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[Eleandïr][Eleandïr o pastor de estrelas][L]

Marco

may the force be with... wait
:seta: [Eleandïr][Eleandïr o pastor de estrelas][L]

Autor: Eleandïr - Marco Antonio Vieira
Gênero: Ficção
Título:Eleandïr o pastor de estrelas


No início dos tempos quando o mundo ainda era jovem. Os Valar entraram em Arda, para prepará-la para a chegada dos Filhos de Illúvatar. O primeiro regente de Arda foi Manwë, senhor dos ventos, nuvens e de todas as aves. Ao seu lado sentava-se a Senhora da Luz, Varda, que era a tida como a mais bela e poderosa entre rainhas dos Valar.

Varda sabia que todas as criaturas que andam e crescem sobre a terra precisariam de luz e orientação, então criou primeiramente as estrelas para guiarem os caminhos dos Filhos de Illúvatar. Mas as estrelas ainda jovens eram impulsivas e costumavam perder-se em explorações às áreas desconhecidas do firmamento, onde ainda imperava o vazio e simplesmente desapareciam. Isso entristeceu a Senhora das estrelas.

Manwë ao observar o que acontecia nos céus de Arda, chamou à sua presença Morëmith, a grande coruja cinza que habitava regiões ermas no limite do oeste, próximo aos Palácios de Mandos.

Contam os Maiar que Morëmith habitava essas regiões por preferir a escuridão do fim do oeste à luz de Valinor. Ali a coruja conheceu todas as estrelas e chamou-as por nomes desconhecidos na língua élfica e conta-se que com as estrelas ela matinha longas conversas.

O Senhor dos ventos sabendo da habilidade de Morëmith incumbiu a ele a tarefa de encontrar todas as estrelas desgarradas e encaminhá-las novamente a abóbada celeste. Partiu então a coruja rumo ao firmamento e teve início a tarefa de localizar e devolver aos céus as estrelas perdidas.

Continua...​
 
Última edição:
Segue a parte dois, fiquei na dúvida se postava aqui ou se criava um novo tópico, achei por bem não ficar entupindo a Clube com posts...


Eleandïr - O pastor de estrelas - Parte II


Morëmith então passou a arrebanhar grandes grupos de estrelas e agrupá-las em formas que auxiliassem os Filhos de Illúvatar a se orientarem quando se deslocassem por sobre a superfície de Arda. Estas formas os edain viriam a chamar de constelações mais tarde.

Passaram-se muitos milênios na contagem de tempo dos homens quando Morëmith retornou a Valinor para um breve descanso. A cidade dos Valar estava no auge da Era das Árvores e ao sobrevoar a colina de Ezellohar, Morëmith que até então sempre preferira a escuridão da noite, naquele momento apaixonou-se pelo brilho das luzes derramadas por Telperion e Laurelin.

Manwë e Varda satisfeitos com o trabalho executado por Morëmith concederam a ela o direito a uma dádiva dos Valar, e a enviaram aos cuidados de Estë pois a coruja havia enfrentado muitos perigos e desafios nas regiões desconhecidas do céu, e suas asas estavam fracas e alquebradas.

Morëmith foi então levada a Ilha de Lórellin e lá ficou sob os cuidados de Estë. Da ilha Morëmith observava encantada as luzes das duas árvores ao longe, assim logo se recuperou e suas asas renovaram-se com o poder curativo das fontes de Lórien.

Mas os Valar logo perceberam que as estrelas sem os cuidados, a companhia e o amor de Morëmith, recomeçaram suas explorações curiosas pelo firmamento e as constelações em que estavam agrupadas desfaziam-se como as nuvens sob os ventos de Manwë.

O Senhor dos Ventos ordenou então que Morëmith voltasse para o firmamento e estabelecesse lá sua morada, consagrando a como protetora de todas as estrelas. Entristeceu-se então a grande coruja ao descobrir que teria que se separar das árvores, cuja beleza jamais esqueceria, pois, apesar de amar as estrelas, agora amava também as duas luzes de Valinor.

Varda, ao perceber o sofrimento de Morëmith, concedeu então uma dádiva única da qual mais nenhum ser vivo compartilhou: Morëmith carregaria consigo uma fagulha eterna das duas árvores.
Para cumprir sua promessa a Senhora das estrelas colheu em dois potes de cristal o orvalho de Telperion e a chuva derramada por Laurelin, tingindo com a luz das árvores todo o corpo de Morëmith.

A cabeça, asas e a parte superior do corpo da coruja receberam o brilho de Laurelin, e na parte inferior de seu corpo agora resplandescia a luz de Telperion. E a partir deste momento a coruja não foi mais chamada de Morëmith, recebendo o nome de Himenel, a seguidora do caminho das estrelas. E na língua dos elfos foi chamada de Eleandïr.

