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Eles querem best-sellers

Anica

Usuário
Saiu no UOL uma reportagem comentando sobre o fato de os jovens não quererem saber de clássicos, e só dos best-sellers (Harry Potter, Crepúsculo, Gossip Girl, etc.). O que achei legal na matéria é que ela dá sugestões de como trabalhar com esses livros em sala de aula, e outras ideias de leitura relacionadas com esses favoritos. Apesar de o visual modernoso estragar um pouco a leitura, vale a pena visitar -> http://educarparacrescer.abril.uol.com.br/best-sellers/
 
É o ritmo da narração, isso é o que traz a preferência pelos best-sellers. <A maioria> dos clássicos são lentos, geralmente são <justamente> os passados nas escolas!

O jovem não é acostumado aquele romantismo todo de José de Alencar, nem aos estilo realista de Machado de Assis, e quando passam Marília de Dirceu (Tomás António Gonzaga), aquele arcadismo total (ou é barroco? nem lembro mais :calado:) eles geralmente estão no 1º ano, e -quase sempre- nunca leram 1 livro se quer.

Lá pro 3º ano, aparecem os livros mais bacanas como: Memórias de um Sargento de Milícias (Manuel A. de Almeida) ou O Cortiço (Aluísio de azevedo), mas <a maioria> quer nem saber de livro.

A ideia do site é bacana, dando dicas de como trabalhar os best-sellers com os jovens.

Nesse caso vale adaptar aquele velho ditado:
Antes lendo best-seller do que nada!

NOTA: Os exemplos que citei foram baseados na época que estudei estes livros, realmente não gostei nem romantismo de José de Alencar nem de Marília de Dirceu, mas adorei o realismo de Machado de Assis e outros, como Graciliano Ramos (que aliás é das Alagoas, minha terra! XD ).
 
alrob disse:
É o ritmo da narração, isso é o que traz a preferência pelos best-sellers. <A maioria> dos clássicos são lentos, geralmente são <justamente> os passados nas escolas!

Ontem eu tive uma conversa que deixou isso bem explícito. Eu estava conversando com a irmã de uma amiga minha, ela tem 17 anos. Eu fui lhe entregar o presente de aniversário, um Nazarian (nunca li, mas ela gosta bastante) e ela me ofereceu emprestado, para eu ler antes dela, porque ela está lendo os livros do vestibular e não poder ler agora. Aí ela falou que está lendo Felicidade Clandestina e o quanto dá preguiça ler coisas assim, e mesmo o Nazarian- e o quanto é mais fácil ler crepúsculo: o ritmo mais quebrado dessas coisas faz com que ela pare mais, já o Crepúsculo (segundo ela; é preconceito sim, mas eu não chego nem perto) tem frases mais longas e um ritmo que te mantém lendo, quando você percebe já leu bem mais e ainda não parou.
 
nazarian é bom e, detalhe, ñ é best-seller. acaba de chegar o mastigando humanos aqui q peguei no trocandolivros. mas os livros dele, apesar de super bem escritos, mexem menos com a cabeça das meninas q a dos meninos. isso se vc for um menino hetero, claro. ele é um dos poucos da nova safra de escritores brazucas q consegue misturar originalidade e técnica, além de falar sobre homossexualidade sem ser vulgar.
 
Luciano R. M. disse:
alrob disse:
É o ritmo da narração, isso é o que traz a preferência pelos best-sellers. <A maioria> dos clássicos são lentos, geralmente são <justamente> os passados nas escolas!

Ontem eu tive uma conversa que deixou isso bem explícito. Eu estava conversando com a irmã de uma amiga minha, ela tem 17 anos. Eu fui lhe entregar o presente de aniversário, um Nazarian (nunca li, mas ela gosta bastante) e ela me ofereceu emprestado, para eu ler antes dela, porque ela está lendo os livros do vestibular e não poder ler agora. Aí ela falou que está lendo Felicidade Clandestina e o quanto dá preguiça ler coisas assim, e mesmo o Nazarian- e o quanto é mais fácil ler crepúsculo: o ritmo mais quebrado dessas coisas faz com que ela pare mais, já o Crepúsculo (segundo ela; é preconceito sim, mas eu não chego nem perto) tem frases mais longas e um ritmo que te mantém lendo, quando você percebe já leu bem mais e ainda não parou.

