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Educação Musical

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Adelinda

The possession of mankind
Atividades musicais podem ser realizadas por pessoas que não foram educadas musicalmente, porém muitos tendem a crer que os livros de música são escritos apenas para especialistas no assunto. A música está vinculada com outras disciplinas e faz com que professores desenvolvam projetos em que os alunos criem suas próprias músicas, utilizem-nas em peças de teatro estudo de línguas e artes plásticas.

Antes de ser notação, a música é o som, e existem muitas maneiras de fazê-la sem precisar anotar. Muitas pessoas acreditam que notação musical seja difícil, mas o que acontece que é que quem não podia lê-la, confundia os símbolos com a música.

A música é confundida com “uma matéria para especialista” porque a linguagem escrita e execução são aparentemente complicadas. Estes dois aspectos fizeram com que aqueles que não se educaram musicalmente sentissem que aquela fosse uma atividade vedada(proibida). Felizmente, com a ampliação de recursos musicais, aumentou-se o número de criações.

Docentes de várias áreas têm adotado maneiras criativas de aprendizagem. Todas começam nos mesmos pontos fundamentais(a imaginação, o indivíduo e como usar os materiais que se tem disposição). É de absoluta importância que se encontre uma área no fazer musical, de que todos possam se apropriar.

Não significa que seja necessário adquirir previamente técnicas avançadas, basta começar que logo tornar-se- a mais hábil com os instrumentos.

Entretanto, esquece-se com frequência que artistas de qualquer área devem começar pela experimentação de ideias e materiais. No contexto educacional, este tipo de atividade é, segundo o autor, de suma importância. O fazer musical pode oferecer à criança ampliação nos campos da autorrealização e sensibilidade.

No passado, a música não era uma matéria popular, mas não há dúvida de que os jovens querem aprendê-la. A maioria deles está envolvido com a música, mas a maior parte dessas atividades acontece fora da escola. A falta de organização do sistema educacional, que deixa ao professor com poucos recursos de trabalho faz com que os profissionais pensem que é um tempo muito curto para se produzir algo de valor e acabem desistindo de seus projetos para dedicar-se a atividades que rendem mais, como a orquestra escolar.

Na realidade, estamos considerando a integração dos jovens, em um processo relacionado e muito mais significante. Um uso mútuo de disciplinas, em que se pode aprender, por exemplo, teatro através da música e música através do teatro, de forma a educar a sensibilidade. Porém, a sensibilidade não é algo que possa ser transmitido a uma criança, é algo que deve surgir de seu próprio insight. Cabe aos professores, portanto, trabalhar em equipe, desenvolvendo projetos com diferentes materiais e até repensar a organização de horários, de forma que passe se passe dois dias, desenvolvendo um projeto com os alunos e volte a vê-los semanas depois, dando tempo para que internalizem o trabalho.

Quanto ao conteúdo das lições, pode-se estimular a experimentação com os sons. O primeiro objetivo do professor é o de “abrir os ouvidos de seus alunos”, possibilitando novas sensações expressivas.

É útil que os alunos passem por experiências sonoras, que escutem composições inovadoras. Com frequência, compositores deparam-se com sons que não podem ser escritos de forma tradicional, cabe então o experienciamento de novos desenhos que tornam um estudo complicado em uma execução mais simples de uma música, sem uma instrução prévia, que pode gerar dúvidas a um iniciante.

A notação pode sugerir que a música seja para poucas pessoas, apenas para os musicalizados. Notações contemporâneas podem ajudar a superar esta dificuldade. Se o prazer de fazer música e a percepção interior não forem suficientes por si mesmos, ainda assim podem ser utilizadas outras formas de criar vínculos com a música mais tradicional, pois ao contrário do que se costuma pensar, a música atual não representa ruptura, mas um acréscimo ao tradicionalismo.

Nos últimos cem anos, a educação tem se focado no sujeito. Um dos resultados deste processo foi a ampliação das perspectivas artísticas. Educação e arte devem seguir juntos. Edgar Varèse, refere-se ao conceito de compositor como aquele que é observador de seu tempo. A música atual pode ser uma ponte útil entre a educação de música tradicional e um aluno com resistência, pois é mais imediata, mais facilmente acessível a ele.

A arte é mais do que simples adorno, é uma força vital para o conhecimento.

De algum modo cremos que a “ arte moderna” é difícil. Parte do problema surge com a variedade de expressões musicais do século XX. Parece carecer de estabilidade, mas a verdade é que estamos acostumados a sons ligados ao clássico. Para que a arte realmente comunique, devemos sentir a excitação de descobri-la. Vivemos em uma época em que os artistas se comunicam adequadamente à sociedade. A arte impacta sua época e sua realidade temos que aceitar sua diversidade. Nossa forma de falar e escrever foram afetadas pelas transformações ao longo de um século. Alguns problemas de compreensão tendem a sumir quando experimentamos os sons. É onde tudo começa. Pode-se observar como é possível ampliar o significado da palavra música. Houve muitas formas de organizar os sons e fazê-los soar em uma peça musical.

Se incrementarmos nossa vivência musical, poderemos organizaros sons em esquemas significativos, que se enquadram às nossas realidades e que ocorrem ao nosso redor. Música é algo que todos podem fazer e se surpreender com os aprendizados do processo.


O inglês John Paynter foi educador musical em escolas regulares e também naUniversidade de York. Ele questionou a educação musical que vivia embasada na música do passado e por isso suas características se distanciam da vida cotidiana. Sua pedagogia é de que a música é possível á todos, pois oferece diversas possibilidades para trabalhar atividades e não precisa ser um especialista para isso. Seu ensino é embasado na música de vanguarda (música ocidental erudita de concerto 1940 a 1990), experimental e na escuta ativa em sua prática oferece condições aos alunos de fazerem suas próprias criações e também associava a música ao teatro e as artes visuais. Segundo Paynter para ensinar música não precisa de método, pois ele considerava os métodos a “antítese da mente criativa”. Portanto, ao invés de criar um método, propôs a construção de um rede de relações de estudos diversificados que geram outros estudos diversificados por meio das experiências pessoais. Para John Paynter existem quatro procedimentos que centralizam a prática musical: os sons na música, as idéias musicais, o pensar e fazer musica e os modelos de tempo. Esses quatro procedimentos resultam em projetos, pois cada um deles esta ligado ao outro por meio de diversas atividades que formam uma rede complexa de interações que tem um ponto central chamado de resposta e compreensão. Pensando em uma rede, ou uma teia, os quatro procedimentos chamados de projetos podem ser começados em qualquer direção, durar uma aula ou mais e independentemente de onde comece, sempre deve passar pela resposta e compreensão que é o ponto central do entendimento musical. O pensamento em rede é o que diferencia essa prática dos métodos desenvolvidos linearmente na primeira metade do século XX e esse pensamento em nossos dias é bem contemporâneo. John Paynter publicou diversos livros sobre educação musical que defendem seu pensamento e embasa seu trabalho nas descobertas e conquistas da psicologia do desenvolvimento da época, fazendo com que a música tenha sentido e significado no mundo em que vivemos. Citamos aqui três de suas importantes obras: Sound e Silence (1967), Hear and Now (1972), Sound and Structure (1991).​
 
Acho que comigo foram as coisas básicas e comuns da maioria. Alguns escritores nacionais costumam apontar o contexto do mau hábito da classe média brasileira de aprender cultura na superfície sem dar continuidade visando o futuro em que alguns o fazem para ostentarem, outros para o prazer próprio, mas penso que independente disso sempre se ganha quando se estuda outras linguagens.

Do meu ponto de vista foi como uma introdução a um grupo de termos novos para pelo menos ter uma idéia de parte do significado da música. Alguns sonhos nunca morrem, como por exemplo, se tivesse grana eu teria uma sala com uma bateria para desestressar e do lado dela um PC com um programa para poder relaxar criando algumas melodias em dias mais inspirados. Visualmente acho alguns instrumentos muito bonitos (principalmente se forem antigos, de cordas e de sopro). Mas não seria nada muito sério, no máximo um hobby em que eu voltaria um dia a cantar em algum coral (porque acho a voz humana muito bonita como ferramenta).

É interessante o texto quando fala que é preciso ensinar o significado junto da música. Eu mesmo só buscava músicas novas através de trilhas sonoras de filmes em que alguma cena me chamava a atenção, afinal o filme favorecia o entendimento do significado da melodia, era uma espécie de intérprete pra acessar aquele universo...
 
Não há nada de errado em gostar da arte pela arte, mas é claro, uma opinião crítica torna-se importante para avaliar a aplicabilidade e necessidade de certas condutas dos autores, com o objetivo de melhorar a cultura e por isso a própria cidadania. Na verdade, esse tipo de discussão passou a ser comum no Brasil na década de 20, principalmente com o movimento modernista e seu envolvimento antropofágico, que tinha como prioridade criticar a cultura estrangeira incutida na nossa e aproveitar apenas o que cabia ao nosso envolvimento com o nosso meio. A música pode ser aprendida em qualquer idade e o seu gosto por ela já pode ser entendido como sensibilidade e predisposição ao aprendizado. Existe um programa que eu gosto muito, chama-se Fruit Loops, vc consegue na net. Nele você lida com diversos sintetizadores e pode começar a criar suas próprias músicas, existem vários tutoriais na net, vc pega o jeito rapidinho.
 
bom, na minha escola tinha aula de canto, não sei se isso vale mas uma vez por semana uma tiazinha dava uma aula pra gente cantar, era legal e tal e ainda ajudava a chegar mais rápido na hora do recreio.
 
Desde muito pequena tive incentivo à música, tanto em casa, como na igreja e, mais tarde, na escola. Aula mesmo já tive de piano, teclado, violão e contra-baixo elétrico. Interagia com instrumentos simples ou de brinquedo com pouca idade - lembro de um pianinho que eu tinha, haha -, participei de corais até o começo da adolescência e admito que cheguei a "namorar" o violino na época em que minha mãe fazia aula.

Meu professor de música mais recente sempre me incentivava a continuar as aulas. Ele quase sempre se baseava em fatos comprovados, tais como a música auxiliar nos estudos e até mesmo diminuir as chances de Mal de Parkison num indivíduo. Se lembro o que ele me dizia, estudar música trabalha com o cérebro de tal maneira que coisas como essas são simplesmente consequências. De fato, acredito que a música invariavelmente tem um grande papel em variadas vertentes.
 
Bom, eu fiz aulas de teclado por 2 anos, mas era fora da escola.
E em Limeira eu estudei em uma escola de freiras que tinha aula de música no currículo: flauta doce germânica, sendo que a partir da sétima série vc poderia trocar pra violão, se quisesse.
 
Ah, iria adorar ter aulas de música, mas infelizmente não é algo barato (ou quando gratuito não acessível).

Eu dei sorte, como moro em uma cidade histórica, com fortes tradições musicais e bandas e corais muito antigos, tenho acesso a um conservatório gratuito, além do mais, faço aulas gratuitamente pelo programa de extensão da universidade aqui. Talvez você consiga encontrar algum centro comunitário ou um amigo que te ajude, ademais, existem programas na internet que facilitam o aprendizado de notação musical e percepção auditiva e que podem ser baixados gratuitamente, alguns fóruns e sites também disponibilizam algumas vídeo aulas. Eu comecei sozinha também e hoje trabalho profissionalmente com música. Como eu gosto muito de ressaltar, se uma pessoa é capaz de fazer alguma coisa, qualquer outra é, então você pode começar a qualquer momento e aposto que vai aprender bem rapidinho. Com o início dos estudos, depois que aprendemos a primeira música o resto deslancha, pq é muito agradável estudar música.

Se eu pudesse ter tido essa opção, com certeza eu preferiria não ter aulas de religião rs...mas isso é impossível numa escola de freiras... enfim, se fosse para trocar por música, melhor ainda! Mas brincadeiras a parte, no nosso currículo tinha artes plásticas, então não me queixo, pois aprendi desenho, diversas técnicas de pintura e escultura, fotografia e edição de vídeos. Fui aprender música bem mais tarde e comecei com o objetivo de tocar apenas uma música que eu adorava e depois não consegui parar...
 
Eu não tenho a menor ideia de como é a abrangência das aulas de educação musical no Brasil, mas se fosse iniciar agora eu gostaria muito que ela fosse mais abrangente possível, passando pela música africana, do Oriente Médio e extremo Oriente, pois tem muita coisa desses lugares que eu aprecio muito.
 
Infelizmente essa realidade aqui pra nós ainda é bem distante, viu Fúria... o ensino da música de uma forma geral privilegia a música europeia e é difícil encontrar outras formas de ensino mesmo em universidades. Daí fica bem mais ao encargo do aluno querer buscar informações novas, ouvir muitos produtos diferentes e estudar tipos de escala, para aprimorar o ouvido oriental e rítmica, que na música africana é o o essencial ;)
 
É verdade.
Seja em música, história e história da arte o peso da influência da Europa é muito grande.
Por isso valorizo muito cada viagem que pude fazer pra fora do país e a distância felizmente a Internet proporciona nos aproximarmos culturalmente de locais até então pouco acessíveis e pesquisar vale muito a pena pois há um mundo cultural enorme nos mais diversos idiomas a ser explorado. :)
 

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