Anica
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Três organizações de redes exibidoras de cinema divulgaram nesta sexta-feira (05) um compromisso de que irão baixar os preços dos ingressos caso a cota de 40% para meia-entrada seja aprovada pelo Congresso. O projeto de lei que prevê o limite de venda de entradas pela metade do preço está tramitando na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal.
O documento foi assinado pela Federação Nacional dos Exibidores Cinematográficos (Feneec), a Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex) e a Associação Brasileira de Exibidores de Cinema (Abracine). Os exibidores destacam ainda que as redes de cinema possuem mecanismos para controlar a venda de toda a parcela de ingressos destinada aos estudantes.
Ricardo Difini Leite, presidente da Feneec, afirma que a redução ocorrerá em um curto espaço de tempo, depois da aprovação da lei. "Será apenas o tempo de verificar a quantidade de ingressos vendidos depois da regulamentação das carteirinhas. Acredito que a redução ocorrerá em 30, 60 dias", prevê.
Segundo ele, a indústria de cinema "tem interesse em baixar o preço dos ingressos" para conquistar uma parcela do público que hoje não assiste a filmes nos cinemas por causa do preço das entradas. "A redução poderia ser de R$ 3 a R$ 4 para a inteira", afirma.
Difini diz que a proposta inicial das exibidoras não era a de se estabelecer cotas para estudantes, mas de limitar os dias da semana em que o benefício seria concedido. A sugestão constava do relatório original da senadora Marisa Serrano (PMDB-MS), relatora do projeto na CE, mas foi retirada depois de receber muitas críticas dos estudantes, que também são contrários ao sistema de cotas.
Para justificar sua defesa, o presidente da Feneec usa como exemplo o caso de Porto Alegre (RS). "Em Porto Alegre a meia-entrada só vale durante a semana e os cinemas mais caros cobram R$ 13 a entrada no fim de semana. O preço médio é de R$ 8,50. Alguém tem que ceder, porque senão o ingresso fica caro mesmo", argumenta.
Sobre a possibilidade de venda antecipada de ingressos, prevista no projeto que está sendo analisado no Congresso, o presidente da Feneec afirma que, no caso dos cinemas, isso não precisa ser obrigatório. "São raros os dias em que o cinema lota, talvez só em fim de semana e filmes muito populares. Então, não tem necessidade de garantir a venda com antecedência", avalia.
Controle
Uma das maiores críticas dos estudantes ao sistema de cotas é a dificuldade de se fiscalizar a venda da meia-entrada. O receio é que as empresas não comprovem que a totalidade da cota foi vendida.
O documento divulgado pelas entidades garante que "uma simples alteração do programa operacional (dos computadores) permitirá verificação (da venda). Os computadores poderão ser aferidos pelos agentes e entidades legais designadas para tal fim, permitindo inclusive, a consulta de vendas passadas através de consultas ao banco de dados dos cinemas."
Difini reforça o argumento dizendo que a verificação também poderia ser feita pelo expectador, na hora da compra. "É fácil mostrar na tela do computador os ingressos vendidos. Isso já é feito inclusive nas salas que têm lugar marcado. Além disso, existem os Procons, o Ministério Público para fazer o controle. A venda por cotas não vai trazer o transtorno que estão pensando."
Ressarcimento
O diretor da Feneec também defende que o governo estabeleça subsídios aos exibidores sobre os ingressos vendidos pela metade do preço. "O ressarcimento é o mais justo, porque hoje, se faz caridade com o chapéu alheio. A própria Constituição diz que qualquer tipo de subsídio tem que ser repassado para a iniciativa privada na concessão de benefícios", diz.
"Se conseguirmos o ressarcimento, aí sim a redução do preço dos ingressos vai ser muito maior, porque hoje quem banca isso é a parcela da população que não paga a meia-entrada e paga um ingresso maior", complementa.
