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Enem 2005

Vocês já viram aqueles testes americanos similares ao Enem? Pois então. Eles são toscos também, justamente porque o objetivo é avaliar o básico mesmo.
 
Eu continuo vendo 12 pessoas... tem uma meio escondida, meio que se misturando com a do lado. E eu também esqueci o título da redação, mas dane-se... não conta pro vestibular...

Quanto a não ajudar muito no vestibular, pra mim pelo menos vai ajudar bastante. Minha nota de corte na Fuvest deve ser uns 71... com o Enem (tirei 58), acertando 66 questões já passo pra segunda fase... 5 questões é uma boa diferença...
 
Acertei uns 57 ou 58 (eu não quis ficar esperando até as 5 da tarde pra sair com a prova). Se a nota de corte do meu curso na fuvest não se alterar (74 ano passado) eu preciso tirar uns 71 pra passar na primeira fase.
E tem uns 3 gabaritos que podem ser contestados
 
Mas na fuvest a nota da primeira fase com para a segunda, passar em cima da nota de corte te deixa em uma grande desvantagem contra os que tiraram notas mais altas. Cuidado com isso.
 
Eu tou no segundo colegial, fiz e acertei 44. Acho que está bom, para o começo.

Tipo, eu acho legal fazer essas provas agora, ae a gente já vai acostumando e vendo como é o esquema dos vestibas.
 
Bagrong disse:
Tipo, eu acho legal fazer essas provas agora, ae a gente já vai acostumando e vendo como é o esquema dos vestibas.

Nesse caso, talvez seja melhor fazer um vestibular em uma instituição para ver como realmente é. O ENEM tem algumas similaridades, mas não é um espelho fiel do vestibular. Aliás, de uma edição para outra o vestibular muda drasticamente (benditos bancos de perguntas :lol:)... É uma loteria, mas graças à queda na qualidade do ensino básico, o nível do vestibular em breve vai estar bem próximo ao do ENEM :eek:, e os primeiros passos já foram dados nesse caminho...
 
Erulasto disse:
É uma loteria, mas graças à queda na qualidade do ensino básico, o nível do vestibular em breve vai estar bem próximo ao do ENEM :eek:, e os primeiros passos já foram dados nesse caminho...

bem... não vai fazer a menor diferença então ir para a universidade se for assim... :roll:
 
Primula,

a diferença na Universidade, e que já venho notando, é que nós vamos ter que fazer o que foi deixado para trás na educação básica. É inadmissível um aluno chegar na Universidade, em um curso de exatas, sem saber como encontrar as raízes de uma equação de segundo grau (na minha época, coisa da 8a. série do E. Fundamental). Agora, se o vestibular não se adequar ao conhecimento dos ingressantes, quem vai ter acesso ao ensino superior? (Já sei que tem algumas que até analfabeto é aprovado, não vamos apelar :lol:)

Não digo que a culpa seja dos professores que nos antecedem, pois já vi que são muito pressionados para não reprovar muitos alunos (nas escolas públicas e privadas), coisa não muito diferente de faculdades particulares. Também não possuem material didático decente e o ensino foi voltado para domar o bicho-papão do vestibular. Enquanto essa estrutura não for quebrada, vai ser difícil fazer qualquer coisa. E em vez de melhorar, surge a doutrina da vida fácil (ou teoria da "passação", como meu ex-professor de Matemática no colégio chamava): aluno não é retido, passa, faz uma dependência aqui, finge que aprendeu ali e todo mundo aplaude os baixos números de repetência, evasão, analfabetismo... Desisto. Somos números, uma mera estatística.

Edit: vi agora a pouco um novo tópico que Primula iniciou: http://www.valinor.com.br/forum/showthread.php?t=38220
Vale a pena ler... Muito bom o post e o site indicado :think:
 
Última edição:
Erulasto disse:
Primula,

a diferença na Universidade, e que já venho notando, é que nós vamos ter que fazer o que foi deixado para trás na educação básica. É inadmissível um aluno chegar na Universidade, em um curso de exatas, sem saber como encontrar as raízes de uma equação de segundo grau (na minha época, coisa da 8a. série do E. Fundamental). Agora, se o vestibular não se adequar ao conhecimento dos ingressantes, quem vai ter acesso ao ensino superior? (Já sei que tem algumas que até analfabeto é aprovado, não vamos apelar :lol:)

Não digo que a culpa seja dos professores que nos antecedem, pois já vi que são muito pressionados para não reprovar muitos alunos (nas escolas públicas e privadas), coisa não muito diferente de faculdades particulares. Também não possuem material didático decente e o ensino foi voltado para domar o bicho-papão do vestibular. Enquanto essa estrutura não for quebrada, vai ser difícil fazer qualquer coisa. E em vez de melhorar, surge a doutrina da vida fácil (ou teoria da "passação", como meu ex-professor de Matemática no colégio chamava): aluno não é retido, passa, faz uma dependência aqui, finge que aprendeu ali e todo mundo aplaude os baixos números de repetência, evasão, analfabetismo... Desisto. Somos números, uma mera estatística.

Edit: vi agora a pouco um novo tópico que Primula iniciou: http://www.valinor.com.br/forum/showthread.php?t=38220
Vale a pena ler... Muito bom o post e o site indicado :think:
Concordo com você, Erulasto. Esse sistema de cotas não serve para nada além de impedir que pessoas melhor qualificadas ingressem na universidade, favorecendo "estudantes" que mal sabem respoder uma questão dissertativa, quanto mais escrever uma redação. Não me levem a mal, não tenho nenhum preconceito em relação a alunos de escola pública. Eles não têm culpa de receber o tipo de educação que recebem. Reconheço que existem pessoas que realmente se esforçam, mas, infelizmente, são minoria absoluta. Os resultados da primeira leva dos que entraram por cotas já está aparecendo. A maioria desiste no 1º ano. Vagas que poderiam ter sido ocupadas por estudantes melhor qualificados, vejam vocês!

O discurso de que "realmente, não é a solução ideal, mas medidas paliativas são necessárias" é falacioso. São necessárias medidas paliativas na fonte, não na foz! Não adianta dar comida, é preciso fornecer meios para se alimentar!

Por que os governantes não tomam medidas para reformar o ensino fundamental? Porque os resultados só vão aparecer daqui a 10 anos, quando o mandato do dito cujo já tiver acabado. Então, o ocupante do cargo, aproveitando-se da curta memória política do brasileiro, inundará a mídia de "no meu mandato a educação nunca progrediu tanto". Aí entram as estatísticas e os gráficos coloridos para surpreender o povo. E isso me enoja.
 
Lembre-se que mesmo os aprovados pelo regime de cotas têm de obedecer à nota de corte e concorrem entre si. Eles apenas ocupam as vagas de outros possivelmente mais qualificados (o que resulta em pouquíssimo prejuízo para a faculdade), mas de forma alguma são incapazes de sobreviver no ensino superior, como você insinuou. Exceto quando os vestibulares realmente não selecionam, o que é problema de quem cria e/ou avalia as provas. Mas eu sou contra as cotas. "Preconceito positivo" não tem vez na minha cabeça, é apenas mais uma forma de discriminação. E inconstitucional, aliás.

Mas isto também é assunto para outro tópico, acho. ;)

E quando ao que lhe enoja, chama-se democracia. :mrgreen:
 
Eö Calmcacil disse:
Concordo com você, Erulasto. Esse sistema de cotas não serve para nada além de impedir que pessoas melhor qualificadas ingressem na universidade, favorecendo "estudantes" que mal sabem respoder uma questão dissertativa, quanto mais escrever uma redação. Não me levem a mal, não tenho nenhum preconceito em relação a alunos de escola pública. Eles não têm culpa de receber o tipo de educação que recebem. Reconheço que existem pessoas que realmente se esforçam, mas, infelizmente, são minoria absoluta. Os resultados da primeira leva dos que entraram por cotas já está aparecendo. A maioria desiste no 1º ano. Vagas que poderiam ter sido ocupadas por estudantes melhor qualificados, vejam vocês!
Mas nesse ponto aqui eu discordo de você :lol: O sistema de cotas não é a melhor solução, mas não o culpo. Nem culpo as escolas públicas em si (estudei durante toda a minha vida em escolas públicas, do pré-escolar à pós-graduação e posso lhe garantir que muita coisa é boato). No ensino básico estamos com problemas sim, mas é mais politico do que qualidade (no meu colégio nós comprávamos os livros didáticos desde a 7a. série ao 3o ano), hoje, pelo menos em MG, os estudantes recebem um material não tão ruim no Ens. Médio. Os professores, em sua maioria, são os mesmos que eu deixei em (bom, deixa pra lá esse negócio de datas, certo? 8-)). Então, o que estragou? Uma política de vamos erradicar a reprovação, sussurrada de canto em canto, para fazer números. Alunos que enfrentam professores de forma intimidativa (principalmente nas turmas noturnas).

E sou contra qualquer um dizer que o aluno abandona o curso é menos qualificado. :disgusti: Talvez você não conheça a realidade do ensino superior. De qualquer modo, nas escolas públicas, as vagas não ficam abertas por muito tempo (transferências internas e externas, alunos de convênio internacional, etc.). Estou em uma Universidade que tem um dos maiores programas de apoio ao estudante, na forma de bolsas-atividade (cumprir uma carga horária na instituição e receber alojamento - não um hotel cinco estrelas, mas melhor que não ter onde ficar -, alimentação subsidiada, uma bolsa de 150,00 que mesmo pequena auxilia muito). Esse programa reduziu muito o número de evasões. Eu mesmo supervisiono 10 alunos nessas condições. O que faz as pessoas abandonarem não é capacidade ou ausência dela, mas a dificuldade em manter-se fora de casa, pagando aluguel, xerox, alimentação, transporte, etc. Nas particulares, eu não atribuo a falta de qualidade em muitas delas ao quadro docente, nem a recursos (possuem muito mais que nós nas públicas, em alguns casos), mas um aluno que muitas vezes chega cansado do trabalho não vai se dedicar com o mesmo entusiasmo que alguém completamente descansado. Muitos inclusive enfrentam algumas horas de ônibus, van ou qualquer outra condução para poder fazer seu curso. Não são incompetentes, são guerreiros que tombaram numa batalha desumana, eu diria, mesmo sem generalizar.

Mas não vamos discutir cotas, pois nesse aspecto Morpheu tem razão. Por outro lado, o ENEM visa em primeira instância (ou pelo menos foi essa a concepção original) avaliar o ensino médio e essa discussão é pertinente sim, sob meu ponto de vista. Estou depois da porta do vestibular que o ensino médio tenta empurrá-los e minha experiência com calouros mostra que tem muita coisa que precisa mudar.

Se não pudemos mudar a legislação, então fica um conselho: leiam o tópico de Primula que citei e, se querem ser alguém na vida, comecem agora, antes de fazer o vestibular. Não desperdice oportunidade, escola não faz aluno. Tenho alunos de escolas públicas com mais brilhantismo que alunos que vieram com as "grifes" Pitágoras, Anglo, etc., etc., ... Não me considero um sucesso, mas com certeza, não sou um fracassado. Isso pode parecer rude no início, mas alguém ainda vai se lembrar das minhas palavras algum dia (e espero que não seja com amargura) :joy:
 
Última edição:
Umm, Cotas de novo? :gira:

Eu preciso falar que sou totalmente a favor do sistema de Cotas? Pois bem, eu sou.

Expliquem com que base vocês insistem em nivelar por baixo alunos que usaram de Cotas para participar do Ensino Superior? Alguns fazem parecer que um analfabeto funcional ou algo do tipo vai chegar a Faculdade de Medicina... Quando alguns artigos recentes comprovam que para um aluno de Escola Pública ingressar em tal Curso teria que praticamente gabaritar um Exame de nível superior ao Enem. (y)

Mais inconstitucional do que qualquer outra coisa é a segregação ocasionada pelo desnivelamento social progressivo.

É um pensamento óbvio, evidente, estampado com letras garrafais em todos os meios de comunicação durante todos os dias. Paulo Renato passou OITO anos "reformando" o Ensino Fundamental, diz ele que acabou. Jóia. Ao fim do governo FHC o Ensino Fundamental promoveu um nivelamento entre Classe média alta e Classes mais baixas (predominantemente composta por negros, isso é fato)? Não, claro que não! Mais quanto tempo (tempo que NÃO temos) vamos perder até que algo se faça em todos os níveis de Ensino? É isso que tem que se entender, Cotas são medidas EMERGENCIAIS e que devem ser feitas paralelas a reestruturação dos níveis Fundamental e Médio, ou daqui a 30 anos não existirá Reforma Educacional que corrija a desigualdade social.

Vale lembrar *de novo* que os Estados Unidos passaram por situação semelhante há 30 anos, as Cotas inflaram a classe média e consumidora de Negros segregados anteriormente, foram fator importante para a superação de "n" crises ciclicas do Capitalismo estadunidense, etc e mais etc...

Ou seja, não é um delírio. É algo já experimentado e que pode sim dar resultados.
 
Vale lembrar *de novo* que os Estados Unidos passaram por situação semelhante há 30 anos, as Cotas inflaram a classe média e consumidora de Negros segregados anteriormente, foram fator importante para a superação de "n" crises ciclicas do Capitalismo estadunidense, etc e mais etc...

Ou seja, não é um delírio. É algo já experimentado e que pode sim dar resultados.

Vale lembrar que o sistema de escolha de universitários nos Estados Unidos é completamente do sistema brasileiro. E isso me lembra aqueles discursos que terminam "deu certo lá, vai dar aqui também".
 
Na verdade a idéia é a mesma.

Usou-se dum critério x aonde uma percentagem y de negros foram aceitos.
 
O que digo é que a faculdade escolhe "quase" a dedo e negros podiam ser excluídos mesmo tendo notas muito boas. Foi para evitar isso, que acontecia demais.
Aqui se ele tirar nota boa, ele entra na universidade.
 
Lordpas disse:
Umm, Cotas de novo? :gira:

Eu preciso falar que sou totalmente a favor do sistema de Cotas? Pois bem, eu sou.

Expliquem com que base vocês insistem em nivelar por baixo alunos que usaram de Cotas para participar do Ensino Superior? Alguns fazem parecer que um analfabeto funcional ou algo do tipo vai chegar a Faculdade de Medicina... Quando alguns artigos recentes comprovam que para um aluno de Escola Pública ingressar em tal Curso teria que praticamente gabaritar um Exame de nível superior ao Enem. (y)

(...)

Ou seja, não é um delírio. É algo já experimentado e que pode sim dar resultados.

Lordpas, concordo com você, vejo como uma medida para sanar um problema que pode dar certo sim. Mas vejo como um paliativo, precisamos de uma reforma no ensino de verdade. A LDB em 1996 foi um começo, mas é óbvio que ninguém quer uma população além do nível "sabe ler, escrever e fazer contas", pois um cidadão crítico seria difícil para se convencer com discursos espúrios.

E como já disse antes, não nivelo por baixo nenhum aluno vindo por meio de cotas ou de escolas públicas. Se o aluno quiser, pode se destacar em qualquer área de seu curso. As duas coisas que dificultam isso são: o aspecto cultural (muitos calouros chegam pensando que o professor vai carregá-los nos braços e não vai reprová-los se não mostrarem o mínimo de habilidade necessária) e a formação básica (que já disse anteriormente). Vencidos os dois (e quanto antes, melhor), encontramos preciosidades (como um aluno que tenho que no terceiro período, antes de fazer "Redes" e "Eletrônica", já construiu um robozinho no laboratório, acionado por um controle remoto e capaz de seguir uma trilha indicando um percurso). Alunos como esse é que mantêm minha esperança que o trabalho do educador não é em vão.
 
Como eu disse antes... não se trata de ser paliativa ou não. É emergencial e deve ocorrer simultâneamente a uma Reforma de Base.
 
Morpheu disse:
E quando ao que lhe enoja, chama-se democracia. :mrgreen:
Por isso que quando meu amigo concretizar o golpe de Estado nós vamos acabar com essa mazela. :issoaih:

Calma, gente, só tou brincando... :mrgreen:

Erulasto disse:
E sou contra qualquer um dizer que o aluno abandona o curso é menos qualificado.
Eu nunca disse isso. Eu disse que os alunos que entram pelas cotas acabam abandonando o curso por falta de base. E ainda fiz ressalvas:
Eö Calmcacil disse:
Reconheço que existem pessoas que realmente se esforçam, mas, infelizmente, são minoria absoluta.

VihVs_ disse:
O que digo é que a faculdade escolhe "quase" a dedo e negros podiam ser excluídos mesmo tendo notas muito boas. Foi para evitar isso, que acontecia demais.
Aqui se ele tirar nota boa, ele entra na universidade.
Exatamente. Lá nos EUA, o vestibular é unificado, o tal do SAT (Scholastic Achievement Test). O ENEM deles seria o PSAT (Pre-SAT). O pessoal faz o teste e recebe uma pontuação, a qual eles enviam para as universidades que desejam, como se estivessem se candidatando a uma vaga de trabalho. As universidades, então, enviam respostas, mesmo aos que não foram selecionados.

Lordpas disse:
deve ocorrer simultâneamente a uma Reforma de Base.
O problema, Lordpas, é que essas reformas não estão acontecendo. Daqui a pouco isso já vai estar tão enraizado na nossa cultura que não terá mais caráter de medida emergencial, e sim de reforma.
 

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