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Echo & The Bunnymen

Phantom Lord

London Calling
Echo & The Bunnymen

BIOGRAFIA

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As origens da banda remontam ao final dos anos 70, quando Ian McCulloch, Pete Wylie e Julian Cope formam os The Crucial Three. Em 1977, Wylie e Cope deixam o grupo para criar os Teardrop Explodes e os Whah!, respectivamente.

Em 1978, McCulloch, juntamente com Will Sergeant, criam o duo Echo, utilizando uma caixa de ritmos em substituição da bateria. No mesmo ano, o baixista Les Pattinson junta-se à banda, e realizam o seu primeiro concerto ao vivo no clube Eric, em Liverpool, com o nome Echo & The Bunnymen.

No ano seguinte, em 1979, a banda lança o primeiro single, Pictures on My Wall, e o sucesso deste dá-lhes um contrato com a editora Korova. O baterista Pete de Freitas entra para o grupo.

Em 1980, gravam o primeiro álbum de originais, Crocodiles que, juntamente aos dois trabalhos seguintes, Heaven Up Here e Porcupine, lhes dá trás o reconhecimento. Porcupine chega ao #2 das tabelas do Reino Unido.

O álbum de 1984, com o single Killing Moon, entra, mais uma vez, para o Top Ten das tabelas, atingindo a quarta posição, no Reino Unido, e entrando para o Top 100, nos EUA.

Três anos depois, os Echo & the Bunnymen lançam novo álbum que atinge a posição #51 nos EUA, o melhor lugar até à data, e o quarto lugar no país natal. No entanto, o álbum não apresenta nenhuma evolução nos trabalhos da banda, e McCulloch abandona o grupo para trabalhar a solo. Em 1989 edita Candleland, e no ano seguinte Mysterio. Neste período, Noel Burke susbtitui McCulloch nos vocais, e lançam Reverberation.

Em 1994, McCulloch forma os Electrafixion com Will Sergeant. Mais tarde, em 1997, é a vez de Pattinson se juntar, e de novo reúnem os Echo & the Bunnymen.



DISCOGRAFIA

1980 - Crocodiles
1981 - Heaven Up Here
1983 - Porcupine
1984 - Ocean Rain
1987 - Echo & The Bunnymen
1990 - Reverberation
1997 - Evergreen
1999 - What Are You Going To do With Your Life
2001 - Flowers
2005 - Siberia


Echo & the Bunnymen anuncia disco inédito e turnê

A banda inglesa Echo & the Bunnymen anunciou em seu site que irá lançar um disco com material inédito em outubro. O álbum se chama "The fountain", e será seguido por uma série de shows no Reino Unido. Antes do disco ser lançado, o single "I think I need it too", sairá no final de setembro. Este será o primeiro trabalho com novo material da banda desde "Siberia" (2005).



DISCOGRAFIA COMENTADA (do site Scream & Yell)

Por Marcelo Costa

Fonte: http://www.screamyell.com.br/


Uma das principais bandas do levante pós-punk britânico do começo dos anos 80, o Echo and The Bunnymen lançou quatro álbuns excelentes entre 1980 e 1984 até desmontar-se como castelo de areia na praia devido a desentendimentos internos motivados por, entre outras coisas, o abuso do uso de drogas pesadas, o álcool, e o ego elevado de seu líder, o vocalista Ian McCulloch. Após 1987, ano do último registro da formação original daquele que é considerado o segundo grupo mais importante de Liverpool, o Echo and The Bunnymen seguiu uma carreira errática lançando discos que, mesmo quando não eram bons, traziam ao menos uma ou duas canções memoráveis.

