, The Will Eisner Reader, etc.


Valeu! Vou dar uma procurada. Eu só conheço os trabalhos mais das antigas do Eisner... :oops:
 
Você mora no Rio, né? Aí deve ter alguma Comic Shop que tenha alguns volumes da coleção "The Will Eisner Library", da DC. Tem todos os que eu citei acima e mais vários outros. Se vc entende bem inglês vale a pena comprar, são volumes bem luxuosos e as histórias são as melhores que ele já escreveu.
 
Eu tinha lido algo do tipo no Universo HQ coisa de 2 anos atrás, mas nunca levei fé...
E parece que não fizeram e muito menos vão fazer nada né? :roll:
Imagina o Nick Fury sem fumar?? Só isso já descaracterizaria bastante o personagem. :?
 
Lord Ashram disse:
Eu tinha lido algo do tipo no Universo HQ coisa de 2 anos atrás, mas nunca levei fé...
E parece que não fizeram e muito menos vão fazer nada né? :roll:
Imagina o Nick Fury sem fumar?? Só isso já descaracterizaria bastante o personagem. :?


Poisé... Assim como descaracterizaram o Capitão América depois de fazerem ele parar de tomar a droga que o tornava mais forte... (não que eu achasse ele grandes coisas antes, mas enfim...)
 

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