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Existe preconceito contra autores brasileiros?

Guybrush Threpwood disse:
Pô.
Venham me dizer que acham um cronista melhor que Luís Fernando Veríssimo no estrangeiro... NUNCA!

Mas aqui a gente já entra em uma questão de gosto, e não técnica... :wink:
 
Eu confesso que se for fazer um balanço de todos os livros que eu li, os autores internacionais (europeus e alguns americanos) ganham em disparada em termos de quantidade.
Com oito, nove anos a gente cansa dessas histórias infantis e/ou de bichinhos que nos enfiam goela abaixo, mas também não quer ler romances com complicadas tensões interpessoais. Que tipo de literatura nacional nós temos pra essa faixa? A série Vaga Lume, basicamente. E eu li mais de 30 livros dessa série. De Pouquíssimos desses livros eu gostei. O que a gente faz, então? Parte pros estrangeiros. Nesse meio tempo eu adquiri preconceito sim contra literatura nacional, achando que os temas eram sempre novelescos, sem fantasia, sem imaginação, sem fuga.
Eu só fui me reencontrar com os nacionais há uns dois anos (escola serve pra alguma coisa afinal). A partir daí me apaixonei por Drummond, Clarice Lispector, Érico Verissímo...

Mas falando em modo genérico, eu acho que parte do preconceito deriva do fato de os "entendidos" só cultuarem escritores "antigos", com uma linguagem pouco acessível e por vezes, cansativa. e justamente escritores que narram histórias sobre relacionamentos, basicamente. Os escritores de aventura são ignorados pelos críticos e os pobres mortais nem travam conhecimento de sua existência. Só de entrar pra ler esse tópico aqui já conheci mais dois, o Rezende e a tia do Crepúsculo (depois eu volto pra ver o nome dela). Quanto ao Vianco, eu li "Os Sete" e não gostei muito não, achei os diálogos forçados e os vampiros meio patéticos. Questão de gosto.
 
Bom, não me levem a mal, mas eu tenho preconceito contra escritores brasileiros ! Eh que eu só li coisas chatas vindas deles, geralmente quando a escola me obrigada. Nenhum deles me agrada...
 
Não acho que eles sofram preconceito.. Pelo contrário, temos autores ilústres como J. Amado, José de Alencar, Machado de Assis, Carlos. D. Andrade, Sergio Ant'Anna, entre dezenas de outros..

Ultimamente eu tenho lido obras desses autores, e fico cada vez mais maravilhada ^^ E acho q eles são valorizados SIM, da forma como merecem
 
Claro que sofre preconceito, mas nao de um modo geral, e tambem nao de uma maneira que preocupe....Eu nao gosto muito da literatura nacional, prefiro a literatura estrangeira, acho que eh muito melhor que a brasileira no geral.

Claro que nao podemos generalizar a literatura brasileira como ruim, temos muitos escritores muito bons. Fora os q a AMANDA TINUVIEL citou eu queria colocar Verissimo.
 
Fala sério, preconceito? O nome dos nossos escritores sempre esteve super em alta lá fora...

Mas existe uma coisa chamada "realidade". Não adianta querer botar algum dos nossos entre os melhores por puro patriotismo, tem muita coisa boa lá fora.
 
Essa questão do preconceito é mesmo muito complicada. Não gosto dessa história que se deve proteger o autor nacional. Na minha opinião, atitudes excessivamente protecionistas tendem a resultar num produto cultural de baixa qualidade. Mas, por outro lado, também não se deve discriminar . Eu, por exemplo, quando comecei a selecionar as editoras para enviar meu livro, percebi que muitas delas nem sequer recebem originais de autores brasileiros!!!! :x Não acho isso justo. Não é certo ter minha obra depreciada simplesmente porque nasci no Brasil. Espero apenas que os leitores e principalmente as editoras julguem qualquer livro (não importa se nacional ou estrangeiro) por sua qualidade e nada mais. No meu caso, percebi que existe um preconceito duplo: por eu ser brasileiro e escrever o gênero fantasia. É uma pena.

Quanto aos leitores, ainda não percebi preconceito. Aliás, as pessoas que leram meu livro, em geral gostaram bastante (até agora). Acho natural que as pessoas disgostem de certos livros que foram obrigadas a ler na escola. Isso não significa que terão necessariamente preconceito contra qualquer livro de autor nacional.
 
Falou bem, Liurom. E você sentiu na pele o preconceito. Agora me diz uma coisa: o seu livro é de fantasia medieval, ou algo mais espaço sideral e tal... como é?

Ah! Uma coisa... o nosso autor mais famoso lá fora, odiado por uns, amado por outros, Paulo Coelho, provavelmente verá sua obra "O Alquimista" nos cinemas. Laurence Fishburne, o Morpheus de Matrix, fechou acordo com a Warner para dirigir, escrever e estrelar a película...
Bem, obra brazuca virando filme hollywoodiano...
Eu nunca li Paulo Coelho, e por isso não falo se é bom ou não. Não li porque não me interessei ainda. Mas nada relacionado a preconceito. Só falta de vontade mesmo...
 
Obrigado Pandatur.
Respondendo sua pergunta: meu livro não se passa num universo essencialmente tolkiano (como é o caso, por exemplo, do RPG Dugeons and Dragons). Por isso, não há elfos, nem anões, nem hobbits, nem orcs. Mas é sim uma aventura medieval, passada em um mundo que não não é a terra, onde há deuses e magia. Fui mais influenciado por Tolkien do que pela ficção científica.
Se você tiver curiosidade, pode ter mais informações sobre meu livro na minha página: [url]www.aguerradassombras.com [/url].
 
Preconceito acho que sempre haverá por menor grau que seja e ele se manifesta mais em gêneros específicos onde os escritores gringos tem uma tradição bem mais consolidada ao longo do tempo, mas o fato de haver essa tradição não impede de brasileiros poderem escrever tão bem quanto.
 
O que eu vejo é que os autores brasileiros atuais têm um pouco mais de dificuldade de entrar no mercado. E olha que conheci algumas ótimas obras de autores que lançaram de forma independente.
 
O que eu vejo é que os autores brasileiros atuais têm um pouco mais de dificuldade de entrar no mercado. E olha que conheci algumas ótimas obras de autores que lançaram de forma independente.
Sim, e muitas vezes os nomes ficam restritos a nichos - quem é da poesia conhece quem é da poesia, do fantástico é amigo do outro do fantástico, etc. O fato de uma obra como Back in the USSR, de Fábio Fernandes, ser indicada ao Jabuti até seria motivo de comemoração se o brasileiro médio até se interessasse por prêmios literários. Chega até a ser covardia a "briga" entre a máquina de publicidade em cima de lançamentos estrangeiros e a mobilização que editoras e autores precisam fazer para ganharem leitores. E ainda temos que o Brasil gosta de "emprestar" dos Isteites certas ideias, tais como a do autor-como-empreendedor, à la Tom Clancy e James Patterson, resultando naquela besteira do Raphael Draccon sobre ser um autor que precisa saber se vender. Não, o autor tem que saber escrever e é isso! No máximo um contato corpo-a-corpo (virtual), mas não é como se isso também garantisse alguma coisa. Se já é difícil ser um autor brasileiro e entrar numa editora grande - ou se manter em uma -, que dirá "concorrer" com um recém-chegado que deu "sorte" de ter seu primeiro contrato assinado antecipado com a Netflix para lançamento conjunto de uma obra passável?
 

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