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Evangeline Lilly e a Polêmica Envolvendo uma Elfa, um Elfo e um Anão

Administração Valinor

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Atenção! SPOILER! Se você ainda não assistiu O Hobbit: A Desolação de Smaug, sugerimos que não leia o texto abaixo, pois ele contém revelações sobre certa passagem da trama.

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O leitor que já foi ao cinema assistir ao segundo capítulo da trilogia O Hobbit deve se lembrar de certa passagem do filme envolvendo uma nova elfa, um conhecido elfo, e um polêmico anão sem barba. Sim, estamos falando do triângulo amoroso envolvendo Tauriel, Legolas e Kili.

Como é comum em adaptações, há passagens em que os fãs são quase unânimes em apontar quais são as melhores, já outras dividem opiniões, enquanto que determinadas passagens desagradam a maioria. O famigerado triângulo amoroso Tauriel-Legolas-Kili parece fazer parte dessa terceira categoria, pelo menos é o que evidenciam algumas críticas profissionais e as opiniões dos fãs em nosso Fórum de discussão e em comentários de notícias.

Em uma recente entrevista dada a jornalistas de Los Angeles, durante a promoção de O Hobbit A Desolação de Smaug, a atriz Evangeline Lilly e a co-roteirista Philippa Boyens (parceira de longa data de Peter Jackson na produção de seus filmes) conversaram entusiasticamente sobre a formação da personagem Tauriel e como surgiu a tão controversa ideia de colocar uma elfa dividida entre o amor de um príncipe-élfico e um anão.

Nesta entrevista descobrimos que quando Lilly concordou em assumir esse papel, ela havia colocado uma condição aos produtores: não ser pega em um triângulo amoroso. Lembremo-nos de que a atriz, quando intérprete do papel de Kate Austen em Lost, já tinha experimentado este tipo de situação no contexto da série. Inicialmente Peter Jackson concordou com esta condição, mas parece que ele e os estúdios decidiram o contrário. Acompanhe os trechos mais significativos.

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Evangeline Lilly conta inicialmente como Peter Jackson e Philippa Boyens estavam procurando-a e como finalmente a encontraram e por telefone ofereceram a ela o papel da elfa:

Evangeline Lilly: [...] E assim acabaram conseguindo falar comigo, e, é claro, porque O Hobbit foi o meu livro favorito quando era pequena e os Elfos Silvestres eram meus personagens favoritos no livro, e como seria um sonho interpretar um, eu agarrei a oportunidade. Eu peguei o telefone rapidamente. E então eles disseram: “Seu personagem não está no livro.” E fiz uma longa pausa, como uma grande fã de Tolkien. Eu meio que engoli a seco e disse: “O quê? Todo mundo vai me odiar.” Não demorou muito para eles convencerem-me completamente de que era a coisa certa a fazer e foi uma boa ideia.

Philippa Boyens: Eu me lembro daquele telefonema, e eu me lembro daquele momento em que eu disse: “É uma história de amor, não é uma história de amor convencional.” E você disse algo como, “Certo, certo… “. E eu: “Com um anão”. Fez-se silêncio, e então eu disse, “Mas espere, eu vou lhe enviar uma foto! É Aidan Turner, por isso está OK!” Eu a mandei, e então você disse, “OK , sim, sim…”.

Lilly: Ela fez isso. E me disse: “Ele é tããão bonito. Basta esperar para ver”. Mas naquele primeiro momento ela não disse que haveria uma história de amor! Phil pode não se lembrar disso, mas eu concordei com o trabalho sob uma condição. Uma condição, e eles concordaram com a condição, e essa condição foi colocada há dois anos. A condição era que eu não seria envolvida em um triângulo amoroso. Certo? Porque qualquer um de vocês que são fãs de Lost, sabem que eu estive até aqui só envolvida em triângulos amorosos. E como é conhecido, eu voltei para as refilmagens de cenas em 2012 e disseram: “Fizemos alguns ajustes para a história de amor.”

