• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Estudante com página sobre a escola é intimada a depor em Florianópolis

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
Isadora Faber, criadora do Diário de Classe, foi até delegacia depois que professora registrou boletim de ocorrência por calúnia e difamação
A estudante de 13 anos, famosa por criar a página Diário de Classe no Facebook , prestou depoimento nesta terça-feira, dia 18, na delegacia de polícia em Florianópolis, Santa Catarina. A professora de português da Escola Básica Municipal Maria Tomazia Coelho, sobre quem a aluna escreveu na internet, registrou um boletim de ocorrência por calúnia e difamação. “Eu fui, nunca tinha entrado numa delegacia antes, mas lá dentro todos me trataram muito bem”, escreveu na comunidade que já conta com 269 mil apoiadores.


No dia 24 de agosto, Isadora relatou no Facebook que a professora deu uma aula sobre política e internet. Segundo a aluna, o tema teria sido escolhido com a intenção de humilhá-la na frente dos colegas. Posteriormente, a docente – que não foi encontrada pela reportagem do iG– pediu desculpas para Isadora, que havia considerado o caso solucionado até receber a intimação para prestar depoimento. “Estranhei, pois para mim o assunto já estava encerrado desde o início do mês quando ela me pediu desculpas”, relatou a estudante no Diário de Classe.

Isadora também contou que na última aula a professora sugeriu que todos lessem dois itens do regimento interno da escola, que dizem que é proibido levantar injúria ou calúnia contra colegas, professores ou funcionários ou promover e participar de movimento de hostilidade ou desprestígio à escola ou às pessoas que nela trabalham, inclusive pela internet. “Me parece censura”, comentou Isadora. No mesmo regulamento, Isadora observou que quando um aluno não cumpre as regras deve ficar sujeito a medidas sócio educativas disciplinares, como suspensão ou encaminhamento ao Ministério Público.

“Não sofri nenhuma medida sócia educativa, fui parar direto na delegacia mesmo. Acho que ela deveria ler o regimento também”, conclui Isadora.
A página Diário de Classe foi criada em 11 de julho e nela Isadora relata problemas da escola que frequenta, publica fotos da infraestrutura do colégio e da merenda escolar, além de fazer observações sobre aulas e professores. Em agosto, a comunidade no Facebook se tornou muito popular e a estudante ficou famosa, seja pelas redes sociais, seja pelas inúmeras reportagens realizadas sobre ela. A repercussão fez com que a Secretaria de Educação de Florianópolis substituísse um professor de matemática considerado ruim por Isadora e investisse em melhorias na escola.

0e78f36fr89vw7sspo21ask60.jpg


Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educ...cola-e-intimada-a-depor-em-florianopolis.html

______________________________________________________________________

Acho muito importante o papel dessa garota, acho que tem que mostrar aquilo que está ruim. Todos merecem uma educação de qualidade.

Mas gostaria de fazer uma ressalva:

Conheço uma professora que está processando um aluno porque ele tirou foto da professora de costas e fez deboches pela internet. Neste caso, como o aluno usou o celular para denegri a imagem da professora, ela está certa em processá-lo.


Os alunos estão sabendo usar a ferramenta de forma correta? Na constituição diz que a honra, a imagem da pessoa são direitos invioláveis. Muitos alunos estão pegando pesado usando a internet, seja contra professores e contra outros colegas de classe.



O que vocês acham?
 
Penso que a atitude da menina é digna de nota, sim... denunciando as condições ruins da escola, pela qual deve zelar o poder público.
E é bem verdade que ela vem sofrendo inúmeras tentativas de coação por parte da escola.

Mas me preocupa um outro lado.
Já foi dito que um professor de matemática ruim foi substituído por influência de Isabela.
Dessa vez, ocorreram problemas com a professora de português. Supondo que o que tenha ocorrido seja realmente o que diz a versão da menina - já que a professora não foi encontrada pela reportagem - vejo aí mais uma tentativa de coação. O melhor é esperar que isso seja apurado.

