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Existe preconceito contra autores brasileiros?

Não é um preconceito contra os autores brasileiros, afinal, existe boa literatura no Brasil. Mas eu apenas constato o fato que existem muitos outros países com uma literatura superior. Apos a segunda metade do século XX, eu conheço pouca coisa genial no Brasil em forma de Prosa. É muito pouco.
 
Faramir of Ithilien disse:
Mas eu apenas constato o fato que existem muitos outros países com uma literatura superior. Apos a segunda metade do século XX, eu conheço pouca coisa genial no Brasil em forma de Prosa. É muito pouco.

Não seria pq a Europa tem centenas de anos de cultura literária a mais do que nós? Eles criavam os estilos, enquanto os brasileiros se preocupavam mais em imitar as escolas européias do que criar algo... sempre com atraso, o que é pior...

E analisando as coisas de forma bem fria, há muito não se vê coisa genial em qualquer canto do mundo, isso não é privilégio dos brasileiros :wink:
A sensação que eu tenho às vezes é que as pessoas já falaram tudo que tinha para se dizer, não sei... Temos uma ótima literatura para entretenimento... Mas aqueles livros que mexem com nossa cabeça, que mudam nosso mundo, bem... geralmente são "os clássicos".
 
Sim Ana, eu concordo com você, as centenas de anos deles em suas tradições deram uma força irresistivel a sua literatura. Mais do que isso, a cultura deles e a cultura que eu sempre bebi e que eu amo. É inevitavel que eu prefira a literatura deles.

Concordo com você de novo :D
A literatura universal esta muita fraca desde a metada do século passado para cá. Mas eu não gosto de acreditar que essa situação é perene. Eu falo de clássicos também, a arte que transcende sua própria região e seu próprio tempo. Entendam, uma obra pode ser regionalista e universal ao mesmo tempo. E um escritor pode falar de seus sentimentos de forma bastante pessoal, se ele tiver a nobreza de ter sentimentos uiversais (não me lembro onde vi essa citação).
 
~·*Ana Lovejoy*·~ disse:
Deriel disse:
Bom, EU tenho preconceito quanto a autores brasileiros (embora eu também não goste dos franceses) sim. A grande maioria dos bons autores brasileiros ficam numa de literatura regionalista que me embrulha o estômago, parece que não possuem condições de escrever sobre temais universais (como o Machadão) e se enfurmam num regionalismo doentio. Acho isso um saco.

Peræ. Aí já entra em outro campo. A não ser, óbvio, que ao ver um livro novo de um autor novo você deixe de ler porque ele é brasileiro... Não nego que eu tenho minhas ressalvas com os que eu já conheço e não gostei, mas não deixo de conhecer coisa nova porque odeio os livros do Jorge Amado, por exemplo... Hum, acho que você entendeu o que eu quis dizer...

Digamos assim, se eu tiver escolha naquele momento de pegar um livro pra ler, deixo o autor nacional de lado. Se só tiver o livro do autor brasileiro... fazer o que... vai lele mesmo, a não ser, claro, que eu já tenha experimentado outros livros do cara e não gostado.
 
Deriel disse:
~·*Ana Lovejoy*·~ disse:
Deriel disse:
Bom, EU tenho preconceito quanto a autores brasileiros (embora eu também não goste dos franceses) sim. A grande maioria dos bons autores brasileiros ficam numa de literatura regionalista que me embrulha o estômago, parece que não possuem condições de escrever sobre temais universais (como o Machadão) e se enfurmam num regionalismo doentio. Acho isso um saco.

Peræ. Aí já entra em outro campo. A não ser, óbvio, que ao ver um livro novo de um autor novo você deixe de ler porque ele é brasileiro... Não nego que eu tenho minhas ressalvas com os que eu já conheço e não gostei, mas não deixo de conhecer coisa nova porque odeio os livros do Jorge Amado, por exemplo... Hum, acho que você entendeu o que eu quis dizer...

Digamos assim, se eu tiver escolha naquele momento de pegar um livro pra ler, deixo o autor nacional de lado. Se só tiver o livro do autor brasileiro... fazer o que... vai lele mesmo, a não ser, claro, que eu já tenha experimentado outros livros do cara e não gostado.