A relação dos ingleses com um Brasil merece uma menção. No auge da crise da banda, o Echo baixou no país para cinco shows extremamente elogiados em quatro capitais, que segundo Ian lhe lembrou os melhores dias do grupo. Menos de um ano depois, no entanto, ele deixava a banda para uma carreira solo que não impressionou, e retornou ao Brasil em 1999 acompanhado apenas de Will e mais alguns pistoleiros de aluguel, para depois bater cartão em 2001 (quando discotecou em uma casa noturna, fez pockets em rádios e bebeu muita caipirinha), 2002 para um novo show dos Bunnymens, e solo em 2004, quando encantou gastando seu fio de voz para interpretar clássicos de Velvet Underground, Leonard Cohen, David Bowie e… Echo and The Bunnymen.

Abaixo a discografia comentada de uma das grandes bandas inglesas de todos os tempos.


“Crocodiles” (1980)

Como é natural de se esperar de uma banda formada no levante punk de 1977 na Inglaterra, o Echo & The Bunnymen estréia com um disco em que a crueza impera (devido a pouco habilidade dos músicos com os instrumentos) sem esconder suas principais influências: a psicodelia circa 1967 de Doors e do Pink Floyd de Syd Barret. A banda entrou em estúdio sem ter a mínima idéia de como lidar com o espaço e os menos de vinte shows que fizeram desde a estréia apenas sinalizavam o som que o grupo viria a perseguir nos álbuns seguintes. Por isso a distância da sonoridade do single “Rescue” (que Will Sargeant odiava devido ao fato da guitarra limpa soar como um banjo) de pedradas como “Crocodiles” ou das viagens psicodélicas de “Happy Death Man” e “Going Up”. “Stars Are Stars”, “Villers Terrace” e “All That Jazz” viraram hinos para os fãs da banda, que no entanto nunca se sentiu satisfeita com a produção. Uma versão remasterizada do álbum foi lançada em 2003 trazendo como bônus o poderoso single “Do It Clean”, a parceria com Julian Cope “Read It Books”, algumas versões alternativas e quatro registros ao vivo de 1981 (lançados oficialmente no EP “Shine So Hard”) que mostram a tremenda evolução da banda no palco.

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“Heaven Up Here” (1981)

Com mais respeito dentro da gravadora, mas nem tanto, os Bunnymen exigiram uma troca de produtores, insatisfeitos com a sonoridade do álbum de estréia. A Korova limou os cabeças, e deixou que o engenheiro de som do disco anterior, Hugh Jones, assumisse a tarefa junto com a banda, que atravessa seu melhor momento interno. Gravado no País de Gales, “Heaven Up Here” é muito mais bem acabado que a estréia, e mostra Ian McCulloch no auge de seu alcance vocal e o trio instrumental inspiradíssimo. A crueza é deixada de lado, mas o peso, o nervosismo dos arranjos e a paixão pela fase lisérgica do rock sessentista não. A excelente abertura com “Show of Strength”, quase emendada com a urgente “With a Hip”, embala o ouvinte que é conduzido por tempestades de psicodelia (”Over The Wall”, “Turquoise Days” e o mantra “All My Colours”, também conhecida como “Zimbo”) em dias nublados. As marcações quebradas de bateria de Pete de Freitas brilham acompanhadas pelas ótimas linhas de baixo de Les Pattinson e pelos riffs inspirados de Will Sargeant. A bonita “A Promise”, uma balada não balada (algo tão característico no Echo), foi o single do disco, eleito álbum do ano pela NME em 1981, além de melhor capa – com os Bunnymen em uma praia galesa que reflete a perfeição a sonoridade glacial do álbum. A edição remasterizada lançada em 2003 traz cinco faixas bônus.