Será então que a "grande" diferença entre o clássico e o best-seller seja a forma? Parece-me pouco que a diferença passe apenas por isto para diferenciá-los, se fosse assim bastaria seguir uma fórmula mágica para escrever best-sellers, nao?
 
Não acho que seja só a forma. Mas ela é importante: se é fácil de ler, qualquer um vai ler. Mesmo nos clássicos: é mais fácil conhecer alguém que leu 'O Velho e o Mar' do que alguém que leu 'Finícius Revém'.
Um best-seller não pode ser complexo, em sua forma. Mas um clássico pode ser simples. E, para fechar o pacote best-seller, acho que a coisa tem de ter um tema que tenha apelo comercial e uma boa propaganda.
 
Olha, eu gostei da filosofia do Alrob... E ainda digo mais... Nós não sabemos quais serão os clássicos do futuro, vai que os best-sellers perduram?

Eu acho que as pessoas tem que ler aquilo que gostam, não importa o quê... Nós que temos o vício, vamos procurar outros títulos com o tempo! Vi muita gente reclamando que ler é chato... E eu digo: é porque você não achou algo que realmente interesse!

:sim:
 
Amélie disse:
E eu digo: é porque você não achou algo que realmente interesse!

:sim:

É o que sempre digo a todos que me dizem que ler é chato, eu mesmo dizia isso quando mais jovem até encontrar algo que realmente achei interessante, depois nao larguei mais.
 
Eu acho que as pessoas tem que ler aquilo que gostam, não importa o quê... Nós que temos o vício, vamos procurar outros títulos com o tempo! Vi muita gente reclamando que ler é chato... E eu digo: é porque você não achou algo que realmente interesse!

Concordo :sim:

E digo mais: na quarta série você fazia equação de segundo grau? não, né. leitura é um exercício intelectual também. você não começa logo de cara com os fodões (com tempo psicológico, que te fazem pensar e não apenas acompanhar os acontecimentos). então não vejo nada de ruim em adolescentes lendo harry potter e cia, no final das contas é natural. O problema é ficar nisso, não querer buscar mais (e por isso que eu gostei dessa reportagem, ela dá outras sugestões de leitura além dos livros mais 'pop', para seguir em frente, continuar lendo).
 
JLM disse:
nazarian é bom e, detalhe, ñ é best-seller. acaba de chegar o mastigando humanos aqui q peguei no trocandolivros. mas os livros dele, apesar de super bem escritos, mexem menos com a cabeça das meninas q a dos meninos. isso se vc for um menino hetero, claro. ele é um dos poucos da nova safra de escritores brazucas q consegue misturar originalidade e técnica, além de falar sobre homossexualidade sem ser vulgar.
Hummm ... Como assim mexe mais com a cabeça dos menininhos heteros?

*ficou curiosa*

Impressiona? Choca? Faz refletir?

Anica disse:
Eu acho que as pessoas tem que ler aquilo que gostam, não importa o quê... Nós que temos o vício, vamos procurar outros títulos com o tempo! Vi muita gente reclamando que ler é chato... E eu digo: é porque você não achou algo que realmente interesse!
Concordo :sim:
E digo mais: na quarta série você fazia equação de segundo grau? não, né. leitura é um exercício intelectual também. você não começa logo de cara com os fodões (com tempo psicológico, que te fazem pensar e não apenas acompanhar os acontecimentos). então não vejo nada de ruim em adolescentes lendo harry potter e cia, no final das contas é natural. O problema é ficar nisso, não querer buscar mais (e por isso que eu gostei dessa reportagem, ela dá outras sugestões de leitura além dos livros mais 'pop', para seguir em frente, continuar lendo).

