Elrond Meio-Elfo
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Maglor disse:Ele não ter dito a frase faz dela falsa, então? Por essa lógica, sempre que Tolkien fala sobre Eru em algum texto, isso pode automaticamente ser considerado falso.
Eu realmente acho que essa linha de raciocínio não levará a lugar algum, já coloquei meus pontos e argumentos, infelizmente não parecem passar pela barreira. Por isso escolho parar por aqui.
E por essa lógica, como vamos explicar que Irmo é o irmão mais novo de Námo, ou que Vána é a irmã mais nova de Yavanna? Eles estavam igualmente fora do Tempo (que nem existia).
Idem, pois são idéias tão abstratas visto que os seres em questão surgiram da mente do ser Supremo, amorfo, atemporal e perfeito. Tanta abstração é impenetrável a qualquer dedução lógica.
Se a maldade vai permanecer como uma intenção, porque ela não acontecerá, então?
Simplesmente porque os seres tornados perfeitos escolhem não o fazer. Escolhem não promover o sofrimento, escolhem não promover a miséria, escolhem não promover a dor. Escolha, escolha, escolha. Antes toda a escolha é imperfeita, e geralmente leva ao mal, mas naquele momento de perfeição toda escolha se torna perfeita e sempre leva à bem-aventurança e satisfação.
Em Arda Curada o mal vai existir como parte do passado, não do presente ou do futuro.
De novo, tamanha abstração, o futuro de Arda Curada, é impenetrável a qualquer análise lógica. Vc está querendo demais.
Eu coloquei mais um trecho em negrito, o do "would not": o would mais uma vez exprime a idéia da possibilidade de uma ação futura de Ilúvatar.
Realmente desnecessario, o meu primeiro trecho em negrito ressaltava exatamente o seu trecho em negrito. Aqui se aplicam os mesmos argumentos que eu tentei transmitir. Um ser atemporal atua atemporalmente, um ser temporal descreve tal ser atemporal temporalmente, como nós o fazemos.
Esse trecho da carta 156 fala sobre o direito supremo que Ilúvatar, enquanto Criador, guardava a si mesmo de interferir na sua criação.
"The one wholly free Will" - o único completo de livre-arbítrio quer dizer o único completamente livre em seu arbítrio. Quem não é completamente livre em seu arbítrio tem o seu arbítrio dependente de outro, logo não é completamente livre.
"The one wholly Agent" - o único completo agente quer dizer o único que é completamente agente, completamente capaz de agir. Quem é completamente capaz de agir é completamente capaz de tudo. Quem não é completamente capaz de tudo tem a sua capacidade limitada por alguma coisa, logo não é completamente capaz. É a isso que o trecho se refere, Eru era capaz de fazer os seus milagres, embora não o faria a não ser em situações exepcionais. Não era questão de que Eru era o único livre para intervir ou para criar um tema (??), é questão de que ele era capaz de intervir ou capaz de criar um tema. Qualquer um que fosse capaz de intervir ou capaz de criar um tema assim o poderia fazer, entretanto somente Eru era completamente capaz de intervir e completamente capaz de realmente criar um tema.
Editado: desculpe pela crueza da mensagem, é que eu realmente não vi a sua resposta de tarde e só estou chegando em casa agora, cansado e super estressado.