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“Porcupine” (1983)

O clima de confiança que marcou as gravações de “Heaven Up Here” desapareceu completamente em “Porcupine”. Diversos fatores ajudaram a formar as primeiras rachaduras na formação da banda, entre eles o isolamento do baterista Pete de Freitas, fonte constante de piadas no grupo por ser o mais jovem e não ter nascido na Inglaterra, a entrada da cocaína no cotidiano do quarteto (principalmente Ian e Pete) e a pressão de entregar um novo álbum após um ano de turnê ininterrupta sem nenhum material novo composto. A banda já não se entendia em estúdio, e Ian Brodie, co-produtor do primeiro disco, foi chamado para tentar apaziguar os ânimos. “Porcupine” foi gravado sobre clima de discórdia e entregue a gravadora, que o recusou acusando-o de ser anticomercial. O violinista indiano L Shankar, sobrinho de Ravi, foi chamado após colocar cordas no single “Back of Love”, e acabou inserindo teclados em outro single, “The Cutter” (com introdução copiada de “Matthew And Son”, de Cat Stevens), que fez ainda mais sucesso, e em outras canções, como a belíssima faixa título – com seus seis minutos grandiosos. “Heads Will Roll” e “Ripness” seguem a linha melódica do álbum anterior enquanto “My White Devil” e “Clay” escancaram a paixão da banda pelo Doors. A edição remasterizada lançada em 2003 acrescenta sete faixas ao álbum incluindo o b-side “Fuel” e um remix do single extra álbum “Never Stop”.

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“Ocean Rain” (1984)

Apesar do sucesso dos singles anteriores e de “Porcupine”, que bateu no número 2 da parada britânica, a banda enfrentava sérios problemas de união. As gravações do então quarto disco começaram em Liverpool, e Ian ficou tão desanimado com o resultado que quase pulou fora do barco. Um ensaio do vocalista com Pete de Freitas mudou o cenário, e a banda pediu à gravadora para gravar o disco em Paris acompanhados de uma orquestra. “Nos os advertimos que este seria o maior álbum já feito, porque nos acreditávamos nisso”, diz o vocalista, que já havia feito sua mulher chorar ao tocar uma primeira versão do que viria a ser o single “The Killing Moon”: “Pensei que ela tinha odiado, mas ela disse que era a canção mais linda que eu havia escrito”, conta. O clima de gravação em Paris foi dos melhores e tanto Ian quanto Will creditam muito da inspiração do álbum à cidade. A produção foi dividida entre a banda e os engenheiros Gil Norton (que quatro anos depois gravaria “Doolittle”, do Pixies) e Henri Lonstan.

São apenas nove canções que afastavam o grupo da crueza de seus primeiros álbuns. No clima soturno de “The Killing Moon”, o Echo construía um disco de rock clássico inspirado nas chansons de Jacques Brel e Scott Walker e na orquestração de “Forever Changes”, clássico do Love. Os arranjos de cordas em canções como “Silver”, “Seven Seas” e na faixa título fogem do óbvio, mas não intimidam os ouvintes. A simplicidade de “Crystal Days”, a psicodelia a la Jim Morrison de “Thorn Of Crows”, o clima sutil de “The Yo Yo Man” e o lirismo de “My Kingdom” impressionam. Isso tudo sem falar no poderoso hit “The Killing Moon”, outra balada não balada. “Ela é simples e bela e soa como nenhuma gravação que eu já tenha escutado”, avalia Ian, que define “Ocean Rain” da seguinte forma: “É o nosso Davi de Michelangelo”. A edição remasterizada lançada em 2003 traz oito faixas bônus, entre elas a ótima “Angels and Devils”, uma versão ao vivo em rádio de “All You Need Is Love”, dos Beatles, entre outras coisas. “Ocean Rain” também foi relançado em uma versão de luxo em 2008 que não conta com as faixas bônus da edição de 2003, mas traz um show inteirinho da banda no mítico Royal Albert Hall, em Londres, em 1983.