Tá certo que na literatura nacional tenha alguns livros que sejam um saco. Mas a literatura estrangeira também possui livros chatos. Mas alguns dos meus autores favoritos são autores nacionais. E por causa de um deles justamente, uma prosa que você definiria como regionalista, mas que eu prefiro encarar como um épico, é um dos motivos que me fez gostar de literatura épica. Mas com uma coisa eu concoprdo com você: os livros de humor brasileiros são ótimos!
 
Varda do Um Triângulo disse:
Tá certo que na literatura nacional tenha alguns livros que sejam um saco. Mas a literatura estrangeira também possui livros chatos. Mas alguns dos meus autores favoritos são autores nacionais. E por causa de um deles justamente, uma prosa que você definiria como regionalista, mas que eu prefiro encarar como um épico, é um dos motivos que me fez gostar de literatura épica. Mas com uma coisa eu concoprdo com você: os livros de humor brasileiros são ótimos!

Fiquei curiosa, Varda. De qual prosa vc está falando?!
 
Exatamente devido ao preconceito, sei que muita gente não vai nem olhar o tópico com esta entrevista, e por isso vou postá-la aqui também.Espero que os moderadores compreendam minha atitude (e mantenham o outro tópico também)
A entrevista é com Michelle Klautau, autora da aventura medieval "Crepúsculo da fé". Vê se leiam ein!


Nome de batismo: Michelle Regina Lemos Klautau

Data e local de nascimento: 20/05/1968, no Rio de Janeiro

Residência atual: Rio de Janeiro

Estado civil: casada

Formação e área de atuação profissional:Formada em Biologia, bacharel em Biologia Marinha e mestrado e doutorado na área. Professora/pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

1- Apresente àqueles que ainda não leram "Crepúsculo da fé"a história do livro.

É um livro de fantasia ambientado na Idade Média. A história é sobre duas religiões inimigas, o Templo do Sol e o Templo da Lua. O Templo do Sol cultua o deus Sol e proíbe o uso da magia, enquanto o Templo da Lua, que cultua a deusa Lua, baseia-se no uso da magia. Por isso, no passado, houve uma guerra entre os Templos, o que levou à destruição do Templo da Lua. Desde então, o culto à deusa ficou proibido, mas o livro conta sobre a tentativa dos seguidores da Lua de trazerem de volta o culto à deusa e a magia.

2- Quando e como surgiu a idéia de escrever "Crepúsculo da fé"?

A idéia começou a surgir durante uma das viagens que eu fiz à Europa há uns cinco anos. Eu estava viajando de trem e comecei a fazer os primeiros rascunhos da história. Na minha cabeça, estavam lembranças do que eu havia escutado sobre os Franciscanos e suas diferenças com relação a outras ordens religiosas, como a dos Beneditinos. Os Franciscanos aceitavam a busca pelo conhecimento, enquanto os Beneditinos eram mais conservadores. Isso inspirou a criação das duas religiões do livro. A idéia inicial foi tomando forma e, quando eu percebi, eram os próprios personagens que estavam escrevendo a história.


3- Quanto tempo o livro levou para ser escrito?

Eu demorei pouco mais de um ano para escrever o livro. Todos os dias eu chegava do trabalho e escrevia um pouquinho. Depois, deixei-o de lado por alguns meses e, quando o reli, ainda fiz algumas modificações.

4- Foi difícil encontrar uma editora (neste caso a Devir)?

Foi. Eu mandei o livro para várias editoras e algumas nem sequer responderam. Com a Devir foi diferente. Eu peguei o telefone da Devir durante uma Bienal do Livro aqui no Rio e, quando liguei, falei direto com um dos editores, o Douglas Quinta Reis. Ele foi super receptivo e disse que estava interessado em ler a história. Eu enviei uma cópia do livro, ele leu e decidiu publicar.

5- Qual foi a sensação que você teve ao ver um exemplar de "Crepúsculo
da fé" pronto? Saiu tudo como planejado?

Foi uma emoção enorme! Na verdade, já foi uma grande emoção ouvir o Douglas dizer que havia gostado da história e que iria publicá-la. Depois, quando eu vi tudo pronto, fiquei muito feliz. Para mim, ficou perfeito.

6- "Crepúsculo da fé" foi sua primeira experiência na literatura?

Foi. Eu sempre escrevi artigos científicos, o que é completamente diferente e, durante a minha adolescência eu escrevi algumas histórias curtas, romances policiais, mas deixei-os guardados no armário. "Crepúsculo da Fé" foi a primeira história que eu comecei a escrever e decidi que iria publicar.

