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Evangélicos querem que templos paguem menos pela energia elétrica

adrieldantas

Relax and have some winey
No começo do ano, a CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania), da Câmara dos Deputados, deu parecer favorável à Proposta de Emenda Constitucional 497/2010 que, se aprovada, concede subsídios (desconto bancado pelo governo) aos templos e igrejas nas tarifas de energia elétrica. A PEC não fixa o percentual do desconto, deixando-o em aberto.

A proposta é de autoria do deputado Eduardo Valverde, que morreu no ano passado. Ela atende aos interesses principalmente da bancada evangélica. O seu relator é o deputado Antônio Bulhões (foto), do PRB-SP, que é o partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.

Para Bulhões, os subsídios se justificam pelo fato de as igrejas prestarem “relevante trabalho de cunho social em benefício de segmentos carentes da população”.

Para que os templos paguem menos pela energia elétrica, a PEC altera o artigo 19 da Constituição, o que garante a laicidade do Estado, que diz: "É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança".

As igrejas já dispõem de imunidade de impostos, o que tem sido, juntamente com a colheita de dízimo, a fonte de recursos para a construção de megatempos evangélicos e o enriquecimento de pastores neopentecostais.

Parte dos deputados eleitos por evangélicos costuma apresentar propostas que visam obter vantagens para as igrejas, tirando proveito dos cofres públicos ou de fundos como o FGTS. É do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), por exemplo, o projeto de lei 3044/2011 que, caso fosse aprovado, liberaria recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para financiar a construção de templos e igrejas.

A PEC do subsídios na tarifa de energia elétrica terá de passar por outras comissões para chegar ao plenário da Câmara, se chegar. O que ela propõe é tão absurdo que não deverá seguir adiante.​

:Fonte:

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Sério, meu projeto de montar uma igreja tá quase saindo do papel, alguém topa?
 
Última edição:
Alguém sabe me informar se Templos de Umbanda ou Candomblé, pra tomarmos alguns exemplos, tem este tratamento quanto à isenção de impostos?
 
É até meio assustador quando ando por algumas ruas aqui do meu bairro no domingo à noite. O número de igrejas é enorme... Igrejas que, na verdade, são comércios.
Igreja atualmente virou sinônimo de dinheiro. Se você quer dinheiro, abra uma igreja! É fato! Pelo menos aqui onde moro... Em cada esquina há uma igreja.
Tenho que confessar que o trabalho social que algumas igrejas realmente praticam é muito bonito e realmente ajuda pessoas carentes e etc... Porém, não entendo o significado de tantos templos assim. Por que não simplesmente se juntarem (pelo menos igrejas do mesmo ramo, mas com prédios em vários lugares) numa só?
Em relação à igreja Universal, não é de hoje que seu nome tá nesse tipo "escandalizado" de notícia. Sou absolutamente contra esse negócio de o Estado ser de uma determinada religião e tal, mesmo que o trabalho social dela seja realmente efetivo. (Desculpe se machuco alguém).
 
Dentro de muito pouco tempo, seremos um país evangélico. Só precisa de um presidente evangélico e chuto dizer que nem estado laico seremos.

Em nome e Jesus.
 
Pela legislação do IRPJ todo templo religioso é isento de impostos, mas não de encargos sociais.
Se existirem funcionários deve ser recolhido INSS e FGTS normalmente. Assim como taxas de IPTU, etc.
Já vi casos dos ditos templos requererem isenção de IPTu por conta do "trabalho social" . Assim como o caso dessa aí que quer deixar de pagar a a conta da luz.
 
Quando eu acho que já vi tudo, eu ainda consigo me espantar, eu tenho medo dos brasileiros e dos políticos brasileiros, é sério que temos essas porcarias de políticos, sempre eu estou quase conseguindo respeitar aí aparece alguém e pronto, minha vontade de respeito some e outras vontades aparecem, bando de vagabundo que só quer sugar o dinheiro do povo, já fazem isso nas trocentas igrejas de trocentas denominações que existem, agora querem roubar de quem não faz parte dessas m*, estou com vontade de instaurar o Death Metal atuante aqui no Brasil, se é que vocês me entendem.

Trabalhar ninguém quer.
 
Última edição:
o que me deixou mais alarmada foi a parte sobre MUDAR A CONSTITUIÇÃO no local onde diz que o país é LAICO. Ou seja, eles estão é querendo na verdade dar um 'jeitinho' de mudar ou tirar de vez esse "detalhe" tão importante da nossa constituição, que assegura o direito dos ateus e dos praticantes de outras religiões.

