Eu acho que os direitos humanos são para os humanos direitos, terroristas não estão se lixando para os direitos humanos, existe gente que quer parecer idealista defendendo os direitos humanos de criminosos hediondos e de terroristas, mas se fosse vítima de um deles, e perdesse parte do corpo, ou até coisa mais grave, seria um dos que mais apoiariam cadeira elétrica, etc. O que é pior? Torturar uma droga de terrorista, ou explodir uma criança? Pense nisto.
Uma pessoa comum pode ter vontade de esfolar a cara desse terrorista. Se o pai de uma criança que foi morta nesse atentado pegar uma arma e assassinar o terrorista, eu posso entender. A dor da vítima é realmente muito grande, e o desejo de vingança é natural do ser-humano. O estado, por outro lado, deve ser absolutamente racional.
Não estou dizendo que sou idealista, nem que defendo a tortura. Isto seria monstruoso. Só estou dizendo que existe coisa mais importante para fazer se você quer defender os direitos humanos, do que se preocupar se um assassino de crianças e de famílias inocentes será torturado ou não.
Existe coisa mais importante para fazer do que defender direitos humanos? Sério mesmo? Por favor, me diga que eu entendi errado.
E essa desculpa de "existe coisa mais importante pra fazer" é um argumento vazio, que só tem o propósito de desclassificar a posição da outra pessoa.
TUDO é passível para discussão. Cada um é que vai saber o que vai discutir, ou o que vai deixar de discutir. Tem gente que gosta de conversar sobre futebol, tem gente que perde tempo conversando sobre a novela das 7. Você está discutindo a droga de um atentado que matou 3 pessoas. Se você quisesse gastar o seu precioso tempo com as maiores urgências da humanidade, em ordem de prioridade, você deveria ficar discutindo sobre a fome e as várias guerras na África 24 horas por dia; sem direito a dormir.
Então, sério. Mostre mais respeito com a pessoa com quem você está discutindo, e que está empenhando argumentos, para que juntos consigam chegar a uma conclusão melhor.
A questão não é tanto quem são ou serão as exceções, mas sim porque são ou serão, e mais ainda, nenhum contexto justifica crimes contra inocentes, um terrorista não é o defensor incompreendido de uma causa altruística, é um monstro insensível, pois fica contente em destruir pessoas de bem, sem nenhum critério de escolha, apenas para chamar a atenção do mundo para a "causa" dele, mesmo sabendo que na verdade não fez nada mais do que matar inocentes, ele acredita firmemente que está fazendo algo heróico. Quem em sã consciência concordaria com um ponto de vista destes (do terrorista)
Igualdade. Todos são iguais perante a lei. O padeiro, o carteiro, o rico, o pobre, o estuprador. Em um estado democrático, todos são iguais perante a lei.
Democracia não é simplesmente a vontade da maioria. Isso não seria mais do que uma ditadura populista. Democracia é
a vontade da maioria, assegurado o direito da minoria.
"Monstro"? Se estiver se referindo do monstro-homem, então está falando de todos nós. O crimonoso tem pai e tem mãe. Ele sonha, ama e sente dor. Sente frio, sente medo. Igual a você. Esse "monstro" pertence à mesma espécie que você. Ele só seguiu caminhos diferentes que os seus, teve atitudes diferentes que as suas. Quem é você para dizer que esse ser merece menos dignidade?
Se a sociedade, através do Estado, institui a tortura para qualquer membro da espécie - e nesse raciocínio incluo também pena de morte - isso para mim é que é o verdadeiro "Monstro". O Estado-Leviathan, que decide se saciar com o sofrimento do Homem, este pra mim é que é o verdadeiro monstro que devemos temer.
Eu entendo, e você tem razão nisto tudo. Mas agora vamos colocar isto em uma situação prática, com um exemplo: se você estivesse lá, e se posicionasse contra a tortura do terrorista, o que você diria aos pais do garoto explodido, ou o que diria ao casal que perdeu uma perna cada um, caso eles contestassem você?
Eu não estou discordando da ética de sua opinião, só acho que quando tudo vai para a prática, fica diferente...
Eu diria às vítimas do atentado que eles receberão todo o amparo possível e devido do Estado. Atendimento médico, atendimento social, indenizações... Mas diria a elas que a espada da lei é minha (sendo eu o Estado). Diria que a lei seria cumprida, mas que o terrorista seria tratado como gente. Como um indivíduo que tem garantias fundamentais que jamais podem ser quebradas, independentemente do que ele fizer.
O sentido de Justiça já foi confundido com o sentido de Vingança. Olho por olho, dente por dente. A sede de vingança da sociedade deve ser saciada com a dor do crimonoso. Felizmente, não estamos mais na idade média. Hoje a lei serve para manter a ordem. A lei serve para ser cumprida. Fria, racional e precisa. É nisso que eu acredito.
Tortura ou Terrorismo? Sinceramente, não sei o que é pior.