• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Notícias Editoras reduzem a espera para os fãs de séries literárias

a) Será que ele lucrou? Ele mesmo reclamou do uso da tradução para a edição brasileira.
b) Não sei como funciona lá em Portugal, mas aqui "tradutor" é considerado "autor", também. Ele pode muito bem ter cedido para uso em Portugal, mas talvez não para uso no Brasil.

Sim, ele reclamou do uso, a editora falou com ele e acertaram as contas, tanto que saíram as outras traduções dele por aqui.
 
A Lia Wyler fez isso em Harry Potter, sendo que foi ela quem traduziu a série inteira ¬¬

No caso dela eu até entendo: pressão da editora, pressão dos fãs, etc. Imagino que, se ela pudesse, mudaria uma porrada de coisas pelo que foi notando ao longo da série. Ser tradutor é um trabalho ingrato, viu? :cry:
 
No caso dela eu até entendo: pressão da editora, pressão dos fãs, etc. Imagino que, se ela pudesse, mudaria uma porrada de coisas pelo que foi notando ao longo da série. Ser tradutor é um trabalho ingrato, viu? :cry:
Só que os piores erros estão nos 4 primeiro livros...
 
Só que os piores erros estão nos 4 primeiro livros...

Justamente, @Bel : imagino que ao longo da série, ela tenha notado que certas escolhas lexicais anteriores estavam defasadas por conta do avanço da trama em relação ao início, ainda mais com o vulto que a série ganhava entre o público. Imagino que ela até gostaria de "corrigir" isso, mas editoras geralmente têm uma tendência a achar que "não se mexe em time que tá ganhando". Um caso conhecido de tradutor que (re)mexe em seu texto é o Boris Schnaiderman, que volta e meia apresenta uma mudança pontual em relação à edição anterior. Ora nós não notamos algo - o que é comum entre tradutores -, ora não sabemos como inserir algo - vide as traduções do russo para o inglês de Constance Garrett -, ora não sabemos que rumo a obra irá tomar posteriormente - o que não duvido tenha sido o caso de Wyler com HP. Lembra daquela encrenca da vlogueira com Galindo e Houaiss? Meu ponto é: cada tradução é uma obra à parte, mas, se tivesse de usar critérios técnicos, Galindo ganharia de lavada por ter obtido acesso mais dinâmico que Houaiss a estudos sobre Joyce, o que deve ter auxiliado-o em sua empreitada. Mas desmerecemos Houaiss? Claro que não, o cara foi com a cara e a coragem e procurou dar seu melhor. Trabalho com tradução técnica e, mesmo aí, a gente passar por maus bocados quando um termo que vemos no início ganha toda uma carga semântica diferente posteriormente... e lá vamos nós (re)adequar o texto. Imagine com obras de ficção com camadas que podem apresentar carga subjetiva! E como nem sempre o tradutor tem acesso ao autor, isso fica mais difícil ainda. É sofrida essa vida, viu?
 
No caso da Wyler e do HP, aliás, ela já comentou que basicamente teve que se curvar a decisões editoriais, com as quais muitas vezes ela não concordava, entre elas a ideia de que era preciso "facilitar" a leitura dos livros, já que eram "para crianças", e é por isso há coisas como nomes traduzidos na série.

Aparentemente a editora achou que nomes como "Bill", "Charlie" e "Ron" eram difíceis demais para as crianças brasileiras, então resolveu mudar para "Gui", "Carlinhos" e "Rony", apesar de não ter mexido em nomes como o do próprio Harry e da Hermione, sem falar nos sobrenomes, que são bem, bem mais "complexos" do que os prenomes.

Coerência pra que, né?
 
Mas quem sofreu mais foi a Pansy Parkinson, que foi "Violeta" em um livro só (segundo ou terceiro)
 
mas não tem a ver com revisão. tem a ver com a editora mudando de ideia no meio do caminho. é aquilo que o gabriel falou: a tradutora trabalhou seguindo imposições da rocco. o negócio é que num primeiro momento, a rocco não tinha ideia do que tinha em mãos. e nem dá para culpá-la por isso, ninguém tinha. tanto é que a companhia das letras recusou o livro ( :lol: ). você pega um livro cujo protagonista tem 11 anos, pensa "ok, a faixa etária dos leitores será algo ali entre 10 e 11". pega os livros que saem por aí para esse público (pelo menos aqui no brasil) e pensa no que a rocco achava que tinha para publicar. aí pam, pum, sucesso, pessoas apaixonadas crescendo junto com a personagem e, mais ainda, fãs botando pressão para que coisas com as quais eles não concordassem mudassem (tradução de nomes, etc.). antes não existia um fandom gigantesco para reclamar das más escolhas da rocco. no meio do caminho, o fandom começou a existir e a reclamar. e aí eles não tiveram muita opção a não ser impor mais coisas para o trabalho da tradutora ("sim, fia, você traduziu o nome da pansy, mas esquece isso agora, tá?").

sério, harry potter é um fenômeno editorial muito atípico, não dá para pensar na série tentando enquadrar em outros casos, porque não tem livro cuja base de fãs tenha crescido junto com as personagens por um período tão longo de tempo. é natural que uma editora busque se ajustar ao que esperam os fãs durante todos esses anos. até porque ela teve tempo pra isso.
 
Tava me referindo ao fato de termos uma personagem com dois nomes diferentes na mesma obra (é isso mesmo, @Bel ?), mas você tem razão, e como lembrei acima, a Lia não tinha como adivinhar o que viria a seguir.
 
Sabe se o tradutor do último livro mudou muita coisa importante, que estava diferente nos primeiros livros?

A nova tradutora mudou UM MONTE de nomes e termos. No último livro, um personagem começa chamando-se Brilho Gélido e de repente vira Brilho de Ferro até o final. O Mocho dos 2 primeiros livros virou Coruja Mascarada no terceiro. O Sanatório dos 2 primeiros virou Asilo de Moribundos no terceiro. Todas as referências a "saltimbancos" dos primeiros se tornaram "menestréis" no terceiro. Esses são os que me lembro mais de cara.

Fora isso, me incomodou muito o uso de artigos antes dos nomes que são como alcunhas. Nos 2 primeiros livros, eu lia "Príncipe Negro foi para a floresta, blablabla" e era ok, pois esse é o nome do cara. No terceiro passou a ser "O Príncipe Negro foi blablabla". E isso em todos os nomes desse tipo (Pardal, Cabeça de Víbora, Raposa Vermelha, etc.). Os outros com nome próprio mesmo (Meggie, Violante, Fenoglio) continuaram sem o artigo precedendo. Eu demorei horrores pra me acostumar com isso.
 
Isso lembra os problemas com as traduções das obras de Stephen King, em particular as que estão ligadas à série A Torre Negra: ora é Rei Vermelho, ora é Rei Carmesim, etc. Talvez isso pudesse ser cobrado de quem traduziu a série, mas aí surge um outro problema: outros romances e contos dele, que foram publicados em paralelo ou antes da edição brasileira, tinham referências a aspectos d'A Torre Negra. Que falta faz uma Sociedade King nessas horas. :lol:
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo