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Eles querem best-sellers

RE: Como usar Harry Potter para o bem dos clássicos

Falando a verdade? Acho isso uma baboseira.

Grande parte (senão A Maioria) dos clássicos de hoje foi um sucesso de vendas (respeitando-se as questões quantitativas da época), assim como um Dan Brown. Quem dirá o valor literário de uma obra?

Eu mesmo comecei a ler por Harry Potter e hoje estou lendo Assim Falou Zaratustra e 2666, que tem tudo para ser um clássico futuro.

Não acho válida a questão de desmerecer livros best-seller. Não que eu os defenda; adoro Harry e odeio Crepúsculo, por exemplo, mas cada um lê o que gosta.

Enfim, não passam de vizinhas palpiteiras literárias. Acho que ninguém me convence da maior relevância de um H.P. que um Dostoievski. Ninguém começa a ler pelo segundo (se houver, salvo exceções). É uma experiência estritamente pessoal.
 
RE: Como usar Harry Potter para o bem dos clássicos

sou só eu q acha q o pequeno príncipe deveria tá fora dessa listae?
 
RE: Como usar Harry Potter para o bem dos clássicos

Acredito que os Best-sellers são sim muito importantes para que os jovens comecem a se interessar pela leitura. Todos que conheço começaram assim (e me incluo nessa lista...) e hoje procuro influenciar minhas sobrinhas presenteando-as com Crepúsculos, Harry Potters e afins (e devo confessar que acabo lendo-os também :timido:.)
 
RE: Como usar Harry Potter para o bem dos clássicos

eu já tinha criado um tópico para esse link tem um tempo >> http://www.meiapalavra.com.br/showthread.php?tid=3559

estou mesclando os dois :sim:
 
Concordo que os best sellers podem ser uma porta para a leitura, concordo que cada um lê o que quer e concordo que tem gente que parte de best sellers para grandes gênios, clássicos ou não (Machado, Bolaño) e tem gente que fica para sempre nos best sellers, de Crepúsculo à Melancia pro resto da vida.
Mas acho que a questão é mais profunda: escola, ensino. A escola deve incentivar a leitura e mostrar que ler é uma prática não só gostosa como útil e importante para a formação intelectual do aluno. Acho que é bacana fazer isso com os textos que os alunos gostam, que estão na moda. Mas a escola tem que ensinar pro aluno o que é a literatura canônica, sabe?
O cara não pode sair da escola sem ter lido Machado, Graciliano, Guimarães! Porque hoje se lê Crepusculo, amanhã não se sabe, mas esses autores estão sendo estudados e lidos de geração a geração! Isso não pode se perder.
Não acredito que a escola deva sucumbir à modices. Usá-las para um fim, vá lá, mas jamais abrir mão da leitura de clássicos.
 

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