imported_Giovanni
Usuário
[align=center]"Lux et umbra vicissm, sed semper amor."[/align]
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Você brilhava.
Não que nem vagalume ou aquelas estrelinhas no teto do teu quarto.
Era um brilho reluzente, que vinha da lua cheia. Ou seria do refletor do prédio do lado?
Era ligeira que nem vulto, parecia que a minha sombra tinha aproveitado o escuro pra soltar dos meus pés e me pregar peças. Soprar meu ouvido, falar coisas de amor, deixar cicatrizes. Que sombra que faria isso?
Parecia brincadeira, mas não era. Era coisa séria. Não, não quero arrancar teus cabelos. Teu toque é pernicioso como a peste, me deixa demente. Seu olhar trespassa, sem piedade, executando qualquer sinal de sanidade. É como se Deus olhasse pra nós e deixasse, por um singelo momento, que a gente se despisse de qualquer retidão humana. Era o momento de ser improbo, jogar sujo.
Até hoje posso ver a marca de sua arcada, um pouco abaixo do meu peito, perto do coração. Penso se era ele o verdadeiro alvo de suas presas selvagens. Agora a casa toda latejava de uma luz negra, como se a penumbra quisesse dominar o mundo todo e começava por ali. A boca aberta despejava todo um ardor maravilhoso e resplandecente. Cabelo colado no rosto. Siameses.
E do jeito que nasceu aquele fenômeno, ele regrediu. A luz negra se contraiu, voltamos a ser mais de um, com todas as muletas que o mundo impõe.
E sua voz, arfante, ri.
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[align=center]
"Ora luz, ora sombra, mas sempre Amor."[/align]
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Você brilhava.
Não que nem vagalume ou aquelas estrelinhas no teto do teu quarto.
Era um brilho reluzente, que vinha da lua cheia. Ou seria do refletor do prédio do lado?
Era ligeira que nem vulto, parecia que a minha sombra tinha aproveitado o escuro pra soltar dos meus pés e me pregar peças. Soprar meu ouvido, falar coisas de amor, deixar cicatrizes. Que sombra que faria isso?
Parecia brincadeira, mas não era. Era coisa séria. Não, não quero arrancar teus cabelos. Teu toque é pernicioso como a peste, me deixa demente. Seu olhar trespassa, sem piedade, executando qualquer sinal de sanidade. É como se Deus olhasse pra nós e deixasse, por um singelo momento, que a gente se despisse de qualquer retidão humana. Era o momento de ser improbo, jogar sujo.
Até hoje posso ver a marca de sua arcada, um pouco abaixo do meu peito, perto do coração. Penso se era ele o verdadeiro alvo de suas presas selvagens. Agora a casa toda latejava de uma luz negra, como se a penumbra quisesse dominar o mundo todo e começava por ali. A boca aberta despejava todo um ardor maravilhoso e resplandecente. Cabelo colado no rosto. Siameses.
E do jeito que nasceu aquele fenômeno, ele regrediu. A luz negra se contraiu, voltamos a ser mais de um, com todas as muletas que o mundo impõe.
E sua voz, arfante, ri.
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"Ora luz, ora sombra, mas sempre Amor."[/align]