7- Quais autores e obras que influenciaram o livro?

Eu já li tanto sobre Idade Média e já li tantos livros de fantasia que não posso dizer que apenas um ou dois autores ou obras influenciaram. Eu adoro os estilos da Marion Zimmer Bradley, da Margaret Weis e do Tracy Hickman e, é claro, do Tolkien.

8- As disputas religiosas do livro, entre o Templo do Sol e o Templo da Lua lembram as rixas entre as igrejas Católica e Protestantes e a Santa Inquisição na Idade Média. Qual a sua opinião a respeito dessas questões que marcaram a história da humanidade?

A intolerância religiosa ainda existe, não é uma exclusividade da Idade Média. Eu acho triste que pessoas ainda se sintam no direito de achar que aquilo em que elas acreditam é a verdade absoluta, enquanto as crenças dos outros são inaceitáveis. O ser humano já deveria ter aprendido que a religiosidade é algo íntimo, que deve existir somente entre a pessoa e a divindade que ela cultua. Institucionalizar a fé é talvez o maior dos erros, pois limita o desenvolvimento espiritual de cada um e acaba gerando intolerância.

9- Tenho informações que você é jogadora de RPG. Quando você conheceu os roling playing games? Qual o seu sistema de jogo favorito?

Eu comecei a jogar em 1988. Naquela época, conheci um professor, que veio a ser meu orientador, que havia acabado de chegar do doutorado na Grã Bretanha e adorava jogar RPG. Ele formou um grupo aqui e eu comecei a jogar. Já viciei logo no primeiro jogo e nós começamos a nos reunir semanalmente. Foram muitos anos jogando sem parar. Depois, ele parou de jogar, mas eu continuei com outro grupo. Como eu sempre fui fascinada pela Idade Média, optei pelo "Advanced Dungeons and Dragons".


10- Outra informação é que você coleciona armas medievais. Desde quando? Onde as consegue? O preço é salgado?

Eu coleciono réplicas de armas medievais. Comecei em 1998, eu acho. As minhas réplicas eu comprei na Europa, mas soube por um amigo que há pessoas em Minas Gerais e também aqui no Rio que fazem réplicas de armas medievais para vender. As réplicas não são baratas, mas dá para ir comprando aos pouquinhos.

11- O Fórum Valinor é voltado principalmente para fãs de J.R.R.Tolkien. Você já leu alguma obra do autor? Se sim, qual a sua opinião com relação a Tolkien e suas obras?

Já li "O Senhor dos Anéis" e "O Hobbit". "O Senhor dos Anéis", em particular, é uma obra prima. O Tolkien é o grande pai do gênero fantasia e, conseqüentemente, poderíamos até dizer que é o pai do RPG. Criar um mundo como ele criou, com raças tão variadas e ricas, com uma língua própria... Nossa, ele era genial!

12- Você assistiu ao filme "O Senhor dos Anéis"? Se sim, o que achou?

Claro que assisti! Fui duas vezes ao cinema, comprei o DVD e o CD com as músicas. Adorei o filme e estou ansiosa esperando pela segunda parte. Quando começou a aparecer a vila dos hobbits, eu não me contive e comecei a chorar no cinema. Era tudo tão perfeito! Era exatamente como eu havia imaginado há tantos anos...

13- Qual foi o seu primeiro contato com a literatura de fantasia? Qual o maior autor e a maior obra do gênero?

Meu primeiro contato acho que foi com a trilogia de Dragonlance... Agora, dizer qual o maior autor e a maior obra é uma tarefa dificílima. Eu adoro Marion Zimmer Bradley, Margaret Weis, Tracy Hickman, Tolkien... Mas se eu tiver que eleger um, acho que é a trilogia da M. Weis e do T. Hickman "Time of the twins", "War of the twins" e "Test of the twins". Eles já estão até ficando gastos de tanto que eu os releio.

14- Quais os seus projetos literários para o futuro?

