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[escrito] Utnapistem

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UTNAPISTEM DESGOVERNADA

Intro
0672g0110

"Alguma identificação?", pergunta o capitão. "Estou tentando, Pelageu estou tentando..." Alguns quartos se passam. O capitão ordenou ao navegador do turno um círculo estável, a distância segura. Rota comercial para Júpiter interrupta.

"Não pode ser...", diz, afinal, o identificador. "O que 'não é possível'?", retruca o capitão. "É... É a Utnapistem...", diz o identificador. "Utnapistem...", indaga o capitão, em interrogação tácita de olhar, demandativa de alguma adjetivação. O identificador dá-se conta, e põe-se a explicar a história das primeiras investidas, na idade Obscura, de esforços em conquistas espaciais. "Abordamos, Pelageu?", propõe, por fim, cheio de instigatividade. "Não sei. Faça contatos. Quem mais está por perto?" "Pelageu... Você tem idéia da oportunidade que temos aqui?..." "Eu tenho idéia dos tripulantes, e dos passageiros, e da carga que eu tenho debaixo de responsabilidade, arauto... Eu não vou abordar uma nau por causa da relíquia histórica, -- não importa a recompensa, fascinante, sem dúvida, mas sem aplicação imediata. Eu tenho uma carga para entregar, um prazo para cumprir, uma tripulação para zelar, e dois passageiros ilustres." O identificador argumenta. O capitão recusa com ênfase. Ordena que o identificador faça contatos para verificação de naus na região, ou em rotas comuns. No meio tempo, o armador já está às portas da cabine: "Por que estamos estacionários?" "Onde está Egar?", pergunta-lhe o capitão. "Estava no quartel, da última vez que eu o vi... A viagem é direta, todas as verificações de rotina devem estar concluídas umas duas vezes..." "Pois vá chamá-lo. E encontre-me também o Beta", voltando-se para o identificador, acrescenta que, quando terminasse com as comunicações, que encontrasse a tripulação no quartel, e sai, o armador transtornado atrás dele... "Que está acontecendo, capitão?, eu..." Hugo não mais os pode ouvir.

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[size=xx-small](Para lembrar, introdutória mente : comentários no tópico "comentários")[/size][/align]
 
