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Ou seja, a chamada 'tradição democrática' é um unicórnio rosa.
Vamos explicar o que está acontecendo na PUC - Pontifícia Universidade Católica - em 6 pontos genéricos. Eis aí (há muitos detalhes pressupostos, mas o grosso é isso):
1. Na PUC, por determinação do Estatuto da Universidade e do Regimento da Fundação São Paulo, o Reitor é escolhido, em última instância, pelo cardeal, presidente da FUNDESP e Grão-Chancelar da Universidade.
2. Para tanto, há uma "consulta à comunidade acadêmica", comumente chamada de "Eleição".
3. Dessa "consulta à comunidade acadêmica" se retira uma "lista tríplice" e dessa lista o cardeal - por razões que lhe são asseguradas pelo próprio estatuto - escolhe o reitor.
4. Acontece que, ao longo dos últimos trinta anos, tornou-se costume escolher o primeiro nome da lista, dando a impressão equivocada de que a "consulta à comunidade" se configurasse uma "eleição" em termos de "democracia direta".
5. A ideia de que a consulta fosse uma eleição era tão forte que os candidatos, entre eles, assinavam um carta de compromisso garantindo que não aceitariam a nomeação em caso de o cardeal não escolher o primeiro. No entanto, tal documento não tem nenhuma validade assegurada no estatuto.
6. Nesse ano, numa atitude inesperada, o cardeal resolveu não escolher o primeiro da lista tríplice, mas o último. E, pra piorar, a candidata nomeada pelo cardeal tomou posse, mesmo assinando a lista de compromisso. Esses dois atos - cardeal não indicar o primeiro da lista e a nomeada assumir a reitoria - deu uma puta má-impressão na comunidade acadêmica, já que ele quebrou uma "suposta tradição democrática".
Francisco Westvleteren-Trappist Razzo
Ou seja, a chamada 'tradição democrática' é um unicórnio rosa.
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