É justamente o que eu acho: "Antes lendo Best Seller do que nada"; cara, se a pessoa lê Sabrina, já acho que é melhor do que uma pessoa que não lê nada. Até porque, eu entendo a leitura como um "processo em constante desenvolvimento", se hoje uma adolescente precisa da fantasia de um cara problemático porém doce e lindo (leia-se crepúsculo) para ter o impulso para ler ... ótimo!!! Se apartir desse livro vierem outros e outros best-sellers que lhe interessem e que continuem alimentando sua "prática leitora" ... Melhor ainda!!!!

Não somos estáveis, estamos em constante "transformação" e sempre revendo e reavaliando gostos, concepções e necessidades (psicológicas e sentimentais), então se uma pessoa é mordida pelo 'bichinho da leitura' :lily:, uma hora ou outra ela vai ter vontade de "algo mais", "algo diferente do que está acostumada" ... e sua leitura vai acabar evoluindo (nota: essa evolução para cada um é pessoal, então não se pode afirmar categoricamente que a evolução de alguém seja um clássico ...) :timido:

Infelizmente, a mídia hoje faz o serviço que, a priori, devia ser da escola: "Incentivar a prática da leitura" ... Logo, ela faz do jeito que quer, conforme seus próprios interesses; a escola sabe que não faz sua parte e normalmente não se importa ... aí ficamos assim, com jovens que ou odeiam ler ou acham leitura chato, ou ainda, acham que leitura é só para os "inteligentes e/ou cdfs" ...

Mas também, nem os próprios agentes da educação não lêem (lição que normalmente aprendem na escola, carregam na faculdade como podem e depois, de volta para a escola ensinarem aos alunos da vez a prática da 'não-leitura' ... é um círculo altamente vicioso). E como já dizia um importante pesquisador da área (agora não lembro se o Ezequiel Theodoro ou João Wanderley Geraldi): 'o professor que não lê, nunca será capaz de despertar a leitura em seus alunos, porque ele não vai conseguir passar uma sensação que não sente ...'


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P.S. Aii! Gente desculpa, eu fiz uma carta quase aqui.
=.= É porque eu empolgo quando fala de incentivo à leitura porque é minha área de pesquisa, aí já viu né ... :timido:
 
Sery disse:
(...) Mas também, nem os próprios agentes da educação não lêem (lição que normalmente aprendem na escola, carregam na faculdade como podem e depois, de volta para a escola ensinarem aos alunos da vez a prática da 'não-leitura' ... é um círculo altamente vicioso). E como já dizia um importante pesquisador da área (agora não lembro se o Ezequiel Theodoro ou João Wanderley Geraldi): 'o professor que não lê, nunca será capaz de despertar a leitura em seus alunos, porque ele não vai conseguir passar uma sensação que não sente ...'

Verdade, professores que não lêem é mais comum do que se imagina.
Conheço vááários. ¬¬
 
Sery disse:
É justamente o que eu acho: "Antes lendo Best Seller do que nada"; cara, se a pessoa lê Sabrina, já acho que é melhor do que uma pessoa que não lê nada.

Sabrina é uma leitura altamente recomendada por alguns (as) usuários (as) do Meia, acredite! :hahano:

Sery disse:
Infelizmente, a mídia hoje faz o serviço que, a priori, devia ser da escola: "Incentivar a prática da leitura" ... Logo, ela faz do jeito que quer, conforme seus próprios interesses; a escola sabe que não faz sua parte e normalmente não se importa ... aí ficamos assim, com jovens que ou odeiam ler ou acham leitura chato, ou ainda, acham que leitura é só para os "inteligentes e/ou cdfs" ...