Boyens: Bem, isso é verdade, realmente não havia um triângulo, não havia. Mas o que aconteceu foi que quando vimos isso acontecendo, aquele primeiro encontro entre Kili e Legolas, aquele tipo de troca de olhares, foi tão perfeito que ficamos como… E também interessante com Legolas, porque uma das coisas que nós estávamos tentando fazer foi que ele odeia Anões em A Sociedade do Anel. Há essa animosidade, todo esse tipo de… Que tinha que ter vindo de algum lugar. Como foi isso? E nós queríamos torná-lo um pouco mais emocional do que apenas: “Eu não gosto deles.”

Lilly: E interpretou bem.

Boyens: E depois também quando você voltou, eu disse: “Oh, não, Deus, espere aí. Orlando Bloom, Aidan Turner – você está presa entre os dois. Sinto muito, tem algum problema?”

Jornalista: Convencer seus atores que seus roteiros estão OK é algo que você tem que fazer muitas vezes, Philippa?

Boyens: Só com Tauriel, porque Evangeline não está brincando, ela é uma grande fã de Tolkien, você estava preocupada, e nós entendemos isso, mas nós não explicamos direito de onde isso veio: da relação entre Gimli e Galadriel que era algo muito puro, esse tipo interessante de amor. E, também, da feminilidade que faltava, porque o Professor Tolkien realmente escreveu fantásticas personagens femininas, mas ele simplesmente não escreveu nenhuma para O Hobbit. E você entendeu imediatamente – e você foi corajosa, e você disse sim, e fizemos.

Lilly: E em sua defesa, Tolkien estava escrevendo em 1937. O mundo era um lugar diferente de hoje, e eu continuo a dizer repetidamente para as pessoas de hoje, que colocar nove horas de filme nos cinemas para jovens meninas assistirem, e não ter uma única personagem feminina para elas se espelharem é subliminarmente dizer-lhes: “Vocês não contam. Você não é importante, e você não é fundamental para a história”. E eu acho que eles foram muito corajosos e muito brilhantes, dizendo: “Nós não vamos fazer isso com o público jovem do sexo feminino que for ver o nosso filme.” E não só o público jovem feminino, mas até mesmo uma mulher da minha idade, eu acho que é hora de parar de fazer histórias que são apenas sobre os homens – especialmente só sobre homens heroicos. E eu amo que eles tenham feito Tauriel uma heroína.

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A ideia de criar uma personagem feminina para a adaptação O Hobbit é antiga, e vem desde os primórdios do projeto, quando o diretor mexicano Guillermo Del Toro era oficialmente o diretor da produção. Em outra entrevista, a roteirista Philippa Boyens revelou que uma das contribuições de Del Toro para o filme foi com a criação da personagem (mas não para o romance triplo).


“Ele estava lá quando decidimos [sobre] a personagem feminina”, diz Boyens. ”E ele era um forte apoiador da ideia. O que é bom nisso é que você está assumindo um risco. Você está brincando com a história de outra pessoa, e você tem um jeito de fazer isso e da maneira certa. E [Del Toro] era alguém que dizia: ‘Sim, nós devemos fazer isso!’”

Curiosamente, Evangeline Lilly não tinha conhecimento da contribuição de Del Toro para a criação de sua personagem.


“Eu nunca conheci Guillermo”, diz ela. ”Eu nunca falei com o Guillermo e nunca tive o prazer de conhecê-lo, então eu pensei que havia sido Pete [Jackson], Fran [Walsh] e Phil [Boyens] que a haviam criado”.

Parece que Tauriel foi um nome pensado exclusivamente para Lilly e criado depois que Peter Jackson assumiu a direção, no entanto. Na época do comando de Del Toro, a personagem feminina era creditada como Itaril e tinha a atriz irlandesa Saoirse Ronan como a principal candidata a dar vida à elfa da floresta (leia mais sobre isso AQUI).

