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Em Mesquita
Noite, Nove e quarenta de uma quinta
Capitão Teles, esquina com R. Hercília
Encontrou-se a Poesia
A Suprema Poesia
Aquela com que todos nós, poetas, sonhamos
Keats, Drummond, Cecília
Eu
Você acredita?
Você acredita?
Ela, a toda falsidade alheia
De mil disfarces ainda princesa
Per-fei-ta?
Foi em Mesquita.
Foi num bar.
Numa mesa de bar
Embora o pai dos versos
Não beba, nem fume
A viu nascer luz pouca
Ilegal, de gambiarra
E seu primeiro leito único
foi o papel do cigarro.
Nasceu pegada na cara de um gato
Placar vitorioso de jogo de baralho
Quando o pai a olhou
Ela viu que ele franzia.
Pobre, desditosa e esculachada
Enjeitada, amassada e abortada
Nasceu a perfeita poesia
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Em Mesquita
Noite, Nove e quarenta de uma quinta
Capitão Teles, esquina com R. Hercília
Encontrou-se a Poesia
A Suprema Poesia
Aquela com que todos nós, poetas, sonhamos
Keats, Drummond, Cecília
Eu
Você acredita?
Você acredita?
Ela, a toda falsidade alheia
De mil disfarces ainda princesa
Per-fei-ta?
Foi em Mesquita.
Foi num bar.
Numa mesa de bar
Embora o pai dos versos
Não beba, nem fume
A viu nascer luz pouca
Ilegal, de gambiarra
E seu primeiro leito único
foi o papel do cigarro.
Nasceu pegada na cara de um gato
Placar vitorioso de jogo de baralho
Quando o pai a olhou
Ela viu que ele franzia.
Pobre, desditosa e esculachada
Enjeitada, amassada e abortada
Nasceu a perfeita poesia
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