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Esperanto

Latim não é uma língua extinta... p/ qm trabalha na área do Direito, como eu pretendo, é imprescindível saber latim...
 
~·*Ana Lovejoy*·~ disse:
Foi o que a Arandelis falou:a lingua é uma parte importante da cultura de qualquer povo. Usando o exemplo já batido dos esquimós, que tem uma gama enorme de palavras para se referir a "neve". A língua sofre influências fortíssimas do meio, e o que aconteceria com o Esperanto é que primeiro ele viraria um sem número de dialetos para no fim, criar várias línguas diferentes.

Alias, não foi exatamente isso que aconteceu com o Latim? :D

*Estel* disse:
Latim não é uma língua extinta... p/ qm trabalha na área do Direito, como eu pretendo, é imprescindível saber latim...

O latim ainda é usado sim, Estel, mas pra mim ele continua a ser uma lingua morta. Ou voce se comunica com alguem usando o latim? Quando uma lingua para de se modificar, quando ela para de ser usada no dia-a-dia da população, ela passa a ser uma lingua morta. Pelo menos é o que eu acho...
 
Qualquer idéia de língua universal está fadada ao fracasso. Se em um único país encontramos diversos regionalismos, a ponto de pessoas do sul não entenderem as do norte, imagine então isso em escala mundial.

O inglês, que é falado em todos os cantos do planeta, tem sua forma mudada de acordo com o sotaque local, o português do Brasil está tão diferente do de Portugal que alguns lingüistas teorizam que são dois idiomas diferentes... E assim por diante.

Mesmo se o Esperanto fosse falado por todas as pessoas do mundo, o idioma logo seria modificado pela cultura local e dele surgiriam outras línguas.


Um outro projeto de língua universal é o Interlíngua, que apesar de aguardar futuro tão promissor quanto o Esperanto, parece fazer bem mais sentido. O objetivo é fazer com que qualquer pessoa entenda, mesmo sem estudo prévio da língua, justamente por usar palavras "importadas" das bases das mais faladas e conhecidas línguas do planeta.

Aqui o site oficial, pra quem se interessar:
http://www.interlingua.org.br/
 
Gandalf disse:
Realmente, ne?!
nenhuma nacionalidade sabia esperanto, iria dar um trabalho imenso pra "converter" 6 milhoes de pessoas!
Mas a idéia não era converter as pessoas pro esperanto, e sim tornar essa língua a segunda... assim como o inglês é hoje e o francês já foi.

Maglor disse:
O que incomodade é ver uma "cultura" afogando as outras.
Pra isso q fizeram o esperanto... justamente pra ser uma língua neutra, q não tivesse nacionalidade e com isso não teria um grupo (atualmente os q falam inglês) em "vantagem cultural"

Rousoku disse:
A idéia era ótima, mas teve um grande problema: o tempo de aprendizado. (...) Levará dez anos para que alguém consiga falar fluentemente
Mas não leva tanto tempo assim não... é só aprender as 16 regras gramaticais e adquirir vocabulário... pelo menos foi isso q me disseram no curso q eu fiz, d um semestre. Não aprendi direito não, mas o principal motivo deve ter sido pq eu não gostei do professor... e tb pq detesto gramática, e mtas daquelas eu ainda não tinha visto nem no portugues...

Arandelis disse:
Depois, a lingua é uma parte importante da cultura de qualquer povo. É na lingua que se refletem nossa historia, é pela lingua que nossa cultura passa de geração em geração, e fica registrada.
Negar o portugues implicaria muito mais que apenas ter que voltar aos bancos de sala de aula para ter que aprender toda uma nova gramatica, toda uma nova lingua.
Negar, abandonar o portugues, seria para um brasileiro o equivalente a perder uma parte de sua identidade nacional.
Alias, a grande maioria da populaçao se nega a seguir a norma culta da lingua, porque este tipo de linguajar parece por demais distante da realidade em que, de fato, vivemos.
Bem, se uma lingua que é "nossa" há quinhentos anos ainda sofre este tipo de "resistencia", como poderia uma lingua completamente nova ser imposta e, de fato, aceita?
Você aceitaria uma lingua completamente estranha assim, do nada?
Bem, eu provavelmente não aceitaria. E eh por tudo isto que eu acho que o esperanto deu errado.
Como eu já disse, a idéia não é substituir a língua nativa do povo, mas sim tornar-se a "segunda língua oficial do mundo", justamente pra evitar q uma cultura, a do país dominante, se sobreponha a outra!