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“Echo and The Bunnymen” (1987)

O sucesso de “Ocean Rain” não cicatrizou as feridas da banda, que voltou a se desentender até que o baterista Pete de Freitas – afundado nas drogas – pedisse as contas em dezembro de 1985. A banda chegou a testar outros substitutos em shows e sessões de gravações com Gil Norton na produção em 1986, mas o resultado insatisfatório (muito por Ian McCulloch estar constantemente bêbado) não foi levado à frente. No ano seguinte, já com o produtor Laurie Latham (que havia produzido o single “Bring On The Dancing Horses”, em 1985) definido e com Pete de Freitas readmitido, começaram as gravações – conturbadas. Lançado em julho de 1987, “Echo and The Bunnymen” (também conhecido como “The Game”) mostra o quão a banda estava perdida no momento. Apesar de conter um dos grandes hits do quarteto, a ótima “Lips Like Sugar”, falta ao álbum a agressividade do início da carreira e a inspiração de “Ocean Rain” e sobram faixas menores que soam como rascunhos de New Order (”Lost and Found”) e B’52s (”All Your Mind”), entre outros. Dos bons momentos é possível citar a bonita “The Game”, a confessional “All My Life” e “Bedbugs and Ballyhoo”, que conta com Ray Manzarek, tecladista do Doors (ele também toca em “Blue Blue Ocean”). A edição remasterizada lançada em 2003 prejudicou o som do álbum colocando o som da bateria (principalmente bumbo) mais à frente, o que definitivamente deixou o disco datado (ao contrário dos quatro primeiros), e trouxe sete faixas bônus, entre elas um cover de “Soul Kitchen”, do Doors, com Stephen Morris, do New Order, na bateria.

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“Reverberation” (1990)

Após uma turnê desastrosa nos EUA e constantes desentendimentos, Ian McCulloch jogou a toalha para dedicar-se a carreira solo. Com Will Sargeant no comando, um novo vocalista (Noel Burke) foi chamado, mas nem chegou a cantar com o acompanhamento de Pete De Freitas, que morreu em um acidente de moto a caminho do primeiro ensaio da nova formação. Mesmo abalado, Sargeant não desistiu. Admitiu um novo baterista e um tecladista fixo para o novo Echo & The Bunnymen, e “Reverberation” chegou às lojas no final de 1990 amargando o pior resultado da banda na parada britânica até então. Não é um disco tão ruim se colocado ao lado de outros lançamentos daquele ano, mas perde feio para qualquer álbum dos Bunnymens com Ian McCulloch. A crítica massacrou e canções como “Senseless” (em que Noel tenta cantar como Ian) e a pálida “Thick Skinned World” até justificam o achincalhe, mas “Gone, Gone, Gone”, “Enlighten Me” e “Devilment” merecem uma segunda chance. Sem Ian, sem Pete e sem reconhecimento de crítica e público, Will e Les decidiram acabar com a banda em 1993.

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“Evergreen” (1997)

Após dois álbuns solo medianos, a carreira solo de Ian McCulloch não decolou, e o vocalista foi encontrar consolo no ombro do amigo Will Sargeant. Juntos, e influenciados pelo furação Nirvana, Ian e Will montaram o Electrafixion, uma usina de barulho que lançou seu único álbum, “Burned”, em 1995. Foi o primeiro passo para o retorno da banda no final de 1996, que ainda contou com a presença do baixista Les Pattinson e do novo baterista, Michael Lee (que depois se juntaria aos músicos Jimmy Page e Robert Plant). “Evergreen” abre um novo capítulo na história dos Bunnymen, em que o nervosismo juvenil dos primeiros álbuns é trocado pela calma e experiência da idade. É um grande disco que reluz a ouro em canções como “Don’t Let It Get You Down”, “I Want to Be There (When You Come)”, “Nothing Lasts Forever” (com a London Metropolitan Orchestra fazendo o arranjo de cordas e Liam Gallagher, do Oasis, num backing vocal inaudível) e na balada “Forgiven” e aponta um novo caminho para a banda, distante da (quase) perfeição dos quatro primeiros álbuns, mas ainda assim inspirador. Uma edição especial do álbum trazia um segundo CD com dez canções gravadas ao vivo no programa de rádio de John Peel, de 1979 até 1987.