Mas fico pensando... essa menina tem centenas de milhares de pessoas a segui-la. Logo o peso de suas denúncias e queixas é muito grande. Ou seja, os professores da escola basicamente têm um canhão apontado pra suas cabeças e estão sujeitos aos critérios de uma menina de 13 anos de idade. É Isadora quem decidirá que professor é ruim e que professor é bom? Porque ela pode não ser unanimidade...


Edit: tinha escrito Isabela antes. :mrgreen:
 
Última edição:
Mercucio disse:
Mas fico pensando... essa menina tem centenas de milhares de pessoas a segui-la. Logo o peso de suas denúncias e queixas é muito grande. Ou seja, os professores da escola basicamente têm um canhão apontado pra suas cabeças e estão sujeitos aos critérios de uma menina de 13 anos de idade. É Isabela quem decidirá que professor é ruim e que professor é bom? Porque ela pode não ser unanimidade..

As redes sociais estão servindo como um lugar de denúncia e controle. Mesmo pessoas que não querem ser expostas podem estar sendo fotografadas/filmadas e lançadas na rede. No fundo esse canhão está na cabeça de todo mundo. A história dessa estudante e professora é só mais um exemplo disso.
 
Um exercício de cidadania de alto nível. Ela se tornou uma formadora de opnião, com isso ela com talvez possa influenciar, mas acho prouco provável que ela possa definir a demissão de um professor. O que ela parece ter conseguido, assim como a garota escocesa, que se focava mais na merenda da escola dela, é forçar as autoridades escolares e se coçarem. E assim como a escocesa ela tem sofrido pressão das ditas autoridades.

No caso da professora de protuguês, ela fez um comentário sobre uma pessoa e a pessoa reclamou que isso era uma calúnia. Direito da professora, se se sentiu caluniada. Agora, se a professora realmente desculpou-se é meio complicado agora ela vir dizer que a reclamação é uma calúnia.

Existem professores que penam na mão de alunos que fazem absurdos, mas também existem professores despreparados que descontam os racalques e problemas nos alunos. Seja rede pública ou particular. Na particular o pai/pagante tem voz, na pública não.

Não tem santinho de lado nenhum, tem uma situação complicada que precisa de muito trabalho para ser resolvida.
 
Penso que duas coisas que podiam ser evitadas que são denuncismo e não leitura de contrato do serviço da escola/difamação mal uso de nomes (familia não leu) se resolveriam em reunião com a pedagoga. Todo mundo sairia ganhando.
 
Última edição:
Código Penal Brasileiro

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Bem. Se a professora disse que a menina fez calúnia contra ela, e ela não conseguir provar, então o feitiço pode se voltar contra a tratante. Calúnia é crime. Se a professora disse que a menina praticou esse crime, e esse fato não for provado, então ela própria praticou calúnia.
 
Bem. Se a professora disse que a menina fez calúnia contra ela, e ela não conseguir provar, então o feitiço pode se voltar contra a tratante. Calúnia é crime. Se a professora disse que a menina praticou esse crime, e esse fato não for provado, então ela própria praticou calúnia.

Calúnia não é quando se atribui a alguém a prática de um crime? Que crime ela teria atribuído à professora?

Quando ao uso das redes sociais como forma de protesto, ele está aí, cada vez mais usado e chegou para ficar. Para o bem e para o mal.
 
Última edição:
Acho que a professora a caluniou de a ter caluniado. Não sei dos detalhes, mas a professora fez denúncia contra ela, né?
 
