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Autor: Eduardo de Almeida Carvalho (eregion3)
Genero: Fantasia
Titulo: A queda das estrelas
Passaram-se dois dias desde que seu marido Harry tinha partido para a guerra em Varnai. Ariel sentada na poltrona tricotava uma roupinha para o bebê que esperava. Localizava-se perto da janela de maneira que a brisa vinha correr por ali refrescando-a, pois era verão e os dias ali costumavam ser quentes.
Ela pensava Harry quando sentiu um liquido escorrer por suas pernas. Assustada percebeu que era hora. Imediatamente parou seu tricô e gritou. Para sua sorte a vizinha Talra estava ali. Rapidamente veio correndo da copa.
- Ariel, o que foi?
Talra perguntou assustada.
- A bolsa rompeu - respondeu ela.
A amiga surpresa ajudou- a ir para o quarto. Lá a deitou e já colocando na posição de parto. Pediu que respirasse fundo enquanto ia buscar a parteira. Saiu do recinto ao som dos gemidos de dor de Ariel.
Nos momentos que permaneceu sozinha seus pensamentos foram para Harry. Queria ele ali para ver o bebê. Tinha certeza que sua alegria seria tanta que só de vê-lo esqueceria de toda a dor do parto. Mas o destino não quis assim. A guerra os separara. Temia tanto que não retornasse. Assim como todas em Anfalâr que tinham sido separadas de seus maridos.
A dor que sentia não era o que mais a feria e sim o medo por seu marido. Enquanto poderia estar ali junto a ela durante aquele momento, estava em lugar distante lutando, sem saber se iria voltar ou não. Isso a fazia chorar e desejar que a criança que estava para nascer não tivesse que viver num mundo onde os pais não conhecem os filhos por que estão na guerra.
Depois de alguns minutos Talra voltou com a parteira. A elfa baixinha chegou e logo preparou tudo. Assim, todas as coisas necessárias foram levadas para ali. Ariel continuou em trabalho de parto “tranqüila”. Depois de várias horas de gritos de dor de Ariel ouviu-se choro significando o nascimento da criança.
Era um menino muito parecido com o pai, possuía os mesmo cabelos castanhos de Harry e olhos iguais aos da mãe que eram azuis.
A parteira segurou o bebê, cortou o cordão umbilical e entregou a mãe. Ariel exausta do parto ao ver a criança chorou feliz por que tudo correra bem. Olhou para o menino e viu o pai dele. Exatamente aquele que havia conquistado seu coração anos atrás. Então decidiu chama-lo de Geldan. Pois para ela Harry renascia ali.
Depois daquele momento os dias foram felizes. O filho de Talra havia voltado da casa da avó. O bebê de Ariel crescia feliz e saudável. Entretanto as notícias de Varnai não chegavam preocupando as esposas dos que haviam partido.
Um ano se passou e Geldan continuava a crescer forte e bem. Ele já brincava com o filho de Talra que tinha dois anos. Naquele dia ele estava na varanda da casa com o amiguinho, quando Talra entrou na casa de Ariel gritando:
- Ariel, venha, eles chegaram. Nossos maridos retornaram!
- Aonde estão?- perguntou ela curiosa, parando tudo o que fazia.
- Estão na entrada da cidade- afirmou a vizinha.
Exatamente depois de ouvir as palavras da amiga ela saiu em disparada seguida por Talra. Chegando lá viu alguns poucos elfos marchando com as expressões desoladas no rosto. Ficou a procurar o rosto de Harry, mas não via. Começou a sentir-se apreensiva, assim como todas as outras que não encontravam seus maridos dentre os que retornavam.
Ariel não o achando perguntou para um dos que chegavam:
- Por favor poderia me dizer se esses foram os únicos que retornaram daqui?
- Sinto muito senhora não há mais nenhum sobrevivente - afirmou o elfo tentando ser o mais gentil possível.
Foi como se o mundo tivesse caído, suas pernas tremeram mas felizmente conseguiu segurar o baque. Porém não parou por aí, começou a se sentir sufocada no meio daquela gente, então começou a correr desesperada enquanto as lágrimas caíam. Chegou em casa pegou seu filho que brincava, entrou e o abraçou desabando a chorar. Geldan também pranteava mas não era por causa da morte do pai e sim era por que ela o havia separado de sua brincadeira. Afinal ele não podia chorar por quem não conhecia.
Ariel ficou algumas horas sentada ali soluçando, abraçada ao pequeno Geldan tentando não acreditar que aquilo era verdade. Só se levantou dali quando ouviu os gritos da amiga. Ela caiu em total desespero quando soube que seu marido jamais voltaria. Ariel deixou o filho que já dormia, em sua caminhada, enxugou as lágrimas do rosto e foi ver o que se passava com Talra.
Saiu de casa correndo e deu de cara com Talra em frente à cerca, berrando:
- Não é possível, ele não pode fazer isso comigo não tem direito de me abandonar aqui sozinha.
Começou a andar em direção a sua moradia, com Ariel olhando espantada seu comportamento. Preocupada com a amiga se aproximou.
- Tudo bem com você?
Talra virou com uma cara de poucos amigos e respondeu:
- Claro que está tudo bem eu só perdi meu marido para sempre, também terei de criar meu filho sozinha além do dinheiro que terei de arranjar magicamente, mas, Ariel, claro que está tudo bem!
Concluiu suas palavras a amiga entrando pela porteira do quintal e indo para casa. Ariel ficando assustada com os dizeres de Talra temeu por ela. Então seguindo-a também atravessou a porteira no entanto quando botou a mão para abrir a porta, estava trancada. Sua mente logo pensou no pior. Desesperada Ariel gritou:
- Talra abra essa porta, vamos conversar, não faça isso. Eu sei que é difícil mas podemos passar por isso juntas!
No entanto ninguém respondeu. Quase já perdendo as esperanças começou a chorar pela amiga, quando uma idéia veio-lhe a cabeça. Quem sabe, talvez desse tempo. Levantou o vestido até o joelho para que pudesse correr melhor e disparou em direção a casa de sua outra vizinha Mariel cujo esposo havia retornado. Iria pedir a ele para ajudá-la a derrubar a porta.
Yuri, o marido de Mariel, prontamente decidiu ajudar. Chegando lá rapidamente pôs abaixo a porta. Ariel entrou chamando o nome da amiga com esperança de que ainda estivesse viva. No entanto suas previsões se confirmaram, encontrou Talra caída na cozinha com os pulsos cortados. Ariel desconsolada caiu de joelhos no chão, abraçou o corpo e chorou. Yuri ficou triste ao ver aquela cena. Ele se aproximou pôs a mão no ombro de Ariel e disse:
- Sinto que tenha terminado assim.
Ela nada disse, continuou a chorar a morte de Talra. Ele a deixou alguns minutos ali depois a afastou e pediu que fosse para casa. Ariel calmamente atendeu ao pedido e se retirou. Desolada caminhou pensando nos momentos bons com Talra.
Chegou em casa e viu Lucas filho da amiga sentadinho no sofá esperando que a mãe viesse busca-lo, mas mal sabia ele que ela nunca viria. Ariel olhou e teve pena. Se aproximou, o pegou no colo. O menino curioso, perguntou:
- Cadê mamãe?
Ariel comovida, respondeu:
- Sua mãe sou eu.
Disse isso e o levou para o quarto.
Genero: Fantasia
Titulo: A queda das estrelas
Passaram-se dois dias desde que seu marido Harry tinha partido para a guerra em Varnai. Ariel sentada na poltrona tricotava uma roupinha para o bebê que esperava. Localizava-se perto da janela de maneira que a brisa vinha correr por ali refrescando-a, pois era verão e os dias ali costumavam ser quentes.
Ela pensava Harry quando sentiu um liquido escorrer por suas pernas. Assustada percebeu que era hora. Imediatamente parou seu tricô e gritou. Para sua sorte a vizinha Talra estava ali. Rapidamente veio correndo da copa.
- Ariel, o que foi?
Talra perguntou assustada.
- A bolsa rompeu - respondeu ela.
A amiga surpresa ajudou- a ir para o quarto. Lá a deitou e já colocando na posição de parto. Pediu que respirasse fundo enquanto ia buscar a parteira. Saiu do recinto ao som dos gemidos de dor de Ariel.
Nos momentos que permaneceu sozinha seus pensamentos foram para Harry. Queria ele ali para ver o bebê. Tinha certeza que sua alegria seria tanta que só de vê-lo esqueceria de toda a dor do parto. Mas o destino não quis assim. A guerra os separara. Temia tanto que não retornasse. Assim como todas em Anfalâr que tinham sido separadas de seus maridos.
A dor que sentia não era o que mais a feria e sim o medo por seu marido. Enquanto poderia estar ali junto a ela durante aquele momento, estava em lugar distante lutando, sem saber se iria voltar ou não. Isso a fazia chorar e desejar que a criança que estava para nascer não tivesse que viver num mundo onde os pais não conhecem os filhos por que estão na guerra.
Depois de alguns minutos Talra voltou com a parteira. A elfa baixinha chegou e logo preparou tudo. Assim, todas as coisas necessárias foram levadas para ali. Ariel continuou em trabalho de parto “tranqüila”. Depois de várias horas de gritos de dor de Ariel ouviu-se choro significando o nascimento da criança.
Era um menino muito parecido com o pai, possuía os mesmo cabelos castanhos de Harry e olhos iguais aos da mãe que eram azuis.
A parteira segurou o bebê, cortou o cordão umbilical e entregou a mãe. Ariel exausta do parto ao ver a criança chorou feliz por que tudo correra bem. Olhou para o menino e viu o pai dele. Exatamente aquele que havia conquistado seu coração anos atrás. Então decidiu chama-lo de Geldan. Pois para ela Harry renascia ali.