Fontes: Yahoo Movies, Spinoff e TotalFilms

Continuar lendo...
 
Última edição por um moderador:
Lilly: E em sua defesa, Tolkien estava escrevendo em 1937. O mundo era um lugar diferente de hoje, e eu continuo a dizer repetidamente para as pessoas de hoje, que colocar nove horas de filme nos cinemas para jovens meninas assistirem, e não ter uma única personagem feminina para elas se espelharem é subliminarmente dizer-lhes: “Vocês não contam. Você não é importante, e você não é fundamental para a história”. E eu acho que eles foram muito corajosos e muito brilhantes, dizendo: “Nós não vamos fazer isso com o público jovem do sexo feminino que for ver o nosso filme.” E não só o público jovem feminino, mas até mesmo uma mulher da minha idade, eu acho que é hora de parar de fazer histórias que são apenas sobre os homens – especialmente só sobre homens heroicos. E eu amo que eles tenham feito Tauriel uma heroína.

Oi?

Agora os filmes precisam se preocupar com a jovens meninas que o irão assistir? Não sou nem um pouco machista, mas que desculpa esfarrapada.

E os milhares de filmes de ação, suspense, terror, etc, onde nem sempre personagens femininas protagonizam a história, mas nem por isso as mulheres saem às ruas alegando que não são importantes, que não contam ou que não são fundamentais?

Como se o público jovem feminino correspondesse à maior parte dos fãs da obra, escrita a décadas atrás. Não devem nem conhecer... no máximo viram o primeiro filme e não se importaram nem um pouco ante a ausência de uma Tauriel. Hoje existem outros meios de se afirmar a importância do público feminino para a sociedade; e isso definitivamente não precisaria ter sido feito em um filme de Tolkien.

Boyens deve ser feminista, para o desprazer de vários fãs (inclusive do público feminino).

O pior é esse trecho da roteirista:

E, também, da feminilidade que faltava, porque o Professor Tolkien realmente escreveu fantásticas personagens femininas, mas ele simplesmente não escreveu nenhuma para O Hobbit. E você entendeu imediatamente – e você foi corajosa, e você disse sim, e fizemos.

Eeee..? Que se respeitasse a opção do Professor então. Isso não foi um defeito da obra, como querem fazer parecer.


Os trechos colhi da matéria publicada pela Valinor a alguns instantes.
 
Sinceramente, a Boyens BOIOU!!!

O PJ explicou, do jeito dele, a animosidade entre anões e elfos em uma cena estendida do primeiro filme.

E o motivo da desavença foi o cerne da discussão entre Thrandy e Escudo de Carvalho no segundo filme. Relembrando:

- Dê-me o que é meu e o ajudarei a recuperar o seu reino.

É muita pretensão... Ninguém explicou pra ela que esse assunto já tinha um ponto final?!

Estou perplexo com essa entrevista...

A coitada da Lilly tentou se posicionar, mas o dinheiro falou mais alto.

Barbaridade...
 
Última edição:
Algumas considerações sobre essa entrevista:

* Nessa entrevista tive a impressão que a Boyens ficou numa tremenda saia justa com essas explicações e justificativas estapafúrdias. A Evangeline deve ter revelado a tal condição de só aceitar o papel sem triângulo amoroso para tentar aliviar um pouco a pressão em torno da personagem. Algo do tipo: "Ok, podem me odiar ou odiar Tauriel por não existir no livro, mas saibam que essa ideia de gerico não foi minha e não concordei com ela". Depois de tanto falatório a atriz resolveu por panos quentes aí e deixar quieto, quando começou a defender pelo menos a existência da personagem, dando uma aliviada na situação para a roteirista.

* Sobre isso, até concordo com o ponto de vista de tentar dar ao público feminino uma personagem heroica e forte na qual se espelhar. Ok, mas aí eles pegam essa personagem forte e heroica e a envolvem na trama mais chulé e sexista que existe na tv e cinema: romancezinho com os galãs, caidinha de amores por eles, alvo de disputa e ciúmes deles, etc e tal.