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“What Are You Going to Do with Your Life?” (1999)

Com a mãe doente, e com a percepção de que Ian McCulloch queria fazer tudo do jeito dele, o baixista Les Pattinson decidiu se aposentar da banda. Ian e Will decidiram continuar com o grupo, mas o caminho musical proposto para o álbum pelo vocalista praticamente deixava o guitarrista de fora centrando foco em baladas inspiradas em Burt Bacharah e Frank Sinatra. Sargeant define as gravações como o pior momento de sua vida, mas o resultado final rendeu um álbum belíssimo. A London Metropolitan Orchestra volta a trabalhar com o grupo, e Ian ainda teve o acompanhamento dos Fun Lovin ‘Criminals nas bonitas “Get in the Car” e “When It All Blows Over”. “Hystory Chimes”, apenas com Ian ao piano, é outra em que o guitarrista é preterido, mas Will brilha na grande canção do álbum (e uma das grandes baladas escritas por McCulloch), “Rust”. A única que conta com Les no baixo é “Fool Like Us”, gravada em 1998 para a trilha do filme “Mero Acaso” (”Martha, Meet Frank, Daniel and Laurence”). A faixa título, de levada acústica, também é um dos grandes momentos do álbum, que soa como um disco solo de Ian McCulloch com Will Sargeant na retaguarda. Talvez por isso soe como se fosse seu melhor álbum solo.

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“Flowers” (2001)

Se Ian McCulloch ditava as regras do álbum anterior, “Flowers” (de sonoridade sessentista e totalmente psicodélica) é quase que um disco solo de Will Sargeant com a participação do vocalista, que pela primeira vez em estúdio apresenta sinais de voz deteriorada pelos excessos com álcool e drogas, algo que nos shows já vinha sendo flagrado desde a reunião da banda em 1997. Isso fica perceptível em faixas como “Supermellow Man”, “Burn For Me” e a faixa título, entre outras, resultado do foco mais roqueiro dado ao álbum, que a voz de Ian já não conseguia acompanhar. O trabalho de guitarras, no entanto, é belíssimo, e canções como “King of Kings”, “Make Me Shine” e “It’s Alright” honram o mito, mas “Flowers” é um álbum menor mesmo dentro do segundo capítulo da história da banda – por natureza inferior ao primeiro capítulo escrito nos cinco primeiros discos dos anos 80.

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“Siberia” (2005)

Após quatro anos de silêncio, Ian e Will retornaram de um exílio metafórico na Sibéria com seu melhor registro da segunda fase. “Flowers”, o disco anterior, soa como se o simples fato de lançar um álbum com a etiqueta Echo and The Bunnymen valesse mais do que o conteúdo. O fracasso comercial (e de crítica) do álbum mexeu com os brios da dupla, que só voltou ao estúdio quando tinha um número considerável de boas canções. Funcionou. O pungente primeiro single “Stormy Weather”, a comovente e grudenta “All Because Of You Days” e mesmo a hipnótica “Parthenon Drive” inspiram-se na primeira fase da banda, e convencem. O som buscado é o de “Heaven Up Here”, o álbum que definiu o som dos Bunnymen nos anos 80, glacial, nervoso e distante, e o grupo de canções formado por “Of a Life”, “In The Margins”, “Make Us Blind”, “Siberia” e principalmente “Scissors In The Sand” esclarecem essa opção. Por outro lado, “Everything Kills You”, “Sideways Eight” e “What If We Are” mostram a delicadeza do Echo pós-”Evergreen”. É o velho e o novo Echo and The Bunnymen se chocando em um grande álbum.




VIDEOS




E por fim um grande texto sobre a banda e um dos melhores que já li sobre música em geral:

Memórias


Não tive coragem de ir ao Metropolitan ver o show do Echo & The Bunnymen no sábado passado. A gente cresce, se reproduz, não tem com quem deixar as crianças e se torna mais conservador. Fiz questão de conservar intocada a memória do melhor show que já vi na minha vida: o do Echo no Canecão,em 19 de maio de 1987, já lá se vão 12 anos.O sentimento foi mais ou menos o de Mickey Rourke dizendo para Robert DeNiro,em "Coração Satânico", que "um amor secreto deve permanecer secreto". Ou seja, em certas coisas a gente simplesmente não toca. Quando nada porque, como soluçaram os Ramones,não sem um certo cinismo: "Memories make us-us-us cry".

Na tarde daquele 19 de maio, Brasil e Inglaterra haviam empatado por 1 a 1 em Wembley, gols de Lineker e Mirandinha perante 92 mil pagantes. O Brasil do técnico Carlos Alberto Silva formou com: Carlos; Josimar, Geraldão, Ricardo e Nelsinho; Douglas, Silas e Edu; Müller, Mirandinha e Valdo. Dunga e o estreante Raí, de 22 anos, entraram no decorrer da partida. Romário permaneceu no banco. Naquela noite, depois do espetáculo do Echo & The Bunnymen, penetrei no camarim e discuti o amistoso, entre uma caipirinha e outra, com o baixista Les Pattinson, o guitarrista Will Sergeant, o falecido baterista Pete de Freitas e o tecladistá convidado Jake Brockman. Ian McCulloch ficou o tempo todo em pé,calado,cara de assustado, "desacelerando". Me arrependo amargamente de não ter recolhido autógrafos. Ah, a liturgia do cargo... O Echo era minha banda de Liverpool favorita.

Não é casual que a lembrança do show se misture à do jogo de futebol. Não sei como vocês medem as distâncias em seus passados. Meço pelas Copas do Mundo. Tenho nove nas costas. E me lembro delas, em detalhes, da do México, em 1970, quando tinha 6 anos, para cá. Esta semana uma estudante de Comunicação da PUC exclamou quando soube que eu tinha entrado para a universidade em 1982:
"Foi o ano em que eu nasci!" Imediatamente pensei: "Puxa, essa menina não viu aquele timaço de Zico, Sócrates, Falcão, Cerezo e Júnior perder para o Paulo Rossi..." Só num segundo momento, refleti: "Caramba, isso é que é estar ficando velho ... " Ronaldinho Gaúcho, se viu aquela Copa, não se lembra de nada.
Digressiono, digressiono, como um colega de Stephen Dedalus ou Holden Caulfield.

O show do Echo, esse o assunto. Virou um mito e não apenas na memória dos presentes ou nas declarações de McCulloch durante a recente excursão brasileira. Em "Never stop - The Echo & The Bunnymen Story", de Tony Fletcher, publicado pela Omnibus Press no mesmo 1987, está escrito: "O Brasil se mostrou, para os Bunnymen, um retorno valioso aos palcos. A sua turnê de duas semanas e meia, quase inteiramente baseada no Rio de Janeiro e em São Paulo, teve a lotação esgotada e, como em sua primeira visita ao Japão, em 1984, lá o grupo descobriu que tinha adquirido status de celebridade. Com Cure e Siouxsie & The Banshees já sendo visitantes bem sucedidos, e com New Order e Cult a caminho,o Brasil não podia ser criticado por ter um gosto muito variado. E o seu conhecimento sobre os grupos em excursão era impressionante.Eles riam das coisas certas,eles gritavam com as coisas certas, eles ficavam tristes com as coisas certas', foi o resumo de Ian McCulloch. 'O público perfeito"'.

Foi o show perfeito, isso sim. O público apenas respondeu à massagem cardíaca proporcionada pela banda (quando me lembro daquela noite, lembro, antes de tudo, da sensação de o baixo e a bateria estarem tocando dentro do meu peito). "Num disco, os instrumentos ficam dispersos, enquanto no palco o som se concentra", tentava explicar Pattinson, no camarim. O baixista deixou o grupo entre os CDs da volta à estrada, o fraco "Evergreen" (1997) e o bom "What Are You Going To Do With Your Life?" (1999), nenhum deles páreo para os dos velhos tempos, sobretudo "Ocean Rain"(1984),brutalmente belo.