Tudo vira culpa da mídia! Ó pai, perdoai-vos! :rofl: Compartilho a idéia que tudo que é demais... também não é legal! Mas fazer o quê se o povo gosta da programação tão maravilhosa da TV? :timido: A gente tenta incentivar, eu juro!

Bem, falando sério (apesar de que eu já estava falando sério XD), a TV nem sempre é tão vilã! Tem muita coisa boa... O problema é que as pessoas tb não sabem filtrar, não sabem ler TV... Se perdem naqueles canais de teste de DNA ao vivo, violência, esquecem de valorizar e exigir o que é bom!

Tudo é leitura... e uma coisa complementa a outra! Telespectadores bem (in)formados, optam por programação mais refinada! Seria melhor para todos, na verdade!
 
Não li o tópico, leio depois.
E bem, eu acho que isso é relativo. Apesar de ser a maioria, eu tenho 14 anos e particularmente odeio best-sellers. Adorei ler Machado e Graciliano Ramos. O problema desse pessoal, ao meu ver, é que a maioria ainda não tem um gosto "ativo" pela literatura, por isso se limita aos best-sellers que geralmente são a modinha do momento. Pronto, falei. :3
 
Pois é, antes lendo o que tá na moda do que não lendo. Eu comecei na leitura assim: a prática de ler sempre é recente, há uns 5 anos li Harry Potter e daí não parei. Sempre fui lendo mais e procurando mais.

Acho que se para mim funcionou, para os outras também vai funcionar. Um best-seller da vida me fez me divertir e muito com as leituras exigidas para o vestibular. Isso nunca aconteceria se eu tivesse começado minha vida de leitora por elas.
 
Tenho uma amiga q passou o ensino fundamental - 2ª fase todo lendo Sabrina, só parou na metade do ensino médio, ela tinha bem uns 150 livrinhos desse na casa dela ou mais, fora o q ela emprestou, vendeu etc ... Ela leu muuuuuito isso ...

mas agora pergunta p ela se ela consegue chegar perto disso??? Ela não dá conta mais de jeito nenhum, hoje ela tá em outras leituras ...

Não adianta, não ficamos parados, estamos sempre mudando assim como nossas leituras ... =P
 
Eu posso concordar com o texto, só um estilo desses apesar de desprezar o que chamamos de "modinha" (Harry Potter, Crepúsculo e tal) os unicos que tive interesse em ler em opinião própria foi Ladrão de Raios, Coração de Tinta, Artemis Fowl, Sandman por ai. Mas mesmo lendo os livros só por ser fã ferrenho de ficção e fantasia, ainda sim, sou acusado de ser seguidor da modinha

O mais fácil é se soltar mais da opinião alheia, e tentar fazer as coisas por si mesmo, apesar dessa chatice --
 
Torcer o nariz para os clássicos não é coisa de hoje... o simples fato de alguns livros serem "obrigatórios" já ativa o chip rebelde dos mais jovens.

O que minha professora fazia para mudar a disposição da turma, era contar sobre a vida do autor antes de recomendar o livro para leitura. A gente ficava tão curioso sobre a época que ele escreveu que acabava devorando os livros.

Agora não tenho nada contra essa preferência pelos best-sellers. Pelo menos leem. E ecoo as palavras da maioria aqui. Gostos mudam.
 
O problema desse pessoal, ao meu ver, é que a maioria ainda não tem um gosto "ativo" pela literatura, por isso se limita aos best-sellers que geralmente são a modinha do momento. Pronto, falei. :3
Concordo! Muita gente só por ler na sinopse do livro e encontrar a palavra "clássico" já larga o livro, ou simplesmente pela capa dos livros clássicos não serem tão chamativas como as dos best-sellers.

O que mais encontramos por aí são editoras mudando de capa, adaptando clássicos para leitura infanto-juvenil afim de tentar conquistar os leitores.

Como quase todo mundo disse: Gosto muda. É uma questão de saber escolher, e apreciar o livro e o momento na sua vida em que você está lendo.
 

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