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Eletricidade sem fio começa a sair do papel

Fúria da cidade

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Quem nunca passou pelo inconveniente de precisar usar um equipamento eletrônico e não poder porque a bateria acabou e o carregador não está à mão, ou não existe nenhuma tomada por perto? Não seria ótimo se fosse possível dispensar os fios na hora de ligar o aparelho ou mantê-lo conectado à rede elétrica?

Se você acha que a ideia é coisa de filme de ficção científica, saiba que a tecnologia de eletricidade sem fio existe e, apesar de incipiente, está avançando. Hoje já é possível recarregar o celular, o iPod e outros equipamentos eletrônicos sem ter de ligá-los à tomada ou ao computador. Transformar a bancada da cozinha ou a mesa do escritório em uma grande tomada, à qual bastará sobrepor um dispositivo eletrônico - um liquidificador ou uma cafeteira, por exemplo - é só uma questão de tempo.

Entraves
A padronização do sistema de eletricidade sem fio, um passo essencial para sua adoção em larga escala, está em curso por meio do Wireless Power Consortium, que reúne 21 empresas. Entre os integrantes da iniciativa estão Research In Motion (RIM), a fabricante do celular BlackBerry, e a Energizer, dona das pilhas de mesmo nome. Outras companhias, como Texas Instruments, Intel e RCA pesquisam meios para tonar esses cenários em realidade.

As companhias americanas Pure Energy e Powermat já vendem dispositivos que ainda não dispensam totalmente os fios, mas indicam essa tendência. Os produtos estão disponíveis em redes de varejo nos Estados Unidos e na Europa a preços que variam entre US$ 29,99 e US$ 99,99, dependendo do tipo e do modelo de aparelho que será carregado.

Em linhas gerais, trata-se de uma espécie de adaptador que é colocado na parte externa de um celular ou iPod, por exemplo. Esse plug permite que os aparelhos sejam recarregados quando colocados em cima de uma base que vem junto com o kit. Essa base precisa estar conectada à energia elétrica.

Para dar o passo seguinte e eliminar o adaptador, a Pure Energy e a Powermat vêm trabalhando com os fabricantes de eletrônicos para embutir a tecnologia nas baterias ou dentro dos dispositivos. Em setembro do ano passado, a Dell lançou o notebook Latitude Z, que vem com uma base para recarga sem fio. O modelo custa entre US$ 2 mil e US$ 2,4 mil no site da empresa nos EUA.

Segundo Kevin Kruse, vice-presidente global de vendas da Powermat, a empresa já tem acordo com a RIM, e conversa com outros fabricantes para que eles também integrem a eletricidade sem fio a seus produtos. O Brasil está nos planos da companhia, diz o executivo, sem adiantar os detalhes da operação.

Avanços
O estágio considerado ideal, no entanto, é permitir que a transmissão seja feita inteiramente pelo ar, sem a necessidade de adaptadores ou bases de contato. Várias companhias estão investindo nesse tipo de pesquisa. Em 2008, a Intel apresentou um protótipo que fez uma lâmpada de 60 watts acender a uma distância de alguns metros da fonte de energia. Em sua palestra na Consumer Electronics Show (CES), realizada em Las Vegas na semana passada, o executivo-chefe da companhia, Paul Otellini, afirmou que as pesquisas prosseguem para ampliar a distância.

Ainda na CES, a RCA - mais conhecida por seus sistemas de áudio - apresentou um produto sob o mesmo conceito, com a diferença de que a energia não vem da rede elétrica, e sim do sinal emitido pelos pontos de acesso à internet sem fio (WiFi).

Batizada de Airnergy, a criação da RCA funciona como uma bateria externa que pode ser conectada a diversos dispositivos. A previsão é de que o produto chegue ao mercado no meio do ano, a US$ 40.

O que vem por aí
Ainda no primeiro trimestre, outro anúncio pode movimentar o mercado. A fabricante de chips Texas Instruments planeja lançar um kit de desenvolvimento que permitirá a pessoas e empresas de todo o mundo criar produtos que dispensam os fios na conexão à rede elétrica. O kit custará US$ 295. No estande da empresa na CES, chamava a atenção um liquidificador em cima de uma bancada. Sem nenhum fio, o aparelho parecia mais uma peça de demonstração. Bastava apertar qualquer botão, no entanto, para o equipamento entrar em funcionamento. O aparelho podia ser deslocado para qualquer posição dentro de um raio de um metro quadrado, sem parar de funcionar.

A corrida pela eletricidade sem fio é estimulada pela disseminação dos aparelhos portáteis, que tem obrigado empresas de vários setores a criar baterias com autonomia cada vez maior. O princípio que norteia a tecnologia, porém, é muito mais antigo. No século XIX, o engenheiro elétrico Nicola Tesla já fazia demonstrações primitivas relacionadas à eletricidade sem fio. Apesar do esforço, as pesquisas acabaram abandonadas porque seu desenvolvimento foi considerado caro demais. Séculos e pesquisas depois, o conceito começa a sair do papel.

Fonte
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Vamos ver o que virá nos próximos anos. Desde os primeiros experimentos de Tesla que chegou a literalmente torrar toda a sua fortuna pesquisando isso, houve alguns avanços ainda que bem pequenos pra demanda imensa que o ser humano tem hoje.

Mas transmitir energia pra aparelhos de grande consumo isso ainda é um grande desafio.

 
Acho que isso me faria finalmente comprar mouse e teclado sem fio já que não precisaria trocar a pilha bastando ficar perto do PC pra carregar o tempo todo.
 
(O que chamou a minha atenção no artigo, de verdade, foi Nikola Tesla. Este cara, realmente, é demais!! Já fazia testes com eletricidade sem fio...isso 2 séculos atrás... homens geniais que passaram pelo planeta).

Eletricidade, aqui na roça, não funciona nem a convencional... quedas bruscas que queimam lâmpadas, acaba quando chove... e choques, então...hummm...220 na veia!!

Esta tecnologia é só para as cidades grandes...infelizmente...apesar de viver no mato, gosto de tecnologia.
E é bem legal acompanhar o avanço...que não pára nunca.
 
Como será em relação ao risco de choques?

Por não ter fiação física o risco de choque de contato nesse processo de transmissão de energia entre fonte e receptor não existe.

Pegando um exemplo mais simples de algo que eu trabalho e é o meu dia-a-dia como um transformador elétrico (ex:de 220V para 12V) no enrolamento de entrada (primário) você aplica uma voltagem maior e obtém uma outra voltagem no enrolamento de saída (secundário) sem haver nenhum contato físico entre os dois enrolamentos, tudo graças a indução eletromagnética.

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Porém no caso desse componente para obter um elevado rendimento existe a necessidade obrigatória de um núcleo de um material de alta permeabilidade magnética como o ferro (que na figura acima aparece em forma circular), pois embora o ar permita também realizar a indução eletromagnética sua permeabilidade é muito menor e o desempenho cai drasticamente.

O que Tesla estudou e dedicou durante toda sua vida, foi tentar transmitir grandes quantidade de energia baseado sempre indução eletromagnética. Se por um lado ele não chegou a esse objetivo, de outro ele acabou acidentalmente descobrindo as bases que permitiram futuramente um grande avanço nas comunicações.
 
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