Éomer
Usuário
Toda palavra é chama. Queima na mente e mancha o papel. Incêndio. Se o fogo se espalha quem é capaz conter a palavra? Quem é capaz de prendê-la na frase? Eu não sou. Falo respiro amo escrevo. Nasço morro torno a viver na próxima página. Transfigurado. Deixo as palavras tomarem o comando. O sangue flui sem controle. Tinta. A marcha das palavras-soldado. Quem comanda? Quem é a melhor? Todas são dignas. Todas são necessárias. Todas me fazem bem. E todas me fogem se tento dominá-las. Elas tomam o controle e me guiam. Fecho os olhos e sigo confiante ao seu lado.
Qual será o tema escolhido? Qualquer um. Não me importo. Todos são válidos. Todos são importantes. Todos me encantam. Todos me servem se me sirvo deles de maneira sincera. O peregrino e sua jornada. O herói do filme antigo. O garoto que descobriu o amor. O velho desiludido. A mulher que acorda comigo e aquela que nunca terei. O solitário preso em sua concha. O amor que liberta. O místico em transe e o ateu. O soldado em batalha que, tresloucado, transpassa o peito inimigo. A mãe. O lavrador. A semente. Um cão. Cavalos, indomáveis tais quais as palavras. O nascimento e a morte. Amor alegria dor esperança sexo silêncio. Canção. Juntam-se agora a mim, até o fim do caminho. Sejamos felizes ou a derrota será nosso último tema.
Onde escreverei? Em todos os lugares. Tudo me servirá de papel. A rua por onde caminho. A areia da praia. A relva. O muro da escola. As paredes das casas. Minha pele. À casca das árvores destinarei palavras de amor. Coração e flecha, riscados a prego. Cada esquina uma página virada. Cada estrada uma linha sem fim. Mas acima de tudo escrevo minhas palavras na alma. Elas são minhas e de quem mais quiser. Já não podem fugir. Presas para sempre e livres, esquecidas ou não. Sempre poderão germinar. Universo inesgotável de possibilidades. Novas idéias fervilham e o ciclo recomeça. E quem pode deter a palavra que brota? Quem pode calar o grito que nasce? Emoção em forma de som. Força capaz de mudar o mundo. Pelo menos o meu próprio mundo.
E o texto prossegue. Em ritmo lento ou acelerado. Espero que nunca acabe. E se multiplique, por si só. Replicante. Resposta. Retorno. Verbo. Sujeito. Nunca ponto final... Às vezes palavra solitária, outras vezes vertente. Reticência. Mas é preciso que o texto termine ou recomece em um novo. Nova vida que inicia. Quem escreverá a próxima página?
Qual será o tema escolhido? Qualquer um. Não me importo. Todos são válidos. Todos são importantes. Todos me encantam. Todos me servem se me sirvo deles de maneira sincera. O peregrino e sua jornada. O herói do filme antigo. O garoto que descobriu o amor. O velho desiludido. A mulher que acorda comigo e aquela que nunca terei. O solitário preso em sua concha. O amor que liberta. O místico em transe e o ateu. O soldado em batalha que, tresloucado, transpassa o peito inimigo. A mãe. O lavrador. A semente. Um cão. Cavalos, indomáveis tais quais as palavras. O nascimento e a morte. Amor alegria dor esperança sexo silêncio. Canção. Juntam-se agora a mim, até o fim do caminho. Sejamos felizes ou a derrota será nosso último tema.
Onde escreverei? Em todos os lugares. Tudo me servirá de papel. A rua por onde caminho. A areia da praia. A relva. O muro da escola. As paredes das casas. Minha pele. À casca das árvores destinarei palavras de amor. Coração e flecha, riscados a prego. Cada esquina uma página virada. Cada estrada uma linha sem fim. Mas acima de tudo escrevo minhas palavras na alma. Elas são minhas e de quem mais quiser. Já não podem fugir. Presas para sempre e livres, esquecidas ou não. Sempre poderão germinar. Universo inesgotável de possibilidades. Novas idéias fervilham e o ciclo recomeça. E quem pode deter a palavra que brota? Quem pode calar o grito que nasce? Emoção em forma de som. Força capaz de mudar o mundo. Pelo menos o meu próprio mundo.
E o texto prossegue. Em ritmo lento ou acelerado. Espero que nunca acabe. E se multiplique, por si só. Replicante. Resposta. Retorno. Verbo. Sujeito. Nunca ponto final... Às vezes palavra solitária, outras vezes vertente. Reticência. Mas é preciso que o texto termine ou recomece em um novo. Nova vida que inicia. Quem escreverá a próxima página?
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