Sabe, Décimo, na realidade, a medicina egípcia éra muitíssimo desenvolvida, tanto q hoje em dia os cientistas estão desenvolvendo um projeto q busca aprender sobre propiedades e substâncias de certas plantas e frutos, buscando conhecimentos nos registros da antiga medicina egípcia, posso assegurar. Por enquanto a historiografia oficial acieta o fato de que Pepi I tenha reinado 90 anos, e vivído mais de cem, nenhum historiador importante contestou esta tese ainda. Quanto aos atributos dos faraós serem exagerados, isto é óbvio, até hoje os atributos dos políticos, atores, e pessoas importantes são exagerados, e todos sabemos disto, mas não impede de q seja verdade o fato de pepi ter reinado 90 anos. Agora, me desculpe, mas com todo respeito, estes dados de q na antiguidade o padrão éra tal, e na idade média éra tal, eu acho um conceito ridículo. É impossível alguém provar isto, q o padrão de longabalidade de vida fosse menor, os dados nos quais se basearam para fazer tais afirmações são irrelevantes.
Não vou questionar a sua maior cultura em termos históricos, uma vez que pelo menos a nível de conhecimento você sem dúvida sabe mais que eu. No entanto na área de ciências em penso poder afirmar que sei um pouco mais, uma vez que até vou tirar curso de Medicina e tal, e isso, conjugado com aquilo que sei de História (e nem é assim tão pouco apesar de tudo) me permite dizer com toda a certeza que por mais avançada que a medicina egípcia fosse para a altura, mesmo representando um grande salto em relação ao que era existia anteriormente, não era comparável nem de perto nem de longe à actual. A diferença é de anos-luz.
Eles não tinham conhecimento algum sobre cancros. Não prestavam grande atenção a higiene. Não faziam a mínima ideia do que era uma bactéria ou um vírus, e de que as doenças podiam ser transmitidas pelo ar mesmo sem entrar em contacto directo com o indivíduo contaminado - na maior parte das vezes atribuíam a razão a "maldições" ou "má vontade dos deuses". Muitos tratamentos existentes na altura eram primitivos e prejudicavam ainda mais o paciente. E isto sem mencionar que eram muito mais susceptíveis a serem afectados por alterações climatéricas nocivas, uma vez que as habitações não eram do nível das nossas, havia também guerras com mortalidade elevada quase constantemente; eram até mais facilmente predados por animais selvagens.
Volto a afirmar - viver 90 anos em 3000-2000 a.c. é quase uma impossibilidade. Atenção, não digo que não seja possível, isso seria tão errado como aceitar o "facto" sem o contestar. Mas acho imensamente errado aceitar esse facto como verdadeiro e certo só porque foi deixado registado pelo escriba pessoal do sujeito, a quem ele dava uma boa vida, ou por um grupo de escravos que eram mortos se não fizessem o que ele lhes era ordenado.
E a verdade é que o meu cepticismo não se deve só a isso, mas também ao facto de segundo os registos a maior parte dos faraós da época viver acima dos 60-70 anos. Aí sim a estatística dá o berro. Enfim, embora haja uma possibilidade de ele ter vivido mais de 90 anos, é muito mais provável que lhe tenham feito o mesmo que aos outros - exagerado claramente a idade que viveram.
Quanto a esse projecto de busca que você mencionou, teria de se explicar um pouco melhor para eu compreender tudo, mas penso que deve estar relacionado com medicina tradicional, coisas como acabar com dores de cabeça, febres leves, etc. Enfim, nada muito complexo ou que nos permita viver muito mais anos.
É 10º, a história não é uma crescente, uma evolução no restrito sentido da palavra. Pertencer a Idade Média não siginica ser mais avançado que pertencer ao ano de 2 mil a.C.
Como o Lobo disse, as condições de higiene e saúde na sociedade egípcia entiga eram bem avançadas, principalmente entre as camadas mais altas, como a família do faraó. Mas também acho improvável alguém viver tanto, ainda hoje nos surpreendemos com um velhinho com essa idade!
Tem razão nesse aspecto, a minha afirmação foi um pouco infeliz até porque a Idade Média foi em certos aspectos (digo para a maioria da população) um retrocesso em relação a civilizações mais antigas, como por exemplo o Império Romano.
No entanto as classes altas da Idade Média viviam tão bem ou melhor que os egípcios, e entre eles viver mais de 60 anos era muito bom. Volto a dizer - viver tanto naquela era uma chance de um em um milhão, sem exagero.