Achei esse texto abaixo interessante, pra enriquecer o debate:

____________________________________________________________________
Tecnologia celular x imagem x direito da pessoa humana
Jheysonn Muniz


Nunca a imagem foi difundida com tanta facilidade. Na era do telefone celular, onde os recursos cada vez mais se afastam da simples transmissão de voz, possuir telefone sem câmara fotográfica é estar na “contramão da evolução”. Um dia mesmo em uma esquina, via-se um grupo de rapazes que afoitamente dirigiam as lentes de seus celulares para uma bela moça que garbosamente atravessava a rua. Inúmeras fotos foram tiradas. Testemunhado o ato, questionou-se: será que qualquer pessoa pode ser fotografada onde estiver, na rua, em festas ou em sua intimidade sem autorização a exemplo daquela jovem ? Certamente que não. A maior lei do país, a Constituição Federal, além de proteger a imagem das pessoas em todos os sentidos, também especifica que qualquer ofensa à imagem deve ser objeto de indenização. Mesmo sendo um personagem anônimo e considerando que as fotos não tiveram fim econômico, o ato de fotografar alguém sem o necessário consentimento, importa em atentado direto à dignidade e intimidade da pessoa humana.

Embora inexista crime em fotografar sem autorização, a ninguém é dado dispor da imagem de outrem, seja para que fim pretender. O problema se agrava, quando a “simples foto” acaba sendo veiculada através da internet, também disponível em qualquer telefone celular. O dano passa a atingir proporções monumentais, visto que um grupo de pessoas pode receber via correio eletrônico a indigitada foto; em pouco tempo a imagem passa a circular por milhares de internautas, expondo o “desconhecido fotografado” a toda sorte de vexames sem falar que poderá fazer parte de um acervo de fotos esquisitas ou montagem nos muitos sites deste tipo. Talvez seja chegado o momento de pensarmos seriamente nas conseqüências decorrentes do uso irresponsável da tecnologia celular e de suas facilidades. Como é inadmissível frear a evolução dos meios de comunicação, a fim de que persista a convivência social harmônica, deve estar assegurado o respeito entre as pessoas, independentemente do rigor das normas.

Velar pelo bem estar e individualidade das pessoas, visando resguardá-las sobremaneira de qualquer exposição vexatória, além de obrigação do Estado é dever humanitário de cada cidadão, a fim de que não cheguemos ao ponto como em alguns países europeus, onde uma fotografia não autorizada pode ser a causa direta de mais uma prisão.


Fonte: http://www.munizadvocacia.adv.br/artigo4.html
 
Bem. Se a professora disse que a menina fez calúnia contra ela, e ela não conseguir provar, então o feitiço pode se voltar contra a tratante. Calúnia é crime. Se a professora disse que a menina praticou esse crime, e esse fato não for provado, então ela própria praticou calúnia.
Nesse caso, a calunia está registrada no blog da menina, não?
A menina agora é que teria que provar que a professora de fato tentou intimidá-la em classe e que teria falsamente se desculpado depois.

Acreditar, eu acredito na palavra da menina (mesmo porque a professora não se pronuncioi). Em todas as entrevistas ela me pareceu uma menina sincera mesmo. Ou ela é sincera mesmo ou é das mais habilidosas psicopatas mirins atualmente.

Só que, como disseram acima, tem que ter cuidado. A linha é tênue entre o diário sair de "denuncias a coisas erradas na escola" e ir para "coisas que ela desgosta na escola". Afinal, ainda se trata de uma menina de 13 anos que pode recair nos exageros da adolescência.
De qualquer forma, ela mostrou que é uma pessoa de ação, não ficar só no blablabla.
 
Do pouco que acompanhei vi que é um caso bem polêmico:

Uma coisa é a menina denunciar com fotos os problemas de infra-estrutura da escola como uma porta toda arrebentada, banheiro sem a mínima condição de higiene ou goteiras na saula de aula, até aí acho a atitude dela certíssima, digna de todos os elogios, pois ela tá contribuindo pra mostrar a verdadeira realidade da situação da educação do nosso pais e do mal emprego do nosso dinheiro público.

Outra seria ela caluniar pessoas a torto e a direito. Ela é bem jovem e por isso está sujeita a cometer exageros caso venha praticar um pré-julgamento errado de alguém e querer difamar uma pessoa que nada fez de errado. Se a intenção é fazer uma denuncia séria das atitudes de algum funcionário da escola é preciso fazê-la com muita responsabilidade porque depois terá que arcar com a cobrança que sofrerá caso tenha que responder por isso na frente de um delegado ou juiz.
 
Última edição:

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo