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Eras modernas e atuais

Deixando essa questão do Jesus filho de Eru um pouco de lado neste post, gostaria de retomar uma discussão de alguns posts acima.
Havia uma discussão sobre qual fato seria importante para marcar o fim da sexta era e início da sétima. Alguém aí citou um desastre ambiental.
Parece, a mim, que já estamos nesse período de transição. O aquecimento global que nós estamos causando já a algum tempo e que foi agravado com a Revolução Industrial ainda não causou nenhuma séria mudança, mas a partir do momento que as geleiras derreterem nós teremos várias mudanças físicas, só pra começar. Primeiro: o continente(?) da Antártida vai desaparecer. Segundo: o nível dos oceanos vai ser elevado e com isso inundar muitas cidades litorâneas. Ilhas irão desaparecer e até mesmo países. Talvez as Américas se separem. Isso não lembra a vocês a destruição de Beleriand?
Seriam as eras então, cíclicas? E se fossem, a profecia de Mandos deve ser a próxima a se cumprir, com o retorno de Morgoth. E depois? Como se seguiriam os eventos das mudanças de eras?
Espero não ter viajado na maionese...:think:
 
Só corrigindo, não será a Antártica que irá desaparecer, já que ela não é feita somente de gelo; somente seu gelo derreterá. Quem irá desaparecer é o Gelo Ártico, lá no Polo "Norte", este sim, feito de gelo, irá desaparecer.

Concordo com a Cachopardo, o que irá mudar a próxima Era será um evento climático, poderia ser desde o derretimento dos pólos, até uma tempestade solar, que destruirá a humanidade como conhecemos.
 
Só corrigindo, não será a Antártica que irá desaparecer, já que ela não é feita somente de gelo; somente seu gelo derreterá. Quem irá desaparecer é o Gelo Ártico, lá no Polo "Norte", este sim, feito de gelo, irá desaparecer.

Na verdade a informação interior estava certa. A Antartida (não antartica)(Localizada no polo Sul geométrico) é um bloco maciço de Gelo (existe somente cerca de 5% de rocha lah) já o circulo polar artico possui regiões de terra com camadas de gelo (com a breve exceção do mar glacial artico)...

Mesmo assim é irrelevante... se o gelo que cobre a groelandia (que a cada ano que passa está menor) ou 1/3 da maior baquiça da antardida desaparessecem, o nivel do mar subiria 6 m, disimando metade da população mundial...

O Documentário "Uma verdade Inconveniente", do ex-candidato a presidência Americano, Al gore, é muito interessante com um forte embasamento cientifico... Eu recomendo a todos que se interessem pelo o assunto (na verade isso diz respeito a todos nós) que assistam o filme...
 
Última edição:
Só corrigindo, não será a Antártica que irá desaparecer, já que ela não é feita somente de gelo; somente seu gelo derreterá. Quem irá desaparecer é o Gelo Ártico, lá no Polo "Norte", este sim, feito de gelo, irá desaparecer.

Concordo com a Cachopardo, o que irá mudar a próxima Era será um evento climático, poderia ser desde o derretimento dos pólos, até uma tempestade solar, que destruirá a humanidade como conhecemos.

Istimo, na verdade eu estava falando da Antartida mesmo. Porque o Ártico não pode ser considerado um continente.

Na verdade a informação interior estava certa. A Antartida (não antartica)(Localizada no polo Sul geométrico) é um bloco maciço de Gelo (existe somente cerca de 5% de rocha lah) já o circulo polar artico possui regiões de terra com camadas de gelo (com a breve exceção do mar glacial artico)...

Mesmo assim é irrelevante... se o gelo que cobre a groelandia (que a cada ano que passa está menor) ou 1/3 da maior baquiça da antardida desaparessecem, o nivel do mar subiria 6 m, disimando metade da população mundial...

O Documentário "Uma verdade Inconveniente", do ex-candidato a presidência Americano, Al gore, é muito interessante com um forte embasamento cientifico... Eu recomendo a todos que se interessem pelo o assunto (na verade isso diz respeito a todos nós) que assistam o filme...
E Falca, até onde me consta os dois nomes estão corretos. Antártida ou Antártica (ou será que eu me enganei???:think: ).
 
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O Documentário "Uma verdade Inconveniente", do ex-candidato a presidência Americano, Al gore, é muito interessante com um forte embasamento cientifico... Eu recomendo a todos que se interessem pelo o assunto (na verdade isso diz respeito a todos nós) que assistam o filme...

Eu assisti o documentário, muito interessante, principalmente os mapas modificando-se com o tempo, devido o aumento do nível do Mar, as cidades somem e as pessoas morrem ou migram.

Quanto as Eras, sim, creio que estamos numa transição, estamos beirando uma crise ambiental, uma "verdadeira revolução".
 
O correto é Antártica, uma vez que deriva do grego antigo Ανταρκτικός, grego moderno: Ανταρκτική, que por sua vez, originou o nome latino antarctĭcus, que significa literalmente "oposto ao Ártico" (antiártico). Conforme o adjetivo "antártico", e não "antártido". A forma Antártida é considerada aceitável, mas é um castelhanismo. Irrelevante para a questão.

Mas de acordo com meus mapas, e meu pouco conhecimento, a Antártica é coberta de 2km de gelo, mas não é feita somente de gelo. Ela tem 14 milhões de quilômetros quadrados, tornando-se o quinto maior continente. A capa de gelo é que a torna maior (17.968 quilômetros).

Veja a reconstrução da Artártica sem sua capa de gelo:
Aqui.
 
Última edição:
Seriam as eras então, cíclicas? E se fossem, a profecia de Mandos deve ser a próxima a se cumprir, com o retorno de Morgoth.

Achei muito interessante esse fato de que depois do aquecimento global essa profecia de Mandos se cumpriria sobre o retorno de Morgoth (me expliquem sobre ela por favor) pois um apóstolo de cristo (n me lemboro o nome) diz que uma das previsões para o início do apocalipse seria q a Terra ''ficaria mais quente'', não acredito nessa relação Tolkien x Bíblia e alguns dizerem que cristo é filho de Eru, mas com base na mitologia de Tolkien isso foi muito bem feito, é como se a profecia, se for como eu estou pensando, fosse o apocalipse.
 
Achei muito interessante esse fato de que depois do aquecimento global essa profecia de Mandos se cumpriria sobre o retorno de Morgoth (me expliquem sobre ela por favor) pois um apóstolo de cristo (n me lembro o nome) diz que uma das previsões para o início do apocalipse seria q a Terra ''ficaria mais quente'', não acredito nessa relação Tolkien x Bíblia e alguns dizerem que cristo é filho de Eru, mas com base na mitologia de Tolkien isso foi muito bem feito, é como se a profecia, se for como eu estou pensando, fosse o apocalipse.

Resumidamente, a segunda Profecia de Mandos diz que Melkor retornará do "vazio" no qual foi aprisionado, voltaria com seus servos e um grande caos ocorreria. Os Valar, em contrapartida, atacariam. A profecia ainda menciona o fato de que Melkor morrerá pela espada de Túrin Turambar, pois lá estaria Tulkas e ao seu lado Túrin.

Para mais informações, ou detalhes mais precisos, recomendo que consulte a Enciclopédia Valinor.
 
O correto é Antártica, uma vez que deriva do grego antigo Ανταρκτικός, grego moderno: Ανταρκτική, que por sua vez, originou o nome latino antarctĭcus, que significa literalmente "oposto ao Ártico" (antiártico). Conforme o adjetivo "antártico", e não "antártido". A forma Antártida é considerada aceitável, mas é um castelhanismo. Irrelevante para a questão.

Mas de acordo com meus mapas, e meu pouco conhecimento, a Antártica é coberta de 2km de gelo, mas não é feita somente de gelo. Ela tem 14 milhões de quilômetros quadrados, tornando-se o quinto maior continente. A capa de gelo é que a torna maior (17.968 quilômetros).

Veja a reconstrução da Artártica sem sua capa de gelo:
Aqui.


Olha só, sua analogia está certa para o adjetivo continente "antartico" mas o substantivo pode ser Antartida. É só você fussa no wikipedia. E outra as informações sobre a proporção de gelo que existe lá também se encontra no wikipedia. Esse mapa que você mostrou não leva em conta a subida do nível das águas devido ao derretimento das calotas acima dela. É por isso que o contintente antartico é considerado praticamente sem terras
 
Última edição:
Saindo um pouco da questão etimológica, que ao que vejo agrada tanto a mim quanto a meu amigo Istimo, e quanto a noções geográficas, que creio já terem sido bem explanadas, a questão de mencionarem o fato das "Eras serem cíclicas" me chamou a atenção.
Seguindo as tranformações e mudanças de Eras ao decorrer da história de Arda, e mesmo em âmbito geral, a história não pode mais ser balizada como cíclica.
A definição de cíclico surge com as primeiras civilizações sedentárias, e se baseia nas estações do ano, na colheita, e coisas do tipo. De forma alguma seriam cíclicas as Eras de Arda, ou qualquer datação plausível. O que existe, de fato, são rupturas e reminiscências, que podem dar a falsa idéia de ciclo. Por exemplo, quando o Império Romano usa como base a cultura (adaptada, e além disso "enriquecida") grega; os Renascentistas tentando buscar a retomada das idéia clássicas , retomar o antropocentrismo, e coisas do tipo, dão a idéia de ciclo. Mas essa idéia, por sua vez, não é deveras verdadeira.
A questão é que não se rompe com um mecanismo ideológico do dia para noite, e muitas coisas continuam nas entranhas da sociedade, voltando à tona de tempos em tempos, por exemplo, os ideais medievais estão calcados até hoje em nossas tradições, na forma de nosso ensino, de nossas universidades; os ritos de passagem, verificados com importância notória, na grécia antiga, ainda estão presentes. O historiador de renome incondestável, Jacuqes Le Goff, trata em seu livro Em busca da Idade Média a questão de uma longa Idade Média, que perdurou desde o Império Romano até meados do século XX de forma esmagadora, sendo interrompido por pequenos "renascimentos", como o surgimento do Partido Nacional Socialista Alemão. Le Goff não considera o século XVI como um Renascimento, ele abomina essa idéia de renascimento, acredita em pequenos renascimentos, os quais, asseguram essa imagem inexistente de um tempo cíclico.
Sendo assim, a Segunda Profecia seria apenas a continuidade do correr das Eras, uma Guerra que definiria o fim de Arda.
 
Última edição:
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O historiador de renome incondestável, Jacuqes Le Goff, trata em seu livro Em busca da Idade Média a questão de uma longa Idade Média, que perdurou desde o Império Romano até meados do século XX de forma esmagadora, sendo interrompido por pequenos "renascimentos", como o surgimento do Partido Nacional Socialista Alemão. Le Goff não considera o século XVI como um Renascimento, ele abomina essa idéia de renascimento, acredita em pequenos renascimentos, os quais, asseguram essa imagem inexistente de um tempo cíclico.
Sendo assim, a Segunda Profecia seria apenas a continuidade do correr das Eras, uma Guerra que definiria o fim de Arda.

Interessante Aracáno Elessar; se Le Goff trata de uma "longa Idade Média", quais seriam suas características mantidas desde seu início até seu fim em meados do séc XX? Pois para que algo seja tão duradouro, deve manter um mínimo de aspectos durante sua "existência" e sobreviver aos pequenos renascimentos.

Penso que tempos não são ciclos propriamente ditos, porque um fato histórico não pode ocorrer novamente da mesma maneira, talvez ocorra de um modo semelhante, mas nunca igual. A semelhança gera associação entre um e outro e a idéia de ciclos.
 
Perfeitamente Karnillë.
As idéias são (citarei algumas) em suma a Idade Média como base do Mundo Ocidental. Sendo assim, ela seria não datada como Petrarca coloca no século XVI, como uma Idade de Trevas, localizada entre o Mundo Clássico greco-romano e o Renascimento, mas sim uma Longa Idade Média, que tem sua base ainda na cultura Romana em seu apogeu, que "fermenta-se" com o elemento bárbaro, e que perdura até meados do século XX.
E essas reminiscências estão no nascimento do espírito capitalista, por exemplo, no mercador-conquistador que irá embalar o momento dos descobrimentos, em idéias do microcosmo, como a forma em que se organiza uma universidade até hoje, onde o curso universitário se estende do bacharelado à licencia docendi, sendo tudo coroado com o doutorado.
Além disso temos pequenos ritos, ritos de passagem, a eucaristia, o batismo, temos também a configuração de um continente europeu tal qual é hoje, práticas que nasceram na Idade Média e perduram até mesmo hoje, a Instituição Família, o senso de criacionismo, e muitas outras coisas.
O livro se chama Em busca da Idade Média, tradução de Marcos Castro (muito criticado por suas demasiadas notas de rodapé, que tentam enfrentar o conteúdo do autor em questões desnecessárias) da editora Civilização Brasileira (Rio de Janeiro); vale a pena ler, ele é o marco da nova visão da Idade Média produzida pela New History, a Escola dos Annales, teve como mestre Marc Bloch, simplesmente o historiador que, ao menos ao ver da historiografia atual, é o mais importante.
 