* Concordando com o pessoal aí em cima, Sra. Boyens parece não ter se dado conta que o motivo da animosidade entre anões e elfos está bem explicado no contexto da adaptação. A cena do prólogo, em especial a da versão estendida, com Thranduil sendo trolado pelo Thror e a conversa do elfo com o Thorin no segundo filme já são exemplos suficientes. Querer justificar a animosidade inicial entre o Legolas e o Gimli em ASdA com o ciúmes do Legolas pelo Kili é cagar no legado dessa adaptação, que foi ótima. Querer estabelecer a base do romancezinho Kili S2 Tauriel com o que houve com Gimli e Galadriel é outro absurdo. Aquilo que vemos principalmente na versão estendida de ASdA é de uma poesia e beleza tremendas. Gimli, depois de receber da Senhora de Lothlórien 3 fios de cabelo jamais diria a ela que tinha também um presente para dar guardado dentro das suas calças.

Boyens tentou justificar o injustificável.
 
Não entendo tanto ódio com ela.

A personagem em sí só tem 1 problema, é uma versão feminina do Légolas (se é q é possível abaitolar mais ainda o légolas dos filmes), uma amazona élfica, e não a típica donzela élfica.

Sem contar que Gimli se apaixonou por Galadriel e ninguém fala nada : P
 
Última edição:
Também acho que o pessoal pegou pesado.

Com relação a piadinha do "presente" dentro das calças.
Galadriel era uma senhora élfica que recebeu a todos, homens, hobbits e anões, muito bem em Lothlórien.
Acredito que ninguém na Terra Média, nem mesmo um orc seria capaz de fazer uma piada escrota dessas com ela.

Tauriel era chefe da guarda que prendeu os anões de forma nada educada e os tratou como ladrões mesmo.
A "oferta" do Killi foi uma provocação feita no mesmo nível daquela em que o Legolas pergunta ao Glóin se o retrato que carregava era do irmão dele.
Era da esposa, e provavelmente o elfo sabia disso.
 
Convenhamos, a provocação sobre os retratos da família de gloin foi boa. pois o resto do filme foi uma tragédia...
 
Que fique claro: Gostei da ideia de uma elfa no filme e o resultado ficou bom.

Entretanto, as declarações feitas na entrevista foram pífias. Dignas dos desencontros que vimos no filme.

E só posso imaginar que ela se encantou pelo anão antes mesmo que qualquer palavra fosse dita. Ou até o momento que ele pede uma adaga no calor da batalha. Depois disso vem a piada infame e o diálogo nas prisões. Esse diálogo se inicia porque ela vê o anão com uma runa.

Talvez ela estivesse inclinada a conversar com ele de qualquer maneira e a runa foi apenas o pretexto. Ou ainda, alguma cena estendida pode explicar melhor essa situação. Tomara...

De qualquer forma, a moça toma um toco do sogrão e parte pra alternativa Romeu e Julieta mais próxima?

Amei o filme, principalmente a versão HFR que é espetacular, mas uma tosqueira como essa nunca vi na minha vida.
 
Que fique claro: Gostei da ideia de uma elfa no filme e o resultado ficou bom.

Entretanto, as declarações feitas na entrevista foram pífias. Dignas dos desencontros que vimos no filme.

E só posso imaginar que ela se encantou pelo anão antes mesmo que qualquer palavra fosse dita. Ou até o momento que ele pede uma adaga no calor da batalha. Depois disso vem a piada infame e o diálogo nas prisões. Esse diálogo se inicia porque ela vê o anão com uma runa.

Talvez ela estivesse inclinada a conversar com ele de qualquer maneira e a runa foi apenas o pretexto. Ou ainda, alguma cena estendida pode explicar melhor essa situação. Tomara...

De qualquer forma, a moça toma um toco do sogrão e parte pra alternativa Romeu e Julieta mais próxima?

