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Eleições 2018 - Planos de governo

Que adianta ter Paulo Guedes, que, dizem - não é ironia, apenas não o conheço -, é um nome de referência na matéria, se você não tem um programa coeso, detalhado, escrito, que transpareça e vincule as ações que o governo pretende em cada área? Eu não confio como eleitor, e como profissional ia pular fora, porque não teria a menor das garantias políticas para fazer o meu trabalho - e repito: mera boa vontade ("não vou interferir! vai dar tudo certo!") não é suficiente.

Era o que Joaquim Levy deveria ter feito. Dilma jogou pro mercado convidando-o, mas sua política econômica, que era ignorada pelo eleitorado, imediatamente encontrou resistência interna e externa e sofreu todo tipo de dificuldade, inclusive intervenção da Presidência para tentar conter a crise. O resultado foi um enorme desastre. Não dá pra fazer as coisas assim. Precisa haver planejamento, transparência e coesão, e isso é tudo que não se tem quando não se tem projeto.

Eu também acho bastante ilusória essa conversa de "não vou nomear políticos". Uma bandeira hasteada por muita boa fé, mas baseada na mística nociva de que todo político é corrupto e de que o técnico ocupante deste cargo, que é político por sua própria natureza, não vai precisar fazer política. Ele deve possuir conhecimento e experiência técnica, e se cercar de pessoas competentes, mas a natureza política do cargo é indissociável.

Mauro Benevides Filho, coordenador do programa econômico de Ciro Gomes, deverá ser o Ministro da Fazenda em eventual eleição. Ele agrega as três coisas: conhecimento técnico teórico (é PhD em Economia pela Universidade de Vanderbilt - EUA), experiência prática (ex-secretário da Fazenda do Ceará em três momentos) e política (ex-deputado estadual, além de secretário). Sob a gestão dele, o Ceará tem apresentado nos últimos anos uma excelente situação fiscal, apresentando todo ano crescimento superior ao Brasil, mesmo sem retrair investimentos. E não menos importante: seu discurso está perfeitamente alinhado com o projeto publicado e com as palestras e entrevistas do próprio Ciro. Saber de tudo isso me dá muita segurança como eleitor e cidadão.
 
@Eriadan as pessoas que prestam atenção em propostas e no plano de governo são minoria. A maioria das pessoas que eu vejo que vão votar no Bolsonaro nem sabem porque vão votar nele. Não estou dizendo que é o caso dos usuários aqui da Valinor que tem cada um os seus motivos para votar nele, mas entre a população em geral, tenho visto que a grande maioria não sabe porque está escolhendo esse candidato (e não precisam me atacar, pois sei que o mesmo ocorre com outros candidatos, ok?)

As pessoas estão tendo expectativas altas demais e nenhum governo é capaz de resolver todos os problemas de um país porque a coisa é muito mais complexa do que se imagina. Sempre há planos de qualquer candidato que, quando este assume o cargo, acabam nunca sendo cumpridos, às vezes por incompetência ou descaso, outras vezes por obstáculos que estão fora do controle daquele que foi eleito.
Então por favor, pessoal, lembrem-se de que nenhum candidato vai resolver tudo, seja lá qual for o candidato que vocês escolherem.

Independentemente disso acho que o Bolsonaro vai ganhar, apesar de não ser o que eu gostaria.
 
Última edição:
Já eu acho que ele tem mais chances do que qualquer outro candidato. Bah, estou acostumado a ver candidatos em quem não votei sendo eleitos. Sou o tipo de pessoa que perde até na hora de votar em síndico de prédio. De um jeito ou de outro vou ficar insatisfeito com o resultado dessas eleições, já que o candidato em quem vou votar não vai vencer, então pelos próximos 4 anos vou ter que aguentar o vencedor, seja ele quem for.
 
Já eu acho que ele tem mais chances do que qualquer outro candidato.

Uma coisa é uma eleição em turno único, em que o voto se distribui entre mais candidatos e quem está na frente não precisa ter obrigatoriamente 50%+ 1 dos votos pra vencê-la. Se fosse somente assim o Bolsonaro seria hoje o maior favorito a vencê-la.

Mas... outra coisa é uma eleição em dois turnos, em que um fator chamado taxa de rejeição é algo que numa eleição muito polarizada tem um peso muito grande, vide o que aconteceu por exemplo com o Paulo Maluf nos anos 90, em algumas candidaturas para prefeito ou governador de SP em que ele não foi eleito, ele até venceu o primeiro turno, mas perdeu no segundo por ter tido uma elevada taxa de rejeição e aí quem decidia contra ele se beneficiava disso e vencia.

Num segundo turno o maior adversário de Bolsonaro será a sua taxa de rejeição. Ele só vencerá se conseguir reduzi-la ao máximo a ponto de ficar menor que seu adversário.
 