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No quartel, I
23.15

Tendo deixado Rod na cabine de navegação, Pelageu reúne a tripulação no quartel, às vinte e três horas. Algum e outro reclamava que era tarde. Disse o capitão: "Às vinte horas e quarenta e três minutos de hoje, srs., um objeto não identificado se interpôs a nós, em rota de colisão...", houve um murmúrio. O capitão parou de falar. Ao perceber que os homens voltavam a fazer silêncio, continuou: "Após algum trabalho de pesquisa, o nosso bom arauto ali", aponta-lhe o indicador, "descobriu tratar-se de um objeto conhecido. Nesta altura, eu tinha nos alinhado com o objeto; estamos a distância segura, mantendo em alcance a ... Hugo?" "É a Utnapistem!", diz o identificador, cheio de orgulho. Bóreas, que estava sentado à mesa, junto com Beta, Egar, Abacuc e Dêrmot, se levanta, com discrição. "Ute--, quê?!", pergunta Abacuc. Toma a palavra o Beta: "A Utnapistem é uma das naus antigas, Abacuc... É dessa nau que vocês estão falando?", indaga o navegador, a voltar-se para Hugo, que lhe responde: "Sim, é a Utnapistem: a original". "É claro", diz Dêrmot, "que eu estou enganado, e que vocês não estão falando da Utnapistem que sofreu naufrágio na guerra marciana..." "Eis uma nau que também é antiga, Dêrmot..." "Antiga não, é velha mesmo. Mas não", Egar interrompe Hugo, tomando para si as explicações; "a nau do almirante Douglas foi a terceira Utnapistem. Eles estão falando que encontraram uma velha nau que os primeiros terrâneos tentaram colocar no espaço, como solução alternativa à vida em ecossistema, quando o sistema I estava ameaçado de inabitabilidade. E isso faz muito tempo". Egar olhou os tripulantes e, tendo fitado os olhos do capitão por breve instante, voltou a falar ao armador: "E, a julgar pelo tom solene deste colóquio, Dêrmot, os nossos alegres convivas estão considerando a possibilidade de..." Dêrmot interrompe o engenheiro: "de levar a lata velha com a gente?" "E só há uma maneira de fazer isso, meu amigo, já que a nau é muito grande: abordagem". Um murmúrio se esboça, mas o capitão não deixa: "SE", enfatiza, "valer a pena". "E por valer a pena você quer dizer exatamente o quê, Pelageu?", pergunta Abacuc ao capitão. "É como disse o nosso valente armador, meu nobre Abacuc: trata-se de uma lata-velha..." "Uma lata velha com imenso valor histórico!", indiguina-se Hugo. "Inegável!", continua o capitão, e volta-se de novo para o ancião; "poderíamos pensar no reboque de alguma seção", diz Pelageu a olhar o engenheiro nos olhos, "mas não vamos levar muito, penso eu, além do prestígio de a termos descoberto..." "E algumas relíquias..." diz o velho. Continua, portanto, o capitão: "Protocolo de contato: somos a única nau em contato, a rota é singular. Podemos informar o comando jupiteriano, assim que estivermos ao alcance. O primeiro aviso, pelas comunicações, já foi enviado". "Protocolo de abordagem?" pergunta o mercátor. "Bóreas?", indaga Pelageu, o que faz Bóreas, que parecia absorto em pensamentos, demonstrar que estava atento, e, dirigindo-se a Abacuc, lhe responde, às vezes do capitão: "Protocolos comuns para abordagem civil, Abacuc, incluem procedimentos de quarentena. Não é comum se encontrar uma nau como esta... Eu... teria que verificar alguns detalhes a mais", Pelageu percebe que o astrógrafo está relutante. "O que mais, Bóreas?" "... Foi... Algum de vocês conhece a história desta nau?" Todos fazem silêncio. O astrógrafo olha o engenheiro, mas não insiste, pois sabia que ele conheceria. Hugo não teve coragem de arriscar seu palpite. Bóreas continua. "Foi ... feita alguma varredura de formas de vida?..." "Formas de vida?!", gargalha Egar, estrondoso: "Veja bem, Bóreas, se duvidar, a nau tem uns mil anos, vagando em lugares nenhuns! Nem atmosfera a coisa deve ter!..." "A datação não é precisa, Egar", retruca o naturalista. "É verdade que a nau é muito velha, mas mil anos é difícil; eu concordo que mesmo quinhentos anos é bastante coisa para se pensar em tal procedimento, mas me foi inquirido sobre procedimentos de abordagem, e este não é um caso comum: a nau foi projetada para manutenção, sustentação e regeneração de formas de vida, e era amplamente populada, Egar; e não se deve subestimar os procedimentos científicos e médicos não registados de sobrevivência, de mutação, de clonagem, de adaptação, de desenvolvimento de tecnologia, sem mencionar as possibilidades naturais..." "Certo!: se a natureza interna da nau encontrou maneira de fazer chover além do que o suporte de vida pode suportar, o que nós vamos encontrar ali dentro é carvão, debaixo de camadas de ferrugem, meu amigo..." Pelageu intervém: "Formas de vida?" "É absurdo!", diz Egar; "são mil anos!" "Não são mil anos", protesta o identificador, "quinhentos não nos farão diferença, arauto..." "É SENSATO", Pelageu contém a contenda, "levar em consideração algumas opções absurdas, Egar. Encontrar essa nau inteira é, em si, já, de algum modo, absurdo, o bastante para me fazer pensar que eu não sei por que foi que eu parei aqui, mas eu parei aqui, porque algo assim não acontece todos os dias, você concorda comigo? Sei que não estava no programa, e que isso desconcerta alguns de nós, talvez todos nós. Os tripulantes ainda nem sabem da situação atual, e, para o momento, isso deve ser assim. Estamos estacionários, e, se houver, porventura, algo que possamos fazer, ora: eu me pergunto... Por que não? Eu estou aberto às sugestões de vocês; por isso os chamei ao quartel". Todos os homens fizeram silêncio, e pareceram pensativos, por algum momento; Egar parecia um pouco impaciente, embora fosse eficaz em não demonstrá-lo. "Certo: Hugo", pergunta, afinal o engenheiro: "Você acha que pode fazer um reatreamento de formas de vida naquela coisa?" "Se você me cedesse duas das suas antenas...", responde-lhe o identificador; "duas antenas e o serviço necessário", diz Pelageu: "E eu quero um relatório do andamento das atividades amanhã, aqui, às dez horas; todos estão convocados; aqueles entre vocês que acham que podem adiantar algo, que o façam para amanhã. Srs., algo mais?" "Os passageiros?", indaga Egar. "Estamos esperando instruções do comando jupiteriano, pois tivemos um ... desvio momentâneo de rota; se eles insistirem em algo, diga para me procurarem; está satisfatório?" O engenheiro afirma, com brando movimento de cabeça. "Dispensados", diz o capitão. Egar sai com Hugo. Bóreas fica no quartel. Dêrmot deixa-se ficar, inquieto.

Abacuc se retira, ao fim de algum tempo. "Bóreas..." "Sim, Dêrmot." "Que tipo de formas de vida?" "Como Egar disse, amigo: provável que nenhuma, além das costumeiras bactérias. Bom material para as minhas coletas; só não interessam muito ao Egar... E não custa fazer uma verificação de rotina." Dito isso, Dêrmot se retira, demonstrando algum contentamento.

"Bactérias?..." indaga Pelageu ao companheiro. "Bom", responde-lhe o naturalista, "eu confesso, Pelageu, que eu prefiriria levar um urso para casa... Você conhece a história da nau?" "Eu li algo, rapidamente, de umas horas para cá. Você acha que é possível?" "Confesso que não; mas você me pediu procedimentos de abordagem, e... Bom: aquela ali não é exatamente uma nau de carga..." "Sim..."
 
[a003]


II
0672g0111
10.00

"A gravidade centrífuga está operacional; a nau tinha, no projeto, cinco seções cilíndricas acopladas. Algo aconteceu com uma das seções de extremidade, eu não identifico ainda qual. Mesmo que tenha sido a seção principal, há um posto de comando secundário na outra extremidade, que, como herdamos em nossas naus maiores, serve como posto de comando secundário, de emergência. Mesmo que a seção primária seja a que se perdeu, os diários e registos podem ser acessados, pois estão armazenados no posto secundário, a não ser em caso de alguma avaria incomum, o que, mesmo com a tecnologia do período em que foi construída, não será algo a se esperar.
"Temos gravidade, mas não temos rota, o que diminui as possibilidades de qualquer dos animais ter sobrevivido. Deve estar frio, lá dentro..."
(Alguém já tinha passado a história da Utnapistem para Dêrmot, e ele estava a par dos detalhes.)
"Certo", diz o engenheiro; "ela foi projetada para manter rota circular em torno da estrela".
"Exato", continua o identificador, "e, talvez, um acesso aos diários nos possam esclarecer, afinal, depois de cinco centênios, o que pode ter acontecido..."
"Isto é", diz Bóreas, "qualquer indício sobre o que poderá ter causado a disfunção da rota, que ocasionou o desvio..."
"E tentativas de correção, e todos os esforços e perigos que a tripulação tenha passado."
"E dar-nos fim a algumas 'lendas' ", conclui Hugo.
"Pelos procedimentos convencionais, portanto", continua, "a atmosfera sofreu a crise de esfriamento. Sem luz, a vida vegetal está extinta, e não devemos encontrar oxigênio, lá dentro. O trajeto parece ter sofrido um desvio que não foi possível reverter. O desvio parece sido corrigido, ou me parece que houve tentativas de correção a partir do controle interno, fazendo uma avaliação muito ligeira da rota, segundo algumas possíveis rotas...; pela rota atual, um trajeto em espiral crescente, que terá sido o trajeto concertado, mesmo assim, ela foi se afastando demais da estrela I. Por isso que apenas uma leitura dos diários pode nos dar mais detalhes dos incidentes e das causas que podem ter gerado o desvio". Ao terminar a exposição, Hugo se senta, e faz-se silêncio.
"E?...", indaga Abacuc.
"E eu não vejo", responde Hugo, "outra maneira de descobrirmos mais alguma coisa, a não ser entrando lá".
Houve um murmúrio, e uma discussão entre o comerciante e o identificador, pois aquele não gostava da idéia de abordagem, mas Hugo defendia o valor da oportunidade, e, em toda a confusão, Egar, tendo terminado de beber o grogue, levantava-se, e se retirava do quartel, com discrição, quando, porém, foi abordado pelo capitão, que aproveitou a chance para, com voz, chamar a atenção de todos para si, uma vez que estava a iniciar-se alardosa balbúrdia. "VOCÊ, PORTANTO, EGAR", todos se calaram, "não teria mais nada a acrescentar, imagino..." "Eu?, não", diz o engenheiro, com a face voltada ainda para fora, "mas, se eu conheço você, Pelageu, me parece que você terá". "Antes de se retirar, engenheiro", diz o capitão, "eu lhe pergunto: qual será o seu parecer?" Pelageu conhecia a resposta, e queria jogar. Todos estão quietos, agora. Egar, ainda com face e olhar voltados para fora do quartel. Um silêncio pesado. Abacuc toma a palavra: "Eu estou de acordo com o sr. Déric: devemos deixar isso de lado: é inútil! Não nos leva a nada. Devemos retomar para Colônia, e..." "Muito bem, Abacuc e Egar são dois contra um, Hugo, a favor... Dêrmot?", pergunta Pelageu. "Eu...", diz o armador, após alguma hesitação, "... eu também não acredito que estamos em condições de uma abordagem segura..." "Certo", continua o capitão, "Bóreas?" "Devemos ver o que sobrou lá dentro, Pelageu: é senso de dever", ao que Abacuc levanta a voz em protestos, mas o capitão fá-lo calar-se. "Egar, você muda a minha indução do seu voto?" O engenheiro volta a face com olhos nos olhos para o capitão, ainda com a mão na porta, e decide assaz ligeiro: "você sabe que não, Pelageu. E Rod está comigo.--" "E eu com o capitão", diz o Beta, o que nos faz quatro a quatro". "E nos sujeita", tenta Hugo, "a uma argumentação do capitão"; "oh não senhor, sr. identificador: nós não somos uma nau militar!", diz o comerciante, enervado, "e nós não estamos em uma missão militar: somos civis, e um empate nos conduz à espera. Quando o comando jupiteriano nos alcançar, eles serão responsáveis pela exploração, e nós podemos seguir viagem: estamos atrasados -- o capitão há de concordar comigo --", olha para Pelageu, desesperado o comerciante, "e além do mais, nenhum de nós será de modo nenhum exposto a perigo, e...--" "O desconhecido", argumenta Hugo, "não é, de necessário, um perigo, comerciante..." Ao que se ouve em resposta um sermão sobre juventude e temeridade, e Egar deixa o quartel. Pelageu, com sutileza, pede ao Beta que acompanhe Egar, e o chame de volta. O próprio capitão pede a Dêrmot para permanecer no módulo. Eis que, ao entrar Egar, seguido pelo Beta, Abacuc, surpreso com a expressão de Dêrmot, que via o engenheiro retornar, vira-se, então, e, ao vê-lo, faz silêncio, pois percebe que algo parece acontecer sob seu nariz... E todos ficam silenciosos por mais um instante. Pelageu olha para Egar, que lhe consente, com um gesto quase impercebido. O capitão pergunta, então, ao armador: "Duas carabinas e dois bastões?" Dêrmot arregala os olhos, descontente, e olha para Egar, que lhe confirma, com a face. Dêrmot volta-se, então, para o capitão, e lhe diz, afinal: "uma. Uma carabina vai; dois bastões de assalto; dois homens. Vão dois, ficam três, carabinas três, e bastões, três, do lado de cá; a escotilha de saída mais isolada que nós tivermos. E eu quero um mapa daquela coisa lá fora, pra saber por onde vão entrar. E eu te digo ainda, capitão: o Beta e o identificador. E o Beta leva a carabina". "Eu também vou", diz Bóreas, ao que retruca Dêrmot, "como vão apenas dois, podem ir, então, o Beta e o Bóreas; e eu acredito que o Beta é mais indicado para levar a carabina". "Bóreas não deve ir, Pelageu! É ultrajante!", reclama Abacuc; "Tem razão, sr. Bruno", interrompe o capitão, antes de se iniciar qualquer discussão mais e, voltando-se para o armador, diz, em tom e olhares de decisão: "Bóreas e você, Dêrmot; o Beta fica, já que Bóreas quer ir. Eu, Egar e Rod ficamos armados, do lado de cá. O meu substituto, e Abacuc, ficarão com Hugo no controle. De lá eles nos monitorarão. Você terá o seu mapa. Está satisfatório assim, armador?" "Os passageiros?" "Certo... Conversaremos sobre isso. Tenho a solução que você vai gostar. Algo mais?" O homem balança a cabeça, com o beiço inferior para fora. "Srs., algum de vocês?", Pelageu passa os olhos por cada um dos tripulantes, sobretudo Egar e Abacuc. "Muito bem: dezesseis horas no quartel; Egar, preparativos do deque mais seguro; Dêrmot, teste de armas; Bóreas vai se encontrar com você às catorze. Srs., dispensados". O capitão olha para o Beta, e faz sinal a Bóreas para que permaneçam no quartel. Abacuc sai. os demais tomam seus afazeres, à excessão de Dêrmot, que se deixa estar.
 
[a004]


II, b
Dois tripulantes ilustres

"Você está pretendendo deixar sob custódia o preceptor da princesa de Rubia, e a filha dele?!", diz Egar, com um certo pudor. "Certo: quando eu poderia confiar que o nosso amigo Dêrmot deixaria isso em segredo por muito tempo?!", Pelageu desabafa, depois de muito ter vindo de ouvir falações do comerciante de bordo. Bóreas estava presente; estavam apenas os três. "Ele não falou nada porque quis, Pelageu: eu o inquiri. E severamente, você me conhece". "Como assim, 'sob custódia'?", pergunta o naturalista. Toma a palavra Egar: "Nada que fosse deixar o armador mais satisfeito, Bóreas: reduz as variáveis de imprevisibilidade. De minha parte, se não fosse diplomática mente perigoso, eu gostaria de deixar também o velhinho Abacuc, em particular, em confinamento, num deque qualquer; os passageiros serão trancados na seção de suas habitações; eles não perceberão nada, mas espero que, nem descubram, nem verifiquem e que, ao verificar, não perguntem nada, pois, nesse caso, temos algum problema sério, de ... como dizer?... Prisão?", o engenheiro olha para o capitão. "Eu estou assumindo a responsabilidade", diz Pelageu. "Não ... não haveria outro modo, Pelageu?... Talvez..." "A única maneira de organizar as peças em uma disposição como a que temos, Bóreas, será se você ficar a bordo, e se fizermos uma disposição diferente", diz Pelageu. O médico olha para o chão, tentando calcular. "Você vai, Bóreas: as coisas ficam como estão. Eu estou procurando alternativas. É bom que vocês dois estejam a par do nosso ... pequeno problema de adaptação da situação que temos. Vocês dois são os homens mais 'crescidos' aqui: se vocês conseguirem pensar em algo, não hesitem em me procurar: sou todo ouvidos".
 

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