Amei o filme, principalmente a versão HFR que é espetacular, mas uma tosqueira como essa nunca vi na minha vida.


Concordo com você. Eu já disse aqui em outro lugar que para mim a criação da personagem não compromete o filme nem a história. Era mesmo necessário na adaptação desenvolver os personagens elfos, pois até o Thranduil não é sequer uma única vez chamado por esse nome no livro O Hobbit, e só o conhecemos por Rei-Élfico. Acho que só um elfo bebum tem nome, o Galion. E já que para a adaptação era necessário desenvolver alguns elfos, por que não uma elfa? Ok, justificável. O grande problema é pegar essa personagem e envolvê-la no que devem ser as cenas mais "vergonha alheia" da Terra-média cinematográfica. Isso NÃO ajudou em nada na aceitação da maioria do público. E a Evangeline Lilly sabia disso e por isso mesmo não queria triângulo amoroso, ainda mais com anão. Um erro sem precedentes. Esse foi o desserviço prestado pelos roteiristas que tem sim a maior parte da culpa por alguma rejeição que a elfa possa sofrer do público, mas não a atriz.
 
Vou dar a minha opinião de mulher, porque direto eu vejo comentários dizendo que garotas não costumam se interessar pelas obras de Tolkien.
Quando eu comecei a ler as obras de Tolkien, confesso que no começo eu me sentia meio incomodada por não ter muitas personagens femininas (nada grave do tipo ''Ah não quero ler isso'', na verdade em O Hobbit eu custei perceber a ausência delas). Fiquei encantada quando a Fruta d'Ouro apareceu, a Galadriel, mas foi a Éowyn que chamou mais a minha atenção, porque eu estava esperando isso, uma mulher em batalha (e até hoje Éowyn é a minha favorita).
E as garotas esperam isso SIM, esperam ver o sexo feminino reagindo.
E eu gostei da Tauriel, e antes que joguem pedras em mim, não aprovei o triângulo amoroso. Na verdade detestei, mas eu não fiquei reclamando, porque fora isso, eu gostei da personagem, gostei da presença feminina no filme, e gostei de vê-la lutando.
E já que alegam que as obras do mestre não atraem as garotas, por que não atraí-las no cinema? O mundo não é feito só de homens, imagine se só homens fossem ver os filmes. Atrair o público feminino é importante sim.
E todos sabem que deram toda aquela atenção ao romance de Arwen e Aragorn nos filmes pelo mesmo motivo.

Sobre o triângulo amoroso, já disse que detestei, mas eu ignoro, não vou ficar reclamando e repetindo coisas que todos já disseram.
 
Minha defesa da elfa cabeçuda e do suposto triângulo.

Assim (talvez eu deva assistir ao filme de novo) houve/haverá mesmo um triângulo, do tipo a elfa ficar em dúvida se quer o anão pegável ou o elfo fodão?

Não me pareceu isso, sinceramente. :think:

Quando ela fala de o Kili ser interessante e parecer até mais alto do que a maioria dos anões, pareceu mais que queria provocar o Legolas com isso (porque ele havia insinuado que ela dava atenção demais ao Kili).

Mas quando ela sai do palácio ela vai em busca dos orcs e não do Kili.
Lembrem que ela não sabia que o Kili estava na Cidade do Lago, sabia que estava ferido, mas não onde o anão estava.
Talvez até imaginasse que ele estivesse com os outros, a caminho de Erebor, a decisão de tio de deixá-lo na cidade foi de última hora.

E ela hesita bastante antes de tentar curá-lo, lembrem que o Legolas fica chamando e ela se decide apenas quando vê o Bofur com a erva do rei nas mãos.

E quando o Kili faz aquela "declaração de amor" ele estava meio grogue e ela parece achar aquilo tudo bem estranho, não faz cara de deslumbrada nem nada do tipo: "vem ni mim Kili!".