Lovejoy disse:
A língua sofre influências fortíssimas do meio, e o que aconteceria com o Esperanto é que primeiro ele viraria um sem número de dialetos para no fim, criar várias línguas diferentes.
Acho q não... pois ela seria usada justamente pra servir de intercâmbio entre as diferentes culturas, e não pra ser usada no dia a dia com pessoas q sejam daquele mesmo lugar...

NeoDeSampa disse:
Agora pegue pessoas que não querem trocar sua lingua...perder sua identidade cultural....... junte um curso de 10 anos...... mais o poder que a lingua inglesa adquiriu..... como uma lingua totalmente nova e cansativa irá se manter?
Tá começando a ficar repetitivo, mas... Não é pra trocar o idioma, e o curso duraria mto menos d 10 anos. E se o Esperanto fosse adotado pelo mundo todo, a supremacia do ingles diminuiria!

Glorwendel disse:
Qualquer idéia de língua universal está fadada ao fracasso. Se em um único país encontramos diversos regionalismos, a ponto de pessoas do sul não entenderem as do norte, imagine então isso em escala mundial.

O inglês, que é falado em todos os cantos do planeta, tem sua forma mudada de acordo com o sotaque local(...)
Mas quem aprende inglês vai pra qq país q fale inglês e dá um jeito de se virar... o esperanto iria substituir apenas essa língua, e mesmo assim só como intercâmbio. Os americanos e ingleses e etc iriam continuar falando ingles entre si, mas tb aprenderiam esperanto pra conversar com estrangeiros (sejam os turistas ou os habitantes do país q eles forem visitar).


Desculpem estar repetindo tantas vezes as mesmas coisas, mas eu só vi esse tópico hj... e, como vcs ficaram reconfirmando as mesmas coisas, acabou q eu fiquei "renegando-as"...
Sorry, quer dizer, perdonpetas!
 
Eu estava prestes a postar uma mensagem esclarecedora, quando vi que a Malva foi mais rápido. :-)

O que ela falou está certo: a idéia era ser a segunda língua, e não substituir os idiomas.

Quanto ao aprendizado, é claro que leva tempo e é claro que precisa de alguma dedicação. Ninguém vai aprender Esperanto ou qualquer outro idioma sem fazer pelo menos um pouco de esforço. Ou vocês aprenderam inglês como? Só que o Esperanto é mais fácil. Talvez não para todas as pessoas do mundo, mas com certeza para alguém que fala português, é mais fácil e rápido aprender Esperanto do que inglês.

O Esperanto pode não ter virado a segunda língua de todos, com o inventor quis. Mas isso não quer dizer que ele simplesmente fracassou. Há congressos em Esperanto que reunem milhares de pessoas de dezenas de países, há revistas publicadas em Esperanto sobre uma diversidade de assuntos, há livros traduzidos em Esperanto, há livros escritos originalmente em Esperanto, e muito mais...
 
... não tanto quanto em Inglês, que continua sendo a língua utilizada como intercâmbio entre culturas (como Malva disse, era essa a finalidade do Esperanto). Logo, o Esperanto fracassou com relação ao seu objetivo.
 
