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Em decisão histórica, OMS defende uso da vacina contra a malária para crianças

Fúria da cidade

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Foto: Brian Ongoro (Getty Images)

A luta contra a malária, uma das piores doenças do mundo há décadas, deve ficar mais fácil. Tudo porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) endossou o uso de uma vacina contra a malária desenvolvida pela GlaxoSmithKline, a primeira a ganhar aprovação. O imunizante será recomendado para crianças na África Subsaariana e outras áreas de alto risco, o esquema vacinal será de quatro doses a partir dos cinco meses de vida.

A malária é uma infecção transmitida por mosquitos e causada por pelo menos cinco espécies do parasita Plasmodium. A maioria das infecções tem ligação com o Plasmodium falciparum e com o Plasmodium vivax, sendo o primeiro deles causador da maioria dos casos na África. Os primeiros sintomas da doença tendem a ser leves e incluem febre, dor de cabeça e calafrios. Mas a malária P. falciparum pode causar danos graves aos órgãos e morte se não tratada, especialmente em crianças mais novas.

Os casos e mortes por malária diminuíram nas últimas décadas, graças a programas dedicados de controle e tratamento de mosquitos. Mas ainda havia 229 milhões de casos em todo o mundo em 2019, junto com cerca de 400 mil mortes — número que faz a doença ficar atrás apenas da tuberculose na lista de doenças infecciosas mais mortais. A Covid-19, desde então, superou a malária — e, provavelmente, também a tuberculose nos últimos dois anos. O progresso precário contra a malária foi ameaçado ainda mais pelo surgimento de resistência a inseticidas entre as fêmeas do mosquito Anopheles, os vetores da doença.

A ameaça contínua da infecção aumentou a necessidade da criação de uma vacina infantil. Mas, desenvolver um imunizante contra um organismo complexo como um parasita provou ser muito mais difícil do que para bactérias e vírus, já que por décadas os cientistas não conseguiram. Não até agora.

“Este é um momento histórico. A tão esperada vacina contra a malária para crianças é um avanço para a ciência, a saúde infantil e o controle da doença”, disse o Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom, em um comunicado anunciando o endosso da vacina. “Usar esta vacina além das ferramentas existentes para prevenir a malária pode salvar dezenas de milhares de vidas jovens a cada ano.”

Apesar das boas notícias, a vacina da GlaxoSmithKline, que atualmente tem o codinome RTS, S/AS01, mas será nomeada como Mosquirix, tem eficácia modesta. Nos ensaios clínicos avaliados para aprovação da OMS, constatou-se que ela previne cerca de metade dos casos graves causados pela malária P. falciparum. Mas esse nível de eficácia só foi observado no primeiro ano de vacinação. No quarto ano, a proteção havia diminuído para níveis muito baixos. Com eficácia de aproximadamente 55%, a vacina atende ao mínimo necessário para aprovação da OMS.

Um grande estudo deste ano descobriu que uma combinação da vacina e medicamentos antimaláricos pode reduzir em 70% o risco de doença grave e morte, um percentual muito mais atraente para programas de saúde pública. Mesmo assim, um estudo projetou que a vacina evitaria milhões de casos e mais de 20 mil mortes anualmente na África Subsaariana se fosse amplamente implantada.

Como outras vacinas criadas anteriormente, a Mosquirix também pode representar o primeiro passo para vacinas mais eficazes no futuro. Já existem vários outros candidatos em desenvolvimento, incluindo uma vacina da Moderna que conta com a mesma plataforma de mRNA do imunizante da Covid-19, grande sucesso da empresa.

 

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