Se passar - o que duvido muito que passe - nos tornaremos um país oficialmente evangélico. Aí véi... salve-se quem puder!!! Estado e religião nunca andam bem quando fundidos.
 
Adoraria viver em um país que acabasse com o secularismo e o laicismo. Laico o cacete. Queria viver em um Império cristão, como Bizâncio ou a Santa Rússia medieval, onde Estado e Igreja não se confundem, mas se dão as mãos, onde as religiões são respeitadas mas a moralidade e fé confessa do Estado seja o cristianismo da ecumene, om seus Concílios, procissões, templos e Liturgias financiados por fieis e pelo Estado!

Mas o Brasil não é um país cristão ortodoxo. Não possuímos a herança greco-romana, nem a Tradição dos Apóstolos e dos Padres, nossa constituição não foi formada pela ecumene cristã, nem somos uma monarquia legitimista, muito menos temos uma maioria de população formada nos mesmos princípios tradicionais.




Então o jeito é me contentar com esse laicismo e secularismo, e gritando quando ele leva o Estado a tomar decisões que contrariam a moral cristã. É a vida... :tsc:

O que me preocupa nessas isenções e nesse poder da bancada evangélica é que o Estado, sendo laico, não possui nenhum referencial de doutrina pra limitar a fundação de igrejas a determinados critérios douctrinários e teológicos. Aí qualquer igrejola e dissensão pode ser criada, seja uma legítima igreja batista, seja a igreja do Maradona. Sem esse referencial + as isenções, o Brasil vai se tornar um criador de igrejas e cultos bizarros criados com o único intuito de fazer dinheiro e SEM O MENOR compromisso com uma doutrina legítima (mesmo que a confissão religiosa do Estado discorde).

Só uma ideia, mas se o Brasil ainda fosse católico em confissão esse tipo de patifaria seria mais controlado. Mais aí fica o medo porque no caso do catolicismo romano não teríamos uma Igreja nacional trabalhando conjuntamente com o Estado, mas uma Igreja suportada por um Vaticano, um outro Estado. Aí fode.
 
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Meu pai me educou, nestes assuntos, com as sábias palavras de Thomas Jefferson, "Mas não me faz injúria que meu vizinho diga que existem vinte deuses, ou deus nenhum. Nem mexe no meu bolso, nem quebra minha perna.", penso que estas palavras tão esclarecidas deveriam constar da Constituição Federal Brasileira.

Mas a demagogia populista latino-americana jamais permitiria isto.

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Eles já tem insenção de impostos o que convenhamos já é uma BAITA ajuda e hoje pedem desconto de energia elétrica

Uma vez conseguido isso, vão achar que pra ficar 100% justo o certo é pedir logo de uma vez o conjunto completo (água, telefone, gás encanado, internet, tv por assinatura, etc). Faltou alguma coisa? Ah sim plano de saúde e seguro de vida também.

Mais tarde podem pleitear um dizimo do orçamento municipal (nosso dinheiro público) pra que seja financiado novos templos.

Se conseguirem tudo isso, não satisfeitos com o aluguel da programação de várias emissoras (Band, Rede TV, Gazeta, etc), depois podem querer um novo dízimo de programação obrigatória de todas as emissoras de rádio e TV. Seria uma nova versão de "A voz do Brasil"

.. melhor parar por aí... pois sinceramente no fundo tenho medo..

(desabafei)

Olha eu não tenho nada pessoal ou ofensivo contra religião A, B ou C, pois a minha bronca aqui não é contra uma religião específica em si mas com quem está a frente delas, além dessa questão financeira e a relação politica delas com o governo para obter vantagens e facilidades e aí pra mim não importa se evangélico, católico, espírita ou o que for.

Apenas acho absurdamente errado e injusto haver tantas concessões pra instituições religiosas (ou que afirmam categoricamente que são) que naturalmente já arrecadam recursos financeiros mais que suficientes pra se manter e expandir, enquanto eu vejo aí muita gente sem teto ou morando em condições precárias que não tem a mínima condição de poder ter a sua sonhada casa própria, mas dinheiro pra construir novos templos com insenção de IPTU nunca falta.

Nessas horas, de boa, eu só consigo sentir saudade dos meus tempos de infância em que haviam muito mais cinemas e teatros no lugar desses templos que surgiram e cresceram em progressão geométrica e que o dinheiro empregado pra mantê-los e expandi-los NUNCA foi problema.
 
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