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Entre os Pilares de Vahadine

O bote metálico deslizava velozmente sobre as ondas de areia daquilo que um dia havia sido a Cidadela de Vahadine, o vento impulsionando com força as velas vermelhas com o símbolo dos Engenheiros de Mavi. Hatshu sorria satisfeita enquanto manobrava entre os estranhos pilares de vidro que se erguiam em todas as direções, vindos das profundezas do mar de poeira. ”Cidade dos Pilares”, era assim que o velho louco da Biblioteca de Rosetta chamava Vahadine em seus sonhos, e Hatshu estava certa de estar fazendo uma das maiores descobertas da década, porventura do século. Mas os segredos que se ocultavam ali não estavam desprotegidos, e a garota morena praguejou quando o bote subitamente estancou como se houvesse ficado preso em algo.

Rapidamente a proa começou a se erguer, deixando claro que a embarcação não havia simplesmente batido em algo inerte. Escorregando até o mastro no qual ficou apoiada, ela viu Tezla, seu guarda-costas clockwork, ser agarrado por um tentáculo amarelado e puxado em direção à popa, onde uma boca circular rodeada por dentes afiados aguardava por ele. Felizmente, Tezla se provou uma refeição indigesta, cravando sua espada de lâmina irregular na boca da criatura e gritando para a garota – Esse aqui é maior que os outros que encontramos lá atrás! Se não fizermos algo rápido vai engolir o bote inteiro! – Hatshu sabia exatamente o que fazer, vasculhando sua mochila com os olhos de âmbar e começando a montar uma espécie de canhão portátil com diversas peças mecânicas de latão.

-Espera aí! Agora não! Deixa eu sair daqui primeiro! – Tezla gritou em tom de alerta enquanto tentava se desvencilhar do monstro. Mas Hatshu respondeu apenas com um sorriso sádico, e ele teve certeza de ver aquela meio-ifrit de aparência tão dócil, com os cabelos prateados presos de maneira infantil, de repente assumir um ar diabólico quando ela gritou – LÁ VAI! – atirando diretamente na boca do monstro e levantando uma nuvem de poeira junto com a explosão. Tezla rodopiou por cima do bote de metal, caindo à frente dele e lá ficando com o rosto na areia, soltando um jato de vapor que deveria ter o mesmo efeito de um suspiro de frustração. Se levantando de onde havia caído sentada com o bote retornando à posição original, Hatshu atirou uma corrente para ele antes que o clockwork afundasse na areia solta. – Fica tranquilo, Tez! Tua perna ficou presa lá no bicho, mas pelo menos o problema tá resolvido. Vou lá pegar pra consertar…- mal acabando de dizer isso, ela ouviu o som da criatura mergulhando na poeira, fugindo com a perna de Tezla entalada na garganta. – Ih… acho que devia ter usado mais pólvora…

-Se eu for capaz de sentir ódio, Hatshu, pode acreditar que o estou agora… – respondeu Tezla enquanto se arrastava na areia.
 
Como gosto de narrativas que parecem sessões de RPG!! É o caso dessa? Mas por que tão curta? Também me encucou o fato do bote ter um MASTRO; afinal qual é o tamanho do barco?

Foi muito feliz em um insanamente breve texto esboçar com habilidade a longa relação de amizade entre as personagens. Ponto para você!
 

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