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Estrela Distante

Meia Palavra

Usuário
Uma geração de jovens poetas se depara com um regime totalitário e com diversas prisões e sumiços. Essa é uma sinopse simplista da história de Estrela Distante, de Roberto Bolaño (a quem conheci nesse final de ano). Um narrador nos dita o que acontece por quase duas décadas e os mistérios envolvendo um jovem autodidata chamado Alberto Ruiz-Tagle.

Os trejeitos do personagem revelam um rapaz educado (principalmente com as mulheres), com boa situação financeira e dotes para ser um grande poeta. Nosso narrador nunca chega a ter um contato verdadeiro com Ruiz-Tagle, mas o descreve com grande precisão aquilo que ele aparenta.

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clandestini disse:
É interessante principalmente porque retrata uma realidade do século XX na América Latina.

Esse foi o cenário das ditaduras militares...

Luciano R. M. disse:
O Hoffman é uma das personagens mais icônicas do que o Bolaño pensava da literatura. Ele aparece antes no 'La literatura nazi en América'- com uma biografia mais breve.
Outra coisa interessante é que o Hoffman é vagamente baseado em um poeta chileno que realmente existe- e ainda vive: Raúl Zurita. Até onde eu sei, Zurita não era tão ligado ao regime quanto Hoffman, mas suas concepções literárias extremas podem ser consideradas semelhantes. Ele inclusive escreveu poemas no céu.

Pips disse:
É uma pena eu não ter lido Literatura Nazi! No começo do livro há uma declaração do Bolaño explicando essa situação da personagem.

Luciano R. M. disse:
O literatura só existe em espanhol... Mas... Não sei se pode falar essas coisas no forum, no scribd tu pode achar... ou me manda uma mp, que eu tenho...

Pips disse:
Eu acho que será lançado em breve pela Companhia das Letras, porque fui olhar no catalogo:

AMULETO (2008)
DETETIVES SELVAGENS, OS (2006)
ESTRELA DISTANTE (2009)
NOTURNO DO CHILE (2004)
PISTA DE GELO, A (2007)
PUTAS ASSASSINAS (2008)

Acho que depois de Detetives Selvagens, irei atrás de Noturno do Chile ou Putas Assassinas.

Luciano R. M. disse:
O Noturno foi o primeiro que eu li dele, e é bastante bom... Mas o Putas mora no meu coração... E tendo lido o Detetives, alguns dos contos fazem mais sentido.

Gigio disse:
Este foi o primeiro livro que li do Bolaño, um tanto por influência do fórum, e me agradou muito. Os personagens são todos muito interessantes. Alguns ocupam só algumas linhas, mas como o Hoffman, que acabou recebendo uma novela só sua, vários outros também mereceriam o mesmo.

É um livro também recheado de referências literárias. Principalmente da poesia, e da poesia chilena. Infelizmente, como estou por fora do gênero, depois de um tempo desisti de usar o Google e me conformei a minha ignorância.

E como disse a clandestini, também é um recorte da época Pinochet e do impacto sobre uma geração. Todos os personagens tiveram suas vidas completamente alteradas pelo golpe, como um reflexo do que parece ter acontecido com o círculo do próprio Bolaño.

Pips disse:
Luciano R. M. disse:
O Noturno foi o primeiro que eu li dele, e é bastante bom... Mas o Putas mora no meu coração... E tendo lido o Detetives, alguns dos contos fazem mais sentido.
Eu gosto desse tipo de interação entre as obras, mostra um fluxo no pensamento do escritor.


Gigio disse:
É um livro também recheado de referências literárias. Principalmente da poesia, e da poesia chilena. Infelizmente, como estou por fora do gênero, depois de um tempo desisti de usar o Google e me conformei a minha ignorância.
O que não chega a ser um problema, é bom, na maioria das vezes, ter essas referências para buscar autores mais obscuros.
 
Humn... sinceridade? Não gostei muito não. Ainda vou dar mais uma chance ao Bolaño e me arriscar com "Amuleto" num futuro próximo.