Foi numa música desse álbum que o espetáculo de 1987 alcançou seu ponto alto. O épico de amor e morte "The Killing Moon" foi cantado pelo Canecão inteiro, para espanto de McCulloch. Na tal biografia consta até que Sergeant e Pattinson guardaram na memória "um homem de 65 anos, chamado Hector, na segunda fila do show no Rio, conclamando a multidão a cantar junto 'The Killing Moon''. Ignoro de onde o autor,o guitarrista e o baixista tiraram isso - inclusive o que eles entendem por "segunda fila" num evento no qual três mil pessoas se vêem socadas diante do palco - mas se não é verdade, bem poderia ser.

Crianças,desde então 12 anos se passaram e eu nunca mais vi nada parecido_O show que mais se aproximou daquilo foi o que Nick Cave & The Bad Seeds fizeram no Scala,em 12 de Abril de 1989. Nele, naquele cenário de cabaré berlinense do entre-guerras, o crooner australiano dos infernos se deu á pachorra de acender um de seus muitos cigarros numa guimba estendida por alguém ma fila de gargarejo,durante alguma litania tipo “By The Time I Get To Phoenix” e “The Mercy Seat”.

Aquela noite também roda sem parar na minha cabeça, como um disco arranhado. Alguma coisa acontece quando os melhores concertos de rock a que assistimos na vida permanecem três Copas do Mundo para trás:estamos ficando velhos e condenados a apertar o 20 para alguma lolita que toma sukita.



Arthur Dapieve,publicado no Segundo Caderno do O Globo,dia 01 de Outubro de 1999.




Então,Echo & the Bunnymen é uma das minhas bandas prediletas que surgiram nos anos 80,já que eles vão lançar material novo este ano,aproveito a deixa para criar o tópico para eles.
"The Killing Moon" está entre as minhas dez músicas preferidas de todos os tempos,sempre viajo ao escutar esta música.

Espero que mais alguém aqui curta a banda(sei que a Anica é fã),senão fica como dica a todos.
 
Última edição por um moderador:
Só tenho o Ocean Rain... e gosto bastante!
Foi só ler esse tópico que me deu vontade de ouvir... "The Killing Moon" é muito boa mesmo....

Uma que sempre fica na minha cabeça é My Kingdom... adoro.

B-b-b-burn the skin off and climb the roof top
Thy will be done
B-b-bite the nose off and make it the most of
Your king-kingdom kingdom kingdom
 
sou fã mesmo XD

um dos melhores shows que fui na minha vidinha foi o do echo, pertinho do palco nhoum nhoum :grinlove:

meu top5 no momento

1. Ocean Rain
2. The Killing Moon
3. Bring on the Dancing Horses
4. Stormy Weather
5. Seven Seas

acho que eles tocaram todas essas no show :traça:
 
Ex-tecladista do Echo and the Bunnymen morre em acidente de moto

Jake Brockman, ex-tecladista da banda inglesa Echo & the Bunnymen morreu em um acidente de motocicleta nesta quinta-feira (3) na Ilha de Man, na Grã-Bretanha, informou a BBC.

O músico tinha 53 anos e chegou a ser considerado o “quinto Bunnyman” pelos fãs – esteve com a banda no auge, na década de 80 e foi incorporado como membro permanente em 1989.

Brockman morreu ao colidir sua motocicleta com uma ambulância. Pete de Freitas, baterista da banda, morreu em um acidente parecido no dia 14 de junho de 1989.

“A música era um aspecto central na vida de Jake”, disse a sua esposa Sally Mundy em uma nota à imprensa. No site oficial da banda, o Echo & the Bunnymen publicou uma nota dizendo: “Nossos pensamentos estão com sua esposa, família e amigos”.

Brockman também fazia parte do duo de música eletrônica BOM com o baterista Damon Reece (Spiritualized), e trabalhava como engenheiro de som da BBC.

Fonte: Gazeta do Povo

Não vai dar muito tempo o pessoal já vai inventar qualquer coisa envolvendo uma maldição por ser parte da banda.
 
