É provável que Túrin teria se livrado da maldição de Morgoth caso houvesse escolhido salvar Finduilas. Em 'O Silmarillion' fala-se pouco de Gwindor, mas nas apêndices dos 'Contos Inacabados' fica claro que ele possuía não somente um conhecimento superior com relação aos desígnios de Morgoth (que uma vez tremeu perante Gwindor na Batalha das Lágrimas Incontáveis) e sobre o desenrolar das batalhas envolvendo outras regiões e outros povos, como também uma visão à frente dos acontecimentos, enxergando além do véu do tempo à maneira de Melian. Ele via não só as consequências das decisões atrevidas de Túrin, prevendo a própria queda de Nargothrond, como também as ramificações da sombra que pairava sobre Túrin. E quando Gwindor disse "Só ela te separa da tua sina. Se não a salvares, tua sina não deixará de te encontrar", não foi apenas por amor a Finduilas, mas também por amor a Túrin e em poder do agouro final antes da morte. Isso não anula o fato de que a maldição de Morgoth era forte e que seu pensamento trazia infortúnios àqueles sobre os quais caía, pois a eles direcionava suas ações, mas a maldição era arquitetada e dependia de certos acontecimentos e circunstâncias (e Glaurung estava lá para garantir que se realizassem). Gwindor revelou a Túrin a saída de tais circunstâncias oferecendo outra, da qual ele previu uma resolução alternativa. Além do mais, acima dos desígnios de Morgoth e dos Valar, estão os de Ilúvatar, que conciliam destino e livre-arbítrio.