Creio que não tenha sido um caso de expectativas não correspondidas, quer dizer, tudo o que eu ouvia falar de Bolaño estava lá; mistura do real com ficção, poesia, literatura, ditadura, histórias que se desenrolam em histórias que podem levar a algo ou não e etc. Todavia, achei um pouco abstrato além da conta. Não sei se vou conseguir me fazer explicar, mas no caso de Estrela distante fica tudo muito em torno da poesia.

Não digo que seja ruim (porque realmente não é), mas não conseguiu me arrebatar como eu vi acontecer com a grande maioria que já leu o autor. O único real mérito da obra, pelo menos em relação a mim, foi me fazer interessar pelo Chile de Pinochet - mais especificamente o golpe de 73 - e, de leve, por alguns autores que são citados repetidas vezes ao longo da história. Ainda estou lendo sobre o Estrela distante e formando opinião, mas por ora não muito satisfeito.
 
Diego, de acordo com muitos que gostam do Bolaño dizem que esse é o livro para melhor conhecer todas as manias de escrita dele e todo o estilo num tamanho compacto. Se não gostou desse dificilmente gostará de outro. Ao invés de Amuleto, tente ler Noturno do Chile.
 
Sim, só comprei esse livro após ler o artigo do Xerxenesky, já estava consciente disso. Só agora fui ver sobre o que se trata Amuleto, e o narrador é um poeta novamente, não?
Vou ir de A pista de gelo então, que me parece um pouco diferente dos outros pelo menos foi o que eu ouvi falar. Houve algumas coisas que eu realmente gostei, aquele flerte com os romances policiais com o surgimento do Romero. A história do Petra também é muito boa (logo reconheci o "Com criatividade qualquer um..."), mas é um livro curto, então esses pontos positivos não tem longa vida. Enfim, no mínimo mais uns dois Bolaño eu encaro, não posso dizer que não gosto daquilo que não experimentei, né.
 
Diego disse:
Não sei se vou conseguir me fazer explicar, mas no caso de Estrela distante fica tudo muito em torno da poesia.

Acho que toda a prosa do Bolaño gira em torno da poesia. E toda a poesia também. Era uma das grandes problemáticas dele, e uma das quais ele usava de modo mais tangível.
Tanto que mesmo depois de parar de escrever (ou ao menos de publicar) poemas, ele ainda se considerava um poeta, não um romancista.
 
Diego disse:
Sim, só comprei esse livro após ler o artigo do Xerxenesky, já estava consciente disso. Só agora fui ver sobre o que se trata Amuleto, e o narrador é um poeta novamente, não?
Vou ir de A pista de gelo então, que me parece um pouco diferente dos outros pelo menos foi o que eu ouvi falar. Houve algumas coisas que eu realmente gostei, aquele flerte com os romances policiais com o surgimento do Romero. A história do Petra também é muito boa (logo reconheci o "Com criatividade qualquer um..."), mas é um livro curto, então esses pontos positivos não tem longa vida. Enfim, no mínimo mais uns dois Bolaño eu encaro, não posso dizer que não gosto daquilo que não experimentei, né.

O flerte com romances policiais rola em Estrela Distante. Detetives Selvagens flerta com o policial, mas nunca chega a ser um thriller a la Raymond Chandler ou algo que o valha.

O livro póstumo que a Companhia das Letras soltou é bem bom para quem quer começar a se adentrar pela obra do Bolaño.
 
Adentrei no universo “bolañesco” através das sendas desconhecidas de Estrela Distante, tão curioso quanto temeroso, já que avançava sob a sombra do monstro da expectativa. Porém, como o Pips (que, aliás, já resenhou esse livro) acertadamente me disse, Bolaño é um monstro bem maior que a expectativa.

Não dá para ter uma idéia mais geral e profunda sobre um autor lendo somente uma de suas obras, por isso é que vou procurar me ater à análise mais específica de Estrela Distante, embora esse seja somente o primeiro dos livros do Bolaño que pretendo conhecer.

Carlos Wieder é a persona central da história, não digo o protagonista, mas o fugidio personagem que o narrador persegue por diversos meios e motivos. O livro é narrado em primeira pessoa, por um narrador cuja história, assim como a de Wieder, situa-se no contexto do Chile às vésperas do golpe e durante os anos de chumbo do governo ditatorial de Pinochet.

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