Eu realmente acredito que o Brasil seria um lugar pior com Bolsonaro como presidente, mas acho que ele vence pois tenho visto que esse candidato está sendo apoiado de uma forma que eu não me lembro de ter visto antes. Não quero que ele vença, mas não sei se tenho tantas esperanças de que algum outro seja eleito.
 
Eu realmente acredito que o Brasil seria um lugar pior com Bolsonaro como presidente, mas acho que ele vence pois tenho visto que esse candidato está sendo apoiado de uma forma que eu não me lembro de ter visto antes. Não quero que ele vença, mas não sei se tenho tantas esperanças de que algum outro seja eleito.
Mas também vejo muita gente não querendo ele de jeito nenhum - daí os cenários atuais de segundo turno, que ele perde de todos (exceto do Haddad, com quem empata).
 
Eu realmente acredito que o Brasil seria um lugar pior com Bolsonaro como presidente, mas acho que ele vence pois tenho visto que esse candidato está sendo apoiado de uma forma que eu não me lembro de ter visto antes.

Apoios? Se ele tivesse vários ele não teria menos de 15 segundos de tempo de TV.
 
Apoios? Se ele tivesse vários ele não teria menos de 15 segundos de tempo de TV.
É que eu tenho visto todo mundo falando "ah, o Bolsonaro vai resolver tudo" ou "ah, ele sim vai mudar as coisas", então tenho visto muitíssimas pessoas dizendo que vão votar nele e não muitas dizendo que vão votar em qualquer outro candidato. Particularmente eu não acho que ele tenha feito nada na vida para merecer tanta confiança e adoração, e como eu disse, as pessoas estão tendo expectativas altas demais em relação à ele.

Daqui a pouco aparece algum eleitor do Bolsonaro aí pra tentar me convencer de que ele não é tão ruim. Não tenho disposição pra esse tipo de discussão (cada um que vote em quem achar melhor, pois não estou atacando os eleitores e sim criticando o candidato em questão), só estou dando minha opinião de que de todos os candidatos, pra mim o Bolsonaro é o pior mas mesmo assim tenho visto uma enorme parcela da população idolatrando o cara. Principalmente entre os mais jovens é comum eles verem vídeos dele discutindo com alguém e aí eles falam "ah, esse sim é mito, esse sim é bom" etc. Acontece que "mitar", "trollar" e humilhar repórteres durante entrevistas não qualifica alguém para ser presidente e na internet o que não falta são vídeos do tipo "Bolsonaro humilha repórter" ou "Bolsonaro destrói candidato x em debate" etc.

Sei lá, espero que não, mas não vejo outro candidato vencendo as eleições. Vou lamentar muito caso ele vença.
** Posts duplicados combinados **
Mas também vejo muita gente não querendo ele de jeito nenhum - daí os cenários atuais de segundo turno, que ele perde de todos (exceto do Haddad, com quem empata).
Bom, quem sabe? Mas no caso de uma disputa entre Bolsonaro e Haddad acho difícil o Haddad vencer.
 
@Haleth Valeu! Estou dando uma olhada aqui.
Pena que a maioria das pessoas não estão ligando muito para planos de governo e propostas. Cada um só quer que seu candidato de estimação vença, independente do plano e da qualificação dele. Nem todos os eleitores são assim, claro, mas é o que muitos estão fazendo.
Como eu não sou eleitor do Bolsonaro nem do PT receio que eu não vá ficar satisfeito com o resultado dessas eleições, seja ele qual for, porque do jeito que a coisa está indo talvez o segundo turno realmente acabe sendo Bolsonaro x Haddad.
 
@Haleth .
Pena que a maioria das pessoas não estão ligando muito para planos de governo e propostas. .

É que plano de governo em geral é o tipo de coisa que nenhum candidato consegue cumprir na totalidade. Se chegar a metade de forma razoavelmente satisfatória é muito.

No meu caso não é que estou dando a mínima pra isso, mas olho isso de forma direta e objetiva. Nos pontos mais relevantes (saúde, economia, educação, segurança, etc) procuro não perder tempo lendo textos quilométricos com as mesmices que são comuns a todos e sim buscar os pontos diferenciais que faça um sobressaiar em relação aos demais candidatos e anota-los ou então buscar sites que já fazem esse trabalho peneirado separando esses pontos. É isso que realmente interessa. O resto é pura encheção de linguiça que não leva a nada.
 
É que plano de governo em geral é o tipo de coisa que nenhum candidato consegue cumprir na totalidade. Se chegar a metade de forma razoavelmente satisfatória é muito.
Sim, eu sei. Eu quis dizer que tenho visto que muitas pessoas nem sabem quais são as propostas do candidato em quem vão votar. Como eu tinha dito, só querem ver o candidato de estimação vencendo, e se você pergunta eles nem sabem direito porque vão votar nele. Isso acontece com todos os candidatos, o povo está tão ocupado em atacar o rival que se esquece de verificar a qualidade das propostas do próprio candidato. Mas sim, eu entendi o que você quis dizer.
 
Ainda acredito em planos de governo. Não espero que sejam cumpridos à risca, óbvio, mas eles valem muito por expor o modo de pensar, a preparação e as prioridades do candidato. Teve candidato que não escreveu uma linha sobre meio ambiente ou política externa (quando nós somos a 9ª maior economia do mundo e dona da maior biodiversidade). Teve candidato que foi levemente contraditório. Tudo isso são indicadores relevantes. Sem falar que o plano de governo nos dá parâmetros para responsabilizar e cobrar o candidato no futuro, caso ele seja eleito.
 
Que adianta ter Paulo Guedes, que, dizem - não é ironia, apenas não o conheço -, é um nome de referência na matéria, se você não tem um programa coeso, detalhado, escrito, que transpareça e vincule as ações que o governo pretende em cada área? Eu não confio como eleitor, e como profissional ia pular fora, porque não teria a menor das garantias políticas para fazer o meu trabalho - e repito: mera boa vontade ("não vou interferir! vai dar tudo certo!") não é suficiente.

Era o que Joaquim Levy deveria ter feito. Dilma jogou pro mercado convidando-o, mas sua política econômica, que era ignorada pelo eleitorado, imediatamente encontrou resistência interna e externa e sofreu todo tipo de dificuldade, inclusive intervenção da Presidência para tentar conter a crise. O resultado foi um enorme desastre. Não dá pra fazer as coisas assim. Precisa haver planejamento, transparência e coesão, e isso é tudo que não se tem quando não se tem projeto.
O que rolou essa semana é um exemplo do que eu estava dizendo aqui. Paulo Guedes, que provavelmente já está vendo que se tornar responsável pela Fazenda se tornou uma probabilidade real e sabe que vai precisar de receita e não existem tantas alternativas concretas, falou algo sobre a implantação de uma CPMF. Não está no plano de governo; não está na grossa ideia que seu líder faz de economia; não está na expectativa dos seus eleitores liberais. E aí? O resultado, ainda em fase de campanha, é que Bolsonaro mandou ele (e Mourão, com suas opiniões fantásticas) se manifestar menos. E após eleito, como será? Quem terá autoridade sobre a economia? E as demais áreas em que ele também confessa ignorância e em que o programa é tão raso quanto? Qual o grau de confiabilidade para apostar num governo desses?
 
Ainda acredito em planos de governo. Não espero que sejam cumpridos à risca, óbvio, mas eles valem muito por expor o modo de pensar, a preparação e as prioridades do candidato. Teve candidato que não escreveu uma linha sobre meio ambiente ou política externa (quando nós somos a 9ª maior economia do mundo e dona da maior biodiversidade). Teve candidato que foi levemente contraditório. Tudo isso são indicadores relevantes. Sem falar que o plano de governo nos dá parâmetros para responsabilizar e cobrar o candidato no futuro, caso ele seja eleito.

Nesse intuito eu acredito mais quando o plano de governo é exposto já em entrevistas, sabatinas e debates, onde neles o candidato é obrigado a se expor e mostrar de uma forma bem mais natural o que pensa, muito melhor que ler uma bíblia enorme publicada num site oficial ou aqueles mundos fictícios perfeitos que eles adoram fantasiar quando possuem tempo de sobra no horário eleitoral.

E nesses eventos é que dá pra abordar com eles um ponto que acho importante e que nem todos colocam em seus planos de governos escritos que é falar com mais profundidade de quantos e quem serão seus possíveis ministros, além de que quando bem apertados pelo entrevistador acabam entregando pontos que não foram publicados no plano original.
 
Nesse intuito eu acredito mais quando o plano de governo é exposto já em entrevistas, sabatinas e debates, onde neles o candidato é obrigado a se expor e mostrar de uma forma bem mais natural o que pensa, muito melhor que ler uma bíblia enorme publicada num site oficial ou aqueles mundos fictícios perfeitos que eles adoram fantasiar quando possuem tempo de sobra no horário eleitoral.

E nesses eventos é que dá pra abordar com eles um ponto que acho importante e que nem todos colocam em seus planos de governos escritos que é falar com mais profundidade de quantos e quem serão seus possíveis ministros.
É exatamente nessas situações que eu quero dizer. Acho que eu não tinha me expressado muito bem. Eu não estava falando sobre planos enormes publicados em sites nem nada assim.
 
Desses que o @Fúria da cidade falou as minhas preferidas são as sabatinas profissionais (tipo organizadas por setores da indústria, comércio, ciência e tecnologia, saúde, energia...), porque ali: 1) as perguntas são de alto nível; 2) tratam de matéria relevante dos respectivos setores, sem espaço para intrigas e bobagens; 3) os inquisidores são profissionais de suas áreas, portanto é mais difícil para o candidato enrolar ou ser superficial: exige-se que ele demonstre mais conteúdo - e normalmente o tempo não é tão exíguo como em entrevistas ou debates, o que é um ponto a favor de quem realmente tem conteúdo.
 
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