Malva disse:
Mas quem aprende inglês vai pra qq país q fale inglês e dá um jeito de se virar... o esperanto iria substituir apenas essa língua, e mesmo assim só como intercâmbio. Os americanos e ingleses e etc iriam continuar falando ingles entre si, mas tb aprenderiam esperanto pra conversar com estrangeiros (sejam os turistas ou os habitantes do país q eles forem visitar).

Eu sinceramente acho que é acreditar em conto de fadas se voce fosse esperar que de algum modo americanos e ingleses aceitariam usar outra lingua que não a deles para se comunicar com quem quer que seja :wink:
 
O que bate com a questão cultural já citada antes. Mesmo que tenha uma única finalidade, ser uma língua comum em congressos mundiais ou coisas do gênero, o Esperanto não encontrou aceitação suficiente para que se possa dizer que a idéia funciona. É um número grande que sabe o idioma? Sim. É um número grande que o utiliza? Não o suficiente para dizer que a idéia não fracassou.
 
Nem é uma questão de ser ou não um numero grande de pessoas utilizando o esperanto. A tarefa a que a lingua se propos foi a de ser falada por todos, o que engloba cerca de seis bilhoes de pessoas. Qualquer coisa menor que isto, ainda mais em se tratando de apenas algumas centenas de milhares espalhadas pelo mundo, pode e deve ser considerada fracasso, a meu ver.

E mesmo que a lingua apenas se proponha a ser uma "segunda lingua", por mais que não queira substituir a cultura de ninguem ela não deixa de enfrentar resistencia. A resistencia a coisas "estrangeiras" e desconhecidas é uma constante, em praticamente todos os lugares do mundo.
 
Ele pode ter fracassado em ser efetivamente a segunda língua de todos. Mas em outros aspectos teve sucesso. Aposto que há mais literatura sendo traduzida para esperanto e também sendo criada originalmente em esperanto do que em muitas línguas nacionais que tem por aí...

E se é assim, o inglês também fracassou. Ou todos os 6 bilhões e pouco habitantes do mundo falam inglês?

É claro que o inglês é o que temos mais perto de língua internacional. Não há o que discutir quanto a isso. Mas lembre-se de que isso coloca os americanos e ingleses (e australianos, etc.) em vantagem, o que pode não ser muito desejável... É por isso que a idéia do esperanto é boa. Falta aceitação. Não vou ser utópico e dizer que acredito que um dia ele vá ser o que foi planejado: a segunda língua para todos. Mas, ao simplesmente afirmarmos "não teve sucesso" e virarmos as costas, criamos um círculo vicioso: não vou me dar ao trabalho de aprender, por mais fácil que seja, pois pouquíssimos falam esperanto. Assim o número nunca sobe, e a idéia fica só no papel...

Devemos lembrar que o inglês é na prática o mais perto que temos de um idioma universal, mas oficialmente não o é, principalmente em altos órgãos como a ONU ou a União Européia. Que, diga-se de passagem, gastam fortunas com traduções entre um grande número de línguas oficiais adotadas por elas...
 
Arandelis disse:
Eu sinceramente acho que é acreditar em conto de fadas se voce fosse esperar que de algum modo americanos e ingleses aceitariam usar outra lingua que não a deles para se comunicar com quem quer que seja :wink:
Bem, os franceses relutam bastante em falar inglês, pois esse domínio já foi deles...
 
Malva Cachopardo disse:
Arandelis disse:
Eu sinceramente acho que é acreditar em conto de fadas se voce fosse esperar que de algum modo americanos e ingleses aceitariam usar outra lingua que não a deles para se comunicar com quem quer que seja :wink:
Bem, os franceses relutam bastante em falar inglês, pois esse domínio já foi deles...