Perfeitamente Karnillë.
As idéias são (citarei algumas) em suma a Idade Média como base do Mundo Ocidental. Sendo assim, ela seria não datada como Petrarca coloca no século XVI, como uma Idade de Trevas, localizada entre o Mundo Clássico greco-romano e o Renascimento, mas sim uma Longa Idade Média, que tem sua base ainda na cultura Romana em seu apogeu, que "fermenta-se" com o elemento bárbaro, e que perdura até meados do século XX.
E essas reminiscências estão no nascimento do espírito capitalista, por exemplo, no mercador-conquistador que irá embalar o momento dos descobrimentos, em idéias do microcosmo, como a forma em que se organiza uma universidade até hoje, onde o curso universitário se estende do bacharelado à licencia docendi, sendo tudo coroado com o doutorado.
Além disso temos pequenos ritos, ritos de passagem, a eucaristia, o batismo, temos também a configuração de um continente europeu tal qual é hoje, práticas que nasceram na Idade Média e perduram até mesmo hoje, a Instituição Família, o senso de criacionismo, e muitas outras coisas.
O livro se chama Em busca da Idade Média, tradução de Marcos Castro (muito criticado por suas demasiadas notas de rodapé, que tentam enfrentar o conteúdo do autor em questões desnecessárias) da editora Civilização Brasileira (Rio de Janeiro); vale a pena ler, ele é o marco da nova visão da Idade Média produzida pela New History, a Escola dos Annales, teve como mestre Marc Bloch, simplesmente o historiador que, ao menos ao ver da historiografia atual, é o mais importante.

Muito interessante, Aracáno. Verei o livro.
Fico pensando se tais idéias fossem utilizadas para "modificar" O ensino de história, é claro uma idéia utópica, seria como atualizar nossa gramática; mas seria muito interessante, mudaria a maneira de pensar e de encarar os fatos, inclusive comparar o passado com o presente sob outros ângulos. Algo que , aliás, estamos tentando fazer neste tópico.
 
Também não concordo que a Idade Média tenha sido um atraso no desenvolvimento da humanidade... pelo contrário, muitas descobertas foram feitas, mas não amplamente divulgadas, permanecendo então ocultas nos monastérios e abadias (os quais, julgo eu, terem sido o grande cofre onde se guardou todo esse conhecimento). Essas descobertas vem a reaparecer somente no periodo chamado renascimento. esse periodo é taxado como uma época de descobertas, talvez tenham sido feitas sim muitas descobertas, mas grande parte delas são somente ressurgimentos de estudos e informações datadas da Idade Média, mas que, como citado anterirmente, permaneceram guardadas ou ocultas (talvez até mesmo para protege-las).

Quanto ao assunto sobre aquecimento global levantado anteriormente... gostaria de acrescentar uma informação: Exitem depósitos de Metano no fundo do mar (o metano é 60 vezes mais potente que o CO2 em termos de aquecimento global, então, 1 molecula de metano é equivalente a 60 de CO2), esses depósitos só estão lá devido a atual pressão que o mar possui... se houver o degelo (dos pólos) e aumentar o volume de água do mar, isso irá alterar também a pressão submarina, o metano irá ser liberado, o que irá aumentar muito o efeito estufa, e provavelmente dar-se-á inicia a um efeito estufa parecido com o do planeta Vênus.
Essa não é a unica hipótese, assistam o filme: "o dia depois de amanhã", fala sobre essas mudanças climaticas.

Se, como também ja foi citado, esse for um sinal da vinda de Melkor, e se com isso os Valar e o Elfos voltarem, talvez não seja conveniente que, depois da guerra nós também pudessemos ir para as Terras Imortais?... (é permitida a entrada de humanos?). No mais, que venham os Orcs, Balrogs, Dragões, etc.8-O
 
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Se, como também ja foi citado, esse for um sinal da vinda de Melkor, e se com isso os Valar e o Elfos voltarem, talvez não seja conveniente que, depois da guerra nós também pudessemos ir para as Terras Imortais?... (é permitida a entrada de humanos?). No mais, que venham os Orcs, Balrogs, Dragões, etc.8-O

Não é permitida a entrada de humanos nas Terras-imortais, mas seria legal conhecê-las =] . Nem os Valar sabem para onde "vão" os humanos depois que morrem, esta foi uma boa saída encontrada por Tolkien para esta questão.
 