Achei bem digno esse triângulo.
Inventaram um "história de amor impossível" por algum motivo (tipo agradar moçoilas)?
Sim.

Foi desnecessário a invenção daquilo tudo (Kili ficar a beira da morte por ter sido ferido pela flecha-orc-maligna)?
Sim.

Mas não me comoveu, não.
Me horrorizei mais com o Radagast (nos dois filmes) e fiquei bem xatiada com o Beorn. =/
 
Eu acho que tem dois problemas bem diferentes aqui. Tauriel, segundo Boyens, foi adiciona para:

i) atrair o público feminino e
ii) explicar a animosidade entre elfos e anões através do triângulo amoros.

Diferente de @Gandin, eu acho bem razoável o argumento (i). É um argumento interessante e perigoso ao mesmo tempo, devendo ser complementar a outros argumentos. Explico: Se formos seguir esse caminho ("faltam personagens femininos para atrair o público feminino"), então pq não extrapolar o argumento para outros trocentos grupos não representados na obra de Tolkien? O caso mais clássico é dos negros, tanto é que de tempos em tempos alguém surge perguntando se Tolkien era racista, se os orcs representam os negros e etc. Eu acho, inclusive, que inventaram de colocar alguns atores negros como figurantes em Laketown. Esse é um debate bem complicado. Eu posso estar falando besteira, mas acho que a criação de Éowyn reflete uma reconsideração de Tolkien sobre a importância de personagens femininos.

No parágrafo anterior, quando falei sobre o argumento de atrair o público feminino ser complementar a outros, eu estava pensando numa ideia específica. Peter Jackson tomou a decisão correta de incluir Legolas no filme. A explicação é óbvia: Ele é filho de Thranduil e os anões passam 2 capítulos da aventura tanto na Floresta das Trevas quanto nos Salões do Rei Élfico. É meio óbvio que Legolas deveria participar do filme (se a participação é longa ou não, esse é outro papo). Outra decisão acertada é que Legolas é nojento e indiferente aos assuntos do mundo exterior, assim como o pai. Isso significa que é preciso algum elemento de transformação do Legolas de O Hobbit para o Legolas de OSdA. Já falei isso umas dez vezes aqui no fórum: Tauriel é esse elemento.

Sobre o ponto número (ii), ou seja, o triângulo amoroso explicar a rivalidade, eu acho isso uma tremenda besteira. Duas cenas explicam a rivalidade: A cena extra do prólogo, quando Thórin nega à Thranduil o tesouro que posteriormente o Rei Élfico alega ser seu (em A Desolação de Smaug) e a outra cena é quando Thranduil não ajuda os anões.

--

@Clara V. , o triângulo foi nominalmente confirmado pela Boyens.

Quando ela sai do palácio, ela vai por causa de Kili, na minha opinião. Durante o interrogatório o orc fala que o anão mais jovem foi ferido com uma flecha envenenada. Nesse momento ela muda de comportamento e logo depois some.

O que mais me incomoda sobre a história do triângulo é que parece que forçaram algum romance no filme. É como se PJ pensasse que um filme só é filme se tiver alguma história de amor. O que é um raciocínio meio besta.
 
Última edição:
@Grimnir , a grande divisão da vida é essa: masculino e feminino. Sobre as raças já é outra coisa. E eu também acho que a Éowyn foi criada para mostrar que personagens femininas também são importantes e podem fazer grandes feitos.
Reclamar da aparição do Legolas, alegando que só foi colocado para atrair ''menininhas'', é bobagem mesmo, ele é filho do Thranduil, ele estava lá mesmo não sendo diretamente citado.
E acho que a Tauriel também foi criada para representar os elfos da floresta, tirando a parte que ela flerta com o Kili, eu a amei.
 
Minha defesa da elfa cabeçuda e do suposto triângulo.

Assim (talvez eu deva assistir ao filme de novo) houve/haverá mesmo um triângulo, do tipo a elfa ficar em dúvida se quer o anão pegável ou o elfo fodão?

