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Eu odeio (versão literária)

Anica

Usuário
Antes de tudo: sim, eu sei que odiar é um sentimento forte e yadda yadda yadda, a ideia aqui é usar a palavra naquele sentido de algo que nos irrita profundamente, etc. e tal. Então me poupem das aloprações sobre o termo odiar.

Enfim, o mundo da literatura e da leitura é uma beleza, cheia de momentos inesquecíveis. Mas volta e outra tem algo que acontece relacionado a isso que você simplesmente detesta quando acontece, seja com livros, seja com o modo como as pessoas se relacionam com tal.

Então é isso, o tópico é para colocar a raivinha pra fora. :timido:

Começando: odeio quando empresto livro para alguém e a pessoa que o emprestou empresta (?!!) para outra pessoa ><
 
Anica disse:
Começando: odeio quando empresto livro para alguém e a pessoa que o emprestou empresta (?!!) para outra pessoa ><

[align=justify]Odeio também Anica, e a pessoa nunca pergunta nem menciona nem cogita a hipótese de mencionar se você dá algum tipo de permissão para que ele reempreste. E porque o segundo empréstimo é sempre para alguém que não cuida, hein? heheh

Minha: odeio quando empresta o livro grosso e usam a orelha para marcar a página. Quando é curtinho até que dá para relevar, mas quando está deformando o livro, putz, tu não tá vendo que está estragando!?[/align]
 
Tataran disse:
Eu odeio é quando empresto e não devolvem.

Eu odeio muito isso. Tenho a coleção em inglês de Harry Potter e o primeiro livro desapareceu de minha coleção, sei que emprestei mas não me lembro para quem. Sei que parte da culpa é minha, mas para não repetir o erro, decidi não emprestar mais.

Odeio quando fazem pouco caso da leitura, riem e tentam me convencer que isto é coisa para se fazer quando está velho. Chatos!!! :poop::ameaça::eek::puke:
 
Odeio quando leio uma tradução mal feita, em que consigo ver o texto original por trás.. uma lambança!!!!
 
eu odeio a maioria dos best-sellers, por causa do formato superficial, vazio e passageiro.

tiro apenas o dan brown, q dá pra aprender alguma coisa com o estilo sempre repetitivo e a forma d pesquisa q ele faz.
 
A tradução deles da Divina Comédia é a melhor que tem '-'

Mas também conheço só essa.
 
ODEIO emprestar os livros.
Emprestei pro meu melhor amigo, brigamos e agora nem sei como vou pegar, mas vou dar um jeito.
Emprestei pruma colega e vi com outros 3 colegas o livro e até hoje (6 meses!) não recebi.
Emprestei 2 pra mãe (é mãe né gente?) e nem sinal de fumaça dos livros pela casa. M.E.D.O.
 
Mavericco disse:
A tradução deles da Divina Comédia é a melhor que tem '-'

Mas também conheço só essa.

eu já ouvi falar que a melhor é a da editora 34, mas como não li no original eu não tenho qualquer critério justo para avaliar. de qualquer modo me surpreende a landmark fazer um trabalho bom, considerando que tem no histórico traduções do inglês cheias de erros, para não falar de dois casos de plágio comprovados pela denise bottmann no blog dela.

aliás, mais uma coisa para meus ódios literários: odeio plágio de tradução!
 
Do Inferno a melhor tradução é a do Jorge Wanderley (republicada recentemente pelos Clássicos Abril)... Ele infelizmente morreu e não pôde concluir o trabalho...

Agora da obra completa, a melhor é a do Vasco de Graça Moura, publicada aqui no Brasil pela Landmark, com um prefácio do tradutor excelente -- um dos melhores que já li...

O que faz com que essas duas traduções sejam as melhores está no respeito à variação linguística, à sonoridade bem como aos efeitos linguísticos empregados pelo Dante ao longo do texto...

Vou dar um exemplo clássico:

Canto XXVIII, onde Dante encontra com Maomé e outros causadores de discórdia (sobre este assunto, ver La escatologia musulmana en la Divina Comedia para uma análise pormenorizada da relação Dante-islamismo):

Già veggia, per mezzul perdere o lulla,
com'io vidi un, cosí non si pertugia,
rotto dal mento infin dove si trulla.

Tra le gambe pendevan le minugia;
la corata pareva e 'l tristo sacco
che merda fa di quel che si trangugia.


A tradução da 34:

Nem um tonel, se aduela rebenta,
fende-se como alguém que vi, rasgado
desde a garganta até lá onde se venta,

co'as entranhas à visa e, pendurado
entre as pernas, levando o ascoso saco
no qual fezes se torna o que é tragado.