Até o final deste ano será publicado pela Devir um módulo de RPG baseado no "Crepúsculo da Fé", chamado de ''A Guerra dos Templos''. A história está muito legal. Acontece em uma época anterior ao "Crepúsculo da Fé";, ainda na Guerra dos Templos. Eu escrevi também um outro romance de fantasia, "Hy Brazil, a ilha mágica", que talvez seja publicado no ano que vem. Para escrevê-lo, eu me baseei em uma lenda irlandesa sobre uma ilha, a Hy Brazil, que ficava no Atlântico Norte e que se afastava dos navegantes quando eles tentavam alcançá-la. A lenda diz que a Hy Brazil era o paraíso na Terra e que talvez fosse Avalon. Essa história seria publicada em 2002, mas eu ainda quero fazer alguns ajustes. No momento, estou escrevendo uma aventura solo, ou seja, um daqueles livros que o leitor vai decidindo o rumo que a história deve tomar. Ainda não sei que título darei.

15- Livros nacionais do gênero de fantasia são raros, ao meu ver. Você acha que isso se deve á falta de confiança dos editores em publicar esse tipo de obra?

Acho que o que existe é um grande desconhecimento no Brasil do gênero fantasia, pois mesmo os livros traduzidos são poucos. E isso é quase que incompreensível para mim, pois toda vez que se faz propaganda de um livro de fantasia, as pessoas começam a lê-lo e sempre adoram. Vide o que aconteceu com as Brumas de Avalon, Harry Potter, O Senhor dos Anéis... O Senhor dos Anéis é um excelente exemplo. Eu tenho uma edição portuguesa, pois quando eu o comprei, apenas um seleto grupo de jogadores de RPG sabia quem havia sido o Tolkien. Agora, com o lançamento do filme, as pessoas começaram a ouvir falar sobre a história, ou a viram no cinema, e todo mundo começou a comprar a trilogia do anel. Algumas edições foram lançadas ao mesmo tempo e a preços bastante altos, e o público comprou mesmo assim. Falta mesmo é divulgação. Que bom que a Devir decidiu investir no gênero.


Obrigado pela atenção....E QUE A DISCUSSÃO CONTINUE!!!

EXISTE PRECONCEITO CONTRA AUTORES BRASILEIROS?
 
Fiquei curiosa, Varda. De qual prosa vc está falando?!
O livro que eu estou falando è O Tempo e o Vento do Erico Verrissimo. È meio prosa regionalista e meio um èpico, porque conta a saga de uma famìlia tendo certos acontecimentos històricos como pano de fundo. A saga està dividida em 3 livros. O Continente, o Retrato e O Arquipèlago. Mas particularmente eu gosto mais do primeiro livro.
 
São muitas variáveis. Sim, existe preconceito. O que VENDE não é o brasileiro e é isso que as editoras vêem.

A questão do regionalismo é exemplo disso. Houve uma época onde havia venda de livros RPG sobre Bandeirantes, mas foi um fracasso total. Apesar do universo para montagem de aventuras ser tão grande quanto o Farwest americano, não vendeu aqui porque isso atrai o velho trauma das chatíssimas aulas de história do Brasil.

Então o que os autores fazem? Acabam sucumbindo e escrevem coisas ditas universais, mas que nada mais são recontagem de mitos europeus. Fadas, vampiros, bruxas, idade média... nada de saci, iara, sucupira, boto, divindades maias, aztecas, guerra de Canudos, exploração da borracha, imigração de italianos, japoneses, alemães, etc...

Acho que a universalidade não tem a ver com escrever coisas da mitologia antiga (leia-se greco-romana, cristã), mas com os temas universais: amor, ódio, sonhos. Um autor bom mesmo escrevendo coisas regionais é capaz de captar o que todos podem entender. Não acho J. Lins do Rego regionalista da forma preconceituosa, nem Machado de Assis. Apesar de ambientarem suas estórias (afinal todos TEMOS de ambientar os personagens em algum lugar!) em épocas e locais diferentes do que conhecemos, eles trabalham frustrações,situações que ainda nos são familiares.

O que me faz NÃO comprar livros brasileiros não é a falta de universalidade, mas a insistência em ambientar as estórias num padrão americano/europeu. Se eu quero ler sobre vampiros ou cavaleiros em armaduras, ou magos sendo perseguidos pela inquisição vou ler de alguém que está imerso nessa cultura. E não de nóis.

De nóis eu sempre compro exatamente os 'regionalistas', ou melhor dou chance a eles. Mas a crítica ainda desce o sarrafo quando o escritor só ambienta mas não trata de mais nada universal.
 
