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Exercício proposto por Ezra Pound

Ana Lovejoy

Administrador
Li recentemente o ABC da Literatura do Ezra Pound e lembrei de vocês aqui do Clube dos Bardos, porque ao longo do livro ele sugere alguns exercícios para aprimorar a arte da escrita. Vou citar um em especial, e se vocês quiserem trabalhar com isso nesse espaço, sintam-se à vontade. =]

Segunda Série​
(primeira parte)

1. Que o aluno faça a descrição de uma árvore
2. De uma árvore sem fazer qualquer menção ao seu nome (lariço, pinheiro, etc.) e de tal forma que o leitor não a confunda com a descrição de uma outra espécie de árvore.

O exercício continua, mas vamos ver se há alguma resposta para esse aqui antes de seguir em frente. :mrgreen:
 
Bom, eu não entendi direito, pode-se dizer sobre seus galhos e folhas, de modo a entender que é uma arvore ou apenas não se pode dizer explicitamente que arvore que é?

Houve em meu colégio um exercicio assim, mas era livre a descrição, a melhor foi a de um colega que descreveu a própria descrição, um tanto interessante.
 
A árvore se erguia imponente, era muito alta e aciculifoliada, erguia-se ao lado de inúmeras árvores iguais só que mais alta do que suas irmãs, o lenhador prepara seu machado para o corte. "essa madeira dá bom material" pensa consigo. Mas é interrompido, pois um dos adendos secos da árvore cai sobre sua cabeça com um sonoro "pec"...


Dá pra saber que árvore é?
 
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vou tentar mais uma vez.
Adrien avista na estufa da habisfera um dos vegetais mais raro de todo o complexo solar, não era uma árvore imponente mas em seus cachos o sumo era doce, suas pequenas frutas redondas podiam ser comidas ou transformadas em bebidas, lá estava ela sob o sol artificial que a sustentava, toda agarrada aos sustentáculos de ferro, e por ele a planta se espalhava com seu caule fino mas resistente, estava viva e produzindo, adrien deixou o local pensando na celebração que tomaria lugar em poucos instantes.
 
Qualquer coisa é só dizer que é não sendo ^^



Enfeitiçado, agora Galandtril não passava de uma árvore, muito se abatia, em sua estatura que não era das maiores, e muita tristeza esse fato originou, mas seu desejo mais profundo era simplesmente tocar o chão, com um toque aveludado, proveniente das ramagens de um de seus vários longos braços, que se estendem para fora de seu corpo como que a tentar buscar o passado humano.


salgueiro chorão
 
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Também vou tentar.

A árvore pendia calmamente no meio do bosque. Era pequena e suas companheiras facilmente superavam-na em altura, mas ela era a única que possuia frutos. Dourados como o por-do-sol. Redondos como a lua. A brisa fria da manhã parecia acaricia-los, devager e com cuidado, movendo as pequenas folhas em volta mas não movendo os frutos. Um gentil toque do vento na quela árvore pequena em tamanho, mas grande em importância.

Ficou na cara que é uma laranjeira, né? :g:
 
Aquela árvore seca, de galhos retorcidos, tronco forte e muitas ramificações secas intrigou o elfo noldorin e tanto o impressionou que ele não mais conseguiu se afastar dela. Passando as mãos sensíveis pela casca seca pôde notar que não estava morta, mas que a seiva corria forte sob a escura e ressequida pele. Observou-a mais uma vez com seus olhos atentos, penetrantes, e sorriu consigo mesmo, murmurando baixinho na língua antiga: amiga dos noldor, hei de ver como você guarda e revela seus segredos sob este disfarce de morte!
Sentou-se então, calmamente, sobre os galhos nus, cruzou as pernas e meditou, pensando nos dias longe num tempo e numa terra sem tristeza ou doença, onde as árvores não morriam e as flores jamais murchavam. Passaram-se os dias, semanas, longos meses até que, com os primeiros pingos do gelo que se derretia, o elfo despertou e pôde ver tímidos e pequenos brotos por onde saíam pequenias folhas verdes arredondadas, que davam ao esqueleto negro um toque ainda mais melancólico de decadência e morte do que antes o tronco seco e enegrecido. Não é possível que Morgoth tenha vencido assim os desígnos de Eru, criando tal aberração de vida! lamentou ele, já desencantado com a longa espera.
Uma profunda triseza tomou seu espírito e ele cantou, triste, um lamento a Yavanna, sua voz se perdendo no vento gelado que deixava as terras ermas rumo as moradas do norte.
Enquanto cantava, pôde ver que, a medida que o sol lentamente aquecia o tronco seco, quebravam-se e caíam os galhos resecados, dando lugar a tal profusão de brotos verdes que, em questão de alguns dias, e justo no início da estação do sol, a árvore explodia em verde, produzindo com sua copa frondosa uma sombra agradável que deixava o vento passar por suas pequeninas folhas produzindo uma canção semelhante à sua, que falava das graças da Kementári enquanto dançava e cantava, despertando os animais e as plantas em toda Arda.
Maravilhado com tamanho milagre, o elfo se deixou ficar, cantando e dançando em um êxtase demiurgo, até que os pequenos e delicados botões verdes abriram-se em uma verdadeira explosão de flores vermelhas que cobriram rapidamente todo o chão em torno da agora deslumbrante árvore, cuja casca renovada alternava tons de prata e ciza, em meio ao verde vivo dos musgos e liquens que cresciam agora em cada uma de suas muitas reentrâncias...
E foi assim que os noldor conheceram a árvore de nome ............................................, e aprenderam a amá-la, como símbolo da vitória dos Olvar sobre a corrupção de Melkor.

