lavoura
Usuário
Bom pessoal estou lendo as Elegias de Duíno do Rilke.
Não sou acostumado com poesia. Está me exigindo uma concentração imensa. Leio e releio as estrofes, depois de um tempo volto a ler.
Mas estou gostando bastante e acabei fazendo uma paródia da primeira estrofe na primeira elegia. Mas é só brincadeira.
Segue a original e a minha logo abaixo:
Elegias de Duíno - Rilke Maria
Elegias de um Suíno - Rilkardo Lavoura
Não sou acostumado com poesia. Está me exigindo uma concentração imensa. Leio e releio as estrofes, depois de um tempo volto a ler.
Mas estou gostando bastante e acabei fazendo uma paródia da primeira estrofe na primeira elegia. Mas é só brincadeira.
Segue a original e a minha logo abaixo:
Elegias de Duíno - Rilke Maria
Quem, se eu gritasse, entre as legiões dos Anjos
me ouviria? E mesmo que um deles me tomasse
inesperadamente em seu coração, aniquilar-me-ia
sua existência demasiado forte. Pois que é o Belo
senão o grau Terrível que ainda suportamos
e que admiramos porque, impassível, desdenha
destruir-nos? Todo Anjo é terrível.
Elegias de um Suíno - Rilkardo Lavoura
Quem, se eu peidasse, entre as legiões dos Porcos
sentiria? E mesmo que um deles me aspirasse
inesperadamente em seu pulmão, sufocar-me-ia
em sua flatulência demasiado forte. Pois o que é o amarelo
senão o grau decomponível daquilo que evacuamos
e que cagamos porque, comestivel, necessita
consumir-nos? Todo Suíno é terrível.