Primula disse:
Acho que a universalidade não tem a ver com escrever coisas da mitologia antiga (leia-se greco-romana, cristã), mas com os temas universais: amor, ódio, sonhos. Um autor bom mesmo escrevendo coisas regionais é capaz de captar o que todos podem entender. Não acho J. Lins do Rego regionalista da forma preconceituosa, nem Machado de Assis. Apesar de ambientarem suas estórias (afinal todos TEMOS de ambientar os personagens em algum lugar!) em épocas e locais diferentes do que conhecemos, eles trabalham frustrações,situações que ainda nos são familiares.

Ôa! Você disse exatamente o que eu penso sobre essa questão do reginalismo... Tem gente que, quando uso Machado de exemplo como um autor que trata de temas universais, ainda rebate com um "Mas tudo se passa no Rio!". Oras! O Rio é personagem da história dele? Não.

Eu acho que em alguns casos essa questão de transformar o lugar em uma tipo de persogem chega a ser repetitivo e, conseqüentemente, chato. É só ver o caso do Jorge Amado. Depois de um tempo, soa como se você já tivesse lido tudo dele. Não que ele seja ruim, mas é cansativa a insistência dele em pintar a Bahia como personagem principal em seus livros.

E para não falarem que sou bairrista, digo o mesmo do Dalton Trevisan. Eu adoro Dalton Trevisan, porque sei de que lugares ele fala quando cita Curitiba. Eu conheço a imagem que ele retrata. É meu lugar. Mas, em muitos casos, eu penso como um paulista ou um carioca receberia o livro, caso nunca tivesse passado aqui. Esse é o regionalismo que me afasta muitas vezes dos livros brasileiros...

No mais, sobre o uso dos mitos da antigüidade.. não sei, acho que as coisas vão um pouco mais além do que usar nossos mitos, como a Iara, Jaci, Saci, etc... São nossos, de fato. Mas não podemos negar que temos a influência dos europeus. É estranho? É. Mas acho que temos mais é que aproveitar o fato de sermos esse caldeirão cultural, e na hora da criação, podermos nos dar ao luxo de usar todas nossas influências. Hum, ficou meio estranho o que eu disse, depois eu desenvolvo a idéia :wink:
 
Preconceitos... afff como existe. Eu tenho uma teoria em relaçâo a isso: "Quando nascemos fomos progamados a receber os enlatados de U.S.A...." orrra tem muita literatura lixão por aí . Concordo com o lance sobre "regionalimo" Putzz isso é um saco mesmo.Sabe ..eu acho que a maior culpa é das titias do colegial pq afinal sâo elas que enfiam goela abaixo troços ruins p/ os pobres Júniorzinhos e aí a gente cresce e fica com uma ideia errada da boa literatura BR.
 
Falta de divulgação, como a Ana diz, é um problema, mas não *todo* o problema.
(...)
Eu, por exemplo, não posso comprar todos os livros (...) eu só vou comprar se me convencer de que aquilo é bom, ou pelo menos que é algo de que eu possa gostar, que tenha a ver comigo.

Assim é com a maioria. Aí caímos naquela história repetitiva (embora verdadeira) de q compra-se e lê-se poucos livros no Brasil.
Não só livros de ficção e/ou fantasia, mas livros.


(...)
A grande maioria dos bons autores brasileiros ficam numa de literatura regionalista (...) parece que não possuem condições de escrever sobre temais universais (como o Machadão) e se enfurmam num regionalismo doentio.(...)

Não entendi. :?
Então, João Guimarães Rosa, Jorge Amado e Érico Veríssimo podem ser chamados de regionalistas? E não são universais? E Dostoievski e Charles Dickens? O primeiro sobre tragédias nas aldeias e cidades russas, o segundo sobre as diferenças sociais de Londres.
Machado de Assis escrevia sobre a sociedade do Rio de Janeiro, a principal cidade do país, de sua época. Tivesse vivido em Piracicaba, Alegrete ou Uberaba passaria a ser regionalista?
Um escritor não deve escrever sobre aquilo q conhece e a partir disso então tirar os temas universais?
 
Não entendi.
Então, João Guimarães Rosa, Jorge Amado e Érico Veríssimo podem ser chamados de regionalistas? E não são universais? E Dostoievski e Charles Dickens? O primeiro sobre tragédias nas aldeias e cidades russas, o segundo sobre as diferenças sociais de Londres.
Machado de Assis escrevia sobre a sociedade do Rio de Janeiro, a principal cidade do país, de sua época. Tivesse vivido em Piracicaba, Alegrete ou Uberaba passaria a ser regionalista?
Um escritor não deve escrever sobre aquilo q conhece e a partir disso então tirar os temas universais?