Jorge Wanderley comenta:

24: MM, em sua tradução (em decassílabos brancos, lembremos), diz: "ripped open from his chin to where we fart", literalmente , como impõe o texto dantesco. Também DLS (em terza rima): "Down to the fart-hole split as by cleaver", traduzindo com mais crueza até que o original e introduzindo, por necessidade de rima, um "cleaver" (machadinha ou cutelo de açougueiro), que Dante não usou mas provavelmente não vetaria. XP traduz: "Das fauces ao lugar que é menos mundo" (mundo valendo como adjetivo, valendo por "limpo", "puro"); CM diz: "qual vi de alguém nas vísceras golpeadas", em um de seus momentos mais eufemísticos, e VGM escreve "oco do mento até onde se ruja", usando o presente do subjuntivo do vergo rugir, em construção sobre eufemística, bastante caprichosa.

Vv. 26 e 27: (...) No v.27, MM, mais uma vez literal, usa "shit"; DLS usa "dung", esterco; XP distancia-se o quanto pode, traduzindo por: "Onde o alimento da feição varia"; CM prefere: "e a bolsa que o alimento recebia"; e VGM, "que merda faz daquilo que se engula", aqui no sentido literal.


Onde:
MM: Mark Musa
DLS: Dorothy L. Sayers
XP: Xavier Pinheiro
CM: Cristiano Martins
VGM: Vasco de Graça Moura

Apenas complementando, Jorge traduz como:

Tonel que o fundo ou os lados abra ao ar
não vi mais oco que alguém que eu vi roto
do queixo até onde é de se peidar

Entre as pernas pendiam tripas e cotos,
vísceras fora e mais o triste saco
que à comida faz merda e lhe dá couto.


Mas no final das contas isso acaba que se encaxa no tópico da Divina Comédia e não nesse .-.
 
não estava pedindo exemplos/provas de quão boas são as traduções, até porque acho que o assunto discutido por quem não é tradutor não serve para mim como parâmetro sobre o quão boa é uma tradução ou não (diferente de ter o gabriel ou a denise bottmann comentando sobre o assunto, por exemplo).

no mais, como disse, só estranhei o elogio à landmark levando em conta o histórico da editora com traduções. mas sim, seria legal se vc copiasse e colasse o conteúdo desse seu post lá no tópico da divina comédia. ;D
 
Odeio quando estou lendo no metrô cheio e:

alguém fica me empurrando, como se eu pudesse ir "mais pra frente" se não estivesse lendo;

alguém está lendo atrás de mim e fica me cutucanto com o canto do livro, como se eu pudesse ir "mais pra frente" pra que o(a) xarope pudesse ler mais tranquilamente.
 
Odeio quando os hooligans (supostamente estudantes de nível superior) invadem a minha biblioteca, isto é, no final do semestre, isto é, época de provas.

Ocupando todos os lugares, andando de maneira que parecem estar usando tamancos de madeira, deixando o celular tocar, atendendo o celular, conversando alto com atitude de "tônemaí", teclando no computador como se quisessem destruí-lo, emprestando todos os livros e destruindo eles com rabiscos e dobraduras, tratando os livros como se fossem lixo descartável (como tudo o mais deve ser pra eles), enfim, agindo como se estivessem em um shopping, ou estádio de futebol, transformando o lugar em um inferno (literalmente fica quente e fedendo).

Melhor época para ir para a biblioteca é nas férias, quando os selvagens se retiram e nem ocorre a eles passar perto dela...
 
Eu odeio quando algum amigo chega e diz: "Cara, você PRECISA ler esse livro!". Daí eu pergunto o porquê, e ele responde: "Porque tá todo mundo lendo, tá na moda! Você não vai querer ser o único a não ter lido, né?".
 
Eu tb odeio um certo diálogo..., mas é diferente desse seu Daniel...rss

"Paula, vc gosta de ler?" "Gosto." "Vc lê Iracema, Dom Casmurro, essas coisas?" "Já li, Dom Casmurro gostei bastante, Iracema não gostei muito." "_Ué, mas do que vc gosta então? Paulo Coelho?" "Na verdade, há muitos outros livros além daqueles que tínhamos que ler na escola e o Paulo Coelho..." "Ah, sim, vc deve estar falando dos vampiros, né?" :susto:
 
(Carteiro chega)

PAI: -- .....
MÃE: -- Outro livro!?!??! Meu Deus! O quê que esse menino vai fazer com tantos livros?!?!?

(Livro é aberto)

MÃE: -- De quem que é o livro, hein? Joyce? Quem é essa? Nunca ouvi falar... Você compra cada livro, viu...

Sim. Eu odeio isso.
 
Paulinha disse:
Eu tb odeio um certo diálogo..., mas é diferente desse seu Daniel...rss

"Paula, vc gosta de ler?" "Gosto." "Vc lê Iracema, Dom Casmurro, essas coisas?" "Já li, Dom Casmurro gostei bastante, Iracema não gostei muito." "_Ué, mas do que vc gosta então? Paulo Coelho?" "Na verdade, há muitos outros livros além daqueles que tínhamos que ler na escola e o Paulo Coelho..." "Ah, sim, vc deve estar falando dos vampiros, né?" :susto:
Pois é, essas pessoas que não são conhecedoras acham que as únicas opções que existem são as que estão na moda, as que são feitos filmes e que falam disso na tv, né, um absurdo mesmo, hehe
 

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