De qualquer forma, os franceses não deixam de ter que falar o ingles, de uma maneira ou de outra. Inclusive, se eu não me engano muito, o governo de lá estava querendo incentivar as crianças a começar a aprender ingles desde cedo para ter menos sotaque... :roll:

A questão é que o que faz uma lingua ser ou não importante não são as idéias dela. É o poder economico que esta por tras dela. Como os E.U.A hoje são um pais poderosíssimo , a lingua deles, o inglês, se impoe. Se daqui a cem anos um pais de lingua portuguesa for o mais importante, o portugues se imporá como a lingua mais importante. Se o esperanto tivesse este tipo de suporte, com certeza teria sido aceito. Mas ele não tem. O máximo que podemos dizer que o esperanto tem são idéias, bem intencionadas, mas apenas idéias.
 
Narag-Burk disse:
alguém conhece algum site sobre esperanto?
talvez um curso? :mrgreen:
no centro que eu frequento tem curso de esperanto e fui num congrsso espírita na UERJ que se falou sobre o esperanto como lingua do futuro e linga do plano espiritual.

é muito complicado realmente pois o esperanto mistura muitas linguas e verbos etc..

--------
não fracassou apenas não teve a divulgação que merecia pois a midia não abre espaços pra coisas desses tipos que faça o povo pensar.
e realmente é dificil escrever em esperanto masi falar é facil
 
Sem essa de argumento fácil. Parece que tudo é uma grande conspiração da mídia, fala sério.

Não dá para aceitar as questões culturais que a Arandelis já apontou? :?
 
Arandelis disse:
Eu sinceramente acho que é acreditar em conto de fadas se voce fosse esperar que de algum modo americanos e ingleses aceitariam usar outra lingua que não a deles para se comunicar com quem quer que seja :wink:

:lol: :cheers:

Me lembrou daquela piada de poliglotas, bilingues... e quem fala só uma língua.
 
Ainda sobre o fracasso ou não do Esperanto. Eis o que diz o psicólogo e esperantista suíço Claude Piron sobre o assunto:

Quando dizem para mim que o Esperanto fracassou, eu respondo: você
está enganado. Fracassar significa não atingir o objetivo. Não confunda
objetivo com esperança. O objetivo era que existisse uma língua
para que pessoas de línguas diferentes pudessem comunicar de forma
fácil, agradável e justa e que essa língua funcionasse perfeitamente.
Isso aconteceu. A esperança era que essa língua se difundisse no
mundo todo. Isto ainda não aconteceu (embora já haja esperantistas
em quase toda parte do globo). E eu cito a seguinte frase de
Zamenhof [do Primeiro Livro (1887)]: "Que cada pessoa que tenha
aprendido a língua possa usá-la para se comunicar com pessoas
de outras nações, tenha ela muitos usuários ou não". Em geral
essa resposta basta para que o nosso interlocutor olhe de outra
forma o chamado "fracasso" do Esperanto.

Concordo com o que ele diz, e foi mais ou menos isso que quis passar quando postei uma mensagem anterior contestanto o "fracasso" do esperanto...
 
Sim, talvez neste ponto o Esperanto não tenha fracassado, ex.
Mas eu continuo achando que, por ser tão restrito, o esperanto não atingiu de todo o seu objetivo. E provavelmente nunca virá a alcançar.
 
Arandelis disse:
Sim, talvez neste ponto o Esperanto não tenha fracassado, ex.
Mas eu continuo achando que, por ser tão restrito, o esperanto não atingiu de todo o seu objetivo. E provavelmente nunca virá a alcançar.

Sem querer ofender, mas parece que você não leu o texto. O objetivo era ter "uma língua para que as pessoas de línguas diferentes pudessem [se] comunicar de forma fácil, agradável e justa e que essa língua funcionasse perfeitamente". Essa língua existe. E, no momento que há pessoas de diferentes línguas se comunicando, o objetivo é atingido. E isso acontece. Mesmo que existissem só 1.000 falantes (um número bem modesto --- há estimativas de até 10 milhões de falantes), o objetivo já foi atingido.

A única coisa que restaria é que houvesse a popularização da língua a ponto de uma grande parcela da população mundial a falar. Essa é a esperança, conforme o autor do texto.
 

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