Pois é...nem eu.....
 
Dharma K disse:
(...)
A grande maioria dos bons autores brasileiros ficam numa de literatura regionalista (...) parece que não possuem condições de escrever sobre temais universais (como o Machadão) e se enfurmam num regionalismo doentio.(...)

Não entendi. :?
Então, João Guimarães Rosa, Jorge Amado e Érico Veríssimo podem ser chamados de regionalistas? E não são universais? E Dostoievski e Charles Dickens? O primeiro sobre tragédias nas aldeias e cidades russas, o segundo sobre as diferenças sociais de Londres.
Machado de Assis escrevia sobre a sociedade do Rio de Janeiro, a principal cidade do país, de sua época. Tivesse vivido em Piracicaba, Alegrete ou Uberaba passaria a ser regionalista?
Um escritor não deve escrever sobre aquilo q conhece e a partir disso então tirar os temas universais?

Dharma, acho que vc não entendeu um ponto que a Primula deixou bem claro... Uma coisa é você ambientar suas histórias, outra completamente diferente é fazer do lugar o personagem principal. Dom Casmurro funciona em qualquer lugar, compreendem? O Rio é pano de fundo, não o que move a obra. Já no caso do Jorge Amado... Jubiabá *jamais* poderia ser transportado para Curitiba, por exemplo. Isso porque a trama depende da paisagem baiana. Bom, depois desenvolvo mais isso...
 
Entendi essa questão do regionalismo...mas isso deve existir em muitos livros lá fora também e o pessoal daqui do Brasil lê e acha uma beleza...
acho que falei m&rd@...
 
Dharma K disse:
Eu, por exemplo, não posso comprar todos os livros (...) eu só vou comprar se me convencer de que aquilo é bom, ou pelo menos que é algo de que eu possa gostar, que tenha a ver comigo.

Assim é com a maioria. Aí caímos naquela história repetitiva (embora verdadeira) de q compra-se e lê-se poucos livros no Brasil.

Cai também na questão de você gostar do que você está lendo. Você pode comprar o livro da moda, ou ter que ler por obrigação, não gostar da experiência, e resolver que literatura (qualquer uma) é um saco, ou apenas deixar o livro pra lá. Isso *também* acontece com a maioria; o problema não é só de pura falta de interesse, ou de grana. Só quem lê com gosto defende, divulga, mostra de fato as qualidades do que lê. Os outros são indiferentes, na melhor das hipóteses.

Encarar a literatura brasileira como algo que tem que ser protegido só favorece essa atitude de "indiferença".
 
Pandatur disse:
Entendi essa questão do regionalismo...mas isso deve existir em muitos livros lá fora também e o pessoal daqui do Brasil lê e acha uma beleza...
acho que falei m&rd@...

Falou não, vc tem razão Pandatur. A questão é que não gosto de "regionalismos" na literatura estrangeira também. Até o ponto em que não se torne peça chave da narrativa, não me importo em ler uma longa descrição sobre a Londres Vitoriana... chato é quando a tal da "Londres Vitoriana" é importantíssima para a história e vc não sabe lhufas sobre ela...
 
Pô.
Venham me dizer que acham um cronista melhor que Luís Fernando Veríssimo no estrangeiro... NUNCA!
 
Eu não acredito em um preconceito verdadeiro dos leitores brasileiros.
São poucos os que leêm no Brasil
É a parte mais esclarecida, em sua maioria.

O que existe é a mentalidade de que o nacional nao eh bom e o internacional eh mt melhor. Eu mesmo confesso que li muito mais livros de autores internacionais do que nacionais, mas isso aconteceu pq são livros que eu tenho certa tendência a achar que são bons, afinal ficararm famosos no mundo todo.

E de uma maneira geral eu acho que isso que ocorre... o Internacional acaba sendo muito mais divulgado, o q eh culpa das editoras.

É bem verdade que eu não gosto da maior parte dos regionalismos literarios brasileiros.
Assim como no cinema, eu acho q o produto brasileiro fica as vezes muito preso ao nordeste amarelo e sofrido. Não que eu não ace válido falar sobre isso, mas as vezes acho q ficamos muito presos a essas especificidades.
 

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