Não me pareceu isso, sinceramente. :think:

Quando ela fala de o Kili ser interessante e parecer até mais alto do que a maioria dos anões, pareceu mais que queria provocar o Legolas com isso (porque ele havia insinuado que ela dava atenção demais ao Kili).

Mas quando ela sai do palácio ela vai em busca dos orcs e não do Kili.
Lembrem que ela não sabia que o Kili estava na Cidade do Lago, sabia que estava ferido, mas não onde o anão estava.
Talvez até imaginasse que ele estivesse com os outros, a caminho de Erebor, a decisão de tio de deixá-lo na cidade foi de última hora.

E ela hesita bastante antes de tentar curá-lo, lembrem que o Legolas fica chamando e ela se decide apenas quando vê o Bofur com a erva do rei nas mãos.

E quando o Kili faz aquela "declaração de amor" ele estava meio grogue e ela parece achar aquilo tudo bem estranho, não faz cara de deslumbrada nem nada do tipo: "vem ni mim Kili!".

Achei bem digno esse triângulo.
Inventaram um "história de amor impossível" por algum motivo (tipo agradar moçoilas)?
Sim.

Foi desnecessário a invenção daquilo tudo (Kili ficar a beira da morte por ter sido ferido pela flecha-orc-maligna)?
Sim.

Mas não me comoveu, não.
Me horrorizei mais com o Radagast (nos dois filmes) e fiquei bem xatiada com o Beorn. =/

Poxa Clara, o Beorn ficou legal hehe... você diz quanto ao tempo dado a ele na história?

Radagast não me incomodou... ainda que tenham dado a ele o papel do "mago fracote" (pelo menos assim interpretei, depois do diálogo entre ele e Gandalf em Dol Guldur).
 
Poxa Clara, o Beorn ficou legal hehe... você diz quanto ao tempo dado a ele na história?

Radagast não me incomodou... ainda que tenham dado a ele o papel do "mago fracote" (pelo menos assim interpretei, depois do diálogo entre ele e Gandalf em Dol Guldur).

Só gostei do Beorn transformado em urso.
Acho que passou toda a ferocidade exatamente como descrito no livro.
O resto ficou estranho.
A aparência dele como homem, ele (e os de sua raça) terem sido escravizados e torturados até a morte, aquela algema no braço, todo aquele ódio pelos anões (por caus'de quê, afinal?) a casa dele ser uma bagunça só...

Os anões invadem o barraco de um homem que é solitário e que se transforma em fera (e em uma fera enorme e forte) e o cara:
Tudo bem, eu odeio anões (porque são gananciosos embora eu não tenha nada com isso já que não dou a mínima pra joias, posses, dinheiro, minas e çascoisa) não conheço o Gandalf nem aquele outro pequeno, mas deixo dormirem na minha casa, sirvo-lhes leite e ainda dou provisão e pôneis pra vocês irem tomar Erebor.

Se eu não tivesse lido o livro ficaria assim: :eh:

E o Radagast é um Maia, um Ainur.
Em toda Terra Média os únicos seres mais poderosos que os Maiar são os Valar.
(Os Valar, que criaram a Terra Média sob as ordens diretas Eru).

E ali aparece um dos Maiar cheio de cocô de passarinho na cabeça.
Sem trocadilho, esse personagem foi a maior cag*da do Peter Jackson nas adaptações.
(Até então eu achava que era o Faramir "tomado dos mesmo" e tentando tirar o anel do Frodo.)
 
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O pessoa esquece que tolkien fez o Hobbit antes dos outros livros e com intuito de entreter os seus filhos, Acho que quando ele fez Radagast ele não penso que futuramente ele seria um Maiar ou que o Rei elfo teria um Filho que estaria da Sociedade do anel... Acho que ele sim poderia incluir uma Elfa guerreira se caso o SdA fosse escrito antes, essa inclusões de PJ só enriquecem a historia, pois a essência do livro esta mantida...
 

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