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Ensino a distância para formação de pesquisadores: dá liga?

yávië

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http://g1.globo.com/Noticias/Vestib...+NEGA+REGISTRO+PARA+FORMADOS+A+DISTANCIA.html

Conselho de Biologia nega registro para formados à distância

Conselho Federal de Biologia (CFBio) não reconhece como biólogo os profissionais formados em cursos de biologia ou ciências biológicas ministrados à distância. A determinação do CFBio que "veta expressamente" o registro desses profissionais foi publicada em uma resolução nesta terça-feira (3) no Diário Oficial da União.

Veja a resolução aqui

Sem o registro é proibida atuação em laboratórios ou exercer funções em atividades de campo e pesquisa em biologia.

Silvana Veronese, de 44 anos, fez a faculdade à distância e já sentiu problemas. Ela terminou o curso de licenciatura em biologia em 2006 e teve o registro profissional rejeitado pelo conselho, antes mesmo da resolução ser publicada pelo CFBio.

"Levei toda a documentação necessária e tive uma surpresa bastante desagradável quando a atendente disse que pelo fato de eu ter feito curso superior à distância eu não teria direito ao registro profissional", conta Silvana, que é formada pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) por meio do Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj).

http://forum.valinor.com.br/Noticias/Vestibular/foto/0,,14822372-EX,00.jpg Reprodução/Diário Oficial da União
A resolução 151 do Conselho Federal de Biologia (Foto: Reprodução)

Carga horária x aulas práticas
Segundo Wlademir João Tadei, presidente do Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (que inclui São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), a decisão do CFBio foi tomada depois que alguns recém-formados em cursos de licenciatura à distância começaram a procurar os conselhos regionais para conseguir o registro profissional.

A autorização para trabalhar é concedida normalmente para alunos formados na modalidade de licenciatura em cursos presenciais.

"Não dá para um profissional de curso à distância ter as mesmas atribuições de um profissional formado em um curso presencial. Se ele quiser dar aulas para alunos dos ensinos fundamental e médio, tudo bem, pois aí ele não precisa do registro. O que não pode é ele querer exercer a função de biólogo em atividades de campo, pesquisa, laboratórios", disse Tadei.

De acordo com Tadei, o CFBio tem como foco principal a questão da carga horária dos cursos à distância e o fato de eles não possuírem aulas práticas. "Ter um laboratório é fundamental para o aprendizado, para exercitar a prática. E isso é impossível no ensino à distância, pois a carga horária desses cursos é bem reduzida. O nosso objetivo é preservar a atividade profissional e formar um profissional com qualidade."

Mínimo de 2.800 horas
Segundo o presidente, o Conselho Nacional de Educação (CNE) exige que um curso tenha carga horária de 2.800 horas para ser reconhecido. Essa carga horária, segundo ele, é insuficiente. "O CFBio vai encaminhar uma proposta para o MEC [Ministério da Educação] para que a carga horária dos cursos seja de, no mínimo, 3.600 horas e que eles tenham quatro anos".

A professora Masako Oya Masuda, presidente do Cederj, disse que já entrou em contato com o MEC para reverter a situação, já que os cursos de educação à distância são reconhecidos pelo MEC assim como os cursos tradicionais.

Além disso, segundo Masako, o Cederj tem aulas práticas obrigatórias (com ensino presencial) e a carga horária do curso é de 3.300 horas - bem acima do mínimo recomendado pelo CNE. "Certamente essa exclusão vai criar um problema no mercado e precisamos reverter isso. Não entendo como um conselho profissional possa estar acima de uma regulamentação de ensino", disse a professora.

A Secretaria de Educação a Distância (Seed) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o MEC não concorda com a medida do CFBio e que já estuda medidas jurídicas para reverter a situação.

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(Após publicação da reportagem, muitos leitores questionaram o uso da crase em à distância. As construções "educação à distância" e "educação a distância" estão
corretas.


Segundo o professor Sérgio Nogueira, consultor de língua portuguesa da Rede
Globo, este é um caso polêmico, pois existem autores/gramáticos que defendem
que esta construção não tem crase e outros que defendem seu uso. O professor
Adriano da Gama Kury, por exemplo, é um dos gramáticos que defende o uso da
crase neste tipo de frase.

Diante da divergência, o Manual de Redação da Globo recomenda o uso da
crase. Portanto, as duas formas estão corretas.)


Bom, queria saber o que vcs acham dessa notícia.. se é justo vetar que esses profissionais tenham atividade de pesquisa, subestimando-os, ou se isso não está certo, pois não é a casa da mãe joana que qualquer um pode chegar e ir fazendo...

Queria dizer também que, até onde eu saiba, a criação destes cursos a distância foi pensada justamente para melhorar a formação de professores, principalmente em lugares de difícil acesso e acho isso um objetivo muito válido. Mas é possível transpor esse objetivo/limite?

