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ECO, Umberto Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção

Anica

Usuário
Chega até a ser engraçado (para não dizer triste =P): quando acabo a graduação e estou me preparando para o mestrado que finalmente leio este livro. A parte do 'engraçado' fica por conta de que isso deveria ser leitura obrigatória para qualquer estudante de Letras (especialmente aqueles com interesse em Literatura). Mas o melhor, nesse caso, é que não é só para esse público.

Na realidade, Seis Passeios... são seis conferências que Eco realizou em Harvard, em 1993. E ao falar de Literatura, ele vai muito além. Para vocês terem idéia, até de The Rocky Horror Picture Show ele chega a falar. E isso tudo para debater o que é um texto de ficção, basicamente.

É extremamente curioso e vale a pena conferir. Repito: não é um livro só para estudantes de Letras. Caso encontre em algum lugar, leia porque certamente valerá a experiência. :lendo:
 
É um doidinho mesmo :sim:
Obs.: Doido, representa um dos melhores elogios, no meu vocabulário.
Vou anexar a sinopse e um resumo complementar que eu gostei.
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SEIS PASSEIOS PELOS BOSQUES DA FICÇAO
Autor: ECO, UMBERTO
Editora: COMPANHIA DAS LETRAS
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA-TEORIA E CRITICA LITERARIA
ISBN: 8571643970
ISBN-13: 9788571643970
Livro em português Brochura - 2ª Edição - 1994 - 160 pág.
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Sinopse:
O que é o texto de ficção? Em que medida ele difere da verdade histórica? E o que ocorre quando o leitor mistura os papéis e considera como reais personagens fictícias ou vice-versa? Estas e outras questões cruciais da arte narrativa são discutidas, por Umberto Eco, nestas seis conferências que realizou em 1993 na Universidade Harvard. De Esopo a Ian Fleming, de Edgar Allan Poe e Nerval aos modernos experimentos de Georges Perec, passando ainda pela Paris de Alexandre Dumas, o noticiário da Guerra das Malvinas, os filmes pornográficos e seus próprios romances, Eco investiga os diversos aspectos da leitura, expandindo nossa percepção não apenas do mundo ficcional, mas também da própria realidade.
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Resumo

O que é substancialmente mágico na ficção é quando a mesma se esbarra, transpassa a realidade... e além de tentar representá-la, acaba sendo em si - a realidade...
O que é a ficção? Será a obra de ficção, ficção? Ou será a obra de ficção uma realidade ainda não vivida? Ou uma realidade - ainda que só tenha acontecido no intrínseco do autor? Ou será uma realidade para o próprio leitor, quando este se apropria da obra e passa a encontrar na ficção elos com sua realidade individual? Existe obra de ficção? Ou toda ficção é puramente a transcrição de uma realidade comum a todos os humanos? Será toda ficção real? Há limites entre a ficção e a realidade? Ou será a ficção realidade? Se a ficção for tão real quanto acreditamos quando compenetrados na leitura de um livro... por que não tentar viver nossa realidade como se esta fosse uma obra de ficção? E se a realidade também nos parece tão fictícia as vezes... por que não viver a ficção dos livros em nossa realidade? Qual leitor é que não sente em si quando Franz Kafka, começa a descrever os
tormentos pelo qual o seu personagem de A Metamorfose passa ao se transformar num inseto? Esse é o momento encantado onde ficção e realidade se encontram... como não sentir as inquietações do homem-inseto? Daí, o questionamento: realidade e ficção, serão
necessariamente dois lados de uma mesma moeda? Impossível uma sem a outra? Que relação de interdependência há entre ambas? A história de Chapeuzinho Vermelho, por exemplo... que leitor contesta as aparentes discrepâncias com a realidade? Lobo mau, menina sozinha... a mãe que sabe que a floresta é perigosa e permite que a filha vá por
entre ela mesmo assim... quando lemos a história e não questionamos esses detalhes... estamos ou não deixando que a ficção se integre a nossa realidade? De que maneira a ficção se intromete em nossa vida? Seja na literatura, seja no cinema? Como lidamos com essas intrusões?
Por que temos essa necessidade quase que inata de ler ficção? De apreender o que nos escapa ao real? Por que fantasiamos? Será mais um caminho da busca pelo sentido da existência?

Fonte: http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_3792.html
 
Eu conheci o Meia Palavra exatamente por causa desse livro do Eco.
Estava procurando alguma resenha sobre o livro, acabei encontrando o fórum no google, gostei e fiquei. :hihihi:
Eu até comecei a ler o livro, mas com o tumulto que é fim de semestre na faculdade, ainda não consegui terminar de ler.
Mas, certamente, está dentro dos planos para as férias.
Assim que ler, voltarei aqui para dar alguns pitacos! :)
 
Com certeza procurarei esse livro, pois fiquei muito interessado, sobretudo pelo resumo complementar. Como sou um apaixonado incondicional e irremediável por literatura, é quase que uma obrigação ler essa obra - obrigação prazerosa, claro. Apesar de não gostar do Eco como escritor literário - ele não é ruim, é porque o estilo dele não me agradou, não consegui chegar nem no meio de O Nome da Rosa - adorava as colunas dele na EntreLivros, nas quais escrevia de modo preciso e sóbrio, mas com um quê de poético, claro. Inclusive, eu discordo de algumas opiniões que ele proferia.
 

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