-Jorge-
mississippi queen
[align=justify]Édipo Rei (ou Rei Édipo) (~ 427 a.C) é uma tragédia de Sófocles que reconta parte da lenda grega relativa à Tebas e ao trágico destino dos descendentes de um antigo rei da cidade, Laio.
Para quem não conhece a peça, há uma praga assolando Tebas e gerando infertilidade nos campos e nos homens. O rei, Édipo, envia seu genro Creonte (ou Creon) ao oráculo para perguntar aos deuses a causa da praga que enviam. Os deuses respondem que o assassino do antigo rei Laio permanece livre. Édipo, então, depois de amaldiçoar esse assassino, convoca o adivinho Tirésias para que revele a identidade do criminoso. Tirésias a revela, Édipo procura a si mesmo, mas este não acredita nele e acusa Tirésias de tramar um golpe de estado com Creonte. Jocasta, mulher de Édipo, chega para desfazer a inimizade entre o irmão e o marido e Édipo a interroga acerca do assassinato. Em seguida chega um mensageiro avisando que o pai de Édipo, Políbio (ou Pôlibo) de Corinto, está morto. Coincidentemente este mensageiro havia levado Édipo para Corinto trazendo-o do Monte Citéron e é aqui que há o desenlace da tragédia
Para uma peça tão antiga, vai haver é claro, muitas interpretações que começam já com Aristóteles na Poética, mas basicamente, Édipo é uma peça detetivesca em que o detetive acaba descobrindo ser ele mesmo o criminoso. É notável também a ideia de respeito aos deuses e aos oráculos, porque Jocasta e Édipo estão sempre menosprezando eles como falsos antes do desfecho.
Sobre a continuação da lenda, ela diz que Édipo teria sido expulso de Tebas, por Creonte ou por seus filhos Etéocles e Polinice e que teria finalmente morrido em Colono, cidade perto de Atenas (o que se vê em Édipo em Colono). Mas a tragédia da família não acaba aí, os filhos de Édipo teriam guerreado pelo controle de Tebas (o que é visto em Os Sete Contra Tebas de Ésquilo e As Fenícias de Eurípedes) e a cidade (ou Creonte) teria proibido o enterro de Polinice, como traidor da cidade. Antígona, sua irmão, o teria enterrado mesmo assim, sendo condenada à morte (o que é contado em Antígona de Sófocles).
Tenho que confessar que me impressiona o gosto dos gregos por tanta carnificina, ainda que tenha lá sua beleza, se se considerar o motivo dela (Laio teria sequestrado e estuprado o jovem Crísipo, príncipe da Frígia e Apolo o puniria fazendo o filho matá-lo) e me interessa saber como eles viam maldições e o destino. Afinal, de quem é a culpa disso tudo? De Laio (pelo que fez a Crísipo, ou por ter tido um filho apesar do oráculo), dos deuses que se divertem vendo tanta desgraça, do criado que não matou o bebê, de Édipo que matou alguém sabendo do oráculo? É de lembrar também as desgraças na família de Creonte. Ou a questão da culpa não importa, mas sim, ver o "fio do destino", a "justiça divina"?
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Para quem não conhece a peça, há uma praga assolando Tebas e gerando infertilidade nos campos e nos homens. O rei, Édipo, envia seu genro Creonte (ou Creon) ao oráculo para perguntar aos deuses a causa da praga que enviam. Os deuses respondem que o assassino do antigo rei Laio permanece livre. Édipo, então, depois de amaldiçoar esse assassino, convoca o adivinho Tirésias para que revele a identidade do criminoso. Tirésias a revela, Édipo procura a si mesmo, mas este não acredita nele e acusa Tirésias de tramar um golpe de estado com Creonte. Jocasta, mulher de Édipo, chega para desfazer a inimizade entre o irmão e o marido e Édipo a interroga acerca do assassinato. Em seguida chega um mensageiro avisando que o pai de Édipo, Políbio (ou Pôlibo) de Corinto, está morto. Coincidentemente este mensageiro havia levado Édipo para Corinto trazendo-o do Monte Citéron e é aqui que há o desenlace da tragédia
quando Édipo descobre que na verdade ele é filho de Laio, que o matou e que teve 4 filhos com a mãe. Como consequência disso ele se cega e Jocasta se mata.
Para uma peça tão antiga, vai haver é claro, muitas interpretações que começam já com Aristóteles na Poética, mas basicamente, Édipo é uma peça detetivesca em que o detetive acaba descobrindo ser ele mesmo o criminoso. É notável também a ideia de respeito aos deuses e aos oráculos, porque Jocasta e Édipo estão sempre menosprezando eles como falsos antes do desfecho.
Sobre a continuação da lenda, ela diz que Édipo teria sido expulso de Tebas, por Creonte ou por seus filhos Etéocles e Polinice e que teria finalmente morrido em Colono, cidade perto de Atenas (o que se vê em Édipo em Colono). Mas a tragédia da família não acaba aí, os filhos de Édipo teriam guerreado pelo controle de Tebas (o que é visto em Os Sete Contra Tebas de Ésquilo e As Fenícias de Eurípedes) e a cidade (ou Creonte) teria proibido o enterro de Polinice, como traidor da cidade. Antígona, sua irmão, o teria enterrado mesmo assim, sendo condenada à morte (o que é contado em Antígona de Sófocles).
Tenho que confessar que me impressiona o gosto dos gregos por tanta carnificina, ainda que tenha lá sua beleza, se se considerar o motivo dela (Laio teria sequestrado e estuprado o jovem Crísipo, príncipe da Frígia e Apolo o puniria fazendo o filho matá-lo) e me interessa saber como eles viam maldições e o destino. Afinal, de quem é a culpa disso tudo? De Laio (pelo que fez a Crísipo, ou por ter tido um filho apesar do oráculo), dos deuses que se divertem vendo tanta desgraça, do criado que não matou o bebê, de Édipo que matou alguém sabendo do oráculo? É de lembrar também as desgraças na família de Creonte. Ou a questão da culpa não importa, mas sim, ver o "fio do destino", a "justiça divina"?
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