Nenhuma das duas. Vai da sorte do aluno encontrar uma escola que tenha condições adequadas e professores voltados para o saber do aluno e que não fiquem brigando sobre qual é a melhor metodologia pedagógica-piaget-althusser-bourdier-freire-confucionista-marxista para aplicar sobre a criança.
E do aluno se coçar, né?
Não adianta nada uma excola excepcional se o sujeito não tá afim.
Digo de experiencia propria. Disperdicei um tempaço numa excelente universidade federal, até que resolvi estudar, e aí sim. Valeu muito a pena.
No nível superior, a maioria das consideradas melhores escolas são as públicas. Já no básico e no 2o grau a coisa tende para as particulares de forma geral.
Minha experiencia academica é de outra era. Eu fiz o primário em escola pública (de 1975 a 1979), e era considerada a melhor da cidade. A partir da 5a série eu fui pra escola particular. Da 5a à 8a em uma escola, científico em outra.
Foram boas escolas, muitos dos professores que trabalhavam nelas trabalhavam também no estado. Havia as boas escolas particulares, seguidas das boas escolas públicas, das escolas públicas ruins e então as escolas pagou/passou.
Dos 120 alunos que terminaram o 3o científico no mesmo ano que eu, 119 passaram no vestibular naquele ano. Federais, Pucs e faculdades particulares não tão phodáscias quanto as PUCs.
Se isso refletiu em sucesso pessoal mais tarde é complicado de dizer, porque vale aqui a discução de sucesso pessoal, felicidade e outras relatividades.
Mas eu acho que, de modo geral minha base no ensino publico e particular foi muito útil na universidade e isso abre um leque maior de profissões e aumenta a chance de uma vida profissional mais rentável.
Meu filho fez escola particular desde de sempre. Primeiro em uma escola muito grande de uma ordem religiosa que tem escolas em váriso lugares, onde eu estudei da 5a à 8a, por sinal. No 4o anos primário eu mudei ele para uma escola menor. Também particular, e franquia de uma grife de ensino famosa.
Ele estava tão pouco afim de estudar que repetiu a 8a série porque entregava provas em branco sabendo a matéria. (imagina se eu não passei nem um pouco de raiva em 2008

)
Agora ele está numa escola ele do estado.
Como castigo? Não. Eu só não tenho grana para pagar duas vezes a mesma série. E já estava de saco cheio com a postura de super proteção da escola particular.
Essa mudança foi a melhor coisa que eu fiz.
Primeiro que a apostila que ele usava na escola particular, cara pra caramba, é infinitamente PIOR do que a que o governa empresta na escola pública. Em qualidade e em quantidade de conteudo.
Na minha opnião, e na opnião do meu filho. Que pode não gostar de responder na prova, mas adora ler a apostila antes mesmo de ser dada na sala de aula e pesquisar o assunto e discutir ele comigo.
As provas é que são muito mais fracas. Questões de marcar são mais comuns. Mas ele agora tem aula de redação e literatura, o que ele não tinha antes.
Redação é uma das coisas que eu acho que faz mais falta na escola hoje. Tanto pública quanto privada. O estudante não tem de redigir nada. Pêlo menos no que eu acompanhei aqui na minha cidade com filho, sobrinho e filho de amigos.
Outra coisa que eu observei é que o aluno de 8a série na escola particular é tratado de forma muito mais infantil do que na escola pública. O que eu acho que o da publica leva vantagem. Com 14, 15 ou 16 anos (ou até mais) é ridiculo ser tratado com se tivesse 12 ou 11.
Como desvantagem tem o número enooooorme de alunos em sala, as paralizações, inexistem atividades extra classe. Se bem que eu prefiro que não exista do que as que só fazem de conta que tem, como acontece na escola particular em muitos casos.
No final das contas, depende mais do aluno. Alguém afim de estudar, e que tem a chance de ir para uma escola com melhores recursos (professores, materia, instalações, etc) vai se sair melhor do que alguem que está afim de estudar e não tem essa oportunidade. Mas o cara que tá afim e vai para uma escola piorzinha, pode se dar muito melhor que o que vai a escola melhor e não liga.
E outra coisa importante: numa escola pública, a gama de classes sociais e tipo de pessoas existentes é muito maior, o que eu acho bom, ao contrário do que pensa a superproteção paterna de nossa época.
Exatamente. Quando eu fui trocar a cria de escola, a pedagoga da particular fez a maior pressão, até de buling (eu nunca lembro como se escreve isso) ela falou.
E aconteceu justamente o contrário. Ele convive melhor na escola estadual do que na anterior. Inclusive está podando as chaturas de filho único que ele tem.
Ele está mais interessado na escola, e segundo ele, os professores são mais ou menos do mesmo nível dos da escola particular. Não tão brilhantes como um super-fantástico-talentoso-genial que ele tinha. Nem tão ruins quanto outros dois que ninguém merecia mas estavam lá na escola particular.