Se, como também ja foi citado, esse for um sinal da vinda de Melkor, e se com isso os Valar e o Elfos voltarem, talvez não seja conveniente que, depois da guerra nós também pudessemos ir para as Terras Imortais?... (é permitida a entrada de humanos?). No mais, que venham os Orcs, Balrogs, Dragões, etc.8-O
Acho que nossa única certeza é a de que poderemos participar da segunda canção. Acho que você ainda não leu o Silmarillion, então cabe explicar que Eru convocou os valar para cantar a primeira canção. A partir dela, Eru criou Arda (Terra) e nela pôs os Primogênitos (elfos) e depois os Sucessores (homens). Aos elfos concedeo o direito de serem imortais e aos homens lhes deu um presente: a morte. Se a morte é um presente não acredito que devemos querer ser imortais. A imortalidade já é um fardo muito grande para os elfos. Não imagino que será cantado na segunda canção. Vou abrir um tópico pra que a gente possa colocar lá nossas idéias.
 
OK. Entendi tudo ... muito obrigado pela explicação, infelizmente ainda não li o Silmarillion, mas pretendo e espero ler em breve.
 
Exato Karnillë, mesmo parecendo utópico, é o que nós historiadores tentamos fazer, ensinar a história com olhos críticos, uma análise, um entendimento do passado, não um julgo, muito menos a iliusão que a sucessão de Reis e presidentes representem a história. O historiador (sujeito) não é isento, nem a fonte (objeto) é por si só uma representação do passado, devemos olhar passado em seu contexto, e lembrando que o fazemos por preocupações e idéias que nos movem hoje, em nosso contexto.
Mesmo parecendo "off-topic" essa nossa conversa, assim como você mesma disse, isso é muito importante até mesmo aqui no fórum. Evitar-se o trato ingênuo das fontes (no caso as obras de Tolkien e documentos do tipo), evitar crenças em verdades absolutas, que inexistem, deixar de pensar que simplesmente se responde uma questão ao mencionar um trecho da obra, pois isso seria a mesma ingenuidade que coloquei acima, pensar que o documento lhe fornece tudo, claro, ele fornece, mas perante as problematizações e colocações adequados, sem ingenuidades.
O documento não fala por si só, como já dizia Marc Bloch. =]
 
Pensando a questão da Eras, em outros tópicos, e indo em um argumento contra o póprio autor (carta 141, se não me engano), acho interessante colocar a questão já colocada em outro post:

A Terceira Era se situaria num momento de "auge" do Medievo, seguindo analogamente a idéia de Gioachinno da Fiore, temos as Três Eras cristãs para o Mundo, sendo a Era do Pai (da Criação), do Filho (momento da Encarnação) e do Espírito Santo (momento escatológico).
Sendo assim, contando os anos, da forma pela qual a variação temporal das Primeiras Eras deve ser levada em conta, teríamos que, a Primeira Era, em si, data do momento primordial, da Criação ao surgimento do homem (como pensavam os homens do medievo).
Desta forma, temos que entender que, a Primeira Era do Sol e da Lua, é muito mais recente a nossa história, e de duração significativamente mais curta que a Primeira Era das Árvores, por exemplo.
Ao fazer a datação, diria que, a Primeira Era das Árvores remontaria a milhões de anos atrás, enquanto a Era do Sol e da Lua, a poucos milhares, já com a existência humana.
A Segunda Era é o período "clássico" da humanidade, e a Terceira Era o medievo em si.
A Quarta Era inaugura, a Era dos Humanos, de fato, o período que alguns historiadores chamam de Idade Moderna. Dentro da idéia de Jacques Le Goff, ainda é o medievo, enraizado na sociedade por "n" fatores, sendo que para Le Goff a Idade Média dura dos séculos II e III d.C, até os séculos XVIII - XIX.

O que nos colocaria, hoje, de fato, na Quarta Era do Sol e da Lua, ainda.

É uma questão bem delicada, mas que não poderia deixar de colocar, já que meu querido colega Snaga deu a idéia. E ainda podemos dar continuidade a este tópico. =]
 
Jesus é Tom Bombadil!

kkkkkkkkkkk, não pude perder a piada, rs.

Gente, fantástico as suposições e idéias, simplesmente genial, é bom que Tolkien nos deixou muito material para "viajarmos"...

Parabéns pelo tópico, fantástico...
 

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