Segundo Difini, entre 60% e 80% dos ingressos vendidos atualmente nas bilheterias dos cinemas são para estudantes. Ele afirma que a maior dificuldade é identificar as carteirinhas falsas.
Fonte: UOL
O documento foi assinado pela Federação Nacional dos Exibidores Cinematográficos (Feneec), a Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex) e a Associação Brasileira de Exibidores de Cinema (Abracine). Os exibidores destacam ainda que as redes de cinema possuem mecanismos para controlar a venda de toda a parcela de ingressos destinada aos estudantes.
Ricardo Difini Leite, presidente da Feneec, afirma que a redução ocorrerá em um curto espaço de tempo, depois da aprovação da lei. "Será apenas o tempo de verificar a quantidade de ingressos vendidos depois da regulamentação das carteirinhas. Acredito que a redução ocorrerá em 30, 60 dias", prevê.
Segundo ele, a indústria de cinema "tem interesse em baixar o preço dos ingressos" para conquistar uma parcela do público que hoje não assiste a filmes nos cinemas por causa do preço das entradas. "A redução poderia ser de R$ 3 a R$ 4 para a inteira", afirma.
Difini diz que a proposta inicial das exibidoras não era a de se estabelecer cotas para estudantes, mas de limitar os dias da semana em que o benefício seria concedido. A sugestão constava do relatório original da senadora Marisa Serrano (PMDB-MS), relatora do projeto na CE, mas foi retirada depois de receber muitas críticas dos estudantes, que também são contrários ao sistema de cotas.
Para justificar sua defesa, o presidente da Feneec usa como exemplo o caso de Porto Alegre (RS). "Em Porto Alegre a meia-entrada só vale durante a semana e os cinemas mais caros cobram R$ 13 a entrada no fim de semana. O preço médio é de R$ 8,50. Alguém tem que ceder, porque senão o ingresso fica caro mesmo", argumenta.
Sobre a possibilidade de venda antecipada de ingressos, prevista no projeto que está sendo analisado no Congresso, o presidente da Feneec afirma que, no caso dos cinemas, isso não precisa ser obrigatório. "São raros os dias em que o cinema lota, talvez só em fim de semana e filmes muito populares. Então, não tem necessidade de garantir a venda com antecedência", avalia.
Controle
Uma das maiores críticas dos estudantes ao sistema de cotas é a dificuldade de se fiscalizar a venda da meia-entrada. O receio é que as empresas não comprovem que a totalidade da cota foi vendida.
O documento divulgado pelas entidades garante que "uma simples alteração do programa operacional (dos computadores) permitirá verificação (da venda). Os computadores poderão ser aferidos pelos agentes e entidades legais designadas para tal fim, permitindo inclusive, a consulta de vendas passadas através de consultas ao banco de dados dos cinemas."
Difini reforça o argumento dizendo que a verificação também poderia ser feita pelo expectador, na hora da compra. "É fácil mostrar na tela do computador os ingressos vendidos. Isso já é feito inclusive nas salas que têm lugar marcado. Além disso, existem os Procons, o Ministério Público para fazer o controle. A venda por cotas não vai trazer o transtorno que estão pensando."
Ressarcimento
O diretor da Feneec também defende que o governo estabeleça subsídios aos exibidores sobre os ingressos vendidos pela metade do preço. "O ressarcimento é o mais justo, porque hoje, se faz caridade com o chapéu alheio. A própria Constituição diz que qualquer tipo de subsídio tem que ser repassado para a iniciativa privada na concessão de benefícios", diz.
"Se conseguirmos o ressarcimento, aí sim a redução do preço dos ingressos vai ser muito maior, porque hoje quem banca isso é a parcela da população que não paga a meia-entrada e paga um ingresso maior", complementa.
Segundo Difini, entre 60% e 80% dos ingressos vendidos atualmente nas bilheterias dos cinemas são para estudantes. Ele afirma que a maior dificuldade é identificar as carteirinhas falsas.
Fonte: UOL