Anna De Courcey
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Sempre que pensamos no Egito, lembramosdo seu esplendor e belos templos dourados cingidos por vários deusesde várias funções. Mas o que nunca relacionamos é a possibilidadede algum dia esta fé ter vindo a justamente ser a causa de um imensoconflito que pode ter sido o começo do fim do império egípcio.Repleto de mitologia e magia no seu dia a dia tamanha influenciareligiosa foi talvez a única coisa capaz de desestabilizar umimpério com tamanha amplitude e tamanha dominação. Em um momentono qual o Egito conquistou sua posição de maior glória e poder,talvez tenha sido aquele no qual o período de paz tenha sido oresponsável por trazer à tona contendas individuais que ameaçaramuma história de mais de mil anos. Mas por que pensei em influênciasegípcias para as histórias da Terra Média? Por que vejo a eternadisputa da Sombra pela dominação como o mesmo conflito queaconteceu no Egito.
Se um faraó teve uma forteparticipação em tudo o que veio a ser o Egito um dia, este alguémfoi o faraó Tutnés. Com uma tecnologia que ia além dos antigosconceitos, os egípcios tinham agilidade e elaboração nos seusplanos de conquista. Seus barcos, por exemplo, podiam ser montados edesmontados ao chegar em quisquer região. No entanto, todas estasgrandes maravilhas eram produto da forte adoração aos deuses e aoagradecimento pela ampliação do império e sua subsequentedominação sobre outros povos. O que seria destas simples conquistassem uma divindade a qual adorar ou dedicar a própria conquista? Emum mundo simplista demais temos nossas conquistas para nós mesmos:materialista e fútil. No entanto, com o passar do tempo, o homemquis ser visto como a própria divindade no qual conquista e seoferece a própria conquista – ele se tornou o deus de si mesmo.Mas neste primeiro momento da história humana, nada mais importavaque servir e agradar aos deuses, cair no seu desagrado era estar emdesgraça e atrair para si e à comunidade consequências terríveise inimagináveis. Mas um homem no futuro da história egípcia – ofaraó Akenaton – ousaria desafiar aos deuses e isso traria sim umadesgraça sem precedentes no Egito.
No passado egípcio ser um sacerdoteera um estilo de vida bem aceito e com muitas e fortes chances desucesso e dinheiro. Servir à Amon-Ha era estar no centro da políticae religião do país. A autoridade suprema do país era Amon: todasas vitórias e sucesso conquistado er dedicado em generosas oferendasa Amon. Foi esta diminuição natural e já parte da cultura egípciaque fez Akenaton desafiar a ordem milenar estabelecida. Ele fez pordestruir todos os vestígios possíveis de Amon, inclusiveeliminando-o da história ao riscar da pedra seu nome e sua história.Todos os anos uma cerimonia dedicada a Amon era realizada no Egito: odeus sai do templo para se misturar com o povo, algo raro, estandodeitado em um barco – a população se sentia favorecida e nestedia altas doações eram oferecidas ao templo em nome de Amon. Altassomas que poderiam ter sido levadas aos cofres do faraó. Sem dúvidaa perspectiva monetária somada ao narcisismo do faraó contribuírampara uma atitude mais severa.
A disputa direta do faraó passou emseguida aos sacerdotes do deus Amon. Por todo aquele perído deadoração ao deus, os sacerdotes eram entendidos como os únicos quepudessem ter uma comunicação direta com a divindade. Era um direitoque só a eles cabia, nem mesmo o faraó gozava de tal privilégio.Além disso, portanto, os sacerdotes eram aqueles que mantinham aharmonia e prosperidade social. Então, Akenaton tem a mais umafigura a vencer: seu prórpio pai. Este fora Amentotep e governousobre o império egípcio em um momento no qual não existiamdisputas ou batalhas a serem vencidas. Como então poderia vir a serlembrado? Sem o prestígio, ampliação de territórios e riqueza quea guerra trás nada poderia fazê-lo ser marcado nos anais dahistória. A não ser que ele fizesse algo extremamenterevolucionário e diferente. E este algo foi passar a idolatrar aoSol e elevar a condição do faraó para a de um deus vivo na terra,sendo o único que de fato poderia manter alguma comunicação com odeus. Para isso, ele construiu um outro templo bem afastado de Karnakpara as práticas de adoração do novo deus. Isto além de motivar aconstrução de um templo gigantesco e de proporções épicas, aindatrnaferiu a importância religiosa e política de Karnak para otemplo do próprio faraó – permitindo que ele próprio indicassequem trabalharia a serviço do templo e de que modo as coisas notemplo aconteceriam segundo a sua própria vontade. O disco solaraproximou homens e deuses permitindo que ambos fossem reverenciados,transformando o imperador em um homem do mais alto poder. Mas o filho– Akenaton – foi quem de fato agiu na destruição e proibiçãodas crenças egípcias como um todo. Dizem as tradições egípciasque nunca eles se recuperariam totalmente do que foi este cismaprovocado pelo próprio faraó e que todas as catástrofes seguintesda história egípcia seriam consequencias do afastamento dos homenspara com o deus Amon, que sempre havia sido misericordioso econdescendente ao permitir que a vida egípcia acontecesse eprosperasse às margens do Nilo.