Depois daquele momento os dias foram felizes. O filho de Talra havia voltado da casa da avó. O bebê de Ariel crescia feliz e saudável. Entretanto as notícias de Varnai não chegavam preocupando as esposas dos que haviam partido.
Um ano se passou e Geldan continuava a crescer forte e bem. Ele já brincava com o filho de Talra que tinha dois anos. Naquele dia ele estava na varanda da casa com o amiguinho, quando Talra entrou na casa de Ariel gritando:
- Ariel, venha, eles chegaram. Nossos maridos retornaram!
- Aonde estão?- perguntou ela curiosa, parando tudo o que fazia.
- Estão na entrada da cidade- afirmou a vizinha.
Exatamente depois de ouvir as palavras da amiga ela saiu em disparada seguida por Talra. Chegando lá viu alguns poucos elfos marchando com as expressões desoladas no rosto. Ficou a procurar o rosto de Harry, mas não via. Começou a sentir-se apreensiva, assim como todas as outras que não encontravam seus maridos dentre os que retornavam.
Ariel não o achando perguntou para um dos que chegavam:
- Por favor poderia me dizer se esses foram os únicos que retornaram daqui?
- Sinto muito senhora não há mais nenhum sobrevivente - afirmou o elfo tentando ser o mais gentil possível.
Foi como se o mundo tivesse caído, suas pernas tremeram mas felizmente conseguiu segurar o baque. Porém não parou por aí, começou a se sentir sufocada no meio daquela gente, então começou a correr desesperada enquanto as lágrimas caíam. Chegou em casa pegou seu filho que brincava, entrou e o abraçou desabando a chorar. Geldan também pranteava mas não era por causa da morte do pai e sim era por que ela o havia separado de sua brincadeira. Afinal ele não podia chorar por quem não conhecia.
Ariel ficou algumas horas sentada ali soluçando, abraçada ao pequeno Geldan tentando não acreditar que aquilo era verdade. Só se levantou dali quando ouviu os gritos da amiga. Ela caiu em total desespero quando soube que seu marido jamais voltaria. Ariel deixou o filho que já dormia, em sua caminhada, enxugou as lágrimas do rosto e foi ver o que se passava com Talra.
Saiu de casa correndo e deu de cara com Talra em frente à cerca, berrando:
- Não é possível, ele não pode fazer isso comigo não tem direito de me abandonar aqui sozinha.
Começou a andar em direção a sua moradia, com Ariel olhando espantada seu comportamento. Preocupada com a amiga se aproximou.
- Tudo bem com você?
Talra virou com uma cara de poucos amigos e respondeu:
- Claro que está tudo bem eu só perdi meu marido para sempre, também terei de criar meu filho sozinha além do dinheiro que terei de arranjar magicamente, mas, Ariel, claro que está tudo bem!
Concluiu suas palavras a amiga entrando pela porteira do quintal e indo para casa. Ariel ficando assustada com os dizeres de Talra temeu por ela. Então seguindo-a também atravessou a porteira no entanto quando botou a mão para abrir a porta, estava trancada. Sua mente logo pensou no pior. Desesperada Ariel gritou:
- Talra abra essa porta, vamos conversar, não faça isso. Eu sei que é difícil mas podemos passar por isso juntas!
No entanto ninguém respondeu. Quase já perdendo as esperanças começou a chorar pela amiga, quando uma idéia veio-lhe a cabeça. Quem sabe, talvez desse tempo. Levantou o vestido até o joelho para que pudesse correr melhor e disparou em direção a casa de sua outra vizinha Mariel cujo esposo havia retornado. Iria pedir a ele para ajudá-la a derrubar a porta.
Yuri, o marido de Mariel, prontamente decidiu ajudar. Chegando lá rapidamente pôs abaixo a porta. Ariel entrou chamando o nome da amiga com esperança de que ainda estivesse viva. No entanto suas previsões se confirmaram, encontrou Talra caída na cozinha com os pulsos cortados. Ariel desconsolada caiu de joelhos no chão, abraçou o corpo e chorou. Yuri ficou triste ao ver aquela cena. Ele se aproximou pôs a mão no ombro de Ariel e disse:
- Sinto que tenha terminado assim.
Ela nada disse, continuou a chorar a morte de Talra. Ele a deixou alguns minutos ali depois a afastou e pediu que fosse para casa. Ariel calmamente atendeu ao pedido e se retirou. Desolada caminhou pensando nos momentos bons com Talra.
Chegou em casa e viu Lucas filho da amiga sentadinho no sofá esperando que a mãe viesse busca-lo, mas mal sabia ele que ela nunca viria. Ariel olhou e teve pena. Se aproximou, o pegou no colo. O menino curioso, perguntou:
- Cadê mamãe?
Ariel comovida, respondeu:
- Sua mãe sou eu.
Disse isso e o levou para o quarto.