RE: Echo & The Bunnymen

Echo & The Bunnymen vai tocar disco clássico em show em SP

Banda britânica deve apresentar 'Ocean rain', de 1984, na íntegra.
Entradas para os shows em SP e BH começam a ser vendidas nesta segunda.



Os britânicos do Echo & The Bunnymen anunciaram em seu site oficial que vão tocar o disco "Ocean rain" na íntegra durante o show do grupo em São Paulo, no dia 11 de outubro.

O álbum de 1984 é uma das principais obras da carreira da banda, e tem clássicos como "The killing moon", "Seven seas" e a faixa-título.

A banda se apresenta em São Paulo no Credicard Hall no dia 11 de outubro e em Belo Horizonte, no Chevrolet Hall, no dia 12.

As entradas começam a ser comercializadas para o público em geral a partir do dia 26 e custam entre R$ 120 e R$ 250 para o show de São Paulo e entre R$ 90 e R$ 120 para a apresentação em Belo Horizonte. Em ambas as cidades, idosos e estudantes com carteirinha tem direito à meia-entrada.

O Echo & The Bunnymen, que veio pela primeira vez ao Brasil em 1987, foi formado em Liverpool no final dos anos 70 e fez sucesso durante os anos 80 com faixas como "Killing moon", "Lips like sugar" e "Bring on the dancing horses". Atualmente o grupo conta apenas com o vocalista Ian McCulloch e o guitarrista Will Sergeant como membros da formação original.



Echo & The Bunnymen no Brasil

São Paulo
Quando: 11 de outubro, a partir das 21h30
Onde: Credicard Hall - Av. das Nações Unidas, 17.955
Quanto: entre R$ 120 e R$ 250, com direito à meia-entrada
Informações: (11) 4003-6464 / www.credicardhall.com.br

Belo Horizonte
Quando: 12 de outubro, a partir das 20h
Onde: Chevrolet Hall - Av. Nossa Senhora do Carmo, 230
Quanto: entre R$ 90 e R$ 120, com direito à meia-entrada
Informações: (11) 4003-6464 / www.ticketsforfun.com.br


G1



Ouvir o Ocean Rain na íntegra ao vivo deve ser uma experiência sensacional.
 
Fui no show de BH.Minhas impressões:

Eles tocaram na íntegra o Ocean Rain álbum de 1984, dizem que foi o mais bem sucedido da banda, até pq tem The Killing Moon, segundo Ian é a melhor música que ele fez.Enfim...tenho minhas ressalvas, mas amo essa música e amo a cena de Donnie Darko. eu falava pra um amigo que eu nem sei se fico do jeito q fico (?) quando escuto The Killing Moon, por mim e todos os meus quartos escuros da adolescência ou se é por essa cena!Pois é, eles tocaram duas do Porcupine que é de 83 e ao contrário do Ocean Rain é considerado o mais claustrofóbico.As músicas do Porcupine: Back of love e The Cutter que na minha opinião foi a melhor sequencia do show, porque eles tocaram Back of love, The Killing Moon, The Cutter e ainda voltaram pra tocar Lips Like Sugar!foi foda.
Mas, a mais perfeita da noite foi Zimbo, cara, pirei!No mais, paguei todos os micos.Conheci um povo vidrado em Echo.Fomos todos lindos e sorridentes pro hotel O Will deu muiito autógrafos.Foi incrível eu no lado do dos caras da banda (menos Ian) n tem preço.Eles fizeram um show meio seco, sem improviso, mas foi aê que me pegou, porque parecia que eu tava ouvindo as músicas gravadinhas do cd.Sei lá, alguma coisa alterou o cenário,esse meu cenário sempre tão previsível.

Obrigada,querido diário!(foi a primeira vez que consegui de alguma forma organizar as minhas impressões)

Este videozinho é pra mostrar pra vocês o quanto Will é lindo, querido, fofo e bláblá!
A gente na frente do hotel, foi muito bom mesmo!

http://www.youtube.com/watch?v=2pHw4YHg9mc
 

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