A coruja agora com o brilho de ouro e prata refulgindo em suas asas ascendeu aos céus como uma nova estrela cruzando veloz o firmamento. E até hoje mesmo após a morte das duas árvores a lembrança das luzes de Telperion e Laurelin vive em Eleandïr, que atravessa a abóbada celeste de tempos em tempos em busca das estrelas desgarradas.

Não termina aqui a história de Eleandïr, o pastor das Estrelas, pois a cada passagem da coruja pela terra é considerada pelos elfos e homens um bom presságio, sinal de mudança e transformação.
 
Última edição:
Incrível! Gostei muito, parabéns! Muito tempo que não via um texto tão bom por aqui!

Acabei de comentar em outro texto que eu gosto de textos que se passam na TerraMedia, apesar de não escrevê-los. E o seu traz uma lenda muito interessante. Sabe que nunca pensei que estrelas pudessem ter vontade própria? Genial!

O ponto máximo, para mim, foi a segunda parte. Não tenho muito o que falar sobre a primeira, pra falar a verdade. E gostei muito da parte que ela é tingida pela Laurelin e pela Telperion. Ela se transforma num cometa, né? Muito bom!

O seu estilo é bem sóbrio, bem fácil. Você ainda vai continuar?

Parabéns, e até mais!
 
É isso aí Melkor, que queria dar uma origem 'Valariana' para os cometas e constelações! Valeu pelos elogios!

Morion, obrigado pelos elogios, eu pretendo escrever mais textos pro clube. Assim que a inspiração der as caras por aqui eu publico outro!!!
 
Última edição:
Eleand"ir, continue abastecendo o Clube dos Bardos com seus textos, suas fanfics e qualquer cois aliterária ou musical que vier em sua mente criativa.

O seu texto chamou a minha atenção em um ponto: você caminha pelo mundo de J.R.R. Tolkien, criando algo seu, sem se contagiar por completo pelo estilo de Tolkien. E o mais interessante é que você conta algo inédito em seu texto, sem trabalhar demasiada e cansativamente em cima de fatos e histórias que Tolkien já criou. Caracsterística boa para quem pretende seguir o gênero de fantasia e cosntruir seu próprio mundo. :)
 
Idr¡l disse:
Eleand"ir, continue abastecendo o Clube dos Bardos com seus textos, suas fanfics e qualquer cois aliterária ou musical que vier em sua mente criativa.

O seu texto chamou a minha atenção em um ponto: você caminha pelo mundo de J.R.R. Tolkien, criando algo seu, sem se contagiar por completo pelo estilo de Tolkien. E o mais interessante é que você conta algo inédito em seu texto, sem trabalhar demasiada e cansativamente em cima de fatos e histórias que Tolkien já criou. Caracsterística boa para quem pretende seguir o gênero de fantasia e cosntruir seu próprio mundo. :)

Obrigado pelo elogio Idril! Estou lisongeado!
 
Nossa!! Que lindo!!! :grinlove: Quando vi o nome da fic, não sabia muito bem o que esperar... a não ser que seria algo bem poético, e não estava enganada!! Amei a sua descrição... a gente pode sentir a delicadeza de Morëmith e os seus sentimentos de amor pelas luzes dos Valar (tanto as estrelas quanto as Árvores). Um texto de grande sensibilidade!!! :clap:

Agora vou ficar na espera do restante!! :mrgreen:
 
Ó coração! Obrigado!!!
Mas você é suspeita pra falar:grinlove: ... eu leio esse texto hoje e acho que escreveria ele totalmente diferente... aliás acho que vou mesmo dar prosseguimento aos contos do pastor de estrelas... Valeu pelos elogios!!!:abraco:
 
Ó coração! Obrigado!!!
Mas você é suspeita pra falar:grinlove: ... eu leio esse texto hoje e acho que escreveria ele totalmente diferente... aliás acho que vou mesmo dar prosseguimento aos contos do pastor de estrelas... Valeu pelos elogios!!!:abraco:

hahahaha Bem... posso até ser considerada suspeita... mas o povo que criticou o texto lá em baixo não me deixa mentir!! :hanhan:
 
Caro Elandïr, li seu texto hoje (na verdade acabo de lê-lo) e achei muito bom, bem construído, bem enxuto e, como já foi dito, poético o bastante para convercer no caráter de lenda que pretende se increver. Continue postando textos, você assim vai longe!

PS: como sugestão, há muitas lacunas no Silmarillion (com certeza até maiores que a narrativa em si), principalmente na primeira era, para a gente construir um mundo a partir do quer Tolkien deixou. Se for a tua praia, vai por
aí que vc se dará muito bem!!

Abração;
 
Nossa dei de cara com o texto hoje e o comentário do Alcarinollo, só agora.
Eu tinha até me esquecido dessa coruja... Deu uma saudade!!!!
Acho vou dar prosseguimento as aventuras do Morëmith!
 

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