Vale lembrar também que ainda assim é Universidade Pública e os professores do curso são os mesmos que os meus (no caso, fiz o curso presenecial tradicional) e os alunos fazem vestibular - porém um vestibular dedicado para essas vagas.

Ainda ressalto que há sim obrigatoriedade de presença em uma carga horária X e aulas práticas e etc, porém aulas práticas ao meu ver, mais para poder utilizar nas próprias aulas que serão administradas futuramente pelo aluno, do que para fazer pesquisa. Mas não posso garantir, pois não tenho certeza.

Torna pública a abertura das inscrições e regulamenta o Processo Seletivo para ingresso nos seguintes cursos de graduação do programa Universidade Aberta do Brasil, oferecidos pela Universidade Federal de Santa Catarina: Bacharelado em Administração, Licenciatura em Ciências Biológicas, Bacharelado em Ciências Contábeis, Bacharelado emCiências Econômicas, Licenciatura em Filosofia, Licenciatura em Letras Espanhol e Licenciatura em Letras Português. São 2370 vagas distribuídas em pólos de apoio presencial em oito Estados brasileiros - Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.


Bem, aqui está a parte dedicada a ensino a distância da minha universidade, que trás, colado a seguir, o seguinte objetivo:
http://www.ead.ufsc.br/biologia/como-e-o-curso/

Como o próprio nome e título diz: Licenciatura.


OBJETIVOS DO CURSO
Tem como OBJETIVO GERAL habilitar professores para a Educação Básica e conseqüentemente a melhoria do ensino fundamental e médio, visando ao pleno exercício de sua atividade docente, em consonância com as exigências de uma sociedade em transformação. A meta é garantir o desenvolvimento de atividades pedagógicas reflexivas e investigativas, fornecendo instrumentos básicos para o exercício profissional, tendo por base o princípio de que a formação do educador é um processo contínuo.


E aí? É possível a extrapolação?
 
Cursos à distância não funcionam em todas as culturas. Infelizmente no nosso país, as pessoas não se dedicam em cursos ministrados em salas de aula, quanto mais à distância. Querem só o diploma. Mas muitos estudantes 'AD' se dedicam e passam a ser ótimos profissionais.

Mas acho que também envolve o curso. Cursos da área da saúde (como Biologia), exige bastante prática em campo. Sou estudante de Nutrição e acho que 'AD' pode prejudicar um pouco na formação.
 
Eu acho que tudo se passa de uma questão de criação de regras.

Aulas práticas tem que ser presenciais. Então basta regulamentar qual a carga horária exigida para cada atividade prática e pronto. O resto pode ser sim a distancia.

Eu fiz o curso presencial, matei aula, não estudei, não aprendi e me formei. Ser a distancia ou não é claro que influencia, mas não é a maior influencia.

Eu só defendo a transparencia. Na hora de imprimir o diploma ou a carteirinha do conselho basta informar que o curso é a distancia.

Para empregos publicos, oriundos de provas, já existe teste de conhecimento que atesta ou não a aptidão do candidato em exercer tal função. No mercado de trabalho o próprio crivo de currículos se dará suficiente caso houver uma clara inaptidão daqueles que completarem o curso AD.

Em geral, tais atitudes de conselho não passa de um mero protencionismo.
 
Educação é uma coisa muito séria. Alguém precisa avisar ao governo isso.
Não posso imaginar um médico que teve aulas de anatomia em um computador, um historiador ou cientista social que formou-se sem debates em sala de aulas, ou mesmo um químico que nunca tocou em um instrumento de laboratório.
Aulas presencias não é uma mera opção e, sim uma necessidade da demanda do curso.
Quanta a argumentação de que "se ela quiser dar aulas no ensino médio, tudo bem...", é outro equivoco, sala de aulas forma gerações de futuros profissionais, não é para qualquer um, não é para quem leu meia dúzia de livros, mas para quem se preparou para enfrentá-la.
Fico abismado com a falta de seriedade das autoridades quando cuidam desse assunto.
Quanto a quem já se formou, poderiam-se aplicar testes como já faz a OAB para os formados em direito que desejam exercer a profissão de advogado.
 
Que nada! Brasileiro só quer saber do diploma. Na prática, já é um tormento o pessoal se concentrar e se esforçar....à distância, então...
Não, acho que essa proibição é válida sim. O controle social pode vir a funcionar neste caso.
 
Está certo o colocado. Só trabalhei com o geral, não me atendi aos específicos: assim é possível dar conta de maior demanda no Brasil.:D

Na verdade "cada caso é um caso e assim devem ser analisados" é uma resposta que a minha namorada inventou, para a gente parecer inteligente, mesmo não sacado nada do assunto ^^
 

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