Uma história trágica e que, apesardisso, poderia nos servir para associar com o que motivou desde aderrocada de Melkor até a construção do Um Anel por Sauron. Ambos,não sabem o quanto suas atividades foram todas motivadas pelo seupróprio egoísmo e desejo de usurpar toda aquela atenção dedicadaa Ilúvatar. No fundo, seriam eles todos crianças carentes buscandoatenção? Se foram trnaformaram todo esse desejo desesperado poratenção em uma busca violenta pela sede de poder e o domínio pelaforça dos que estavam ao redor. Nada disso parece importar muitoquando lemos ou assistimos a obra, mas nos faz pensar em quanto essasatitudes poderiam ser motivadas pela necessidade de “chamar aatenção”? O que acham sobre essas ideias?
Se um faraó teve uma forteparticipação em tudo o que veio a ser o Egito um dia, este alguémfoi o faraó Tutnés. Com uma tecnologia que ia além dos antigosconceitos, os egípcios tinham agilidade e elaboração nos seusplanos de conquista. Seus barcos, por exemplo, podiam ser montados edesmontados ao chegar em quisquer região. No entanto, todas estasgrandes maravilhas eram produto da forte adoração aos deuses e aoagradecimento pela ampliação do império e sua subsequentedominação sobre outros povos. O que seria destas simples conquistassem uma divindade a qual adorar ou dedicar a própria conquista? Emum mundo simplista demais temos nossas conquistas para nós mesmos:materialista e fútil. No entanto, com o passar do tempo, o homemquis ser visto como a própria divindade no qual conquista e seoferece a própria conquista – ele se tornou o deus de si mesmo.Mas neste primeiro momento da história humana, nada mais importavaque servir e agradar aos deuses, cair no seu desagrado era estar emdesgraça e atrair para si e à comunidade consequências terríveise inimagináveis. Mas um homem no futuro da história egípcia – ofaraó Akenaton – ousaria desafiar aos deuses e isso traria sim umadesgraça sem precedentes no Egito.
No passado egípcio ser um sacerdoteera um estilo de vida bem aceito e com muitas e fortes chances desucesso e dinheiro. Servir à Amon-Ha era estar no centro da políticae religião do país. A autoridade suprema do país era Amon: todasas vitórias e sucesso conquistado er dedicado em generosas oferendasa Amon. Foi esta diminuição natural e já parte da cultura egípciaque fez Akenaton desafiar a ordem milenar estabelecida. Ele fez pordestruir todos os vestígios possíveis de Amon, inclusiveeliminando-o da história ao riscar da pedra seu nome e sua história.Todos os anos uma cerimonia dedicada a Amon era realizada no Egito: odeus sai do templo para se misturar com o povo, algo raro, estandodeitado em um barco – a população se sentia favorecida e nestedia altas doações eram oferecidas ao templo em nome de Amon. Altassomas que poderiam ter sido levadas aos cofres do faraó. Sem dúvidaa perspectiva monetária somada ao narcisismo do faraó contribuírampara uma atitude mais severa.
A disputa direta do faraó passou emseguida aos sacerdotes do deus Amon. Por todo aquele perído deadoração ao deus, os sacerdotes eram entendidos como os únicos quepudessem ter uma comunicação direta com a divindade. Era um direitoque só a eles cabia, nem mesmo o faraó gozava de tal privilégio.Além disso, portanto, os sacerdotes eram aqueles que mantinham aharmonia e prosperidade social. Então, Akenaton tem a mais umafigura a vencer: seu prórpio pai. Este fora Amentotep e governousobre o império egípcio em um momento no qual não existiamdisputas ou batalhas a serem vencidas. Como então poderia vir a serlembrado? Sem o prestígio, ampliação de territórios e riqueza quea guerra trás nada poderia fazê-lo ser marcado nos anais dahistória. A não ser que ele fizesse algo extremamenterevolucionário e diferente. E este algo foi passar a idolatrar aoSol e elevar a condição do faraó para a de um deus vivo na terra,sendo o único que de fato poderia manter alguma comunicação com odeus. Para isso, ele construiu um outro templo bem afastado de Karnakpara as práticas de adoração do novo deus. Isto além de motivar aconstrução de um templo gigantesco e de proporções épicas, aindatrnaferiu a importância religiosa e política de Karnak para otemplo do próprio faraó – permitindo que ele próprio indicassequem trabalharia a serviço do templo e de que modo as coisas notemplo aconteceriam segundo a sua própria vontade. O disco solaraproximou homens e deuses permitindo que ambos fossem reverenciados,transformando o imperador em um homem do mais alto poder. Mas o filho– Akenaton – foi quem de fato agiu na destruição e proibiçãodas crenças egípcias como um todo. Dizem as tradições egípciasque nunca eles se recuperariam totalmente do que foi este cismaprovocado pelo próprio faraó e que todas as catástrofes seguintesda história egípcia seriam consequencias do afastamento dos homenspara com o deus Amon, que sempre havia sido misericordioso econdescendente ao permitir que a vida egípcia acontecesse eprosperasse às margens do Nilo.
Uma história trágica e que, apesardisso, poderia nos servir para associar com o que motivou desde aderrocada de Melkor até a construção do Um Anel por Sauron. Ambos,não sabem o quanto suas atividades foram todas motivadas pelo seupróprio egoísmo e desejo de usurpar toda aquela atenção dedicadaa Ilúvatar. No fundo, seriam eles todos crianças carentes buscandoatenção? Se foram trnaformaram todo esse desejo desesperado poratenção em uma busca violenta pela sede de poder e o domínio pelaforça dos que estavam ao redor. Nada disso parece importar muitoquando lemos ou assistimos a obra, mas nos faz pensar em quanto essasatitudes poderiam ser motivadas pela necessidade de “chamar aatenção”? O que acham sobre essas ideias?