o nome é francês, mas bem conhecido no Brasil: Flamboiant!
 
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Tinha grande porte, e sua presença era previsível naquela região tropical. Os meninos se divertiam: subiam até a copa e atiravam de lá aqueles belos frutos, verdes, amarelos, laranja os mais maduros, na sacola que seu pai, tranqüilo porque os galhos eram suficientemente grossos para suportar todos os filhos, deixava aberta, como alvo. Depois, em meio a risadas e demonstrações de dentes louros, todos se lambuzavam até o fim do dia, quando a avó, movida por velhas lendas que acreditava verdadeiras, escondia o leite e safanava quem ousasse se arriscar a tomá-lo.

Mangueira. O início pode confundir com um cajueiro, né? :dente:
Aguardo a segunda parte. =]
 
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Resposta da minha outra:
Salgueiro CHORÃO, tentei dizer isso com o "tentar alcançar o chão" mas achoq ue falhei.
Tento de novo, já que não gostei da outra.

Romeu era jovem ainda, mas muito alto, muito alto mesmo, as outras árvores suas amigas ficavam surpresas quando o viam, ao olhar para o alto, algumas mal acreditavam como uma árvore tão alta podia se sustentar sobre um tronco tão fino. Mas o tronco era exatamente o mais importante segredo de Romeu, protetivo, duro e negro, o mantinha firme, e sabia que continuaria firme, mesmo ao solo, quando acontecesse de cair. Mas Romeu não morava apenas na visinhança de árvores de outras espécies, no mesmo bosque haviam muitos outros como ele, alguns jovens, outros nem tanto, mas todos moravam ali pelo mesmo motivo: O Grande rio que se estendia á frente e abaixo da terra, Romeu e seus parentes bebiam muito, quase o dia todo, litros e mais litros. Até que um dia infeliz e trágico homens chegaram, em seus tratores e vestindo suas roupas xadrez, e, como que por perseguição, mataram, atingindo com o trator e atirando ao chão, apenas Romeu e seus companheiros de raça, e nem mesmo seu resistente tronco o salvou.


Eucalipto, há!
 
Quem avistava aquela árvore, logo lembrava de um velho, ela era toda retorcida e encurvada, parecia que a força faltara no seu árduo empenho de lançar seus galhos en direção ao céu. Não era muito alta, porém, possuía raízes profundas que penetravam fundo na terra aparentemente seca, mas extremamente rica em aqüíferos subterrâneos. Suas folhas eram ásperas e nenhuma donzela atrevia-se a afága-las, a menos que fosse para "tratar calos" (são verdadeiras lixas). O caule era grosso e de aparência escamosa. De seus frutos as abelhas fazem mel, e as flores pequeninas exalam suave fragância. Extremamente adaptada ao clima seco e árido é muito mais comum na região central.

Lixeira (Curatella americana)
 
Vou arriscar uma tentativa:

O viajante sequioso mal acreditava em seus olhos, eis ali a árvore, não muito grande, mas muito bela, florida, de cujos ramos viscejavam vistosos os frutos vermelhos quase redondos, de cujo doce sumo o paladar anseia provar a doçura, mas que seduz primeiro os olhos, depois a língua, e por último o estômago. O fruto desta tal árvore, muitos infantilmente asociaram ao pecado de Eva e Adão, mas certo é que tal fruto não é senão uma benção dos céus.

(Nem vou colocar o spoiler desta vez, acho que não será preciso)
 
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